segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A masturbação é o supremo acto de narcisismo. A melhor cura para a fraca auto-estima.
Quantas pessoas não serão capazes de me proporcionar um orgasmo? Muitas... Talvez demais... Eu consigo sempre. Entre desejos escondidos nas timidas e não-anunciadas fronteiras dos pensamentos viaja un líbido díficil de ser saciado. Portanto, nada melhor que uma bela sessão masturbatória para esticar todos os limites do ser. E aquela calma sideral pós-orgásmica parece infinita.
Amem-se... Masturbem-se...
Continuo sem Net. Puta que pariu a Optimus. Se não fosse uma empresa nortenha, diria que tem todos os sintomas de uma empresa lisbeta...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

... e talvez tudo mude de cor, assim subitamente como com um estalar de dedos. Passam as cores claras para escuras e o inverso é desencadeado com mecanismos súperfluos de hiperbolidade.
Não há uma paleta imaginaria de cores e uma tela representante de nada.
Disfunções erécteis de sentimentos mais rastejantes que os próprios répteis.
Qual a cor que os pintas?
Uma nova cor, um pantone exclusivo e irrepetível cujas cores que lhe deram forma foram mera imaginação. Mas pinta tudo no céu, esteja ele com sol ou com as sedutoras estrelas extasiantes na sua altivez. O que interessa?
Nada, absolutamente nada.
As cores são insignificantes assim como todos os corpos amontoados e clamantes por desejos de amantes.
A dor é incolor....

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Foram muitos dias e infinitas noites assentes em errôneas obliterações ou apenas desejadas imolações.
Imolado está o desejo, este crescete ensejo de possuir um beijo.
Há um fogo intenso que arde, que vira as costas a mundos e a deuses: Propaga-se em direcções incorrectas e aprentemente dementes. Consome tudo á sua passagem e todas as bocas entreabrem-me em admiração a esta sinitra criação.
Uns tentam capturá-lo com amão, a todos o fogo diz que não.
Ele é livre de consumir todas as paisgens e não admite vassalagens.
Transforma-se em rios que não desguarão jamais em mares irreais de imaginações demais.
Fogos e rios... Tudo é da natureza.
Tudo é natural.
Tudo é fogo.
Tudo é desejo.
Tudo sou eu e eu sou tudo.

domingo, 22 de agosto de 2010

Crónica de um domingo á tarde.

Tardes cheias de vazio. As pessoas vestem as suas melhores roupas para preencherem as horas vagas em actividades o mais futeis possíveis. Os seres vazios de sentido passeiam nos seus automóveis, que apenas circulam nestes dias, desejosos e encontrarem uma fila gigantesca de carros em direção ao Mc donalds, Pingo Doce ou um centro comercial qualquer decrépito. Assim é possivel preencher as horas de ócio e de depressão por não se estar a trabalhar. A componente maquinal das pessoas vem ao de cima com essa ressaca gigantesca de cumprir tarefas nos empregos. Tempo livre para serem quem são, mas essas entidades humanas apenas disso tem o nome....

Não gosto de domingos á tarde. Acordei bastante cedo e não tenho vontade de fazer nada. Ontem embebedei-me novamente e não me lembro do que andei a fazer. Não tenho uma ressaca descomunal e só tenho vontade de sair de um sítio com paredes para me enfiar num sítio com ainda mais paredes. Vou tomar café com amigos, a conversa flui normalmente e anima-se a cada gole de cerveja ingerido. Beber 10 cervejas num domingo á tarde não parece muito normal numa tarde de domingo, mas o calendário e o relógio já deixaram de fazer sentido anteriormente juntamente com tudo.

Sinto-me vazio porque não estás aqui. Sinto-me vazio porque estás longe. Sinto-me vazio porque gostava de estar contigo e ter aquele aconchego de te olhar nos olhos. Sino-me vazio porque sempre estive vazio desde que partiste. Agora voltaste. E eu sinto-me vazio na mesma. Gostava que me removesses este vazio. Ele é preenchido com álcool mas devo ter algum cano com fuga porque ele esvai-se rápidamente. Não há substituto para os teus fluidos, este é o que mais se aproxima em termos de provocar uma ilusão de satisfação.

Gosto muito de ti e sempre gostei. Não sei quantas pessoas já passaram por mim mas nunca levaram consigo a minha essência. Partiram da mesma forma que chegaram. Muitas nem dei por elas, pareciam uma mera ilusão. Um sonho estranho inflamado por noites de copos extremas. Tudo parece ter um torpor alcoólico mesmo quanda a sobriedade impera.

Tudo isto para dizer que tenho saudades tuas e desejo ardentemente ver o teu corpo junto ao meu a observar as manchas na parede que aparentemente mudam de forma.É estupido e não faz sentido, mas nada faz. Tudo deixou de o fazer... Não questiones o que não tem resposta e deixa tudo deambular por aí.

Talvez beba em demasia porque tenho que manter a minha boca ocupada por não estar a falar contigo ou a beijar-te. Talvez... Tudo é uma incógnita. O futuro é apenas uma palavra. O destino é outra. As coisas acontecem com ordem natural ou não. A unica certeza: as tardes de domingo são uma seca.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Não há vinho tão saboroso como o sangue que não jorra em cada dentada que eu desenho no teu corpo. Ténues rascunhos de magenta que se anunciam vagarosamente propagados pela pálida brisa em voos circunféricos de ângulos rectos. Ele jorra, da cor de sangue exangue…
Sementes de doutrinas dementes, ou meras absolvições dos que em mim são crentes. Tudo é lançado sob seios frutuosos e erectos com desejos irreais de signos escritos em sinais esculpidos pelas estrelas cadentes.
Gritem e injuriem-me meros mortais que não ansiais pela imortalidade não de um corpo mas de um pensamento. Insultem-me com vossas lamúrias transvestidas de sóbrias penúrias. Desejem-me como se de um deus de guerras santas eu fosse. Chamem-me Ares, porque despoleto apocalipses e chagas nos corpos irreligiosos mas sempre sequiosos….
Mas eu continuo a observar e tentar capturar o sangue que não corre, como se de um lago negro de claridade se tratasse.
Abro os lábios auto-flagelados de ausências e desejo eu também verter sangue. O sangue que ainda tenho neles é teu. E que doce nectar...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estou sem net. Em breve voltarão os devaneios... Stay tuned...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010


Faleceu ontem um dos meus gatos.
Tinha um nome curioso, Bébé, que lhe assentava como uma luva.
Eu chamava-lhe o gato metaleiro, pois trajava sempre de preto e com cara de mau impondo respeito a todos os gatos da vizinhança, mas no fundo era um gato extremamente dócil que corria desenfreadamente á mais ténue promessa de festas e meiguices que lhe eram destinadas.
Sobreviveu a um tumor inexplicável na cabeça continuando com a mesma vivacidade de sempre e violência desnecessária para os seus congéneres cujo respirar parecia constituir uma ameaça nuclear á sua existência, acabando por ser vítima de um atropelamento. Estranho este fim, pois tinha o cuidado de olhar para os lados quando atravessava a rua. Talvez o excesso de confiança deste felino, auto-proclamado rei da minha rua,o tenha traído...
Espero que onde o seu espírito vagueia agora continue a espancar brutalmente e com autoridade os indefesos gatos que se lhe atravessem no caminho...
Tenho muitas saudades tuas, gato do inferno...
Fica aqui uma foto dele em pleno acto de represália para o meu gato mais pequeno por ter ousado dormir em cima de mim.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uma banda que passa tão despercebida. Com letras fantásticas, não fossem escritas pelo Senhor Adolfo Luxuria Canibal.



Dá-me amor ou ódio
Faz ou desfaz o meu coração
Dá-me amor ou ódio
Salva-me ou mata-me de paixão

Se o amor é fogo atiram-me á fogueira
Sem piedade
Se no amor há um dono escraviza-me até á eternidade

Porque o tempo é feito de ti e mim
E tudo o resto é demais
Amor ou ódio
Tento me faz deus e diabo querem assim
Assim será

Dá-me amor ou ódio
Beija-me ou corta-me na tua boca
Dá-me amor ou ódio
Queima-me molha-me sem roupa

Se o amor não se vê entra no escuro sem ter medo
Se o amor não diz porquê, nunca questiones seu segredo

Porque o tempo é feito de ti e mim
E tudo o resto é demais
Amor ou ódio
Tento me faz deus e diabo querem assim
Assim será

Porque o tempo é feito de ti e mim
E tudo o resto é demais
Amor ou ódio
Tento me faz deus e diabo querem assim
Assim será

Porque o tempo é feito assim

Ás vezes penso que penso...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

R.I.P Heavy Metal!!!!!1

Já aqui deixei algumas críticas ao estado do panorama musical português, mas nunca pensei que iria acontecer uma catástrofe como esta!
Passo a explicar: Este fim de semana decorreu em Vagos mais uma edição do vagos Open Air, penso que a segunda, suposto festival de metal que no seu cartaz conteve muitas bandas estrangeiras, algumas das quais não haviam, até á data, tocado em Portugal. Até aqui tudo bem. Eu próprio equacionei ir a este festival devido á qualidade do cartaz. Duas ou 3 bandas em dias diferentes seduziam-me seriamente. Acabei por não ir, pois acho os preços dos festivais proibitivos. Não o bilhete em si que até era acessível, mas a parafernália de coisas que envolve um festival; cerveja(muita, claro), comida(se sobrar dinheiro da cerveja), discos, etc..., constituem uma conjuntura muito pesada para a a minha carteira.
Pensei que já tinha visto de tudo em concertos, desde a policia a invadir o palco para terminar as actuações, bandas que não aparecem, porrada com fartura, polícia de intervenção, cemitérios partidos, etc..., mas fiquei estupefacto quando li que neste citado festival era proibido fazer crowd-surfing (acto que consiste em ser transportado pelo publico no ar por todo o comprimento do concerto). Aparentemente, quem fosse apanhado pelos seguranças em tão criminosa actividade, ficava com uma cruz na sua pulseira e ao completar 3 cruzes ganhava uma viagem para fora do recinto sem hipótese de reentrar.
Isto é completamente estúpido! Concertos de metal sem crowd surfing, mosh e stage diving tornam-se concertos de música clássica. Talvez para o ano a organização queira proibir a entrada de camisolas com dizeres ofensivos também. Hum.. é melhor estar calado, pois ainda ficam com ideias. Se eu tivesse ido a este tão digno festival e fosse pessoa de fazer crowd-surfing, isto não ficaria assim. 30 euros ou algo parecido era o que custava o bilhete. Quando se comprava um bilhete para um concerto de metal, comprava-se também uma entrada para um mundo á parte onde as leis do mundo civilizado e maquinal eram reduzidas apenas ao bom senso de cada um. Não se entrava num estado de repressão policial, mental ou de qualquer tipo de coação. Mas isso parece ter sido há séculos realmente.
O metal perdeu-se para sempre. Primeiro pelas pessoas supostas aficcionadas do género. Os metaleiros da nova geração são a mais pura encarnação de betos. meninos e meninas tão bem comportados, que qualquer dia levam os paizinhos para verem os concertos. Alguns desse betos com cintos de balas, sugeriram até que não houvesse cerveja nos concertos de metal, para afastar os indesejáveis. Entenda-se os indesejáveis como as pessoas que já andam em concertos há muitos anos e que sabem curtir metal como ele deve de ser curtido. O metal está apenas uma feira de vaidades. Pavoneiam-se os putos com as camisolas novas, edições limitadas, encomendadas ao estrangeiro a peso de ouro enquanto estão agarrados á sua garrafa de água fintando o fumo do cigarro que alguém aspira tranquilamente, mas que incomoda solenemente a passagem destes seres superiores.
Já me tinha acostumado a estas coisas, agora concertos que a organização proíbe uma das formas normais de diversão num concerto de metal, isso ultrapassa qualquer bom-senso ou compreensão, ou boa vontade... Para mim, é apenas mais uma punhalada num estilo que cada vez está mais suicida.

sábado, 7 de agosto de 2010

"O coração tem mais quartos que uma casa de putas." In "Livro de crónicas" António Lobo Antunes
Tudo se veste com um ponto de interrogação quando deveria ter somente trajado umas reticências... Elas indicam que nada terminou. Ou então um ponto de exclamação. Sinal de que não causou indiferença.
A vida e a escrita são muito semelhantes, tem regras e reacções similares. Por vezes, acho que as vidas são meras cópias ou ditados. O que aconteceu á escrita criativa e capacidade de escrever? Só se escreve o que está pré-definido ou é ditado por outrem.
É preciso escrever sem regras, escrever sonetos sem as regras das rimas e da métrica e que nem sequer rimem. Os poemas não tem todos que rimar e as metáforas podem deixar de as ser.
Apetece-me escrever com muitos erros e estar-me a cagar para isso, pois não tenho ninguém para me corrigir. Apenas eu próprio, mas eu deixo os erros perpetuarem-se, pois só assim posso escrever melhor...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que faz as pessoas mentir? Será somente um escudo para não enfrentar olhos nos olhos a realidade que se agiganta e amotina perante elas?
Uma construção de uma redoma com ar puro, onde o poluído exterior não entra.
Como se consegue dormir tranquilo á noite quando a teia de mentiras se expande perigosamente por todo o lado?

A mentira é uma arma das mais letais que existem. Grande arma para o mundo profissional. Sobe mais quem mais munições tiver.

A nível pessoal, as mentiras também teêm esse efeito. No trono dos bem sucedidos senta-se o mentiroso-mor e pavoneia o seu ceptro bem em frente á tua cara.

"Mentes tanto que até acreditas em ti próprio"- Torna-se corrosiva a mentira. Cria uma realidade paralela e destrói lentamente a original. Distingui-las torna-se extremamente difícil e nesse erro habitam as consciências.

O Homem auto-proclama-se o ser mais evoluído com habitat na Terra, mas os seres inferiores, vulgo animais, não possuem esta capacidade de mentir, de falsear, de adulterar. Serão inferiores por isso? Lá está a superioridade do mentiroso.
A mentira e a maldade são exclusivamente humanas... Tudo o que é mau é construído pelo Homem. E aclama-se este ser como evoluído! Talvez um reset na humanidade fizesse bem. A própria criação da humanidade está erecta numa mentira... Não preciso de dizer mais nada...


"Desde que alberguemos uma única vez o mal, este não volta a dar-se ao trabalho de pedir que lhe concedamos a nossa confiança." Kafka

Ando coladissimo nesta música!

Da banda sonora do filme "Informers", mais uma adaptação cinematográfica de uma obra de Brett Easton Ellis. Já escrevias mais qualquer coisinha, Brett...
Erradamente a musica aparece como sendo de Jason Falkner, mas é na realidade de David Palmer.