sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Se a chuva deixar de cair
Esgota-se a matéria da primavera.
Para todo o futuro que há-de vir
Haverá sempre uma voz que vocifera.

As tempestades são necessárias
Para o corpo ficar doente
E a mente em todas as áreas
Lutará assim para não ser descrente.

As nuvens negras e o frio
Envoltas em laços como oferendas
Significam um não ao vazio
No qual afogar-te tu tentas.

Encaradas como punições
Traduzo-as como benésse
Para encontrar razões
Para a beleza que anoitece.

A palavra enfim
Não significa a sua ultima silaba
Não apenas para mim
Mas para toda a existência que desaba.

1 comentário:

Mina disse...

como sempre....grande mente!