segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Para uns a bíblia é sagrada e irrefutável, para mim é o que este senhor escreveu.

"Poucos são talhados para a independência- é um privilégio dos fortes.
E ele que nela se aventura, tendo o absoluto direito de o fazer mas não sendo forçado a isso, prova assim que provavelmente não só é forte como também ousado até à imprudência.
Aventura-se num labirinto, multiplica por mil os perigos que a vida como tal já traz consigo, dos quais não é menor o facto de ninguém poder ver como e onde se perdeu, está isolado dos outros e é feitoem pedaços por um qualquer minotauro de caverna da consciência. Se um destes for destruido, isso ocorre tão longe da compreensão dos homens que estes nem o sentem nem o lamentam- e ele já não pode regressar! Já não pode regressar sequer à piedade dos homens!"

FRIEDRICH NIETZSCHE

Para quem não amo, já amei e talvez um dia voltarei a amar.

Hoje envergas um belo vestido de lágrimas que envolve todo o teu corpo.
Outrora usaste o mais belo vestido que era o teu sorriso.
Quero despir-te essas lágrimas de veludo.
Curar as chagas que abundam no teu corpo e vestir-te de sonhos macios e sedosos.
Despe o luto do que já foi sepultado e incendeia o universo com a beleza do teu rosto.
Ela jaz algures por entre os sulcos cavados pelas lágrimas.
Talvez só eu a vislumbre ainda por entre os destroços que te transformaste.
Não tem hora marcada o teu renascimento, mas quando ele eclodir, aí poderei retirar-me escondido na escuridão da mesma forma como surgi.
Aí sim, direi que o meu trabalho está completo. A mais bela obra esculpida por humanos terá um toque meu, mas nunca desejarei esses créditos e ovações.
Porquê? Bastar-me-á ver-te ao longe e saber que o que é agora tão luzídio um dia foi meu.
Nem que apenas nos meus sonhos.

domingo, 27 de dezembro de 2009

"All shall fall"



Esta é a imagem da capa do ultimo álbum dos demónios do gelo, Immortal.
Com um titulo de "All shall fall" que parece uma profecia de Nostradamus tendo em conta o que se passou com o papa Bento XVI recentemente, acho que a capa deveria ser substituida imediatamente por esta:


Ele bem tenta disfarçar, mas a influência da juventude Hitleriana nunca o deixou. A mão está sempre em riste. Hail Fuhrer! Sieg Hail!



Um pouquinho de humor corrosivo para esta quadra tão festiva.
A palavra esperança contém em si a palavra espera. Esta é, por sua vez, sinónimo de paciência que incorpora em si a palavra ciência.
Antes houvesse uma ciência que conseguisse reduzir tudo de modo tão simples como esta autópsia de palavras que eu realizei aqui…
Todas as palavras significam não apenas o que nos embate frontalmente, mas tem também mensagens subliminares ou não… Depende da interpretação de cada um.
Os meus textos são acusados de conterem em si mensagens escondidas. Faz-me lembrar aquelas teorias de que ouvir um vinil de Led Zeppelin em sentido inverso produzia uma oração de invocação a Satanás. Tanto no meu caso como no dos Led Zeppelin parece rídiculo. Mas aí está a beleza da arte. Acho que o que escrevo tem o seu quê de arte, pode ser má ou boa. Assim como existe boa e má musica. Interpretem da maneira que acharem mais justa. Eu sei o que significa cada uma das palavras que escrevo.
A essência do artista não está apenas na preocupação da absorção do significado da sua obra. Muitas vezes, as melhores obras, são apenas exorcismos de demónios interiores que agonizam pela liberdade e esses mesmos demónios são directos na sua malvadez. Não necessitam ser dissimulados ao contrário da malvadez inerente nas pessoas que se veste com todas as peles da bondade.
O teu corpo é um templo de oração e veneração a todas as musas do erotismo e sensualidade.
Em cada recanto escondido encontram-se novas encarnações de prazeres ainda inexplorados.
O doce aroma do contacto dos meus dedos com a tua pele gélida embriaga todas as almas perdidas que são os espectadores deste teatro de emoções espirituais e físicas.
Tudo encenado e decorado ao mais ínfimo pormenor mas não devia ser assim.
Neste palco de entregas físicas e meta-físicas deveria haver lugar ao improviso.
O guião deveria ser suprimido e os actores deixarem de o ser e serem sim eles próprios…
A apoteose carnal final é mais intensa e deleitosa quando o que se entrega não é apenas o teu corpo mas também a tua alma.
Pega na minha mão e deixa-me guiar-te pelos caminhos da eternidade dos prazeres que nunca te foram apresentados.
Só precisas de ser a tua alma e não apenas o teu corpo para embarcares nesta viagem sem regresso.
Verás que os meus lábios ao beijarem cada milímetro do teu corpo estão a penetrar bem dentro de ti e a possuírem majestosamente a tua alma.
A escolha é tua. Viver ou Morrer?

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

As armas de conquista são ínumeras mas quase todas alicerçadas em putrefacta honestidade.
A tinta que escorre de escritos ancestrais é eclipsada pela total e irreversível perda do valor da palavra.
A palavra, assim como a honra, foram removidas de toda a sua imponência.
Ela já não move montanhas nem é mais poderosa que a espada.
Tantos séculos de boa poesia e literatura parecem desperdiçados quando tudo fica reduzido a escombros do que era considerado o mais importante bem do Homem.
Escreve-se e fala-se para nada. Tudo perde a essência... menos quem a tem tatuada na alma.
Existem pessoas que ao verem reflectidas nos espelhos as suas almas, refutam que essa imagem negra seja a sua mas sempre de outras pessoas.
Para essas pessoas recomendo veementemente que façam primeiro as pazes consigo próprias antes de declarar guerra a outras.
É tão fácil apontar os nossos próprios defeitos aos outros. Isso acaba por ser apenas uma fuga da realidade. É preciso enfrentar tudo o que é auto-infligido.
Só assim almas que irradiavam fragrâncias belas poderão voltar a enfeitiçar novamente.
O natal tem coisas boas e más.
Não, não vou escrever mais um texto reindivicativo das minhas crenças religiosas, ou, neste caso em concreto, a total ausência delas.
Começando pelas coisas boas do natal:

Férias- Uma semaninha de férias em pleno Inverno são sempre benvindas. Posso adormecer e acordar tranquilamente com o som da chuva. Absorver toda a sua melodia em plena paz e sem obrigatoriedades de espécie alguma.

Prendas-A certeza de receber um enorme arsenal de boxers e meias nesta data sognifica que raramente gasto dinheiro com essas peças de roupa.
Parafraseando o melhor comediante de todos os tempos, Jerry Seinfeld: " Os homens usam a sua roupa interior até ela se desintegrar. Por mais buracos que tenha só nos desfazemos dela quando o ultimo átomo que a compõe desaparece." Isto é a mais pura verdade e portanto são sempre benvindas as dezenas de peças de roupa intima que me oferecem. Pelo menos tem sempre utilidade até cumprirem a sua tarefa de implodirem.

Álcool- A quantidade de álcool que é ingerido e nos é colocado à disposição nesta altura ultrapassa qualquer grande sonho de um álcoolico. Nesta quadra é salutar apanhar grandes bebedeiras e o álcool é nos imposto quase como um mandamento que temos que cumprir religiosamente. Talvez por ser tão inconformista e sempre contra o que me é estabelecido, o natal e a passagem de ano são os dias em que menos bebo.

As estradas completamente vazias. Isto é do melhor mesmo. Faz-me sentir como se fosse mesmo a unica pessoa no mundo.

Black Metal-Sem o suposto nascimento de cristo não existiria certamente este estilo de musica que eu tanto adoro.

Coisas más do natal:
- Ser bombardeado com a música "Last Christmas" dos Wham! ainda por cima a letra até não é lá muito festiva.

-Receber mensagens de pessoas que são ou foram más para mim com conteudos de bondade e eterna esperança. Quanta hipocrisia!!!!!

-Ter apenas um reduzido numero de pessoas disponíveis para sair nesta noite.

-Ter um numero ainda mais reduzido de sítios abertos onde possa ir tomar café tendo mesmo que viajar uns bons quilómetros.

-Tentar telefonar para alguém sobre algo importante e não conseguir porque as redes estão todas congestionadas.

-A quantidade de operações stop da polícia.

É sem dúvida uma altura diferente. Se é boa ou má, não o sei. Como tudo, tem os seus prós e os contras mas o que interessa é que cada um à sua maneira tire o máximo partido não apenas desta época mas de todas.
CARPE DIEM

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Anatemas rodeando as já inconstantes espirais de apatia encrustradas sobre o que significa o que já é conhecido.
Não existem razões aparentes para tamanha apatia e desleixo perante o que foi conquistado.
Talvez a melancolia seja um heterónimo meu. Mas não dos que existem apenas na escrita mas em todo o lado. Não é uma tristeza profunda mas sim subtil a que contorna o meu rosto. Sem razão de lá estar. Ela é me bastante intíma. Não precisa de pedir licença para entrar nem para sair. Tem o seu cantinho bem arrumado e arejado dentro de mim e usa-o a seu bel prazer.
Talvez seja mais uma das minhas drogas. Consumi tristeza em overdoses.
Permaneci sóbrio algum tempo e se calhar estou a ser fustigado por uma ressaca. Levezinha, daquelas fáceis de suportar, mas que causa algum incómodo por não ter razão aparente.
Apenas uma das estações do ano que me assolam em cada dia.
A intensidade com que os acontecimentos se desencadeiam em mim é propícia a todo este furacão que varre tudo. Enfim, é apenas mais uma forma de criar manifestos literários inócuos sobre mim próprio. É tão fácil dizer para não pensar, mas eu fervilho actividade cerebral mesmo quando esta resulta em absolutamente nada nem justificações plausíveis.
Hoje estou melancólico, amanhã estarei noutro estado, ou não. Não quero saber. ou quero e digo que não quero.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Benvindo sejas Inverno
As tuas chuvas são redentoras
Que o teu reino seja eterno
E as tempestades minhas tutoras

Recolhe no calor do teu gelo
Esculpe estátuas bestiais
Todo e qualquer flagelo
Eclipsado pelos teus belos temporais.

Submete toda a humanidade
A toda a tua violência
Jamais com humildade
E sempre com pestilência

Escondes demónios de outros infernos
Protegidos pelos irados trovões
Todos os receios não são efémeros
Ao contrário de todas as paixões.

Amotinadas estão as nuvens
Efemérides sem o serem
Não passam de uma ligeira penugem
Para os olhos que as amam verem

Torna a Noite mais sombria
Mais bela e resplandecente
Que o mundo alguma vez veria
E reacende o que em mim sempre foi ardente.
Os ultimos batimentos cardíacos do ano de 2009 já ecoam em todas as mentes. É a altura de fazer balanços, mas não para mim. O tempo é uma medida súperflua. É tudo regido por números e não passa tudo disso mesmo.
Só dou conta do tempo passar pelas estações, apesar delas já estarem completamente difusas e, às vezes, irreconhecíveis.
Chegou a altura de formular novos desejos para mais uma página do calendário que vai ser rasgada e substítuida por outra exactamente igual.
Tudo irá ser diferente e considerávelmente melhor! Como se numeros diferentes mas sempre iguais tivessem ímplicito em si boas novas e felicidade!
Pensava eu que era o único que habitava permanentemente no planeta da ilusão, mas, afinal, talvez, sejam todos os outros e eu habite noutro sitio inclassificável e inexploravél.
Sei que existe dia e noite e basta isso. Existe um sol e uma lua.
E a lua não influencia apenas as marés maritimas mas também o que eu sou e penso.

domingo, 20 de dezembro de 2009

A pureza é apenas uma película que pode ser removida.
Ela não está entranhada. É apenas como o celofane que envolve algo. Pode ser removida, mas assim que o é fica irremedíavelmente arruínada.
A desvirginização da pureza é igual à desvirginização genital. Não é uma sensação agradável.
A pureza da alma está alheia da ausência da mesma a nível físico.
Ela permanece em quem recusa a penetração das ideias corruptas.

O que é ser puro? É exactamente não saber o que é a pureza.
Só quem não o é, consegue reconhecer outrém como puro.
Estou com uma ressaca tão grande que só tenho vontade de beber futilidades para o meu corpo ficar saciado.
Sou o que penso e o que deixo de pensar.
Sou o que serei e não o que já fui.
Sou o que faço por muito errado que esteja.
Sou o que não querem que seja.
Sou tudo o que amas ou tudo o que queres odiar.
Sou uma conjugação de adversidades juntas por nulidades.
Sou as palavras que debito e o leitor ávido por elas.
Sou uma constante errática.
Sou... e serei.
Sou aquele que não muda quando todos os outros o tentam fazer.
Goste-se ou não, aqui estou. Amem-me ou odeiem-me. Indiferente ninguém fica.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Afinal não é só o governo que quer mudar a maneira como eu escrevo.

Na empresa onde trabalho, estou inserido no departamento de exportação.
Passam por mim centenas de encomendas destinadas a todo o mundo. Uma das minhas funções é fazer guias de transporte para os transitários que posteriormente fazem a distribuição a nivel mundial.
Hoje chega o meu chefe, à boa maneira nortenha e diz-me:
-"Nuno, tens que mudar a maneira como escreves!"
Eu:- "Porquê, Senhor ....? Não percebe a minha letra?
-"Não é isso. Não percebo é um caralho do que tu escreves para aqui. Usas cada palavra que eu sei lá a puta que pariu significam."
Eu:-" Dê-me um exemplo."
-" O seguinte documento é rectificativo do anteriormente emitido com o numero x.
Pedimos encarecidamente que procedam à anulação do mesmo para os efeitos legais em vigor." "Foda-se! não estámos aqui para escrever poemas aos burros dos transportadores."
Existem segredos camuflados na aurora.
Segredos que são pleonasmos de desejos.
Eles jazem a descoberto pelo que neles ímplicitamente está coberto.
Eles gritam para rasgarem a pele escamada que usam como vestuário.
Segredos imemoriais vítimas de eterna e interna repressão.

O planeta continua a sua trajectória mas eles remam em sentido inverso.

Anti-existêncialistas, vivem nas sombras de quem os nega.
Quiçá, numa noite tempestuosa, eles surjam com todo o seu esplendor e fragrâncias sedutoras e sejam bem recebidos por todos os outros, excepto para quem lhes serviu de casulo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A verdade e a mentira são conceitos muito arbitrários e subjectivos.
É tão fácil uma mentira ser considerada uma verdade universal.
Não existe aquele conceito em que a justiça se apoia: Inocente até prova em contrário. Isso é algo demasiado utópico para as mentes mais comuns.
A posição social interfere em muito sobre o que considerámos verdadeiro ou falso.
Por muito que as pessoas se sintam verdadeiras, é tão fácil ficarem desacreditadas. Basta alguém dizer que é mentira e lá se vai todo e qualquer espectro de verdade que poderia pairar sobre nós.
O importante é fazermos a nossa própria verdade porque não há meio de derrotar dogmas errados que entram nas mentes dos indíviduos.
A verdade é niilista no nosso mundo. Não é a existência que carece de sentido mas sim o que considerámos verdade. Pois, ela permanecerá junto a nós e neste caso só fará sentido aos nossos ouvidos. Sim , a nós que dialogámos constante connosco próprios. Antes de se tentar perceber outra pessoa é necessário essa compreensão ser derramada por nós próprios.
Um rumor causa hecatombes. É uma arma profissional usada em muitos negócios. Um rumor falso pode significar lucros ou prejuizos de milhões às empresas. Veja-se o exemplo das bolsas de valores...
Para todos os que não se consideram fraudes, resta o sono descansado do guerreiro.
Novas batalhas virão mas, por mais que se percam, a vitória será sempre de quem é verdadeiro. A sua essência reluzirá eternamente.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Como pode o mais belo sonho tornar-se o mais horrível pesadelo quando se acorda?
Excluindo a maior evidência de ele não ser realidade, mas sim pelo facto de ele não ser possível porque assim o determinamos e optamos que ele apenas não passaria disso mesmo, de um sonho.
Belo sonho que ressuscita antigas questões. Neste caso foi mesmo um sonho desecrador de campas. Retira esqueletos dos seus caixões tentando transportá-los de volta a vida.
Sonho bom e vilão que se anuncia com trovões no seio desta paz, aparentemente, temporária. Faz conjunturar sobre realidades fictícias ou que poderiam não o ser. Ou apenas lançar mais uma duvida para o céu negro e carregado. Às vezes queria não ser tão sonhador.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


Está um frio glaciar capaz de congelar almas e mentes.
Este desertico ártico se propaga até mim.
Eu possuo um fogo intenso em mim capaz de derreter todo o gelo que ainda sobrevive nos polos terrestres.
Uma labareda mulicolor gigantesca que expele o que vaidentro de mim e que se revolta bem nas minhas entranhas.
Ejaculações verbais.
Secreções espamódicas de conhecimento outrora tormentos.

Quero sodomizar o desconhecido.
Espalhar a minha semente pelos 4 ventos e ver nascer novos sonhadores algures no universo.
Profetizações do que apenas permanece no pensamento e que nunca ganha vida através de sons proferidos dos meus lábios.
Com a minha chama apocaliptica desejo derreter o gelo que envolve as pessoas.
Deixá-las menos frias e capazes de aceitar almas errantes como a minha.
Quero consumir toda a gente no doce sofrimento de serem imoladas por mim.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Para os que acreditam em porcos voadores.

Encontro cds muito estranhos na minha caótica biblioteca sonora. Um deles é de Farmer Boys que não me lembro do porquê e quando o comprei. A música is not my cup of tea. Mais uma coisa estranha que fiz.
Só falo disto porque esta música tem um refrão muito curioso:
"Her angelic face, her immaculate grace
Are shining through the night
Like the stars in space and the moon in the sky
But loving you is like when pigs fly."
Realmente, é mais provável que os porcos comecem a voar do que alguns amores se concretizarem.


"Faith divides us, Death unites us"

Não gosto do Natal, mas acho que já tive direito a uma prenda enorme no meu sapatinho; o regresso potentoso de Paradise Lost, provávelmente a banda com mais videos aqui no meu blog. Há uma década a banda entrou numa grave crise de identidade que os levou a percorrer caminhos perigosos, mas felizmente encontraram o excelente rumo que ameaçava estar perdido para sempre. Como sei muito bem o que é uma crise de identidade, aqui estou eu a recebê-los de braços abertos como fazem as pessoas que amam verdadeiramente. Não vou dizer que estão perdoados, pois não sou ninguém para julgar opções pessoais, mas que sabe bem voltar a ouvir estes montros do Doom\Gothic metal sabe.
Voltaram os cabelos compridos e as letras existencialistas à banda.
Talvez isto seja o sinal que eu precisava. Por muito que tente mudar, acabarei por voltar ao que sempre fui. Paradise Lost demoraram uma década para perceberem quem eram, eu preciso de duas ou três eternidades. Pelo menos gostava que voltasse o meu cabelo gigantesco também.

Anyway, esta música acaba por ser um pouco azeiteira(adoro esta expressão tão nortenha, tão nossa!) e mesmo a pior do álbum, mas pronto... O que conta é a intenção.

O que existe para além do horizonte?
Na demanda de reconquista dos desejos profanados e vandalizados, junta-se a procura do que bom esconder-se-á no fim do horizonte.
Quando o horizonte termina o que existirá?
Existirá vida e\ou existência?
Tudo tem um fim e o horizonte não é excepção.
Lá onde o sol se põe espera-me algo.
Caminharei para o fim do meu horizonte.
Talvez seja apenas uma caminhada em circulos.
Volta-se sempre ao ponto de partida e não se encontra o fim desse horizonte.
Ele ri-se sarcástica e desafiadoramente, mas eu gosto de desafios.
Já derrotei o que parecia invencível, não será o horizonte que me fará desitir.
E no julgamento do qual serei o juiz irei condenar o horizonte a ser reformulado e reconstruido, para atrair os olhares dos restantes humanos pois estes encontram-se sempre fixos no chão. Muito gostava de saber o que existe de tão belo no asfalto para cativar tanta gente.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"Admitindo ser a verdade uma mulher- não será bem fundada a suspeita de que todos os filósofos, ao serem dogmáticos, mostraram conhecer mal a mulher?". Assim começa o livro "Além do bem e do mal" de Nietzsche. E esta frase não podia fazer mais sentido. Eu como não percebo as mulheres estarei sempre arredado da verdade.

Nunca uma musica retratou tão bem o Outono.

Esta música fenomenal de Nargaroth é a resposta para quem diz que Black metal é só barulho. Preconceitos à parte, oiçam esta obra de arte.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Odisseias de um trabalhador há já uma decada.

Por quase todos os empregos por onde passei, nesta atribulada vida profissional, deparei-me com pessoas que ostentam os seus titulos universitários como se fossem eles toda a razão das suas existências.
Não me importaria absolutamente nada com isso não fosse o facto de essas pessoas se acharem superiores a todos os semelhantes humanos e os tratarem com a máxima falta de respeito.
Uma notícia para todos vós doutores e engenheiros que se cruzaram e cruzam comigo no trabalho: Os canudos universitários não fazem automáticamente de vós excelentes profissionais.
Talvez falte nas nossas universidades uma cadeira chamada " Humildade e respeito."
Eu sou douturado por mim próprio e sendo assim vou deixar-vos um bom recado.
IDE PRÁ CONA DA VOSSA TIA!

Gosto de ver as folhas das árvores a cair.
A fazerem o primeiro e derradeiro voo da sua existência.
Nascem, crescem, sobrevivem a temporais, mudam de cor e quando cumpriram todo o propósito de vida desfalecem em etéreas danças com a brisa.
O voo das folhas acastanhadas é uma metáfora de tudo em que nós nasce, cresce e morre.
É necessário vermos a beleza do voo final.
Não ficaremos despidos como as árvores, pois, quando de nós voa algo, imediatamente outro algo floresce e cresce em nós.
Porventura, até mais belo do que o que possuiamos anteriormente.
Tudo depende em exclusividade dos nossos olhos...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Existe um tempo para viver, outro para morrer e outro para renascer.
Falo de sentimentos neste caso. Aplico a eutanásia a sentimentos moribundos que perderam toda a vivacidade e saude da qual sempre disposeram. É triste e constrangedor ve-los definhar e sofrer. Chegou o momento de os ver partir enquanto ainda réstias de dignidade os envolvem.
Sei que ao morrerem hoje renascerão um dia mais fortes do que nunca.
Custa vê-los partir mas é para garantir a sua eternidade que visto o papel de carrasco.
Adeus e até um dia destes. Que seja para breve o vosso renascimento.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Qual destes Hulk´s sou eu? Ou serei um pouco deles todos?




Numa destas noites, alguém que conhecera há apenas umas horas, completamente envolta no seu torpor alcoólico, disse que eu sou parecido com o Hulk.
Não obtive resposta ao perguntar qual deles, visto conhecer 3.
1- Hulk- O super heroi verde.
2- Hulk- Futebolista do F.C. Porto.
3- Hulk Hogan- Lutador, ou melhor actor de wrestling.

Tento dissecar cada um deles para tentar perceber quais os que posso eliminar, ou se os posso eliminar.

1- Hulk- o Super heroi. Que eu me lembre não fui atingido por raios gama e me transforme num ser poderosissimo e indestructivel. Não sou nenhum cientista que use alter-egos e que deseja salvar o mundo. Não sou verde, mas às vezes visto-me dessa cor. Ora aí está a primeira coisa em comum. Talvez, até seja mesmo um super-heroi. Pelo menos, às vezes sinto-me como um, capaz de derrotar tudo e todos não para salvar o mundo mas sim a mim próprio.
Hum- começo a encontrar algo parecido em mim com este Hulk.

2- Hulk- o futebolista. Ainda me resta algum jeito para jogar futebol. Vestígios de quando eu tinha um futuro radioso à minha espera nesse mundo. Como em tudo, acabei por me perder sem saber como, mas nunca voltei a encontrar-me.
Tenho uma paixão assumida desde o ínicio da minha vida, a unica que ainda subsiste nos dias de hoje e estará comigo até a eternidade: O Benfica.
Como em todas as paixões que tive, os desgostos foram imensos, mas perdoo tudo porque é superior a mim e transcende todo o universo. Paixões por pessoas, demore o que demorar, passam. Esta é a minha verdadeira e eterna paixão.
Este Hulk joga no arqui-rival da minha paixão. Um ponto negativo nesta análise intrinseca que faço. É totalmente inculto como quase todos os futebolistas. Não sou a pessoa mais inteligente do mundo, mas habita em mim alguma inteligencia. Mais um ponto negativo.
Hum- deste Hulk acho que só me revejo na paixão pelo futebol.

3- Hulk Hogan- Wrestler.- Nunca tive jeito para andar à pancada. Sou a pessoa mais pacifica do mundo. Também não tenho jeito para ser actor. Sou eu mesmo e a minha honestidade é das minhas caracteristicas que mais prezo. Todas as situações de violência em que estive envolvido ao longo da minha vida acabei sempre por ser o fustigado por todos os ataques adversários. Talvez tenha sido sempre masoquista. Gosto de ser punido. Gosto de sofrer. Nunca fui aclamado em nada na minha vida. Nunca ganhei trofeus ou titulos de qualquer espécie.
Hum- este Hulk só tem pontos negativos.

Características semelhantes com os 3: Sou um homem entroncado, com um caparro considerável. No alto dos meus 83 kg imponho respeito. e... pois, não vejo mais nada sinceramente...

Conclusão: Sou um homem com super-poderes de gostar da coisa mais parva do mundo que é o futebol e que tem capacidade de arquitectar duvidas filosóficas sobre estupidezes. Tenho a imagem mental de eu vestido de verde a correr com uma bola ao mesmo tempo que tento decifrar qual o sentido da vida. Por enquanto remato sempre ao lado. Haverá uma bola que entrará um dia e eu para festejar vou rasgar a minha camisola e em vez de mostrar uns abdominais perfeitos e uns peitorais super-desenvolvidos, mostrarei todas as cicatrizes que guardo em mim. Esses talvez sejam os meus trofeus. A prova de que ganhei alguma coisa. Pelo menos a capacidade de ver tudo com olhos irónicos.

domingo, 6 de dezembro de 2009

É por estas e por outras que Anathema é aquela banda.


Está tudo pincelado de cinzento.

A combinação perfeita entre negro e radioso.

Colorida a ausência de intento

E o conflito entre o bom e tormentoso.


É um espelho reflector de mim.

Pelo criador capturado

Talvez tenha sido sempre assim

No futuro, presente e no passado.


Encontram-se no cinzento

As cores para fazerem-se as demais

Presente em cada momento

Como as lágrimas imortais.


Cabe a mim compor outra cor

Para voltar a tudo colorir

Mistura-la com todo o ardor

Para nunca mais regredir.





quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Consegues sentir o crepúsculo a esvair-se?
A ausência de guerra não significa paz.
Longe está a vontade de querer.
Longe está tudo.
Longe dos olhares cobiçadores.
Tu também estás longe.
Eu? Eu estou sempre perto.
Perto de onde não quero estar.
Estou demasiado perto de mim.
Certas vezes tenho medo de mim.
Outras tenho medo de ter medo.
Instantes em que a harmonia faz a sua visita.
Tudo está reflectido na atmosfera circundante.
Tudo é espelho do que não sou.
Não sou a nuvem negra ameaçadora.
Não sou um raio de sol que aquece alguém.
Não sou a vida nem a morte.
Sou algo.
Sou uma coisa.
Sou o que ninguém quer que seja.
Sou a encarnação da nulidade,
Sou o sonhador inveterado de quem os sonhos fogem.
Sou poeta malfadado inundado por palavras que não me obedecem.
Sou o que alguém gostaria de ser.
Claro que não.
Eu carrego em mim demasiada escuridão.
Tenho em mim todas as soluções para os teus problemas.
Apenas eu sou uma equação matemática sem resolução.
Mas no meio de tanto sou e não sou encontra-se o verbo ser.
E eu consigo conjugar a primeira pessoa no presente.
E também pretendo conjugar no futuro...
No presente está seguido de reticências, já não de pontos de interrogação.
No futuro, o presente será acompanhado de uma palavra.
Qual? Eu.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Formam-se lagos gelados na queda de palavras glaciares.
Elas congelam toda a vegetação rebelde que cresce abritáriamente.
Acredito na criogenização.
Tudo o que estiver congelado não está morto, apenas adormecido.
Permanece inalterado e preservado até que os raios de sol incidam um dia.
Nesse dia tudo voltará a ser como era...
Demorem o quanto demorarem, os raios de sol, a beleza permanecerá intacta.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"Freedom is only a hallucination
That waits at the edge of the places you go when you dream
Deep in the reason betrayal of feeling
The mistakes that I made tore my conscience apart at the seems "

ANATHEMA
Confesso os meus pecados no portão de Deus. Ele está ausente. Encontra-se enclausurado nas mentes primitivas. Quem é que vai absolver-me?

Sou um navio embalado pelas marés.
Vagueio livremente para onde me levarem.
Os oceanos vastos são o meu domínio.
Estou perdido sem nunca o estar.
As estrelas acenam à minha passagem.
Serenidade nas ondas que me beijam.

Sou navio de carga.
Transporto o que sinto.
Como todos os navios tinha um destino.
Um porto de descarga.
Mas este encontra-se fechado.
Não posso deixar tão preciosa carga.

Continuo perto desse porto.
Na vã esperança de ele me receber.
A mercadoria não tem validade.
Tempestades não me viraram
Ou destruíram a carga.
Apenas desejo descarregar.
E assim poder voltar…
Conduzido novamente pelas marés nómadas como eu.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Estou na minha caverna camuflada por árvores milenares e demais vegetação pré-histórica.
A misantropia é um estado de direito e de alma. Nesta minha caverna tenho todos os confortos e uma visão paisagística de todos os abismos e demais ofertas do mundo exterior.
Atafulhadas a um dos cantos da minha caverna encontram-se palavras arrumadas em toda a sua desordem. Agorafobia é uma doença ou apenas um estado de espírito. Geralmente estado de espírito e estado de sítio são sempre sinónimos.
Tudo me acena em desdém. A tudo nego, pois tudo o que quero está na minha caverna.
É a vantagem de ter uma mente supercriativa, que catapulta tudo para as mãos.
Ninguém é bem-vindo aqui. Ou melhor, ninguém quer entrar.
Apenas eu vejo que não estou sozinho aqui. Está quem eu quero que esteja. O que olhos humanos consideram uma rocha, eu vejo uma pessoa. Está aqui quem amo. Sempre esteve e estará. Continuo a declamar poesias à velocidade da luz como elas se formam no meu pensamento. Não preciso de ter resposta das rochas. Não preciso de respostas porque também não tenho perguntas.
Nada são objectos inanimados. Tudo tem vida e fala comigo.

sábado, 28 de novembro de 2009

O amor e a ejaculação precoce são doenças muito similares. Começa-se sempre com grande entusiasmo e num ápice tudo termina restando apenas a desilusão e a sua irmã frustração.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Neste dia em que tudo correu mal, gostava de não ser o criador deste blog e ser um leitor anónimo, para ver as minhas palavras com outros olhos. Se realmente inspiram como me tem dito.
Fiquemos aqui mais um pouco...
Abraçados pela neblina matinal absorvendo as gélidas vagas de pensamentos impuros que penetram os poros.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Observando o mundo adormecido e embalado pelos nossos sonhos.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Respirando a pacifíca revolução das ondas do mar. Por mais esquecidas que sejam elas têm razão de viver.

Fiquemos aqui mais um pouco...
À espera que tudo faça sentido.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Quanto tempo? O tempo perdeu o seu valor

Fiquemos aqui mais um pouco...
Até sentirmos que devemos ir para lado algum.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Até o vento nos embalar no mais doce sonho com as suas melodia.

Aí sim podemos partir...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Algures no limbo entre o metal e o rock é onde eu me encontro. Uma das bandas que intercala escuridão e harmonia na perfeição: Opeth...

Eclodem nos negros céus
Prelúdios de futuros anuncios
Palavras despidas de seus veus
E também dos infortunios

Noções ratificadas
Recebidas em delírio
Almas ovacionadas
Escapam ao genocídio.

O céu dá as boas vindas
A quem o relegou
Recuperadas estão as vidas
De quem as antes negou

Rascunhos de optimismo
Flutuam pelo vento
De novo individualismo
Ou apenas de alento

Todos que em mim vivem
Cohabitam pacíficamente
Guarida em mim têm
Tornámo-nos uma só mente.

Assinado está o armistício
Algures esteve refugiado
Findo está o suplício
E regressado o amado.

É tempo de orgias
Como nos tempos de Baco
Infindáveis alegrias
Sepultado o passado velhaco.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Atrocidade decidida por políticos incultos. É assim que eu vejo o novo acordo ortográfico que brevemente entrará em vigor. Alguns jornais de tiragem nacional já são escritos obedecendo a essas regras inócuas.
É deitar ao lixo tantos séculos de grande literatura portuguesa. Com esta aberração, daqui a uns anos, muitos putos escarniarão as obras imortais de grandes autores portugueses. Supostamente estarão cheias de erros. Estupidez…
Tenho um pouco de nacionalista dentro de mim. Tudo o que é bom em Portugal deveria ser preservado e inalterado. A língua portuguesa é do que melhor este país possui e agora é trucidada por quem decide. Infelizmente quem tem esse privilégio de decidir sobre o país, fá-lo sempre da pior forma possível. Da mesma forma que todos os monumentos nacionais estão a cair aos bocados, agora será a língua portuguesa que será degrada.
Não votei nas ultimas eleições e supostamente não posso protestar. O meu protesto será mudo. E será através do meu blog…
Este blog está e estará isento eternamente das novas regras do acordo ortográfico. Não vou mudar a minha forma de escrever porque os políticos assim o decidiram…
Há uma nova pandemia a ostracizar multidões. Não a gripe A, mas sim uma depressão colectiva. Vejo pessoas muito chegadas a mergulhar nas águas gélidas da tristeza e das mazelas mentais.
É estranho estar agora no lugar de espectador de tão lúgubre espectáculo. Os meus passos percorreram esses mesmos palcos negros e declamei as palavras soturnas e ausentes de esperança-
Não sou nenhum mártir, mas a minha experiência passada e opções erradas serviram de exemplo a muita gente para não repetirem os erros dos quais eu possuo os direitos de autor.
Observo o quão difícil é entrar numa mente barricada na mais profunda penúria, mas eu consigo…
Brando habilmente a minha espada da compreensão e paciência infinita. E com ela derroto o inimigo que derrotei uma vez e que canalizou a sua raiva contra mim em quem me é querido.
Sou o exterminador de depressões…. E depois de ter dizimado toda e qualquer melancolia, digo “I´ll be back”…
Estão erguidas as muralhas para o sol não contaminar a escuridão doce onde acaricias todas as tuas mágoas e atribuis nomes carinhosos a cada uma.
Perante a sua imponência, os mais vitoriosos e conquistadores exércitos batem em retirada e anunciam aos 4 ventos a sua derrota.
Só, eu resto observando-as. A única arma que possuo para a invasão é a minha compreensão.
Tento encontrar a mais ínfima abertura para conseguir entrar.
O rodar do relógio é mais um dos meus inimigos. Mas eu sou um grande general que comando o meu exercito composto apenas por mim. As minhas vitórias são incontáveis. Sou uma versão moderna e actualizada do bíblico David que destrói inúmeros Golias. Escolho as minhas batalhas. Só as que anunciam como impossíveis de vencer merecem o meu respeito.
As tuas muralhas riem-se desafiando-me. Como eu gosto de ter inimigos sarcásticos! Maior será o regozijo da vitória! Quando menos esperares as muralhas estarão em ruínas e eu estarei sentado ao teu lado no teu trono…
Uso dias de forte sentimento anti-social para me entregar ao fantástico universo da literatura escrita por outras almas torturadas e sonhadoras que não a minha.
Escolho alguns livros já lidos anteriormente e que de uma forma ou outra me marcaram.
Um deles é “As portas da percepção” de Aldous Huxley.
Este livro editado em meados do século XX foi extremamente polémico e usado por Jim Morrison para dar nome a uma das imortais bandas que viverá muito para além do dia do cataclismo.
Para quem conhece minimamente a biografia de Jim Morrison isto já será motivo suficiente para deixar água na boca.
Huxley defende neste livro o total e isento de restrições uso de drogas para aumentar o nosso conhecimento.
É uma enciclopédia de drogas e efeitos causados por cada uma.
Um livro que li e reli atentamente, não porque precise de algo que me abra as portas da percepção porque elas estão escancaradas e não precisam de chave. Gosto deste livro porque foi editado no seio de uma época extremamente conservadora e toca em assuntos proibidos e mesmo mais de meio século passado desde a sua edição, muitas serão as mentes que se o lerem atribuiam-lhe imediatamente como destino a fogueira.
Está muito bem escrito e Huxley consegue transmitir e provar a sua mensagem.
Sou contra o uso de drogas para a obtenção do objectivo que Huxley propõe. Ele é possível naturalmente sem artifícios químicos. Basta abolir as barreiras que as pessoas edificam em si próprias e desrespeitar as da sociedade que rege o que a nós não pertence.
Já tive experiências com drogas. Não foram assim tantas nem tão poucas quanto isso.
Nada de cavalo. Não se preocupem… Conheço um numero de alterantes psíquicos, mas que não me provocaram o que Huxley defende precisamente porque não preciso.
No universo das drogas ditas pesadas, conheço a dama branca, como é chamada na minha terrinha. O suposto efeito que devia causar em mim não esteve presente. Único efeito causado: Sobriedade total e absoluta anulação de toda e qualquer vontade de dormir.
Restantes psicotrópicos experimentados por mim no campo das drogas leves. Alheamento total do mundo circundante. Vagas sensações de euforia e total reclusão auto-infligida. Ausência de toda e qualquer capacidade de comunicar. Nada de alucinações e vontade incontrolável de dançar. Imunidade total a todos artifícios denominados alterantes da mente.
Apenas um imenso mal-estar físico…
Prefiro ficar com as minhas drogas que são fáceis de obter e que não pretendem alterar nada em mim: Ler, escrever, fumar, beber e musica. Outra não tão fácil de obter mas quando consigo a minha dose consumo em excesso. A única que gostaria de ter uma overdose: Sexo…
Novas odisseias são projectadas nesta minha mente em busca de novas experiências que levam ao extremo a existência física. O meu corpo torna-se um amplo campo de experiências científicas que de isso tem muito pouco.
É um dado adquirido e absorvido que tenho um corpo humano. Estendo sobre ele tentativas de imortalidade, ou meras materializações do que o meu cérebro fervilha nos constantes momentos de insatisfação.
Mutilo o meu cabelo com novos cortes com o simples objectivo de me rir enquanto observo no espelho as personagens tresloucadas em que me transfiguro. Não pretendo chocar ninguém. Muito menos a mim próprio, porque isso é algo que transpôs a barreira do que é possível há já algum tempo. Apenas almejo rir de mim próprio. Corto a barba e deixo apenas um bigode ridículo no bom estilo de actor pornográfico que emana perversidade.
Deixo de fumar durante dias apenas para provar que consigo e depois fumo um cigarro no intuito de somente sentir aquela pedrada que todos os fumadores sentiram quando fumaram o seu primeiro cigarro. Festejo quando sinto o meu corpo em agonia e quando a velocidade de rotação da Terra foi aumentada milhões de vezes. Para quê? Para sentir o meu corpo.
Bebo desalmadamente como se tivesse o objectivo de absorver todo o álcool existente no planeta. Testo os limites do meu corpo. Quanto é que ele consegue absorver? Bastante…
Rio sarcasticamente ao mesmo tempo que ele se contorce expelindo todos os líquidos multicolores que aparentemente foram ingeridos em excesso. Encho uma poça de vómito e vejo nela todas as evidências de que atingi o limite. Fico orgulhoso por tê-lo conseguido.
Encontro a chave para abrir a porta à besta sexual que habita em mim e deixo-a vaguear livremente. Ela afixa-se num pobre corpo feminino que é apenas um meio de contabilizar o número de orgasmos que consigo ter numa noite. Os olhos pertencentes ao corpo subjugado pela besta olham para mim. Mas não sou eu que eles vêem, é a besta enclausurada e subitamente libertada. Após muitas horas de intenso laboro sexual, a besta olha-me saciada e reabre a porta para voltar aos seus aposentos situados nas minhas entranhas. É o sinal de que consegui atingir o limite de secreções físicas. Objectivo comprido…
Não é um caminho de auto-destruição este. Esse caminho deixou de ser trilhado há algum tempo. Apenas a forma de levar a minha forma humana ao extremo. Estabelecer novas fronteiras e fazer todo o uso possível da existência.
Não pretendo provar nada a ninguém nem ser julgado como demente. Essas definições nunca tiveram sentido para mim. Mas se consideram insanidade o que faço convido-vos a eliminarem preconceitos e a serem vós próprios. Tem muito para descobrir. O corpo não serve apenas de manequim para as roupas novas que compram ou de ser um espelho do que na realidade não são.
Ele serve para ser usado e para aprender o que estava para além dos limites da compreensão.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

There are no angels to greet me
Nor demons to grieve me
All my eyes can see
Is my guilt roaming free
Running away so fast...
From the feeling suposed to last
Maybe it arrived from the dark past
Or from the future of the same past
Nowadays it felt so wrong
No matter how strong
Once it was felt
It isn´t strapped in my belt
All i once saw
Through your bleeding jaw
Isn´t there anymore
I can beg for more
But it exists no more
And here I lay
Thinking of that day
When i felt perfection
And an enduring satisfation...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma música para alguém do meu passado cada vez mais longínquo...



Darkthrone - F.O.A.D

"If you think my castle
Is built on sand
Well bring on the tides
You can fuck off and die

If you think my patience
Is ocean vast
Or river deep
You can fuck off and die

Fuck off and die!
Fuck off and die!
Fuck off and die!
Fuck off and die!
Fuck off and die!!

If you think my pain
Is well preserved
Then go ahead and try
You can fuck off and die

Fuck off and die!!!"
Incontáveis psicologias
Assentes em erróneas analogias
Tudo é uma metáfora
Disfarçada de hipérbole.

Inconveniências das displicências
Tudo que é desnecessário
Faz parte do meu glossário
Capaz de várias sapiências

Um manual de como sobreviver
Sou capaz de escrever
Para mim e para quem quiser
Basta saber ler.

No cahamado imediato
Erra o que é exacto
Apenas permanece
O que apenas parece

São infindáveis recompensas
Embrulhadas em palavras suspensas
Tudo o que nada é, nada será
E apenas a verdade permanecerá.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tenho saudades de te oferecer palavras.
Pequenos e insignificantes gestos de agredecimento por tudo o que representas para mim.
A reconstrução deste modelo danificado deve-se em grande parte a tudo o que me deste.
Estou renovado e melhorado.
Acredito em mim e adoro acordar todos os dias.
Não quero sómente o doce mundo dos sonhos agora.
Se consigo manter um sorriso nos meus lábios é porque foram as tuas mãos que o esculpiram.
Escoltaste de volta o que de bom desertava de mim.
Tenho a ambição de um dia ser astrónomo para descobrir um novo corpo celeste e báptizá-lo com o teu nome.
Enquanto esse dia não chegar serás sempre para mim a estrela mais brilhante no meu céu nocturno.
Como todas as demais estrelas jamais serás pertença de alguem mas, não podento ter-te para mim, resta-me observar-te todas as noites em todo o teu esplendor.
O céu ainda não me foi vedado.
Pelo menos por enquanto.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ich uber alles!

Tentativas sempre infrutiferas de mover montanhas e de inverter as correntes dos rios.
Chamo a mim as mais utópicas e invencíveis batalhas.
Desejo destronar quem não tem trono.
Sou um vigilante, um terrorista, um suicida, o que me quiserem chamar.
Não declaro guerra a nada nem a ninguém.
Movo-me nas vossas sombras e nunca sou visto.
Sou movido por uma colossal ambição nunca antes testemunhada.
Não sei o que pretendo conquistar. Ou melhor, sei...
Não são paises, pessoas ou credos que desejo subjugar. Desejo subjugar a mim.
Ter o domínio sobre mim próprio.
Instaurar uma ditadura, com penas capitais se eu não respeitar as minhas leis supremas.
Quero discursar para plateias repletas de ninguém sobre novas invasões a territórios inimigos.
Dizimar o que incorrecto se encontra e fazer campos de concentração para sentimentos adversos.
Permanecer forte e intransponível para repelir qualquer tentativa de invasão de aliados maléficos que desejem usurpar o que conquistei e a libertação de todos os sentimentos indesejados que amontoarei em reclusão e em condições degradantes.
Proclamar o meu dominio sobre mim e apenas ser eu próprio...

domingo, 15 de novembro de 2009

Sou um puzzle daqueles que demoram meses a completar.
Estou quase completo. Falta apenas uma peça, mas não a encontro.
Quem por engano a levou é favor devolve-la.
Ofereço enorme recompensa!
Estou preso à minha liberdade.
Tudo passa a correr perante mim
Tudo parece ausente de verdade
Imploram-me que agarre algo
Que cai vertiginosamente perante a minha apatia.
Cuidado! Que vai se partir em mil pedaços.
Só eu posso amparar a queda mas não o faço.
Inércia, essa definição fisíca impede-me.

Parte e estilhaça-se tudo à minha frente.
Eu olho e recordo-me de mim próprio.
De tempos idos e espero nunca vindouros.
Estou livre para fazer tudo mas nada almejo.
Talvez um infimo de mim gostaria de que gostasses de mim.
Outro deseja que eu goste de mim da mesma forma como gosto de outros.
Agora estou livre de tudo e preso a esse mesmo tudo.

Posso ir correr nu para os campos. Quem me impede?
Eu...

Gosto do silêncio que é emanado pelas tardes de chuva. Parece que tudo interrompe temporáriamente todo o seu ritmo maquinal.
Arbitráriamente escolho um cd para servir de banda sonora enquanto acendo um cigarro e observo a imensidão de paz que se estende para além da linha do horizonte.
Este é um silêncio solitário. Não tenho ninguém com quem o partilhar. Tem tudo para ser um daqueles silêncios que engloba em si mesmo todas as conversas e todas as mais belas palavras.
Seria um daqueles momentos etéreos e perfeitos em que a melodia da chuva suavizaria toda a agressividade e violência que brota das colunas.
Terei eu um dia alguém para comungar comigo deste silêncio? Alguém em que apenas os olhares comunicariam e seriam eles os autores de belas e intemporias odes?
Na infinita rebelião que são os sentimentos humanos não há espaço para vazios quando apenas os olhos comunicam.
O tédio é algo ausente já há algum tempo destas paisagens pinceladas de cinzento que sou eu. Há demasiadas coisas para serem feitas. Estou calmo! Uma calma que tanto lutei para obter e finalmente consegui.
Se, porventura, deflagrasse uma hecatombe perante os meus olhos permaneceria imerso nesta mesma calma se tivesse um olhar a comunicar com o meu. Não existirá sensação mais sublime.
Dedico-me a avaliar os olhares de todos os que se cruzam comigo para o encontrar. Tenho muitos para analisar. Desejem-me sorte.

sábado, 14 de novembro de 2009

Gostava de caminhar por entre os escombros e não ser atingido por todos os estilhaços atiçados por explosões nucleares à minha volta.
Parece que tudo se auto-destroi à minha passagem.
Tudo tem medo de mim. Tem medo que eu vislumbre algo de belo em si.
Tive, em tempos imemoriais, medo do que me rodeava. Volte face primoroso, agora tudo exibe receio à minha passagem.
"Ali caminha quem não conseguiu auto-destruir-se e agora visa a destruição de tudo." Pensamento ostentado pelos candeeiros na rua, nas pedras da calçada e nos troncos das arvores.
Descansai mortais e demais inanimados. Não procuro vingança ou ódios.Apenas uma forma de co-existir com toda e qualquer existência.
Descrever belas paisagens onde outros olhos apenas encontram desolações. Onde verem problemas eu apenas ver soluções.
Não desejo molda o mundo a mim. Apenas torná-lo mais habitável ppara mim e o meu imenso pensar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desfalecem as gotas de chuva no asfalto
Perecem antigos súplicios
Tudo cai e tudo se transforma
Em novas tentativas de existência
não existem cruzes suficientes para crucificar
Tudo o que pensei e errado estava.

Pensamentos mártires
Ideias exorcizadas
Palavras sentenciadas
Tudo perde a razão
Prevalece a palavra não.

E a chuva continua a cair...

Só eu vejo beleza na escuridão
Poetas dela fizeram o seu ganha pão
Nunca foram vendidos
Apenas rendidos
Nos seus escritos intemporais
Tem lugar cativo a chuva
As lágrimas do céu
Os desabafos do eterno criador
A chuva adormece a dor
Apazigua o amor
Derrama nova vida sobre ele
Transfigura-o para o não perder
Dá-lhe um novo folego para sempre viver.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tom Hanks, no filme Forrest Gump, disse " A vida é como uma caixa de chocolates. Nunca sabemos qual o que nos vai sair."
Eu actualizo essa afirmação.
Ora aqui vai.
A vida é como um Happy Meal do McDonalds. Nunca sabemos o brinquedo que nos vai sair. Ou há mesmo aqueles casos em que o happy meal não tráz nenhum brinquedo.
Quel`est ta raison d`etre?
Maintenant je regarde la fenetre et l´enfer est la.
Quelq´un a dit qu´il est les autres.
Je demande ton enfer pour être consumée dans tes flames.
Je veux... ta visage
Je veux... ton coeur
Je veux... tes yeux
Je veux tout qu´est impossible et que n`existe pas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A minha psicografia.

Espalhadas estão as marcas de dor
Infligidas por antigos crimes de amor
Poesias dispersas e murmuradas
Nelas as emoções não censuradas
Valem o que significam para cada um
Uns veem todo o valor outros nenhum
Poesia é subjectiva
Ou apenas adjectiva
Em palavras nunca forjadas
Encontro todas as minas amadas
Boémias e degradações
São algumas das minhas paixões.

Fingir sentimentos
Ou demais intentos
Fica para quem lê
E para quem me vê.

Um dia tudo terá destino
Tudo agora em desalinho
Encontrará o seu de direito
As qualidades são um defeito

Tenho palavras para quem me rodeia
Inclusivé para quem me odeia
Inesgotável turbilhão
capaz de destruir um coração

Adoro o mundo ou não
Dedico-lhe um aceno de mão
Agora não de despedida
Apenas de raiva incontida.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Tantas centenas de euros gastos em consultas de psiquiatria tinham que ter servido para alguma coisa.
Estabelecer objectivos...
O unico medicamento que me foi receitado que não me fez ficar pior do que já me encontrava.
Estabeleço muitos objectivos. No inicio eram apenas diários. Agora estendem-se a médio e longo prazo.
Alguns grande e importantes ficaram pelo caminho. Estabeleço uns novos.
Próximos objectivos: Juntar dinheiro para comprar uma guitarra e um amplificador poderosos para fazer música sozinho. Está mais que visto que com outras pessoas a coisa não vai lá.
Ir de férias para a parte leste da europa e continuar a tour das cervejas europeias.
Até agora acima das cervejas portuguesas só mesmo as belgas.
Quero ir a Budapeste! Ver as noites. "São noites de rock n roll".
Afinal a super-cola que usei para me colar é muito boa. Não é dos chineses certamente. Caio constantemente mas nunca mais me parti.

domingo, 8 de novembro de 2009

I had a dream but now it´s gone...

Tempos houve em que desisti de lutar.
Tempos há em que desisti de desistir...
Amanheceres sedentos
De eternos tormentos
Nas palavras ditas
E jamais escritas

Entardeceres doces
De sonhos precoces
Viagens sem regresso
No ser disperso

Anoiteceres intranquilos
Pesadelos aos quilos
Rumores de separações
Entre paixões e razões.

Tudo parece igual
Repetição abismal
Vou inverter os ponteiros
E traçar novos roteiros.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para a minha identidade que ainda anda a monte apesar de já alguém ter dito que já a viu. Para mim, para ti, para todos e para ninguém.

Sei que um dia encontrar-te-ei algures recebendo-me de braços abertos.
Não sei se os irei aceitar...

Esta musica é histórica!!!

Foi a primeira musica de uma banda portuguesa que vi num filme pornográfico. Com um refrão tão bom como este foi uma grande escolha. "Swallow me. Swallow meeeeeee! Swallow me deep into your heart..."

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Obrigado por me ensinares a odiar
Com a mesma entrega e devoção
Que dispenderia em amar
Ténue será a fronteira no meu coração

Amo odiar-te
Faz-me sentir vivo
O meu rosto escarlate
Por sentimento tão ambiguo

Desconhecia em mim tal capacidade
Surpreendo-me todos os dias
Olho para a minha maldade
Transformada em palavras luzídias.

Será efémero como o amor?
Este ódio hipocondriaco
Despido de qualquer dor
Como um ser demoniaco

Existem rituais?
Manuais de instruções?
Poemas ancestrais
De como subverter paixões?

Intenso este não gostar
Propaga-se pelo ceu negro
Em mim irá pernoitar
E não farei dele segredo...

R.i.p António Sérgio.


A melhor voz que alguma vez foi emanada pelas ondas do eter.
O verdadeiro radialista. Envolto de misticismo foi um mentor para todos os profissionais da rádio. Em tempos que agora parecem pré históricos, sonhei um dia exercer tão digna profissão tambem inspirado por este senhor.
Aquela voz rouca e boémia, com um timbre bastante grave tinha muito de sedutor.
O primeiro a transmitir em Portugal música alternativa. Criador das suas próprias playlists e com os seus comentários a mais ranhosa banda até soava de maneira diferente.
Passou por quase todas as grandes rádios nacionais e das poucas saudades que tenho de Lisboa, uma delas era ouvir a sua "Hora do lobo" na Radar Fm. Infelizmente essa rádio nao circula nas ondas hertzianas nortenhas.
Só recentemente no programa 5 para a meia noite da Rtp2 é que consegui juntar um rosto a tão mítica voz. Segui todas as suas palavras pois este homem era o verdadeiro comunicador.
Sou grande amante de música e apesar deste senhor não ser músico, o panorama musical português ficou muito mais pobre.
O "Oceano Pacífico" aguarda-te mestre e as suas ondas serão sempre " O som da frente".

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Rendo-me!
Porque existem guerras que nunca se irão vencer.
Desisto!
Bato em retirada. Aceno a bandeira branca.
Fuzilem-me se quiserem... Mas na derrota admitida sinto-me vencedor.

domingo, 1 de novembro de 2009

Mais uma parte de uma musica que apanhei do ar que faz todo o sentido.

"Everything I know is wrong,
Everything I do it just comes undone,
Everything is torn apart
And that´s the hardest part."

Coldplay - The hardest part
O meu reino tarda em chegar.
Esse reino que arquitectei.
Onde a mais bela flor desabrochará.
Como ele demora a chegar...
Como essa flor ainda permanece fechada em si mesma.
As suas pétalas serão de uma beleza nunca antes vistas.
Os jardins do meu reino aguardam pela flor.
Já lhe conhecem os espinhos.
Já sangrei picado por eles.
Tudo é irrelevante quando se espera por tão bela flor em todo o esplendor.
Mas ela insiste em não desabrochar....

Relações amorosas e bandas para mim são a mesma coisa. Perdoo o mal feito porque os bons momentos serão eternos.



Like a fever, fever - inside of me
Like a fever, fever - inside of me

Stand fast, faithful one
See the moon and not the sun but I...
All I need is a simple reminder

Breakdown frail affairs
Turn from the elusive stares but I...
All I need is a simple reminder

Guilt is feeding, feeding, inside I'm cold

In depth grasp the chains
Struggle as the waters gain but I...
All I need is a simple reminder

Observe the formation
Fight until the battle's won but I...
All I need is a simple reminder

There's no rule to say you'll cry alone
Just find the strength to help you carry the load
Reverse the frown and let the power surge
But when alone you cannot resist the urge

Feel it, feel it, like the pain of dying
Feel it, feel it, like the pain of dying

Hold on face to face
Damaged by the sad disgrace but I...
All I need is a simple reminder

Twisting the knife in vain
End the grief hut who will gain but I...
All I need is a simple excuse
Don´t runaway from the pain
In her lays knowledge
So much to gain
A step back from the edge

Just let it flow
Qiet and peacefuly
You´ll see her vow
And kiss you deservedly

Reveal your tears
and let them fly
You´ll be free of fears
And wonder why

Claim what´s yours to grab
Infinity awaits you
In the wisdom that you now have
You´ll know always what to do

Beneath all the cruelty
Lies all that´s beautifull
And all this beauty
Seems so pityfull

Believe in what you achieve
Trust all your enemies
You will find relief
And stop all your cries.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Questionar ou não questionar. Eis a puta da questão.

Não passará tudo de um amor platónico, como todos os grandes poetas retrataram nas suas imortais obras?

Algo que se entranha mas que nunca é expelido pelo ser e tornado fisico?

Arde no ámago do interior humano e que jamais poderá ser apagado ou propagado a outras paisagens?

Será apenas mais uma criação da minha mente?

Mergulho constantemente em realidades artificiais e por vezes não as consigo distinguir da realidade real.Será este mais um desses casos?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Frase mítica dita por moi même...

Fazer musica sozinho é como a masturbação.É engraçado mas não é a mesma coisa...
Os espelhos não reflectem as mudanças
Os anos não revelam as andanças
Tudo permanece escondido
Na rectaguarda do que parece perdido

As maldições não são tradições
Pequenas chuvas não são monções
Medos não são credos
Belezas guardadas em segredos

Lágrimas já não são refugios
Já não aumentam caudais de rios
Tudo é diferente
Eu e toda a gente

Olhares focam-se em algo
Com altivez de fidalgo
Tudo é relativo
E eu já não estou apreensivo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

As luzes escurecem mais a escuridão
Tornam-na ainda mais sedutora
Convidam a percorrer caminhos sem retorno
A perder os receios infundados e supérfluos
A misturar com os veus sinistros
Os veus com os quais teimamos em nos cobrir.

Assim sorri a Noite para os que a amam.
Ela deseja os teus desejos
E procurará realizar os teus ensejos.
Assim se ergue ela guardando-te
Até os meus braços a substituirem.

domingo, 25 de outubro de 2009

Mais rock n roll ou simplesmente o que me acontece muitas vezes

"Too Drunk To Fuck"

Went to a party
I danced all night
I drank 16 beers
And I started up a fight

But now I am jaded
You're out of luck
I'm rolling down the stairs
Too drunk to fuck

Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
I'm too drunk, too drunk, too drunk
To fuck

I like your stories
I love your gun
Shooting out truck tires
Sounds like loads and loads of fun

But in my room
Wish you were dead
You ball like the baby
In Eraserhead

Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
It's all I need right now
Too drunk to fuck

Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
I'm sick soft gooey and cold
Too drunk to fuck

I'm about to drop
My head's a mess
The only salvation is
I'll never see you again

You give me head
It makes it worse
Take out your fuckin' retainer
Put it in your purse

I'm too drunk to fuck
You're to drunk to fuck
Too drunk to fuck
It's all I need right now Oh baby
I'm melting like an ice cream bar
Oh baby

And now I got diarrhea
Too drunk to fuck
Yeah, Yeah
Yeah, Yeah
Yeah, Yeah
Oooohhh

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Alcohol, drugs and Rock´n Roll, o que vem por acréscimo é benvindo.

"I am the one, orgasmatron, the outstretched grasping hand
My image is of agony, my servants rape the land
Obsequious and arrogant, clandestine and vain
Two thousand years of misery, of torture in my name
Hypocrisy made paramount, paranoia the law
My name is called religion, sadistic, sacred whore.

I twist the truth, I rule the world, my crown is called deceit
I am the emperor of lies, you grovel at my feet
I rob you and I slaughter you, your downfall is my gain
And still you play the sycophant and revel in you pain
And all my promises are lies, all my love is hate
I am the politician, and I decide your fate

I march before a martyred world, an army for the fight
I speak of great heroic days, of victory and might
I hold a banner drenched in blood, I urge you to be brave
I lead you to your destiny, I lead you to your grave
Your bones will build my palaces, your eyes will stud my crown
For I am mars, the God of war, and I will cut you down.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Incompleto e sem sentido... como tudo.

Chovem segredos outrora ocultos.
Díluvios de desejos mudos
Palavras confinadas em eternas descrenças
Vazios transbordam nas almas propensas

Existências tratadas com desprezo
Soam como o mais belo Intermezzo
As linhas melódicas da tristeza
Possuem em si muito de beleza
A crueldade tem muito de bestialidade
Nos dois sentidos encontra-se a verdade

Entre vidas desconectadas
Existe algo que as mantém atadas
Sentimentos de etereadade
Ausentes de toda a maldade.

E a chuva dos teus segredos
inunda-me, mas neles eu quero afogar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Hoje sim. O mundo ruiu a meus pés...

Apesar de ter 28 anos às vezes pareço uma criança que ainda acredita no pai natal. Já que o natal é quando o homem quer, eu fico a olhar para a chaminé à espera que ele desça e me traga uma prenda. Talvez aquilo que sempre desejei. Já perdi o rasto de quantas vezes o pedi.
Mas tenho a sensação cravada dentro de mim que o que me sairá no sapatinho será uma cartola e uma bengala e assim transformar-me-ei no Alex do "Laranja Mecánica" e finalmente a ultra violência que está armazenada a um canto dentro de mim e guardada a 7 chaves jorrará finalmente. Vou cantar na chuva enquanto pontapeio todos os males hipócritas que só eu vejo. Rir-me-ei na cara dos meus inimigos e assumirei controlo de todos os motins sem sentido que ocorrerão à minha passagem. Beware of the beast.MUAHAHAHA!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Grande Saramago!



É preciso ter tomates para abalar o nosso tão católico país com tamanhas blasfémias.
Coitadinhos dos cristãos, ficaram tão ofendidos! És um herege Saramago. Arderás no fogo do inferno e todos os teus leitores irão fazer-te companhia. Eu serei o primeiro a saltar para a fogueira.
Quero ser excomungado! Fui baptizado e quero que o meu nome seja retirado do livro dos católicos.
Onde está dar a outra face, tanto apregoada pelo cristianismo? Bullshit.
Opressão! o sinónimo perfeito para Igreja.
Ai coitadinho do rapaz que está na cruz com a coroa de espinhos enfiada na cabeça! Morreu para a humanidade se salvar. Valeu a pena? A humanidade salvou-se?
Os cavaleiros do apocalipse continuam a correr o mundo.
Outra inquisição precisa-se, urgentemente. Vamos queimar os livros blasfemos!
Vamos organizar novas cruzadas e orquestrar genocidios dos supostos infíeis!
Vamos... vamos mas é todos poh caralho!
É suposto existir liberdade de expressão, mas isso é só para inglês ver.
Condenem-me sacerdotes e papas pois eu não acredito em deus! Acredito em mim. Eu escrevo as minhas próprias regras.

domingo, 18 de outubro de 2009

Crónicas de um domingo à tarde num bar com net wireless.

Musicas ocas de conteudo bombardeiam os meus timpanos enquanto transeuntes de fins de semana esforçam-se por manter um sorriso falso colado aos seus lábios.
Estou embriagado pela sobriedade. Desta vez a entrada para um local diferente parece estar mais distante, como se eu tivesse perdido a chave da porta.
É uma boa ocasião para observar atentamente todas as pessoas que me rodeiam e com quem eu converso em silêncio.
Todos esforçam-se por simular um ar de felicidade e de ter conversas repletas de conteudo. As suas vestimentas domingueiras parecem exalar sinais de superficial bem estar.
Alguns olhares cruzam-se com o meu. Alguns demoram-se mais do que aquela fracção de segundo necessária para estabelecer um reconhecimento.Como se estivessem a avaliar a minha pessoa que aspira vagarosamente o fumo de mais um cigarro.
Que ideias formularão os seus cérebros sobre mim?
"Quem será aquele homem com vastas olheiras e cabelo todo desgrenhado?"
"Estará ele à espera de alguém? Mulher não será certamente. Olhar para ele mete dó."
Não me interessa. Estou refugiado no meu anonimato. Como se tivesse um escudo invisível à minha volta que estilhaça as ideias pré-definidas sobre mim.
A minha visão foca-se em quadros vagos de sentido, adquiridos em uma qualquer loja dos 300. O objectivo será colorir as paredes negras do fumo do tabaco.
Pseudo-intelectuais pavoneiam-se com o jornal debaixo do braço para aceitarem as ideias escritas por outros e com uma artimanha qualquer transformarem-nas em suas.
Gostava de ser jornalista de um jornal. Os poucos que os leêm encaram as palavras impressas neles com mais seriedade do que a bíblia.Como se o facto de um qualquer menino rico que tenha o papá como director de um jornal e um curso de jornalismo completado ao fim de quase uma década fosse um messias. O que a televisão e os jornais dizem são verdades absolutas. "Atenção! Não podes contestar isto porque li isso no JN e vi uma reportagem na Sic. Isto é a mais pura verdade!"
Trabalhei algum tempo numa empresa que dirigia o jornal da minha terra. Assisti a todas as intrigas e jogos de poder presentes numa pequena publicação. Multiplico isso por alguns milhares e imagino o que serão as redacções de jornais e televisões nacionais.
Apesar de não curso superior algum, tenho bem presentes as regras do jornalismo. Ou melhor Pseudo- regras. Ética profissional é algo que não se aplica a qualquer profissão pela qual tenha passado e já foram várias. O jornalismo não será a excepção. É o velho e eterno "Façam o que eu digo e não o que eu faço."
Qual será a profissão ideal para mim? Talvez musico. Mas só se fosse numa banda em que os restantes membros fossem as minhas restantes personalidades. Pelo menos, por muito conflito que podesse existir um entendimento chegaria sempre. Todos os projectos musicais em que me envolvi extinguiram-se com a mesma rapidez com que foram ateados. Estou cansado de ser moderador de debates sem nexo entre personalidades díspares que tem sempre como desfecho o término de muitas horas de dedicação e paixão inquantifícaveis da minha parte.
Por isso é que gosto de escrever. Não tenho que agradar a ninguém, nem a mim próprio. Saem as palavras da forma mais natural do mundo. Mas a nível profissional, nem pensar. Eu não tenho um papel que diz que frequentei uma universidade xpto. Limitar-me-ei a escrever para mim próprio e para quem me quiser ler. Pelo menos isso posso fazer sózinho. O resto estou sempre dependente de outras pessoas e eu não acredito em ninguém. Nem que aparecesse a minha alma gémea agora à minha frente mereceria a minha confiança.

sábado, 17 de outubro de 2009

Isto não é um poema, é uma epopeia.

Dobram os sinos
Por todos os irados
Pelos perdidos destinos
Pelos sonhos finados

Cada badalada
Significa vida
Perde-se uma amada
Encontra-se a alma fugida

Rezam os crentes
Desejando felicidades
São intermitentes
As falsas verdades

Os sinos dobram
Anunciando o fim
Refuto os que choram
Algures por mim

Onde outros veem morte
Eu encontro vida
Outro tipo de sorte
Aguarda em cada dormida

Os sinos anunciam o quê?
A morte do amor?
O eterno porquê
ou a infindável dor?

Os amores nascem e morrem
Indiferentes às lágrimas
Distintas elas correm
Por alegrias e lástimas

Os sinos dobram pelos que amam
Bem aventurados sejam
Os que não desarmam
Na busca de quem desejam.

Dia europeu da depressão.

A doença mais grave que alguma vez tive.
Felizmente já ultrapassada e os melhores anti-depressivos que tive foram todos os meus verdadeiros amigos, que consumi em doses cavalares juntamente com overdoses de paciência e compreensão alheias.
É uma doença silenciosa mas que deixa marcas profundas.
Sei que não sou igual ao que era anteriormente a tão trágico episódio.
Mudei muito. Fiquei mais forte psicológicamente e aprendi a dar imenso valor a pequenas coisas que a maioria das pessoas dá por certa e que acabam por perder o valor que alguma vez tiveram, se é que alguma lhe foi reconhecido algum valor.
Um bom dia dito por alguém, uma mensagem no telemóvel a convidar para um café, o sabor de uma cerveja gelada, etc...
São tantas as pequenas coisas que me provocam um sorriso no rosto e devo-o a muita gente que não desistiu de mim quando eu já o tinha feito.
Sei que não necessito agradecer a ninguém. Esse agradecimento já está explícito no meu olhar e em todos os sorrisos que me são endereçados. O meu coração atingiu um tamanho gigantesco já que alberga tantas pessoas.
OBRIGADO! Não vou deixar aqui nomes, porque quem está no meu coração tem plena consciência desse facto.

Um pequeno, mas ao mesmo tempo enorme, obrigado a este desfilar de palavras que é o meu blog. Criado no seio da tempestade que me assolava resistiu até hoje e é o meu mais sincero confidente.
Obrigado a todos os leitores das minhas palavras que não conheço pessoalmente pelos tão amáveis comentários. Obrigado por visitarem regularmente os meus devaneios embora muito do que escreva não faça sentido.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Estás entranhada na minha pele.
Por mais que me esfregue não te consigo arrancar.
Não és uma qualquer espécie de tatuagem superficial que todos conseguem ver.
Estás nas minhas profundezas. Respiras através dos meus poros. Eu sinto a tua respiração a todos os segundos do dia.
Honestamente falando, não te quero remover.
Se existe realmente algo belo em mim, esse belo és tu.
Dizem que devo amar-me. Se o fizer é porque fazes parte de mim.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Visão da cidade de Paredes às 7 e 30 da manhã.

Neblinas matinais envolvem as construções de betão onde corpos dormem restabelecendo energias para um novo despertar das rotinas que absorvem as suas forças e identidades.
Mais um dia os aguarda. Um dia exactamente igual aos demais.
Sobrevivência. Instinto básico.
Ninguém vive, na verdadeira essência da palavra.
Apenas tenta-se tornar mais cómoda a sobrevivência.
Não correm pelo pensamento palavras inconformadas.
É tudo aceite de bom grado.
Longe estão, se é que os houve, ideais de vida.
Caminha-se com uma unica certeza. Nenhuma.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

São belas as blasfémias
Nas visões não perversas
Eternas e etéreas
Como as nossas conversas

Nas petalas de orquideas
Há palavras submersas
Proíbidas durante dias
Só nas noites confessas

Teus lábios encantam-me
Teus receios agitam-me
Em ti tudo é perfeito

Não amares não é defeito
Fá-lo-ei por nós dois
Antes que exista depois.
Dilema luteriano que tenho perante mim.
Perfeita ocasião para a manifestação dos multiplos eus que multiplicam-se a velocidades estonteantes.
Cada um tem os seus argumentos e todos fazem perfeito sentido.
Está iniciada a audiência sumária onde oiço todos com uma atenção nunca antes avistada em mim. Como se a minha capacidade de alheamento tivesse sido mantida refém por forças alienígenas aguardando a ordem de invadir a Terra.
Mas é mesmo o futuro do mundo que está em julgamento. O meu mundo, não o vosso.
Em nada alterará as vossas rotinas e vidas seja qual for a sentença que eu decretar.
Para mim é que será diferente ou igual. Só de mim depende.
Quando eu bater com o martelo da independência, a sentença será atribuida sómente a mim. Boa ou má caberá a mim ver as repercursões futuras.
Lucidez invade-me, apesar de eu odiar as primeiras quatro letras da palavra.
Bem que podiam ser substituidas por letras de outro nome que tenha sido justo e correcto comigo. Qual? Boa pergunta. Por qualquer nome dos meus amigos. Ou por outro nome que eu respeite e adore mesmo sendo começado pela mesma letra.
Mas lá estou eu a divagar. Não posso! O juízo final aguarda-me! E eu sou ele.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Novas entradas para a enciclopédia das coisas estupidas que me acontecem.

1ª entrada- Pedir um café, paga-lo e só depois de 10 minutos de amaldiçoar o dono do tasco por estar a demorar tanto a servi-lo é que reparo que o café esteve sempre ao meu lado. Está irremediávelmente frio. Tenho que pedir outro.

2ª entrada- Adormecer sozinho numa esplanada e ser acordado pela P.S.P. Em seguida, entrar para o veiculo da autoridade que se voluntariou a ajudar-me a encontrar o meu carro, pois não fazia a menor ideia onde o tinha estacionado. Finalmente, jurar a pés juntos que não irei conduzir nas próximas horas.
Grande abraço à Policia de Segurança Pública de Santo Tirso pela paciência e preocupação pela segurança privada da minha pessoa.

3ª entrada- Conduzir até ao trabalho às 7 e 15 da manhã. Entrar numas bombas de gasolina. Ignorar o placard gigante que indica " Bomba em pré-pagamento". Insultar a mangueira até álguem dizer que tenho que pagar primeiro. Dirigir-me até à caixa, efectuar o pagamento e arrancar em seguida sem efectuar o abastecimento.Conduzir mais uns quilómetros e achar que o ponteiro do combustível está avariado pois não saiu da reserva.Aperceber-me do que se tinha passado. Voltar às bombas e ser recebido com um sorriso e com a pergunta "As segundas feiras são fodidas, não são?!".
Obrigado à gentil funcionária da Galp de Penafiel que ainda me ofereceu um café.

4ª entrada- Uma mulher lindíssima que não conheço de lado algum pede-me o numero de telefone e eu pergunto:" Queres o meu numero para quê?"
Invenções bestiais destronam os trabalhos manuais.
A arte de escrever manter-se-á fidelizada à caneta e ao papel?
Escrevo sempre em papel. Exercito o meu léxico. Dou erros. Alguns ou bastantes provavelmente.
Espero que a minha caneta nunca seja substituida por artimanhas mecánicas de qualquer espécie.
A minha letra é horrivel e de muito difícil compreensão. Sempre o foi. Mas é a minha letra. É das poucas coisas que sei fazer.
Imagino uma máquina ligada ao meu cerebro transcrevendo o díluvio de palavras que brota em mim.
Que visão nefasta!
Poderiam ser palavras e frases articuladas e escritas da maneira mais correcta, mas nunca teriam o mesmo valor.
Posso pontapear o português correcto, mas se tudo fosse perfeito perderia a sua beleza.
Escrevo de maneira caótica, por vezes anárquica, mas eu sou o que escrevo e eu não sou perfeito. Muito pelo contrário. Mas gosto da minha escrita cheia de imperfeições e de erros... e lá no fundo, bem lá no fundo, também gosto de mim.

domingo, 11 de outubro de 2009

Prémio Nobel da estupidez.


Não é hábito pronunciar-me sobre o mundo que gira à minha volta. Não sinto que faça parte dele verdadeiramente. Mas tenho que comentar o novo galardoado como Nobel da paz.
Barack Obama. Presidente dos Estados Unidos.
Acho, muito honestamente, que só foi contemplado com tal galardão não por ser quem é mas sim por quem não é. Neste caso o seu antecessor da superpotencia chamada Estados Unidos.
As medidas que Obama decretou seriam decretadas por qualquer pessoa que tenha dois dedos de testa. George W Bush foi o Hitler do sec XXI em termos bélicos até ao momento.
Qualquer sem abrigo ou atrasado mental que ocupasse o lugar de Bush que não partilhasse das suas idíoticas ideias venceria o prémio.
Portanto, mais uma machadada na muito dúbia reputação e respeito que a Fundação Nobel tem.
Quem mereceria vencer o prémio? Eu por exemplo. Que lutei imenso para encontrar um armistício numa guerra muitas vezes superior a todas as guerras mundiais. A guerra contra mim próprio. E diplomáticamente resolvo todos os conflitos que os outros insitem em causar ao meu redor.
Sindrome de domingo à tarde.
Melancolias alojam-se nos rostos.
Estudos provam que a maioria dos suícidos são cometidos ao domingo.
Domingos acarretam tristezas e no meu caso muito em particular, ressacas.
Ressacas físicas e mentais resultado de todos os abusos que inflijo a mim próprio.
Tento encher o vazio mas alguma fuga terei em mim porque ele nunca fica cheio.
Embriago-me de pensamentos e palavras e vagueio em torpores erróneos.
Perco-me por entre as doses de devaneios que absorvo e tenho pazes temporárias.
Por momentos sinto-me quase completo.
É apenas mais uma das ilusões em que eu sou o eterno perito em criar.
Quando acordo voltou tudo ao que era.
E lá voltarei eu a fabricar utopias.
Não fujo de mim próprio.
Sei que algures terei algo valioso dentro de mim.
Enquanto o não descobrir manipulo-me a mim próprio com falsas promessas.
Pensamentoólico... eu sou.
Imagino reuniões de pessoas com o mesmo problema que eu.
"Olá. Eu sou o Nuno e sou viciado em pensamentos."

sábado, 10 de outubro de 2009

Distinções honorárias
Pesam nos falsários
Lucros para as funerárias
Sorriem os novos corsários

Pilhagens de identidades
Aclamadas pelos governos
Escoltadas pelas autoridades
Perante a passividade dos servos

Premiados são os desumanos
Com a mascara de mecenas
Protegidos durante anos
Encenam tristes cenas

Culturas dilaceradas
Ministros incompetentes
Tantas prosas amadas
Floresceram em belas mentes

O mundo sempre protegeu
Quem poe ele nada fez
Poetas no seu apogeu
O sentiram na tez

Perseguidos os inconformados
Executados publicamente
Pelos profetas fardados
Em nome da sua gente

Coragem em escrever
Denunciar o errado
Fazer os olhos ver
do seu povo tão amado

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O unico partido do qual sou militante.

"Eu não gosto do PS nem sequer do CDS
Não suporto o PC que se lixe o PSD
Sou Zulmiro Pascoal o tarado sexual
E venho apresentar-vos o partido ideal

CCM - CONA CU E MAMAS

Eu não gosto do PS nem sequer do CDS
Não suporto o PC que se lixe o PSD
Eu só voto CCM o partido que nada teme
Pela orgia total façámos a revolução sexual

CCM - CONA CU E MAMAS

Eu não gosto do PS nem sequer do CDS
Não suporto o PC que se lixe o PSD
Agora não te esqueças de na próxima eleição
Dar todo o vosso apoio na grande depravação

CCM - CONA CU E MAMAS"

Mata Ratos

Domingo lá vou eu votar novamente neste partido. Só voto no C.C.M e no eterno candidato presidencial Manuel João Vieira. Mas quando o Zulmiro Pascoal chegar ao poder, aí é que vai ser.


Há palavras que insistem em perder-se pelo caminho.
Como se fossem desviadas para um destino mais sedutor que eu.
Acredito que elas um dia chegarão até mim. Talvez já deformadas pela acção do tempo.
Ainda maior é a convicção de que alguém as tem para me dar.
Esta é a unica crença que ainda vai florescendo nos vastos terrenos áridos que é a minha alma.
Harmonias nascem com o sol.
Por entre as auroras conduzem segredos.
Alegrias breves são esticadas ao máximo.
Prolongam-se pelas mudanças do ser.
Efemerização de eternidades.
Compactadas estão as verdades.
Armazenadas para serem distribuidas mediante requisição do coração.

Seres dispersos rezam ladainhas ensurdecedoras abafadas pelo meu sorriso.
Tudo se revolta contra mim e eu limito-me a sorrir.
Situações absurdas capazes de destruir impérios acenam-me todos os dias.
Retribuo o cumprimento e desarmo-as com o meu sorriso.
Caem perante mim e reconhecem a minha superioridade.
Não pedem o meu perdão porque sabem que ele é infindável.
Perdoo tudo e todos excepto a mim próprio por perdoar.
Que fazer? Fui esculpido desta forma.
Os erros talvez estejam nos outros ou talvez não.
Quem sou eu para classificar algo como errado?
Errante talvez mas nunca errado.
Talvez exista um manual que explique aos outros como funciono.
Talvez, é a palavra que mais uso nos meus textos.
Porque tudo é uma incógnita. Incluindo eu.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cabe tudo na minha mão
Tu e o teu universo
Os dias sem a tua paixão
Tudo junto ao teu verso

Finado está o verão
Anseio sempre o inverso
Na minha mão a visão
Do oposto ao complexo

Escorrem pelos meus dedos
Todos os teus e meus medos
Todos são insignificantes

Outrora eram gigantes
Agora por mim amada
Reduzi-los-ei a nada.

Estou demasiado cansado para conseguir dormir.
As minhas olheiras alastraram-se para o resto do meu rosto já fustigado pela sua extrema ausência de beleza.
Estou exausto de ouvir as rodas dentadas e demais engrenagens do meu cerebro em constante laboração.
Turnos infindáveis de palavras trabalhadoras que produzem preocupações em excesso. O armazem já rebenta pelas costuras.
Numa altura de tanto desemprego e uma crise que insiste em não desaparecer, o meu cerebro produz mais que todas as empresas do pais juntas. Seria óptimo se pensamentos fossem aceites em transãcções comerciais. O PIB deste pobre país dispararia e ultrapassaria todas as super-potencias mundiais.
Tornar-me-ia o mais bem sucedido empresário. Figuraria na capa da revista Forbes como o homem mais rico do planeta destronando o Bill Gates que já deve de estar farto e já criou raizes.Ele tem o seu Windows que está sempre a crashar, eu , pelo menos venderia produtos sem defeito e com garantia vitalicia.
Preocupaçõea de toda e qualquer espécie. Ideais para qualquer sexo e idade.
Compre já a sua. Ajude o seu país e liberte um pouco o meu cérebro para outro tipo de produção. Talvez uma linha completa de desilusões para toda a familia. A reunião da administração está para breve para ratificar o projecto e finalmente conseguirei a tal dominação mundial que sempre desejei.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Estas palavras são para ti. Estas sim.


Flutuam pelas nuvens carregadas e ameaçadoramente negras vontades disconexas.
São livres como os amores que vagueiam por todas as minhas personalidades complexas.
Vontade de te abraçar e de te proteger talvez de ti própria.
Vontade de te dizer que não existiu esse ontem amaldiçoado.
Vontade de te olhar nos olhos e adivinhar o que vai nessa alma.
Vontade de decifrar os enigmas que deixas no meu caminho todos os dias.
Vontade de ter vontade para acreditar na tua possível vontade.

Estão desenhados contornos de possibilidades infinitas. Mais parecem um puzzle infinito e impossível de completar. As peças mudam de forma na minha mão e não percebo o desenho que tenho que imitar. Parece tão simples mas torna-se uma tarefa impossível mesmo para os mais brilhantes arquitectos.
Demorei a perceber que afinal o mundo não é assim tão complicado. As pessoas é que o são. Gostava de te compreender para além do que já compreendo. Não acredito que seja impossível. Não existem impossíveis para mim. Partiram junto com a dor para outras paragens. Mas peço a tua ajuda. Ajuda-me a ajudar-me a ajudar-te. Quero completar o puzzle do que afinal se passa entre nós.