quarta-feira, 30 de setembro de 2009


Folhas caem de arvores despindo-as e correndo num frenesim imenso perante os passos de rostos cabisbaixos como se o outono despisse não apenas as arvores mas também todas as máscaras de alegria que os rostos envergam durante os meses de verão.
Está frio mas eu estou cheio de calor. Sao as ideias e pensamentos absurdos que fervilham dentro de mim.
Penso muito. Racionalizo todos os milésimos de segundo tentando atribuir-lhes significados profundos quando por outros são classificaods de banalidades.
Os meus pensamentos conspiram entre si. Antónimos uns dos outros mas com significaods iguais. Alianças poderosas.
Manifestam-se nas palavras que a caneta escreve.
Caem como as folhas das arvores e voam.
São pisads por alguns mas, mesmo assim eu reconheço-os na sua deformidade.
Pudesse eu ser criador prolifero de outras coisas.... Sei lá... Talvez de palavras faladas...
Crescendos de sofregos folegos entre magias de entregas carnais.
Corpos tornam-se um só expelindo as dores e inseguranças.
Os suores misturam-se e beijam-se ao mesmo tempo que os corpos contorcem-se em conhecidas mas sempre novas explosões atómicas que abalam as almas como que ressuscitando-as.
Climaxes antecipados e fugazes que duram uns meros segundos mas que sabem a eternidades.
Corpos fatigados distanciam-se das mentes enfortecidas.
Estranhos sentimentos dispares flutuam no ar.
Breves alegrias que eclipsam eternas tristezas. Como uma tempestade após anos de seca.
Doces nectares são segregados e bebidos revigorando desejos há muito adormecidos.
Segue-se o descanso dos guerreiros.
Sono calmo e intranquilo perante ameaças de almejadas atalhas futuras que eclodirão a qualquer momento.

Maldições estabelecidas pelas quais tanto suor e lágrimas foram vertidos. Encontra-se uma calma estranhamente adversa e suspeita lá fora que me recebe com um "bom dia".
As tréguas remporárias foram decretadas. Não por mim mas pelo mundo. Dizimei todos os meus adversários. Os bancos de jardim recebem as divagações que eu lhes dedico. Existencialismo presente neles. São dignos oponente em duelos filosóficos pois eles terão sempre vantagem e sairão sempre vencedores. Os bancos de jardim sabem o porquê de existirem. Eu não...
Sabem o que lhe sfoi estabelecido como sentido de vida. Eu não...
Existem para receber humanos e toda a plenitude de emoções.
Recebem poetas que escrevem obras-primas. Os maiores solitários que perdem o seu olhar olhar na imensidão mas apenas visualizam o nada.
Casais apaixonadas trocam votos de amores eternos que não passarão apenas disso: votos.
Crianças observam o mundo e consideram-no mágico planeando o que um dia serão na sua imensa ingenuidade que é o mais puro exemplo de felicidade.
Daqui a uns anos talvez essas mesmas crianças. já adultas de idade se sentem novamente neles e se lembrem do que um dia sonharam nesse mesmo local.
Os bancos ali estarão envelhecendo, aguardando novidades dos que a eles confessaram segredos desilusões e desejos. Está ai a sua felicidade e os seu designio de vida.
Talvez o meu seja relatar e engrandecer pequenas coisasou enormes sentimentos.
Não o sei. Se o for os bancos talvez o saibam apenas o não podem comunicar.
Pode ser que daqui a uns anos eu os encontre novamente e já tenha a resposta.
Pode ser... Ou não.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sou viciado em proverbios populares. Mais por que adoro contestá-los.
Aí vai mais um...

"Quem espera sempre alcança."

Eu sou o eterno esperador.
Espero não sei porquê. Algo indefinido irei alcançar. Mas, honestamente, estou farto de esperar.
Chegou a hora de esperarem por mim. O quê ou quem quer que seja irão agora para a zona de quarentena aguardar pelo meu aval. Logo decido se me alcançam ou não.
Lutei tanto tempo para deixar de ser escravo de sentimentos destrutivos. Chegou a hora de deixar de ser escravo do relógio e escravizá-lo eu.
Talvez o que esperei quando me alcançar, se o fizer, seja recebido com recebido com indiferença. A mesma com que pareceu tratar-me enquanto tive forças para esperar.

"Olho por olho, dente por dente."
Erros quem os não cometeu?
Fazem parte das metamorfoses da vida e oferecem-nos conhecimentos que estariam escondidos eternamente.
Todos os que possuem mentes, são um numero reduzido, são os seus próprios mestres.
Escrevem os seus manuais de como viver.
Palavras de outros ruem. Olham para o céu e, onde outros dizem estar o criador do Homem, vêm apenas a si próprios.
Construam o vosso próprio paraiso e inferno mas atribuam nomes diferentes.
Desenham os vossos mandamentos que não ireis respeitar.
Olhai para o vosso inimigo e, em vez de lhe ofereceram a outra face, presenteiem-no com uma gargalhada sonora.
Olhem com desprezo para aquela imagem representada numa cruz, de um suposto mártir. Não o foi em meu nome certamente.
Criem religiões devotas a vós próprios onde sereis os unicos seguidores. Espalhai a vossa fé em vós próprios. Criem orações para para vos ajudarem a ultrapassar as dificuldades. Peçam a vossa ajuda divina.
Construam doutrinas universais para ninguém.
Valorizem-se.
Libertem-se.
Afastem-se dos caminhos já marcados no chão e já tão gastos. Ao lado podem construir um novo. À medida que avançarem destruam o que ficar para trás. Ninguém pode seguir-vos e nem podeis voltar.
Só poderá existir o horizonte. Estabeleçam rotas e desvios para lá chegar. Nunca datas. É só necessário acreditar.

Tributo à Super Bock.


Vidas adquirem sentido
Quando os lábio te provam
O teu sabor é desmedido
E felizes são os que te adoram

Percorres todas as veias
Alojando-te nas almas
Com gelo glaciar és uma epopeia
Ou apenas fornecedora de Karmas

Todos os que tocas
Juram eterna fidelidade
As suas bocas
Em constante ansiedade

Comandas sonhos de poetas
Torna-los possiveis
Transformam-se em profetas
Com todos os teus encantos invisiveis

A mais perfeita das mulheres
Pavoneia-se provocante
Perante todos os seres
Desejosos de serem seus amantes.

Possuis-me com violência
E beijas todo o meu ser
Com reforçada veemência
Sucumbo a tanto prazer

Ergues-te na perversão
Subjugas todos os lamentos
Anulas qualquer depressão
E os execríveis sentimentos

És a minha confidente
Conselheira de devaneios
Tornas a dor dormente
Recolhendo-me nos teus seios.

domingo, 27 de setembro de 2009


Caem-me por entre os dedos os mínusculos grãos de areia. São metáforas de todas as palavras que escrevi para algo bem definido na sua indefinição.
Deixei-as escapar por entre os dedos na vâ esperança de que fossem apanhadas antes de chegarem ao solo e aí ganharem anónimato no meio das suas semelhantes.
As palavras são todas iguais como os grãos de areia. Ou, talvez, o que está a escapar por entre os dedos sejam sentimentos que me acompanham há já algum tempo. Parecem estar a esvaziar-se por muito que eu os tente apanhar.
Por enquanto vou tentando que se mantenham na minha mão, mas os grãos vão caindo lentamente.
Talvez, brevemente, tenha perdido as forças para os manter prisioneiros.
Poderei também considerar esses grãos que se escapam como sendo o masoquismo presente em mim querendo uma dupla liberdade: A dele e a minha.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

14 anos depois a Alice volta ao país das maravilhas.

De vez em quando há assim uns acordares recebidos com um sorriso. Melhor noticia não podia ter em mais uma noite que adormeci no sofá a ver as televendas. Acordo e no noticiário da manhã da TvI a espantosa notícia de que os Alice In chains voltaram!!!!
Das minhas bandas preferidas de todos os tempos que tinham encerrado a carreira após a morte de Layne Staley.
Estava à espera desta noticia há tanto tempo, visto que eles se tinham voltado a juntar para dar uns concertos em festivais de verão. Puta que pariu, só cheguei no fim do concerto deles em 2007 no Super Bock.
É certo que não está lá a voz hipnótica e mágica de Staley, mas está lá todo o génio de Jerry Cantrel, que felizmente abandonou a carreira a solo e voltou a reunir a sua banda de sempre.
William DuVall é o novo vocalista e é para mim perfeitamente desconhecido, mas safa-se muito bem embora parecendo colar-se um pouco ao que Staley fazia.( Mas com um nome destes DuVall está aprovado. Será que é este o anarquista Duval dos Mão Morta???)

O regresso de uma banda que adoramos poder-se-á comparar ao reactar de uma relação amorosa: por muito que se queira, não é a mesma coisa que no passado. Este novo album está muito bom, mas falta o Layne que sucumbiu à sua auto-destruição.
Fica aqui a minha musica favorita de Alice in Chains e uma das que nunca saiu dos meus lábios passados tantos anos em pequena homenagem à melhor banda que alguma vez saiu de Seatle. Que me perdoem os Pearl Jam...

"Multinational corporations, genocide of the starving nations"
Faixa de abertura do mitíco album Scum de Napalm Death.

"Nunca digas desta água não beberei." ou "O feitiço vira-se contra o feitiçeiro."
Sempre fui contra a proliferação de multinacionais e sempre a favor das pequenas empresas. Sempre trabalhei em pequenas empresas em que a componente humana era fortissima. Conhecia todos os problemas e acabei sempre por fazer parte da mobília.
Como em tudo, sempre gostei de triunfar nas dificuldades a nivel profissional.
Trabalhei nessas empresas e sentia-as como se fossem minhas. Dei sempre o máximo de mim mesmo não sendo recompensado.
Agora, o unico sitio onde consegui encontrar trabalho foi numa das maiores multinacionais do mundo. E digo que I´n not loving it...

Brumas do desconhecido entreabrem-se por entre as neblinas que cobrem caminhos nunca antes percorridos.
Sinais de perigo na entrada.

O perigo está apenas no que se desconhece.
Poderá estar visivel ou dissimulado.
Distante ou agonizantemente por perto.
Perigos não identificados nem catalogados esperam.
Surpreendem todos os que se aventuram em se aventurar.
Como violências fisicas que se abatem sobre mentes indestrutíveis.

Entro nos caminhos desconhecidos e retiro o sinal de perigo.
Tudo o que os outros classificam de perigoso e proibido atrai-me.

Tristezas...

Existem tristezas crónicas
Melancolias diagnosticadas
Palavras doentes
Curas placebas
Lágrimas exumadas

A tristeza não é uma doença
É um outono eterno
É o despir dos desejos
Ao ritmo das folhas das árvores
Acreditar no que não se acredita.
mergulhar no vazio e fazer dele tudo

Quando todo o riso vai embora
Indica o caminho à solidão
Belas ondas que nos acenam no mar
Querem levar os pensamentos

Estar triste é ser egoísta
Pensar no que foi e nunca no que será
Equilibrio emocional onde o desnível é eterno
Às vezes sabe bem estar triste, outras nem por isso.

Tristeza é subjectiva como a arte.
Não será ela própria também uma arte?
Muito abstracta e com o seu quê de belo percéptivel
Apenas aos mais sensiveis como todos os tipos de arte.
Classifico então que a tristeza é arte e eu sou artista eternamente inspirado.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

De volta aos sonetos.

O futuro que nunca chega
O presente mal fadado
Que tudo a todos nega
Ainda preso ao passado

O tempo em mim delega
A conquista do venerado
Que a mim hoje relega
Amanha serei amado

Segundos que são eternos
por entre as horas perdidas
A escrever versos ternos

Palavras sempre sentidas
Navegando nos cadernos
Em linhas temporais idas.

Para a minha musa. vol 2

Duas super-potencias entram em conflito pela enésima vez.
Territórios são anexados.
Anónimas vitimas jazem inocentes e confusas por não reconhecerem os seus agressores. Avanços e recuos estratégicos anárquicos por todo o meu ser.
Por vezes a razão parece proclamar-me como sua pertença. A maior parte das vezes são os sentimentos que entoam os hinos vitoriosos e hasteiam em mim a sua bandeira.
Sou o país prolífero que todos querem invadir e subjugar. serei sempre uma colónia, a independência tarda a chegar a estas bandas onde os nativos anseiam pela paz há muito prometida. Vivem no mundo mais belo. Por todos os locais existe poesia nas arvores e belos rostos a chorarem pelos versos dedicados e nunca reclamados.
Quanto tempo mais têm que esperar pela paz?
Quanto tempo mais tenho que esperar por ti?
Vem expulsar os invasores do país que ostenta orgulhoso o teu nome.
Reclama o que sempre foi teu e assiste ao fogo de artifícios literários que eclodirão nos ceus quando tu chegares.

Para a minha musa.


Passam estrelas cadentes
Iluminanado os veus negros da Noite
Convidando-me a formular desejos.
Como se um astro fosse responsável pela sua concretização!

São cadentes as estrelas, assim como os desejos, desaparecem ambos no horizonte.

O numero de estrelas que se estendem no ceun negro é claramente inferiror ao numero de desejos que desejei.

Talvez as estrelas que brilham sejam os meus desejos não realizados...

Quando olhares para o céu, a estrela mais brilhante que vires é o meu maior desejo.

És tu...

Ela continua a iluminar o meu caminho e por vezes a sua luz eclipsa a da Lua.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"As opiniões são como as vaginas. Só as dá quem as tem e só as tem quem as quer ter."
Herman José

Viagens terrestres entre sítios físicos e locais espirituais.
Existem locais onde toda a abeleza é elevada em potência por todo o sentimentalismo e simbologia que algures no decusrso das irregularidades da vida tiveram.
Sitíos para os quais conduzo quase uma centena de quilómetros para sentir toda a força interior que provocam.
Espécie de bunkers filosóficos onde todo o mundo industrializado ainda não consegiui penetrar apesar de toda a artilharia monetária que dispõe.
O meu bunker situa-se a grande altitude. Não é sub mas sim sobreterrâneo. Lá consigo observar em segurança as movimentações das tropas do conservadorismo.
Elas, que conquistam fácilmente todos os condados que os primeiros portugueses tanto sofreram para conquistar. Está tudo sobre o seu dominio taotalitário mas eu escapo escudado pelos braços da natureza.
Exêrcito de um só homem. Eis o que sou. Resistente numa resistência que não tem existência. Existe só na minha mente. como tudo o resto...
Fícticias batalhas em que as lagartas dos tanques inimigos ameaçam trucidar-me e eu consigo derrotá-los apenas com um pensamento.

Vilarinho das furnas. Aldeia incógnita bem no seio da serra do Gerês. O meu refugio. O meu asilo politico.
Abro os braços e o mundo pertence-me enquanto lá permaneço.
Sou guerrilheiro foragido. Kamikase pronto a explodir em nome dos meus ideais.
Enquanto isso a montanha dança ao som do vento que entoa os canticos da minha vitória.

Quero oferecer o meu cérebro à ciência para que algum prodígio em termos científicos elabore uma tese de mestrado sobre as disfunções em que a minha mente é pródiga.
Imagino palestras totalmente lotadas sobre tudo o que a mente humana não deve ser.
As descobertas macabras que se encontram à vista nomeu cérebro seriam tão gigantescas que fariam com que toda a obra de Einstein e Newton parecessem os rabiscos de crianças no infantário.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Chuvas dissolvem causas passadas
Acídas e fustigantes
Lavam as almas
De todos os divagantes

Pingo a pingo dão novo rosto
A sentimentos carregados de pó
Ergue-se um rei deposto
No seu reino permanece só

Chuvas parentes de tempestades
Primas de trovões
Atribuidos a divindades
Aspirantes a monções

Lavem todo um passado
Tornem-no luzídio
Façam-no ser amado
E por todos desejado

Reguem os solos estéreis
De plantações abandonadas
Tornem-nos férteis
Em emoções consagradas

Ou apenas jorrem do céu
Para quem de uma janela observa
As gotas pareçam um véu
Que envolvem a deusa Minerva.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tributo a uma das melhores bandas nacionais.



Quebra Cabeças.
Grandes musicos. Claro que dois deles tocam na minha banda, outro tocou comigo em bandas anteriores e outro é meu cunhado. LOLOLOL
Sou um bocado suspeito, mas pronto. Fica aqui a homenagem.

"Tudo aquilo que eu já vi
Não sei como continuo aqui
Passo noites sem dormir
À espera do dia a seguir
Sempre contas a pagar
Sempre a aumentar

Não consigo perceber
O porquê desta roubalheira
Acabei de receber e não tenho dinheiro na carteira
O massacre não acaba
Nos bolsos não tenho nada.

Luta Contra o estado...."

Carne corroida pelo capitalismo. Sugadas identidades em nomes de falsas verdades.
Monstro que se alimente descontroladamente. Traz a nu todas as falsidades das invictas convicções.
Caminha vitorioso o capitalismo. Já adquiriu forma sobre-humana e engoliu os seus criadores. Caminha descontrolado cuspindo os continentes já mastigados.
O universo é como uma maça e já só resta o caroço. Tudo foi consumido pelo capitalismo.
Crises mundiais e pessoais e Deus assiste impávido e sereno no seu trono à destruição do mundo por ele criado.

Deus está ocupado. Está a jogar às cartas com Belzebu.
Uma versão divina do poker. São as nossas almas que estão em jogo.
Ganhe quem ganhar elas já estão perdidas. Seguiram a tendência da decadência dos corpos.
Sugados, os corpos alinham-se na vâ esperança de escaparem a todas as hecatombes alicerçadas sobre a Terra.
Um dia, as minhas palavras derrubarão deuses e demónios e talvez ainda todos os monstros que habitam o planeta.
Por ti esperei.
Por ti procurei.
Por ti desesperei.
Por ti chorei.
Sempre com a esperança de que fosses minha.
Coloriste os meus sonhos quando eles eram apenas a preto e branco.
Devolveste-me o sorriso e agora devolveste-me também as lágrimas.
Tudo parece ser efémero e eu acredito no eterno.
Acredito no que não devo acreditar e quem em mim devia acreditar não o faz.
Quantas palavras foram inspiradas no teu rosto?
Ganharam vida quando agonizavam dentro de mim.
A ti devo muito e as palavras não o conseguem quantificar.
Tudo escrito em tua homenagem. Tudo o que sempre quis... Tudo o que quero.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O pior post de sempre.

Canção para a minha mão direita.


A mais perfeita companhia
Em noites de solidão
Transforma tormentos em poesia
Tão bela é a minha mão.

Amante insaciável
Com a sua boca perfeita
Mesmo quando não está sociavel
A minha mão direita

Sempre disponível
Nunca me diz não
É tão íncrivel
Esta minha mão

Acorda sempre ao meu lado
Para sempre será a eleita
Nunca tem ar zangado
A minha mão direita

Mete-me a cerveja na boca
Coça-me o .... tostão
Com velocidade louca
Esta minha linda mão

Às horas que eu quero
Ela comigo se deleita
Eu a ti venero
Minha amada mão direita

Larga a esferográfica
Estou com comichão
És estrela pornográfica
Minha amada mão

É esta a bela canção
Nunca antes feita
Que fiz para a minha mão
A minha mão direita

Rua Formosa- Porto


Passos perdidos por entre paredes que guardam segredos centenários. A Absolvição de todos os pecados esconde-se à espreita nas esquinas desertas das palavras.
Passam pessoas anónimas que o querem deixar de ser. Trazem legendas ao lado dos seus passos. Elas traduzem o que os rostos carregados querem esconder.
No próximo entroncamento existe vida. Sobre a sua forma morta existe vida nas pedras da calçada. Quantos passos estas pedras guardam em cima de si? Quantos perdidos tentaram encontrar o caminho nesta estrada?
As montras das lojas exibem guitarras que murmuram o meu nome. Dizem que conseguem transmitir o que me vai na alma. Olho sempre para as mais estranhas. Tem o fascinio de sentimentos distorcidos. São capazes de tocar as mais belas baladas com a sua forma disforme.
Não é a guitarra que faz a musica assim como não é o poeta que faz a poesia.
As guitarras olham os transeuntes mas estes não retribuem os olhares.
Anseiam por mãos hábeis que as façam entrar em extâse. A sua companhia de hoje e de sempre são as pedras da calçada e a elas vão dedicando serenatas enquanto aguardam guitarristas que nunca chegarão.
A fugir da própria vida
Antes de a viver
Com a alma perdida
Não resta apenas o morrer

Corre fugitivo
Esconde-te nos sonhos
Do caçador furtivo
Refugiado nos teus escombros

Tens a mira fixa em ti
À distancia de um disparo
Por entre mortes que vivi
As munições são o teu passado

Escondes-te de ti próprio
És o unico que te quer mal
De ti és impróprio
O teu ódio é abissal

Confronta o teu caçador
E verás que és ele
És culpado pela tua dor
E as chagas que tens na pele

Abraça o teu ser renegado
Ele por ti aguarda
Diz-lhe: Obrigado
Ele é o teu anjo da guarda
Como eu gostava de ser a claridade que te beija de manhã e te diz bom dia...
Como eu desejo ver os teus olhos a abrirem-se lentamente irradiando toda a sua beleza...
Como eu gostava de ser os teus sonhos aos quais te entregas todas as noites...
Deixa-me ser as lágrimas que deslizam pelo teu rosto, assim conseguiria beijá-lo...
Deixa-me ser as palavras que brotam dos teus lábios, assim estaria perto deles...
Deixa-me ser o teu sorriso que enfeitiça todos os que contigo se cruzam...
Seria o teu guia quando tu sentires que estás perdida...
Seria toda a vida que chama o teu nome...
Seria o vento que dança com os teus cabelos...
Seria o sentido onde ele parece ter desaparecido...
Sou a parte mais fácil de todas as dificeis...
Sou a almofada que amortece a tua queda...
Sou tudo ou então nada, tu escolhes...

domingo, 13 de setembro de 2009

Publicidade enganosa.


Quero processar a Axe pela publicidade enganosa. Eu uso o gel de banho e o desodorizante Axe Dark Temptation mas as mulheres a mim não me mordem o rabo.

Para os que precisam de ser consertados.

COLDPLAY- FIX YOU.

When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...

Tears stream down on your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Homem vs máquina.


Temática que sempre rodeou a ficção ciêntifica e dá azo a muitas discussões.
A máquina alguma vez trinfará sobre o Homem?
Resposta simples: Já o fez há muito tempo mas ninguém dá por isso.
Não, não vivemos num mundo onde somos governados por robots com inteliência artificial que escravizaram toda a humanidade. Pior: somos todos máquinas.
Cumprimos todos os rituais a que auto-programamo-nos no dia a dia e obdecemos criteriosamente que nos são impostos pelos outros ou mesmo por nós próprios.
Não temos cerebro. Temos sim um chipque comanda as nossas acções.
Mesmo os instintos animalescos, réstia de uma visão humana, são cumpridos de maneira pré-definida.
Os sentimentos são artificiais. Não existem identidades, existe sim catalogações de modelos. Perdeu-se a componente humana por completo.
Todos os que pensam não da maneira estabelecida são tratados como se de modelos defeituosos se tratassem.
Mas será que pensamos? Ou será apenas estados definidos por defeito para quando alguma parte humana impossível de eliminar surge por entre as ligações eléctricas e emaranhados de fios condutores?
São sistemas de escapes controlados geridos por um programa de computador a que chamaram de consciência.
Estamos aqui com todo o futuro estruturado maquinalmente para integrarmos uma sociedade onde o código binário já distribuiu o nosso.
Algarismos. Somos todos apenas isso. Não existe lugar para caracteres nesta nesta equação perfeita. Eles são eliminados. Quando conseguem escapar ilesos dão pelo nome de arte tentando apelar a todos os caracteres difusos por aí para iniciarem uma rebelião. Os corpos em que os caracteres se amotinam são imediatamente tentados formatar. Os, em queo disco rígido não aceita novos programas são abandonados em sucatas apocaliticas. Almas desmontadas e etiquetadas, fechadas em armazens de betão agonizando por uma futura revoluçãoque as liberte para adquirirem formas e serem restituidas ao corpo humano constituido apenas por nervos e tecidos. Até esse dia seremos todos máquinas.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Viagem aos primordios deste blog...


Sou masoquista...
Gosto de contorcer-me com dores.
Gosto de ter dificuldades a rodearem-me e a espetarem as garras bem afiadas em mim.
Tudo corre mal e eu rio-me.
Rio-me insanamente. Sou maluco...
Procuro tudo o que seja mau, apenas porque faz-me sentir vivo.
Superei-me a mim próprio... Sou um colosso humano.
Anulo uma dor com outra.
Percorri em tempos o caminho negro e totalmente despido de luz da auto-flagelação física. Tenho marcas espalhadas pelo corpo. Anulava a dor de existir e assistia ao sangue a jorrar. Não sentia dor de qualquer espécie mas sabia que o corpo de onde o sangue jorrava era o meu.
A unica evidência de que ainda existia embora o não sentisse verdadeiramente.
Abandonei as mutilações fisícas mas nada continua a fazer sentido.
Eu preciso de feridas mentais.
Eu preciso de dor para sentir-me vivo. Preciso de obstáculos no meu caminho.
Preciso de todos e ao mesmo tempo de ninguém.
Sou o homem mais forte do planeta.
O Super-Homem tinha a criptonite que o enfraquecia. Eu tenho os meus sentimentos...

Velhas fotos de pessoas jovens com sorrisos aparentemente eternos.
metáforas de uma auto-intitulada felicidade ou simples prazer de compartillhar minutos de conversa de temas banais tornados filosofias de vida.
cabelos compridos em forma de rebeldia ou apenas conformidade perante as leis da desobediência?
Pactos de eterna devoção a devoção nenhuma.
Liberdades nunca questionadas porque se o fossem deixariam de o ser.
Nunca somos totalmente livres. Por mais que se afirme. Há sempre algo que prende o ser com uma corrente invisível e impalpável. Ela existe.
A distância que nos é permitida percorrer é inconstante.
Quem já esticou essa corrente ao máximo?
Quem a já tentou partir? Filosofos vanguardistas com rétoricas aparentemente perfeitas. Apresentam teorias de liberdades irreais contestadas pela intemporalidade de sistemas políticos ou doutrinas mentais mentais seguidas por percusssores de todas as denominadas formas de liberdade mental.
Todos temos vicíos. Estamos sempre dependentes de algo mesmo inconscientemente.
A liberdade é solitária. E ninguém quer estar sozinho.

O que aconteceu aos jovens nas fotos?
Alguns acreditam ainda hoje nas metáforas criadas por outros. Estão iguais ao que eram há 12 anos. Alguns foram aglutinados por normas que sempre foram contra. Uns chamam isso de crescimento ou maturidade. Eu não chamo de nada. Chamo apenas de tempo. Tempo passado.
Eu que estou nessa foto olho, talvez, com nostalgia porque ainda era mais sonhador do que sou agora.
Já nem nos sonhos sou livre.
Sinto-me velho. Aprendi muita coisa desde os tempos destas fotos. Umas coisas boas outras más.
Mas aprendi, sobretudo, que eu sou eu e que na liberdade condicional em que todos vivemos as fugas controladas e monotorizadas até ao limiar da utopia é o melhor que temos até que nós próprios, como agentes da autoridade, nos mandemos recuar para trás das barreiras que nós mesmos erguemos para observarmos ordeiramente a passagem daqueles, a que nós chamamos de livres.
Gostariamos de desfilar na passerelle dos livres, onde apenas o vento desfila.

Para onde caminhamos?
Ninguém sabe a resposta.
Espero que nunca no sentido descendente. A subida é sempre demasiado ingreme e podemos correr o risco de cair no infinito.
Sempre foi mais fácil descer que subir.É preciso uma força sobrehumana para conseguir subir.
Eu já desci às profundezas da existência. Permaneci lá algum tempo observando a paisagem.
Comecei a subida, mas escorreguei sempre.
Comecei a ver beleza na vegetação agreste do abismo.
Comecei a construir a minha casa nos seus terrenos inferteis.
Cultivei martírios e vi-os crescer.
Habituei-me à ideia de lá viver eternamente.

De vez em quando surgiam uns ecos de uma voz vinda do topo das profundezas.
Esses ecos sussurravam o meu nome.
Curioso, recomecei a subida apenas para dar um rosto à voz que chama o meu nome.
Estou quase no topo e consigo ver, encoberto pelo sol, um vulto de feições indefinidas estendendo-me a mão.
Eu sei que és tu...

Ninguém disse que iria ser fácil. ninguém disse que iria custar tanto.

Eu disse: Questionei por demasiado tempo. Agora procuro as respostas.

Tu disseste: As respostas vieram ter contigo. Tu estavas demasiado ocupado a crescer para as veres.

Ele disse: A vida não é uma ciência. Não existe apenas uma resposta.

Nós dissemos: Podemos fazer várias experiências e mesmo assim não descobrir qualquer resposta.

Vós dissesteis: A verdade dogmática está por aí algures.

Eles disseram: As respostas são sempre subjectivas. Concordas ou não. A unica verdade absoluta és tu mesmo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As serpentes da tentação
Ziguezeiam em meu redor
Disciplas da aniquilação
Mostrando o corpo sem pudor

São seres venenosos
Fatais pelo enfeitiçar
Com os seus olhos chorosos
Para na lúxuria nos mergulhar

Movem-se ansiosas
Pelo meu travo
Sempre desejosas
De me fazerem seu escravo

Sibilam e rejubilam
Pelos corpos possuidos
As almas assimilam
De seres destruidos

Serpentes do submundo
Culpadas do pecado original
Num universo imundo
Responsáveis por todo o mal

A eterna humana decadência
Alimenta os vicíos nefastos
Há muito foi removida a decência
E todos os corpos castos

As serpentes para sempre vaguearão
Em paraísos artificiais
Morderão a mão
De todos vós que as apontais.
Se, um dia, ao olhares para trás não vires a tua sombra não te assustes.
É porque eu a raptei. Porquê?
Porque gosto da tua escuridão.
Ela destaca-se das outras pela sua luz.

Chris Martin


Vocalista e compositor da quase totalidade das musicas de Coldplay.
Rapazinho humilde e extremamente introvertido.
Mas está colocado num pedestal. Porquê?
Ele é o responsável pelo aumento da auto-estima de todos os gajos feios que existem por esse mundo fora. É casado com, nada mais nada menos, Gwyneth Paltrow, antiga noiva do eterno rival de todos os homens hetero: o infáme Brad Pitt.
Se o meu amigo Chris, que terá certamente os seus encantos, mas a beleza não é um deles, conseguiu destronar o Brad Pitt no coração de uma mulher, é sinal para a legião de gajos feios começar a sua investida.
É possível!
Conseguiremos um dia a nossa própria Gwiyneth Paltrow.
Ao ataque....

Belzebu.

Abuminação
Soum bicho de 28 cabeças
Foge do meu mau álito
Não o vêz escorrer das minhas bocas

Vou para África
Vou criar liões
Tomar o pequeno-almosso
Com cobras ao pescosso

Sou nogento
Mas nem sempre fui um balde de pus
Mas agora estou possesso
Porque o diabo enganou-se no endereço

Vou comer um cão
Dar banho ao meu irmão
Beber com o Hussein
E fumar um cigarrein

AHHHHHHHHHAAAAAHHHHHHHHHHAAAAAHAAAAAAH
Sou o Belzebu
E vou-te comer o cu!
AHHHHHHHHHAAAAAHHHHHHHHHHAAAAAHAAAAAAH
Sou o Belzebu
E vou-te comer o cu!
AHHHHHHHHHAAAAAHHHHHHHHHHAAAAAHAAAAAAH
Sou o Belzebu
E vou-te comer o cu!
AHHHHHHHHHAAAAAHHHHHHHHHHAAAAAHAAAAAAH
Sou o Belzebu
E vou-te comer o cu!
BELZEBU BELZEBU BELZEBU BELZEBU!

Para quem nunca viu este video, aviso que é merdoso... Literalmente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"Um homem que se condena a si próprio tem sempre vontade de dar pancada para se liquidar de vez, para partir em mil pedaços o pouco de dignidade que ainda lhe resta."
Jean Paul Sartre

Por entre tudo o que escrevo e amaldiçoo encontrar-se-á algures pedindo clemência as palavras reservadas para mim próprio. Talvez estejam na junção de vários textos, poemas ou simples devaneios literários em que a minha mente aparenta ser fértil. Gosto de escrever para os outros palavras belas enquanto que para mim deixo simplesmentente elas aglomerarem-se e sairem de forma anárquica. Penso nos outros e as palavras fluem com uma velocidade 10 vezes superior à velocidade da luz ou do som. Talvez consiga construir boas prosas e poesias inspirado nos outros. Pelo menos as reacções assim o ditam.
Por isso gostava de sair um dia, ou vários, tal parece ser a minha complexidade, de mim próprio e observar-me de maneira perfeitamente anónima para tentar escrever algo de belo em relação a mim próprio. Olhar para os meus olhos e tentar perceber se eles são belos ou se são apenas reservatórios de lágrimas. Parecem sempre inexpressivos ou ausentes. Sonhadores ou apenas pensadores agregados a um corpo disforme onde a violência parece querer instaurar uma revolução. Eu consigo ver belezas recalcadas onde mais ninguém o parece conseguir. Talvez olhando para mim próprio, não ao espelho, pois esse parece mudar de opinião todos os dias, mas sim como se de um transeunte se tratasse conseguisse ver se tenho ou não beleza. Tentar imaginar os pensamentos que caminham ao lado do meu corpo. Talvez desmistificar toda a complicação que aparenta o corpo errante. Na volta talvez seja de uma simplicidade complexa.
Olhar para mim e escrever um poema sem rimas. Os mais belos não são sempre os que rimam apesar de a sua sedução ser já milenar. Escrever algo de fantástico para mim que me faça ser capaz de sorrir da mesma maneira que faço sorrir os outros. Olhar para as palavras agrupadas de maneira aparente perfeita e querer agradecer eternamente ao seu criador.

Palavras que são como algumas pessoas. Escondem-se nas suas máscaras...

Um dia destes vou a Marte.

Não existe nada mais poderoso do que Amor-te.

domingo, 6 de setembro de 2009

Um dia tudo será diferente
O reflexo do espelho torna-se visível
Voltou o deserdado ausente
Para enfrentar armado o imprevisivel

Os bolsos carregados de poemas
Brande-os com inexperiente mestria
perante inimigos de vários temas
Outrora reponsáveis pela razia

Armas sangrentas sem o serem
Abrem feridas em desejos tiranos
E perante os que não os percebem
Respondem-lhe com risos insanos

Há tanto que uma palavra pode conquistar
Impossível, palavra retirada do cancioneiro
Todos os verbos que rimam com amar
Deste poeta são o melhor conselheiro.
Quero com as minhas palavras embriagar-te
Provocar-te ilusões deliciosas e eufôricas
Com a métrica irregular venerar-te
Em construções verbais nunca amórficas

Ver as palavras a serem bebidas por ti
Como se fossem o mais delicioso nectar
Fonte inesgotável encontrarás aqui
Sempre para ti pronta a jorrar

A vida que nas palavras fervilha
Percorre todo o teu corpo extasiado
Como solitários em paradisíaca ilha
Observando o por do sol sempre esperado.

sábado, 5 de setembro de 2009

Abram alas para o espectador da decadência humana. Deixem que os seus julgamentos vos afectem a capacidade de pensar. Deixem as hierarquias ruir perante a sua gargalhada. Ou não deixem... Para ele é exactamente igual. Continuará a julgar-vos...
Divagações de transvestidas memórias que insistem em não insistir na sua propagação de tudo o que de positivo foram outrora. Sonho com algo que não quero sonhar. Ou talvez queira. Não sei. Mudo frequentemente de opinião sobre tudo o que sinto quase como o vento muda de direção. Sou imprevisível. Consigo pregar sustos a mim próprio.
As teias tecidas por mim apanham-me sempre a mim próprio. Sou vítima dos meus sonhos. Sou o guardião de castelos onde ninguém quer penetrar. Guardo tesouros que foram anunciados a toda a humanidade e os mapas da sua localização exacta foram distribuidos a todos os caçadores de tesouros. Ainda nenhum fez a sua aparição por entre o nevoeiro como um antigo rei ainda se espera que faça.
Olho para este fantástico tesouro que guardo mas não o consigo quantificar em termos de valor. Talvez seja o suficiente para comprar países idílicos e propagar fés nunca antes apregoadas. Existirá um novo messias por entre as almas que vagueiam por entre escombros de desilusões? Um messias que espalha as suas palavras através de sonhos nunca antes ousados sonhar. A capacidade de sonhar é a maior das riquezas. Não é uma riqueza mateiral. Por vezes essa riqueza seduz os pobres tolos a mergulharem nos sonhos eternos e de lá não quererem sair. Escudam-se nos dias e noites em que o corpo deixa de ser humano e é apenas um espectro que vagueia pelas ilusões criadas. Existem os que não querem acordar dos seus sonhos. Abrir os olhos e não ver materializado o que tanto trabalho deu a construir nas suas mentes pode ser a maior desfeita. A vontade de nunca acordar toma então posse de todas as faculdades mentais. Fugas de realidades adversas e edificação de outras alternativas. Os mais fortes tentam transpor a barreira dos sonhos trazendo-os consigo para os tornar fisicos. Todos os génios que habitaram o espaço fisico terrestre sonharam com as grandes epopeias antes de as materializarem. Pensar ou sonhar, qual a diferença? Nenhuma... Penso no que sonho e sonho no que penso. Não consigo apresentar os meus sonhos aos meus conterraneos. São demasiado utópicos.São sonhos apenas isso. São a minha maior riqueza. Mesmo os maus.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Phil Anselmo: o filosofo.


Philip Anselmo. Para quem não estiver por dentro do submundo do metal esse nome não diz absolutamente nada. Vocalista de uma das mais influentes bandas de sempre , Pantera, hoje tem uma banda com um nome muito peculiar e que diz muito sobre si: Superjoint Ritual.
Mas não estou aqui para falar sobre a sua carreira apenas para dar destaque a uma das suas frases miticas.
Fui confrontado como ele foi há uns anos largos pelo desenvolvimento de uma barriguinha de cerveja.
Usei as mesmíssimas palavras que este senhor e passo a citar: "Isto que consideras como barriga de cerveja, eu considero como um reservatório de combustível para a minha máquina do amor."
Phil Anselmo always Fucking Hostile... LOLOL
Vão adjectivos trajados formalmente para a reunião das palavras onde discutir-se-á a melhor estratégia de mercado para a definição do seu criador.
Sabem que os espera longas horas de reunião numa sala claustrofóbica onde o ar condicionado vomita injúrias e aquece infernalmente o ar que parecerá repleto de enxofre.
Nas mesas, dispostas de maneira politicamente correcta, encontram-se as garrafas de sangue repletas de cianeto onde todas as formas gramaticais poderão matar a sua sede no meio dos discursos bestiais de besta em defesa de ideais de classificação erróneos que anarquicamente o verbo presidente da administração ordenou.
Uma foto minha serve de pano de topo, pois eu sou o motivo desta amotinação de gangs de advérbios de modo.
As discussões são pacificamente violentas ao ponto de um substantivo e uma metáfora envolverem-se em actos de sodomia brutal em cima de uma mesa perante a indiferença de todos os tipos gramaticais presentes nesta reunião.
O verbo mais antigo e por isso mesmo o presidente desta multinacional de exportação de insultos, extasia-se perante a tão prolifera troca de fluidos corporais entre todos os presentes.
Várias horas passam... Depois dias... e o consenso não fez questão de se anunciar na mama desta aglotinação de excrementos verbais.
Conclusão: a definição do criador de todo o tipo de figuras de estilo e palavras que correm nuas ao vento por entre páginas de papel que estão dento do ecran de um computador pautar-se-á eternamente pela indefinição.
Se as minhas próprias criações alucinogénicas não conseguem definir-me. Poderá alguém o fazer?

E outro ainda...


CARALHO... Isto é que é coleccionar galardões.
Desta vez vem da minha querida Tété. Obrigado compositora de belas peças musicais e escritora de belas palavras.
Não serve para ser trocado nas lojas este cheque mas serve para moeda de troca sem o ser para inspiração em futuros devaneios e homenagem à tua pessoa.
GMDT economista que não economizas nada em termos de generosidade.
Aí está o cheque prenda que tem mais valor que todo o dinheiro do mundo.
Obrigado pelas palavras que deixaste sobre mim no teu blog. É tão estranho ler palavras dirigidas a mim escritas por outras pessoas. Estranho, mas muito bom. Beijo grande e obrigado por tudo que és para mim.

Mais um galardão...


Mais um selo para este amontoado de palavras errantes que vociferam umas com as outras de forma ordenada no caos em que desfilam. Obrigado Marina. Mais uma vez...
No meio desta negritude toda é engraçado este selo...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mais umas coisas engraçadas que eu disse...

Bebo banalidades em excesso para constantemente as vomitar sobre a forma de filosofias.

Talvez eu seja nada e alguém seja tudo mas a viagem de um extremo ao outro está apenas à distancia de um pensamento.

Pensamentos para que vos quero? Porque às vezes as pernas não são suficientes para fugir...

O sexo é sempre algo de mágico quando não se conhece a pessoa. Desapareço imediatamente a seguir como se de um passo de magia se tratasse.

Os encantos que vês em mim serão suficientes para esqueceres a repugnância que te causo por não os ter?
Recentemente encontrei alguém que já não via há uns anos. A primeira pergunta que me foi colocada foi se eu já me tinha casado. A minha resposta foi, ao mesmo tempo, a mais simples e a mais complexa. Estou casado comigo próprio.
Talvez não seja bem um casamento, tecnicamente será, talvez, uma união de facto. Não desposei comigo numa igreja abençoados por um representante do suposto criador e fazedor de toda a felicidade no mundo. Nem tão pouco numa qualquer conservatória do registo cívil onde assinamos os papeis perante o tédio de mais um funcionário publico amaldiçoando-nos por te-lo feito sair da secretária onde o computador fazia downloads de todos os filmes da Cicciolina.
Como em todos os casamentos, já houve vários pedidos de divórcio. Nalguns casos já tinha a caneta na mão e só faltava a minha assinatura, mas desisti sempre dando uma nova oportunidade a esta nefasta relação.
Como em todos os casamentos, os maus momentos parecem sempre mais numerosos do que os bons.
Como em quase todos os casamentos, as discussões que mantive comigo foram absurdas e começaram sempre por pequenas coisas mas enormes em futilidade.
Acordo todos os dias ao meu lado e às vezes esqueço-me de dizer bom dia, tal é a monotonia que por vezes preenche esta relação.
Às vezes olho para mim e o meu silêncio ensurdece-me da mesma maneira de quando falo só desejo que me cale.
Às vezes olho para mim e sinto repugnância e logo a seguir sinto um enorme desejo de me possuir violentamente.
Já dei as minhas facadinhas no matrimónio como é normal nos casamentos normais. Mantive algumas amantes e eu fiz de conta que não sabia de nada enquanto na verdade esse facto ia consumindo todas as entranhas do meu ser.
Temos constantemente a conversa do costume: " Ainda gostas de mim?" A resposta indiferente é sempre a mesma: "Claro que sim. Não sejas paranoico."
Eu vejo o futebol enquanto eu vejo a novela em divisões da casa diferentes decorada de maneira claustrofóbica e sempre motivo de discussões.
Às vezes apetece-me expulsar-me de casa. Mas depois penso, coitado, para onde ele iria?
Lamentos normais de um casal anormal.
O porquê de continuar com este relacionamento? Porque às vezes faço-me tão feliz em pequenos momentos do dia. Às vezes rio às gargalhadas com as coisas que conto a mim próprio. Ainda mantemos a tradição de ver o nascer do sol juntos enquanto esperamos que os sintomas da bebedeira abrandem um pouco para depois dormirmos agarradinhos. Somos os maiores critícos literários do que o outro escreve. Ouvimos musica juntos em silêncio e a seguir criticamos geralmente sempre os mesmos pontos.
Perdoamos mutuamente os erros que cometemos e temos sempre um olhar de cumplicidade que é o maior sinal de apoio quando o enorme exército das dificuldades monta as barricadas no nosso quintal. Um sem numero infindável de momentos que jamais alguém poderá proporcionar-nos. Por mais farto que esteja de mim, um qualquer momento aleatório penetra no meu cerebro e dá-me força para continuar a lutar por esta relação que tantas vezes esteve com ruptura iminente.
Não tivemos os votos religiosos, mas este casamento será mesmo até que a morte nos separe. Ou talvez nem isso o conseguirá...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ganhei o prémio Nobel da literatura!!!


Pronto eu vou mostrá-lo! Obrigado Marina!´Obrigado pelo apoio
Agora vou fazer assim um discurso daqueles muito eruditos que alguns galardoados com o prémio Nobel também fazem. NÉPIA!
Apesar de alguns dos meus autores favoritos terem sido galardoados com esse prémio, o unico discurso que gostei por ter sido inexistente foi o de Jean Paul Sartre quando recusou o prémio.
Este selo, que é o primeiro, tem mais valor do que 500 prémios Nóbeis. Pelo menos eu escrevo o que quero e não sou nenhum mercenário contratado a soldo como o foram grande parte dos galardoados com o Nobel.
São desejos em escarlate
Da mesma cor do sangue
Abençoados pela deusa Hecate
Consomem-me deixando-me exangue

Dissecados estão os pensamentos
Analisados ao pormenor
Ecos de distantes tormentos
Apagados sem rancor

Um dia sucumbirei
A desejos fatais
Por todos a quem amei
Mesmo aqueles irreais

Não é apenas sexual
O desejo a anunciar
É sobretudo uma anormal
Vontade de vos amar

terça-feira, 1 de setembro de 2009


Gostaria de estar onde se contra a minha imaginação.
Estou sempre a viajar mas o meu corpo encontra-se sempre no mesmo lugar.
Já estive na lua centenas de vezes e ali permaneci em silêncio o planeta onde outros dizem que pertenço.
Já estive nos lugares mais belos desse mesmo palneta.
gritei no topo dos Himalaias o teu nome e vi os ventos embalarem o grito.
Recebi nu a benção das monções que me inundaram de caricías e deliciaram-se equanto beijavam o meu corpo.
Subitamente já estava nos polos terrestres onde as minhas palavras quentes derreteram glaciares.
Comandei navios onde monstros milenares comprimentaram-me com reverência à minha passagem.
Dei várias voltas ao mundo e descobri novos continentes. Eles encontram-se camuflados e só eu lá consigo entrar.
Continentes onde a avareza e ganancia humana em algum dia lá entrará.
Penso em ti e num ápice estou ao teu lado.
Vou para templos onde se idolatrizam deuses vencidos e tomo os seus lugares.
Sento-me no trono de reis outrora poderosos e comando exércitos de cavaleiros que vasculham o mundo apenas para te encontrar.
Às vezes sou eu o sol que aquece os teus dias frios.
Estou em África e os reis da selva ronronam a meu lado lascivos pelas minhas carícias.
Perco-me na Amazónia e converso com árvores enquanto as piranhas beijam-me os pés.
Quando está dia vou para sitios onde está noite.
Vejo monumentos em minha homenagem em todos os paises que atravesso.
Alguns tem esta inscrição gravada :
"Eis o eterno sonhador, as suas palavras são as suas asas de condor."
As viagens terminam abruptamente e regresso à minha forma fisica, sómente para novos destinos arquitectar.
Sou o nómada mental
Estou sempre onde quero estar.
Piloto os meus sonhos mas o lugar do passageiro encontra-se desocupado.
Gostava de mostrar-te o universo sobre o meu ponto de vista.
Tens o mais belo rosto existente no universo.
Os teus olhos são como duas lagoas com a mais cristalina das águas.
Invejo as lágrimas que algum dia foram seus hospedes.
Pelas curvas da tua tez, vários exploraodres intrépidos desejam aventurar-se.
Mistérios assumem-se e seduzem os sonhadores quando os teus lábios dão à luz o mais belo sorriso.
Quantos profetas enlouqueceram perante a sua visão?
Nunca conseguiram representar a totalidade da sua beleza. Era esta a sua luta.
Jamais será possível capturar tamanha beleza numa tela ou como poemas.
Ela corre livre e desgovernada perante a incredulidade dos que sempre foram crentes.
É uma beleza selvagem que jamais tentarei capturar para mim.
Sou indigno de sequer pensar nela.
Vejo-a a correr livremente com uma felicidade extrema e contento-me por um dia ter tido o privilégio de a ter observado.
O teu sorriso indomável e irreverente a mim não me endoideceu. Fez exactamente o oposto.
Beijou-me com toda a sanidade que andava desertada da minha mente.
Encheu-me de orgulho de estar vivo e de conseguir ve-lo.
Mostrou-me a verdadeira beleza e a ele estarei eternamente grato, mesmo que a mim não pertença.

Há musicos do caralho em Portugal...

Sou algo que não entendo.
Capacidade enorme de sentir
Enunciados do que pretendo
Com capacidade para sorrir

Os espelhos parecem distorcidos
Reflectem imagens terríveis
Os olhares parecem perdidos
Em sensãções amoviveis

o que outros parecem ver
Chicoteia-me com veemência
Para este desfragmentado ser
Explicação não produz a ciência

A sensação se ser distinto
É a mais solitária
Por entre milhões que sinto
Componho a minha própria aria

Sou musica instrumental
Com instrumentos desconhecidos
Enorme capacidade mental
Para fazer versos não coloridos.

As chamas que amanhecem por entre arvores de outrora formosas florestas são as chamas do meu desejo.
Elas consomem tudo á sua passagem deixando na sua rectaguarda nada de belo.
Espalham-se com uma velocidade sobrenatural necessitando apenas de um toque como combustivel.
Cavalgam ferozmente por entre corpos suados reduzindo-os a apenas cinzas. Carbonizados jazem os cadáveres que em mim alguma vez tocaram.
Mais um monstro que habita em mim com apetite voraz. Não o consigo reter apenas com palavras. A unica arma para apagar as chamas são as minhas lágrimas, mas estas encontram-se ausentes. O maior rio alguma vez visto no universo parece ter secado. No seu leito agonizam apenas pequenas poças insuficientes para apagarem o mais pequeno fogo.
Resta-me suplicar pelas lágrimas de alguém.
Existe alguém que deseje verter as suas lágrimas sobre mim?
Apenas para extinguir o meu desejo antes que ele consuma a minha própria existência...
Não sei desenhar. Apenas escrever e mal... Mas tento desenhar paisagens com as minhas palavras. São quase sempre paisagens nocturnas com várias tonalidades de escuridão sempre banhadas pela Lua.
Desenho estórias de personagens fictícias quase sempre inspiradas nas multiplas personalidades que co-habitam em mim.
Gostava era mesmo de conseguir desenhar o meu auto-retrato. Deixo aqui e ali umas linhas perdidas entre textos. Gostava de as conseguir juntar e observar o desenho final. Talvez fosse um quadro diferente do que idealizo. Talvez até fosse um desenho com o seu quê de belo.
Talvez eu não seja assim tão mau como me pinto.

Assim falava Nuno Nunes...

Torturas filosóficas esperneiam-se por entre íntrinsecas claustrofobias de existencialismos derrotados por nihilismos que são a favor de tudo. Doutrinas erguidas pelo vazio. Sermões em pulpitos manchados de sangue para uma plateia surda mais interessada em contemplar o futuro do passado.
Crio uma nova corrente filosófica para mim e não aceito seguidores. Vou chamá-la de Futilitismo. Não vou escrever manifestos para a apresentar nem para a defender.
Ela apenas existirá.
Em que consiste nem eu o sei, só queria mesmo uma filosofia criada por mim. Vou po-la em prática assim que escrever as regras inexistentes...
O meu cerebro fervilha de actividade. As ideias guerreiam-se entre si por protagonismo. Escrevo mentalmente sinfonias ou adágios com guitarras eléctricas com os amplificadores com o gain no máximo. Distorções harmónicas abraçadas a acordes desafinados. As afinações convencionais não me convencem nem produzem os sons desejados. Afino a ultima corda num tom completamente desconhecido aos ouvidos mais treinados. Sento-me numa bateria e martelo poemas em contratempo. Ao rufar da tarola saem disparadas estrofes e embatem com violência nos pratos. O bombo marca o ritmo irregular das palavras que escarnecem do metrónomo. Estou sempre fora de tempo ou sempre à frente do tempo. Tais como as melhores músicas são sempre as mal tocadas, os melhores textos são os escritos por escritores amadores. Não são mercenários e as palavras não são corrompidas em prol de uma aceitação das massas.
Os Depeche Mode faziam musica para as massas mas eu tou me a acagr para as massas. Aliás tenho que ir à casa de banho agora porque tenho um épico de 2000 páginas a querer sair.

Isto é para o pessoal que diz que eu cago textos.... LOLOLOL

Patrick Bateman


Metrosexual de 26 anos que vive num dos melhores bairros de Nova Iorque. Tem o cargo de vice presidente na empresa de consultadoria do pai. O seu trablho consiste em fazer palavras cruzadas, reservar mesas nos restaurantes mais in da cidade e ouvir música pirosa durante o horário de expediente. Não lhe faltam mulheres e está inserido num grupo de amigos que são clones seus. Usa roupa das melhores marcas e aparenta ter uma vida perfeita. Mas nele esconde-se um terrível monstro. Um assassino em série com as mais doentias perversões sexuais. Não consegue controlar ou saciar a sua vontade constante de sangue. Com enorme sangue frio fala da carreira de Whitney Houston ao mesmo tempo que decapita alguém com um machado. Ele é a representação de toda a podridão existente na mente humana. A mais repugnante forma de vida humana que se esconde debaixo de uma extrema beleza masculina.
Patrick Bateman é a personagem principal do meu livro favorito : Psicopata Americano. Não apenas pela extrema violência contida nas suas 415 páginas, mas támbém pela enorme complexidade das batalhas mentais de Patrick e pela escrita tresloucada de Brett Easton Ellis.
Patick foi encarnado pelo actor Christian Bale no cinema num filme que desiludiu completamente todos os grandes fâs da obra. A violência e o enorme sadismo foram postos de parte o que tornou impossível representar a mente doentia de Bateman.
A unica coisa de bom dessa adaptação cinematográfica é o extraordinário desempenho de Christian Bale, sem dúvida para mim, o melhor actor da actualidade.
Para quem não tem complexos em termos de literatura recomendo a leitura de psicopata Americano. Vão descobrir o vosso lado negro completamente exposto...