terça-feira, 19 de julho de 2016

Aldous Huxley defendeu o uso de drogas para abrirmos as nossas portas da percepção.
Mas qual a droga perfeita?...
Que me faz viajar pelo interior da minha mente,
Que, nem que por breves momentos, inutilize esta dor constante que é existir...
Que me deixe a arder de desejo e a tremer de antecipação pela próxima dose...

TU....

és a droga perfeita pela qual as minhas veias palpitam.
corres nelas em turbilhões de êxtase revolto,
golpeias o meu cérebro como vagas dilacerantes de inebriante sabedoria...

Tocar todo o teu corpo é a mais viciante sensação...

Gostava de injectar-te, fumar-te, inalar-te, capturar-te bem para dentro de mim.
Sentir que és tu em vez do oxigénio que me faz entrar em universos desconhecidos para os "normais"

és viciante...
só penso em consumir-te com os meus lábios,
todos os centímetros da tua pele

A tua ausência é a mais atroz das ressacas.
As dores propagam-se com a violência de mil guerras santas pelo meu corpo e mente...

Não consigo funcionar...
o mundo perde todo e qualquer sentido...
preciso de ti....

Jamais conseguiria ter uma overdose de ti,
mas a poder escolher uma maneira de me despedir desta triste existência seria contigo em doses letais bem dentro de mim...

És uma droga especial
feita exclusivamente para mim...

difícil de encontrar, poderosa e aniquiladora...

outras drogas abundam.
essas só oferecem um mero alívio temporário da dor, rapidamente deixando um vazio alastrador ás profundezas da minha alma.

Como quando se procura cocaína e só se arranja speed....



Como Faulkner escreveu " entre a dor e o nada, prefiro a dor.", assim sou eu.
 a contorcer-me com a ressaca da tua ausência.
aguentando a dor de forma supra-humana.
Porque sei que quando te voltar a consumir, a tocar-te, a sentir-te ao meu lado, todo este sofrimento terá valido a pena...

terça-feira, 12 de julho de 2016

domingo, 10 de julho de 2016

quinta-feira, 7 de julho de 2016

É mais isso....

Sou escultor de mo(nu)mentos arbitrários, repentistas,
que a nada obedecem a regras pré-estabelecidas

Tudo o que crio é pura arte...
Subjectiva, criticada, desvalorizada, marginalizada...

Esculpo, construo, crio tudo com o meu suor e paixão.
Não há espaço aqui para a razão...

e ergo-te a ti, a mais monumental catedral,
cujas tempestades passadas e futuras fustigam sem piedade...

Olho com orgulho para ti, pois, se caíres, serás sem duvida a mais bela das ruínas....