segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Benvindo sejas Inverno
As tuas chuvas são redentoras
Que o teu reino seja eterno
E as tempestades minhas tutoras

Recolhe no calor do teu gelo
Esculpe estátuas bestiais
Todo e qualquer flagelo
Eclipsado pelos teus belos temporais.

Submete toda a humanidade
A toda a tua violência
Jamais com humildade
E sempre com pestilência

Escondes demónios de outros infernos
Protegidos pelos irados trovões
Todos os receios não são efémeros
Ao contrário de todas as paixões.

Amotinadas estão as nuvens
Efemérides sem o serem
Não passam de uma ligeira penugem
Para os olhos que as amam verem

Torna a Noite mais sombria
Mais bela e resplandecente
Que o mundo alguma vez veria
E reacende o que em mim sempre foi ardente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Como sempre, muito bom!