domingo, 26 de abril de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009





"Serve então mais um copo
Uma noite a beber
Não fará mal pior
E dará p'ra esquecer
O vazio que me ataca
Esta dor de viver
A feroz solidão
Que me faz q'rer morrer morrer..."




"Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
E não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil

Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar de mais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Eu sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out
Frágil
Eu sinto-me frágil

Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Eu sinto-me frágil"



"Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou"


"Eu quero estar lá
Quando tu tiveres de olhar para trás.
Sempre quero ouvir
Aquilo que guardaste para dizer no fim.

Eu não te posso dar
Aquilo que nunca tive de ti,
Mas não,... te vou negar a visita às ruínas que deixaste
em mim.
Se o nosso amor é um combate,
Então que ganhe a melhor parte.

Se o nosso amor é um combate, o nosso amor é um combate, o nosso amor é um combate...

O chão que pisas sou eu.
O nosso amor morreu quem o matou fui eu.
O chão que pisas sou eu"

"Yesterday all my troubles seemed so far away..."

segunda-feira, 20 de abril de 2009











Esta dor que me consome,
Não adormece jamais.
É algo vazio de nome
São espasmos bestiais.

Olhando para o que passou
Arrependo-me de tudo e nada
Em mim tudo mudou
Mesmo a minha voz irada.

Recebo brutais flagelações
Destinadas talvez a outrem
Destilo as desilusões
E ofereço a quem não as tem.

Perdido permaneço
Olhando o vazio
Paz apenas peço
Neste poema vádio.

Espero que estejas bem
Eu por cá adormeço
A sonhar com ninguém
Silêncio eu peço.

A vida de mim troçou
O amor, fonte de lágrimas
Nunca me abandonou
Oferecendo infinitas mágoas

A lua enfeitiça
Com o seu pacífico rosto
E a Noite desperdiça
As palavras do meu desgosto.

Triste estou e estarei
Espalhando o meu pranto
Até quando não sei
Durará este triste canto.

domingo, 19 de abril de 2009

Manifesto anti-humano.


A condição humana é a maior fraude que alguma vez existiu. È impossível prever uma total aniquilação da especie. A existência perde todo o sentido. Movidos pela ganância os corpos auto-mutilam-se na procura da tão suposta felicidade. Renuncio a tudo o que é humano. Ser humano é ser destruidor. Ser humano é sofrer. Ser humano é a hecatombe de todos os valores. Destruição de mundos e de sonhos. Aniquilação de habitats e da paz. A partir deste momento removo-me deste emaranhado de torturas... A partir deste momento deixo de ser humano.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

De vez em quando...

De vez em quando penso claramente. O nevoeiro dissipa-se um pouco e consigo ver um pouco mais longe. Vejo um rasto de fantasmas que chamam por mim. A eles que assistem a esta caminhada descendente, agradeço pelo apoio que me deram em horas de sofrimento.
De vez em quando sinto-me bem. Talvez quando tenho amigos e pessoas que gostam de mim a rodear-me. Esqueço todos os problemas que me derrubam pelo caminho. Já cai muitas vezes. Tropecei em tudo porque não via o que se estendia no meu caminho.
De vez em quando vejo alguma esperança para mim. Desaparece rápidamente mas volta novamente a aparecer. Quando tudo parece perdido agarro-me a ela. Acho que já a gastei quase toda. Espero que ainda resista na próxima vez que eu a precisar de agarrar.
De vez em quando sinto um pouco de mim de volta.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Conheci hoje alguém que conhece este pedaço de bosta que chamo de blog. Perguntou-me o porquê de ser tão cinzento e não ter fotos a decorar os textos. É cinzento porque tudo é cinzento em mim. Já perdeu a cor há muito tempo. Não preciso de fotos porque este blog foi criado simplesmente para tentar exorcisar demónios que habitam em mim. Não o fiz para quem o lê. Nem sequer o fiz para mim. Só quero expulsar palavras que se amontoam em mim levando-me quase até à asfíxia. Sou uma pessoa introvertida. Sempre fui. Agora fecho-me ainda mais porque o que existe lá fora simplesmente não é para mim. Não me sinto bem em habitar com seres humanos. Vou procurar uma caverna para morar. Quero estar sozinho e quero que me deixem em paz. Neste momento só quero não ser humano. Já não procuro a morte porque nem ela me quer junto a si. Já desisti... Já desisti de tudo. Perdi o norte apesar de estar nele. Perguntam-me constantemente se eu estou bem. Eu nunca estou bem. Deixei de estar bem. Desisti disso também. As poucas forças que me restavam depois de tantos golpes mortiferos acabam por esvanecer. Faço 28 anos para a semana e não quero fazer. Estou cansado de mim próprio e estou cansado de tudo o que rodeia esta "existência". Alguém que conheço defende o nihilismo. Eu perdi todo o sentido. Sei que ele existiu... Mas abandonou-me junto com tudo o que de bom eu alguma vez tive. É penoso lutar numa batalha já perdida. Desisto... Entrego as minhas armas e peço o golpe de misericórdia.
Estou a piorar. Tenho acordares demasiado violentos. Os meus sonhos continuam a sufocar-me. Acordar já é dificil para quem está saudável, para quem está com uma depressão é terrível. O caos apodera-se da minha mente de uma forma demasiado cruel... Não quero acordar. Nas manhãs a vontade de auto destruição volta em força. Lá para meio da tarde passa e é substituida por uma alegria injustíficada. Não tenho razões para me sentir tão alegre como fico. Mas é uma alegria imensa que dura 2 a 3 horas. Depois vou para casa e estou demasiado cansado para fazer alguma coisa. A minha mente mergulha numa apatia tremenda. Consigo ficar horas a fio a olhar para nada até adormecer... Depois recomeça. Criei o meu próprio inferno. Tantos anos a ouvir musica do Demo teriam que resultar nisto... Lol. Aí está a alegria e a boa disposição a voltar. Por acaso hoje chegou um pouco mais cedo. Ainda não são 2 da tarde. Estranho... Comigo as coisas são mesmo de extremos. Saio de Lisboa para o Porto. Tinha cabelo comprido, agora não tenho cabelo... A impulsividade nunca foi uma característica minha. Não me reconheço. Estou doente...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Hoje disseram-me que tenho uns olhos bonitos, mas que era pena estarem sempre a contemplar o vazio. Mais uma vez a minha insensibilidade veio ao de cima. Tornei-me imune a sentimentos. Eu que era uma pessoa sensível e carinhosa tornei-me num monstro. Apenas procuro o nada. Lembro-me de várias conversas em que o nada era tudo e o tudo era nada. Pois... eu quero tudo e nada. Quero o que não posso ter e não quero o que tenho. Quero um pouco de paz. A minha vida deu demasiadas voltas em tão pouco tempo. Perdi duas pessoas muito importantes para mim. Tem sido sempre a descer... Já não imploro para ter o que tive. Só queria ver as coisas um pouco melhores para mim.
Pelos vistos escrevi um livro. Deve ter sido nas minhas horas de mais profundo desespero. Não o li. A pessoa que o leu gostou tanto que o queria editar. Faleceu... Não quero que ninguém leia aquelas palavras que imagino serão muito depressivas. Prefiro que fiquem enterradas junto de quem acreditou nelas e em mim. Eu não me lembro de as escrever. Simplesmente não quero que mais ninguém sofra a ler palavras de um solitário.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Estou sozinho... Isolei-me completamente de tudo. Estou completamente insensível. Não falo com ninguém. Não tenho vontade. Sinto-me cruel. Sinto-me capaz de orquestrar um genocídio. Tenho vontade de extinguir toda a humanidade e ficar sozinho... Não se preocupem, a unica pessoa que sou capaz de fazer mal é a mim próprio. Oiço musicas feitas por mim numa época em que escrevia sobre tristezas e dores, mas sabia lá eu o que dizia. "Magoa ser fracassado." É preciso parafrasear algo que fui eu que escrevi? Não sei... Caguei. Sinto-me sujo, sinto-me mal comigo proprio. Quero voltar a ser pacífico. Quero voltar a não me destruir. "Quero é que te vás foder!" Culpo-me de todo o mal que há no mundo. Culpo o mundo pelo mal que há em mim. Culpo quem me decepcionou. Culpo tudo e todos... Só me apetece pegar numa arma e sair por ai a disparar ao acaso. Que digo eu? Se tivesse uma arma dava era logo um tiro em mim próprio. Dizem que quem já tentou o suícidio o irá fazer novamente. Será que o suícidio é uma droga? Fica-se viciado? Pelas minhas experiências posso afirmar que há drogas bem melhores. Estou agarrado a uma de momento. Não consigo parar de beber. Simplesmente quero sentir-me um pouco melhor. Não quero andar a chafurdar na merda que a minha mente cria. Basta ver este texto,é uma bela de uma merda. É como eu...

domingo, 5 de abril de 2009

warning! depressive music!

Porquê?

Simplesmente porque amo-te...
Simplesmente porque não consigo aguentar...
Simplesmente porque não te posso ter...
Simplesmente porque sim...

Complicado é sentir o que sinto e não o conseguir extravasar.
Complicado é querer ver-te e só o conseguir nos sonhos.
Complicado é não acreditares em mim.
Complicado é viver. Sem ti...

Adoro as memórias que tenho na minha carne...
Adoro todas as vezes que vi o teu rosto...
Adoro todas as as vezes que te beijei...
Adoro todas as vezes que disse que te amava...

Odeio... nada
Odeio... tudo
Odeio... me
Odeio...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Leituras.

Olho para a mesinha de cabeceira e para o meu carro e vejo 7 livros que comprei no passado recente. Fico em pânico. Já não me lembro da ultima vez que consegui ler uma página de uma obra. Vou amontoando livros em todos os cantos que encontro para depois os ler. Não consigo. Leio uma página e não consigo reter nada. É como se estivesse a abrir um caderno em branco. Gostava de voltar a conseguir ler. Faz-me muita falta. Por uns minutos gostava de ter viagens mentais provocadas por outra mente sem ser a minha.
Comprei "A ilha" de Aldous Huxley ainda antes do natal e só li 30 páginas. De tanta coisa que perdi não quero que o prazer de ler pertença a essa lista. Já chega ter perdido a vontade de meter um cd no rádio e carregar no play. Talvez a carta que recebi em branco afinal teria palavras, eu é que talvez não as consiga ver. Não sei...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Para os que partem.

Tinho dito que não iria escrever mais palavras tristes, mas elas voltam em virtude da partida de alguém chegado.
Descansa em paz Luis Necrolust. Pelo menos morreste sem dor e acompanhado por quem amavas. É triste ver partir quem tinha tudo na vida e sempre se preocupou com o bem estar dos outros. As tuas ultimas palavras foram de ânimo para mim. Perdeu-se um jovem que tinha projectos tão ambiciosos... Perdeu-se um livro de jovens autores portugueses, perdeu-se um livro escrito por mim, perdeu-se uma banda que iria dar muito que falar. Mas acima de tudo perdi um amigo e uma das pessoas que mais acreditava em mim.
See you in hell beerswallower... Fica aqui a nossa música das tardes de bebedeira no liceu.

A melhor versão que alguma vez ouvi.