segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Para quem não amo, já amei e talvez um dia voltarei a amar.

Hoje envergas um belo vestido de lágrimas que envolve todo o teu corpo.
Outrora usaste o mais belo vestido que era o teu sorriso.
Quero despir-te essas lágrimas de veludo.
Curar as chagas que abundam no teu corpo e vestir-te de sonhos macios e sedosos.
Despe o luto do que já foi sepultado e incendeia o universo com a beleza do teu rosto.
Ela jaz algures por entre os sulcos cavados pelas lágrimas.
Talvez só eu a vislumbre ainda por entre os destroços que te transformaste.
Não tem hora marcada o teu renascimento, mas quando ele eclodir, aí poderei retirar-me escondido na escuridão da mesma forma como surgi.
Aí sim, direi que o meu trabalho está completo. A mais bela obra esculpida por humanos terá um toque meu, mas nunca desejarei esses créditos e ovações.
Porquê? Bastar-me-á ver-te ao longe e saber que o que é agora tão luzídio um dia foi meu.
Nem que apenas nos meus sonhos.

2 comentários:

Anónimo disse...

hum gostei!! gostei muito

Mina disse...

Ver assim o sentimento é lindo