segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Estou na minha caverna camuflada por árvores milenares e demais vegetação pré-histórica.
A misantropia é um estado de direito e de alma. Nesta minha caverna tenho todos os confortos e uma visão paisagística de todos os abismos e demais ofertas do mundo exterior.
Atafulhadas a um dos cantos da minha caverna encontram-se palavras arrumadas em toda a sua desordem. Agorafobia é uma doença ou apenas um estado de espírito. Geralmente estado de espírito e estado de sítio são sempre sinónimos.
Tudo me acena em desdém. A tudo nego, pois tudo o que quero está na minha caverna.
É a vantagem de ter uma mente supercriativa, que catapulta tudo para as mãos.
Ninguém é bem-vindo aqui. Ou melhor, ninguém quer entrar.
Apenas eu vejo que não estou sozinho aqui. Está quem eu quero que esteja. O que olhos humanos consideram uma rocha, eu vejo uma pessoa. Está aqui quem amo. Sempre esteve e estará. Continuo a declamar poesias à velocidade da luz como elas se formam no meu pensamento. Não preciso de ter resposta das rochas. Não preciso de respostas porque também não tenho perguntas.
Nada são objectos inanimados. Tudo tem vida e fala comigo.

sábado, 28 de novembro de 2009

O amor e a ejaculação precoce são doenças muito similares. Começa-se sempre com grande entusiasmo e num ápice tudo termina restando apenas a desilusão e a sua irmã frustração.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Neste dia em que tudo correu mal, gostava de não ser o criador deste blog e ser um leitor anónimo, para ver as minhas palavras com outros olhos. Se realmente inspiram como me tem dito.
Fiquemos aqui mais um pouco...
Abraçados pela neblina matinal absorvendo as gélidas vagas de pensamentos impuros que penetram os poros.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Observando o mundo adormecido e embalado pelos nossos sonhos.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Respirando a pacifíca revolução das ondas do mar. Por mais esquecidas que sejam elas têm razão de viver.

Fiquemos aqui mais um pouco...
À espera que tudo faça sentido.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Quanto tempo? O tempo perdeu o seu valor

Fiquemos aqui mais um pouco...
Até sentirmos que devemos ir para lado algum.

Fiquemos aqui mais um pouco...
Até o vento nos embalar no mais doce sonho com as suas melodia.

Aí sim podemos partir...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Algures no limbo entre o metal e o rock é onde eu me encontro. Uma das bandas que intercala escuridão e harmonia na perfeição: Opeth...

Eclodem nos negros céus
Prelúdios de futuros anuncios
Palavras despidas de seus veus
E também dos infortunios

Noções ratificadas
Recebidas em delírio
Almas ovacionadas
Escapam ao genocídio.

O céu dá as boas vindas
A quem o relegou
Recuperadas estão as vidas
De quem as antes negou

Rascunhos de optimismo
Flutuam pelo vento
De novo individualismo
Ou apenas de alento

Todos que em mim vivem
Cohabitam pacíficamente
Guarida em mim têm
Tornámo-nos uma só mente.

Assinado está o armistício
Algures esteve refugiado
Findo está o suplício
E regressado o amado.

É tempo de orgias
Como nos tempos de Baco
Infindáveis alegrias
Sepultado o passado velhaco.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Atrocidade decidida por políticos incultos. É assim que eu vejo o novo acordo ortográfico que brevemente entrará em vigor. Alguns jornais de tiragem nacional já são escritos obedecendo a essas regras inócuas.
É deitar ao lixo tantos séculos de grande literatura portuguesa. Com esta aberração, daqui a uns anos, muitos putos escarniarão as obras imortais de grandes autores portugueses. Supostamente estarão cheias de erros. Estupidez…
Tenho um pouco de nacionalista dentro de mim. Tudo o que é bom em Portugal deveria ser preservado e inalterado. A língua portuguesa é do que melhor este país possui e agora é trucidada por quem decide. Infelizmente quem tem esse privilégio de decidir sobre o país, fá-lo sempre da pior forma possível. Da mesma forma que todos os monumentos nacionais estão a cair aos bocados, agora será a língua portuguesa que será degrada.
Não votei nas ultimas eleições e supostamente não posso protestar. O meu protesto será mudo. E será através do meu blog…
Este blog está e estará isento eternamente das novas regras do acordo ortográfico. Não vou mudar a minha forma de escrever porque os políticos assim o decidiram…
Há uma nova pandemia a ostracizar multidões. Não a gripe A, mas sim uma depressão colectiva. Vejo pessoas muito chegadas a mergulhar nas águas gélidas da tristeza e das mazelas mentais.
É estranho estar agora no lugar de espectador de tão lúgubre espectáculo. Os meus passos percorreram esses mesmos palcos negros e declamei as palavras soturnas e ausentes de esperança-
Não sou nenhum mártir, mas a minha experiência passada e opções erradas serviram de exemplo a muita gente para não repetirem os erros dos quais eu possuo os direitos de autor.
Observo o quão difícil é entrar numa mente barricada na mais profunda penúria, mas eu consigo…
Brando habilmente a minha espada da compreensão e paciência infinita. E com ela derroto o inimigo que derrotei uma vez e que canalizou a sua raiva contra mim em quem me é querido.
Sou o exterminador de depressões…. E depois de ter dizimado toda e qualquer melancolia, digo “I´ll be back”…
Estão erguidas as muralhas para o sol não contaminar a escuridão doce onde acaricias todas as tuas mágoas e atribuis nomes carinhosos a cada uma.
Perante a sua imponência, os mais vitoriosos e conquistadores exércitos batem em retirada e anunciam aos 4 ventos a sua derrota.
Só, eu resto observando-as. A única arma que possuo para a invasão é a minha compreensão.
Tento encontrar a mais ínfima abertura para conseguir entrar.
O rodar do relógio é mais um dos meus inimigos. Mas eu sou um grande general que comando o meu exercito composto apenas por mim. As minhas vitórias são incontáveis. Sou uma versão moderna e actualizada do bíblico David que destrói inúmeros Golias. Escolho as minhas batalhas. Só as que anunciam como impossíveis de vencer merecem o meu respeito.
As tuas muralhas riem-se desafiando-me. Como eu gosto de ter inimigos sarcásticos! Maior será o regozijo da vitória! Quando menos esperares as muralhas estarão em ruínas e eu estarei sentado ao teu lado no teu trono…
Uso dias de forte sentimento anti-social para me entregar ao fantástico universo da literatura escrita por outras almas torturadas e sonhadoras que não a minha.
Escolho alguns livros já lidos anteriormente e que de uma forma ou outra me marcaram.
Um deles é “As portas da percepção” de Aldous Huxley.
Este livro editado em meados do século XX foi extremamente polémico e usado por Jim Morrison para dar nome a uma das imortais bandas que viverá muito para além do dia do cataclismo.
Para quem conhece minimamente a biografia de Jim Morrison isto já será motivo suficiente para deixar água na boca.
Huxley defende neste livro o total e isento de restrições uso de drogas para aumentar o nosso conhecimento.
É uma enciclopédia de drogas e efeitos causados por cada uma.
Um livro que li e reli atentamente, não porque precise de algo que me abra as portas da percepção porque elas estão escancaradas e não precisam de chave. Gosto deste livro porque foi editado no seio de uma época extremamente conservadora e toca em assuntos proibidos e mesmo mais de meio século passado desde a sua edição, muitas serão as mentes que se o lerem atribuiam-lhe imediatamente como destino a fogueira.
Está muito bem escrito e Huxley consegue transmitir e provar a sua mensagem.
Sou contra o uso de drogas para a obtenção do objectivo que Huxley propõe. Ele é possível naturalmente sem artifícios químicos. Basta abolir as barreiras que as pessoas edificam em si próprias e desrespeitar as da sociedade que rege o que a nós não pertence.
Já tive experiências com drogas. Não foram assim tantas nem tão poucas quanto isso.
Nada de cavalo. Não se preocupem… Conheço um numero de alterantes psíquicos, mas que não me provocaram o que Huxley defende precisamente porque não preciso.
No universo das drogas ditas pesadas, conheço a dama branca, como é chamada na minha terrinha. O suposto efeito que devia causar em mim não esteve presente. Único efeito causado: Sobriedade total e absoluta anulação de toda e qualquer vontade de dormir.
Restantes psicotrópicos experimentados por mim no campo das drogas leves. Alheamento total do mundo circundante. Vagas sensações de euforia e total reclusão auto-infligida. Ausência de toda e qualquer capacidade de comunicar. Nada de alucinações e vontade incontrolável de dançar. Imunidade total a todos artifícios denominados alterantes da mente.
Apenas um imenso mal-estar físico…
Prefiro ficar com as minhas drogas que são fáceis de obter e que não pretendem alterar nada em mim: Ler, escrever, fumar, beber e musica. Outra não tão fácil de obter mas quando consigo a minha dose consumo em excesso. A única que gostaria de ter uma overdose: Sexo…
Novas odisseias são projectadas nesta minha mente em busca de novas experiências que levam ao extremo a existência física. O meu corpo torna-se um amplo campo de experiências científicas que de isso tem muito pouco.
É um dado adquirido e absorvido que tenho um corpo humano. Estendo sobre ele tentativas de imortalidade, ou meras materializações do que o meu cérebro fervilha nos constantes momentos de insatisfação.
Mutilo o meu cabelo com novos cortes com o simples objectivo de me rir enquanto observo no espelho as personagens tresloucadas em que me transfiguro. Não pretendo chocar ninguém. Muito menos a mim próprio, porque isso é algo que transpôs a barreira do que é possível há já algum tempo. Apenas almejo rir de mim próprio. Corto a barba e deixo apenas um bigode ridículo no bom estilo de actor pornográfico que emana perversidade.
Deixo de fumar durante dias apenas para provar que consigo e depois fumo um cigarro no intuito de somente sentir aquela pedrada que todos os fumadores sentiram quando fumaram o seu primeiro cigarro. Festejo quando sinto o meu corpo em agonia e quando a velocidade de rotação da Terra foi aumentada milhões de vezes. Para quê? Para sentir o meu corpo.
Bebo desalmadamente como se tivesse o objectivo de absorver todo o álcool existente no planeta. Testo os limites do meu corpo. Quanto é que ele consegue absorver? Bastante…
Rio sarcasticamente ao mesmo tempo que ele se contorce expelindo todos os líquidos multicolores que aparentemente foram ingeridos em excesso. Encho uma poça de vómito e vejo nela todas as evidências de que atingi o limite. Fico orgulhoso por tê-lo conseguido.
Encontro a chave para abrir a porta à besta sexual que habita em mim e deixo-a vaguear livremente. Ela afixa-se num pobre corpo feminino que é apenas um meio de contabilizar o número de orgasmos que consigo ter numa noite. Os olhos pertencentes ao corpo subjugado pela besta olham para mim. Mas não sou eu que eles vêem, é a besta enclausurada e subitamente libertada. Após muitas horas de intenso laboro sexual, a besta olha-me saciada e reabre a porta para voltar aos seus aposentos situados nas minhas entranhas. É o sinal de que consegui atingir o limite de secreções físicas. Objectivo comprido…
Não é um caminho de auto-destruição este. Esse caminho deixou de ser trilhado há algum tempo. Apenas a forma de levar a minha forma humana ao extremo. Estabelecer novas fronteiras e fazer todo o uso possível da existência.
Não pretendo provar nada a ninguém nem ser julgado como demente. Essas definições nunca tiveram sentido para mim. Mas se consideram insanidade o que faço convido-vos a eliminarem preconceitos e a serem vós próprios. Tem muito para descobrir. O corpo não serve apenas de manequim para as roupas novas que compram ou de ser um espelho do que na realidade não são.
Ele serve para ser usado e para aprender o que estava para além dos limites da compreensão.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

There are no angels to greet me
Nor demons to grieve me
All my eyes can see
Is my guilt roaming free
Running away so fast...
From the feeling suposed to last
Maybe it arrived from the dark past
Or from the future of the same past
Nowadays it felt so wrong
No matter how strong
Once it was felt
It isn´t strapped in my belt
All i once saw
Through your bleeding jaw
Isn´t there anymore
I can beg for more
But it exists no more
And here I lay
Thinking of that day
When i felt perfection
And an enduring satisfation...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma música para alguém do meu passado cada vez mais longínquo...



Darkthrone - F.O.A.D

"If you think my castle
Is built on sand
Well bring on the tides
You can fuck off and die

If you think my patience
Is ocean vast
Or river deep
You can fuck off and die

Fuck off and die!
Fuck off and die!
Fuck off and die!
Fuck off and die!
Fuck off and die!!

If you think my pain
Is well preserved
Then go ahead and try
You can fuck off and die

Fuck off and die!!!"
Incontáveis psicologias
Assentes em erróneas analogias
Tudo é uma metáfora
Disfarçada de hipérbole.

Inconveniências das displicências
Tudo que é desnecessário
Faz parte do meu glossário
Capaz de várias sapiências

Um manual de como sobreviver
Sou capaz de escrever
Para mim e para quem quiser
Basta saber ler.

No cahamado imediato
Erra o que é exacto
Apenas permanece
O que apenas parece

São infindáveis recompensas
Embrulhadas em palavras suspensas
Tudo o que nada é, nada será
E apenas a verdade permanecerá.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tenho saudades de te oferecer palavras.
Pequenos e insignificantes gestos de agredecimento por tudo o que representas para mim.
A reconstrução deste modelo danificado deve-se em grande parte a tudo o que me deste.
Estou renovado e melhorado.
Acredito em mim e adoro acordar todos os dias.
Não quero sómente o doce mundo dos sonhos agora.
Se consigo manter um sorriso nos meus lábios é porque foram as tuas mãos que o esculpiram.
Escoltaste de volta o que de bom desertava de mim.
Tenho a ambição de um dia ser astrónomo para descobrir um novo corpo celeste e báptizá-lo com o teu nome.
Enquanto esse dia não chegar serás sempre para mim a estrela mais brilhante no meu céu nocturno.
Como todas as demais estrelas jamais serás pertença de alguem mas, não podento ter-te para mim, resta-me observar-te todas as noites em todo o teu esplendor.
O céu ainda não me foi vedado.
Pelo menos por enquanto.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ich uber alles!

Tentativas sempre infrutiferas de mover montanhas e de inverter as correntes dos rios.
Chamo a mim as mais utópicas e invencíveis batalhas.
Desejo destronar quem não tem trono.
Sou um vigilante, um terrorista, um suicida, o que me quiserem chamar.
Não declaro guerra a nada nem a ninguém.
Movo-me nas vossas sombras e nunca sou visto.
Sou movido por uma colossal ambição nunca antes testemunhada.
Não sei o que pretendo conquistar. Ou melhor, sei...
Não são paises, pessoas ou credos que desejo subjugar. Desejo subjugar a mim.
Ter o domínio sobre mim próprio.
Instaurar uma ditadura, com penas capitais se eu não respeitar as minhas leis supremas.
Quero discursar para plateias repletas de ninguém sobre novas invasões a territórios inimigos.
Dizimar o que incorrecto se encontra e fazer campos de concentração para sentimentos adversos.
Permanecer forte e intransponível para repelir qualquer tentativa de invasão de aliados maléficos que desejem usurpar o que conquistei e a libertação de todos os sentimentos indesejados que amontoarei em reclusão e em condições degradantes.
Proclamar o meu dominio sobre mim e apenas ser eu próprio...

domingo, 15 de novembro de 2009

Sou um puzzle daqueles que demoram meses a completar.
Estou quase completo. Falta apenas uma peça, mas não a encontro.
Quem por engano a levou é favor devolve-la.
Ofereço enorme recompensa!
Estou preso à minha liberdade.
Tudo passa a correr perante mim
Tudo parece ausente de verdade
Imploram-me que agarre algo
Que cai vertiginosamente perante a minha apatia.
Cuidado! Que vai se partir em mil pedaços.
Só eu posso amparar a queda mas não o faço.
Inércia, essa definição fisíca impede-me.

Parte e estilhaça-se tudo à minha frente.
Eu olho e recordo-me de mim próprio.
De tempos idos e espero nunca vindouros.
Estou livre para fazer tudo mas nada almejo.
Talvez um infimo de mim gostaria de que gostasses de mim.
Outro deseja que eu goste de mim da mesma forma como gosto de outros.
Agora estou livre de tudo e preso a esse mesmo tudo.

Posso ir correr nu para os campos. Quem me impede?
Eu...

Gosto do silêncio que é emanado pelas tardes de chuva. Parece que tudo interrompe temporáriamente todo o seu ritmo maquinal.
Arbitráriamente escolho um cd para servir de banda sonora enquanto acendo um cigarro e observo a imensidão de paz que se estende para além da linha do horizonte.
Este é um silêncio solitário. Não tenho ninguém com quem o partilhar. Tem tudo para ser um daqueles silêncios que engloba em si mesmo todas as conversas e todas as mais belas palavras.
Seria um daqueles momentos etéreos e perfeitos em que a melodia da chuva suavizaria toda a agressividade e violência que brota das colunas.
Terei eu um dia alguém para comungar comigo deste silêncio? Alguém em que apenas os olhares comunicariam e seriam eles os autores de belas e intemporias odes?
Na infinita rebelião que são os sentimentos humanos não há espaço para vazios quando apenas os olhos comunicam.
O tédio é algo ausente já há algum tempo destas paisagens pinceladas de cinzento que sou eu. Há demasiadas coisas para serem feitas. Estou calmo! Uma calma que tanto lutei para obter e finalmente consegui.
Se, porventura, deflagrasse uma hecatombe perante os meus olhos permaneceria imerso nesta mesma calma se tivesse um olhar a comunicar com o meu. Não existirá sensação mais sublime.
Dedico-me a avaliar os olhares de todos os que se cruzam comigo para o encontrar. Tenho muitos para analisar. Desejem-me sorte.

sábado, 14 de novembro de 2009

Gostava de caminhar por entre os escombros e não ser atingido por todos os estilhaços atiçados por explosões nucleares à minha volta.
Parece que tudo se auto-destroi à minha passagem.
Tudo tem medo de mim. Tem medo que eu vislumbre algo de belo em si.
Tive, em tempos imemoriais, medo do que me rodeava. Volte face primoroso, agora tudo exibe receio à minha passagem.
"Ali caminha quem não conseguiu auto-destruir-se e agora visa a destruição de tudo." Pensamento ostentado pelos candeeiros na rua, nas pedras da calçada e nos troncos das arvores.
Descansai mortais e demais inanimados. Não procuro vingança ou ódios.Apenas uma forma de co-existir com toda e qualquer existência.
Descrever belas paisagens onde outros olhos apenas encontram desolações. Onde verem problemas eu apenas ver soluções.
Não desejo molda o mundo a mim. Apenas torná-lo mais habitável ppara mim e o meu imenso pensar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desfalecem as gotas de chuva no asfalto
Perecem antigos súplicios
Tudo cai e tudo se transforma
Em novas tentativas de existência
não existem cruzes suficientes para crucificar
Tudo o que pensei e errado estava.

Pensamentos mártires
Ideias exorcizadas
Palavras sentenciadas
Tudo perde a razão
Prevalece a palavra não.

E a chuva continua a cair...

Só eu vejo beleza na escuridão
Poetas dela fizeram o seu ganha pão
Nunca foram vendidos
Apenas rendidos
Nos seus escritos intemporais
Tem lugar cativo a chuva
As lágrimas do céu
Os desabafos do eterno criador
A chuva adormece a dor
Apazigua o amor
Derrama nova vida sobre ele
Transfigura-o para o não perder
Dá-lhe um novo folego para sempre viver.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tom Hanks, no filme Forrest Gump, disse " A vida é como uma caixa de chocolates. Nunca sabemos qual o que nos vai sair."
Eu actualizo essa afirmação.
Ora aqui vai.
A vida é como um Happy Meal do McDonalds. Nunca sabemos o brinquedo que nos vai sair. Ou há mesmo aqueles casos em que o happy meal não tráz nenhum brinquedo.
Quel`est ta raison d`etre?
Maintenant je regarde la fenetre et l´enfer est la.
Quelq´un a dit qu´il est les autres.
Je demande ton enfer pour être consumée dans tes flames.
Je veux... ta visage
Je veux... ton coeur
Je veux... tes yeux
Je veux tout qu´est impossible et que n`existe pas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A minha psicografia.

Espalhadas estão as marcas de dor
Infligidas por antigos crimes de amor
Poesias dispersas e murmuradas
Nelas as emoções não censuradas
Valem o que significam para cada um
Uns veem todo o valor outros nenhum
Poesia é subjectiva
Ou apenas adjectiva
Em palavras nunca forjadas
Encontro todas as minas amadas
Boémias e degradações
São algumas das minhas paixões.

Fingir sentimentos
Ou demais intentos
Fica para quem lê
E para quem me vê.

Um dia tudo terá destino
Tudo agora em desalinho
Encontrará o seu de direito
As qualidades são um defeito

Tenho palavras para quem me rodeia
Inclusivé para quem me odeia
Inesgotável turbilhão
capaz de destruir um coração

Adoro o mundo ou não
Dedico-lhe um aceno de mão
Agora não de despedida
Apenas de raiva incontida.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Tantas centenas de euros gastos em consultas de psiquiatria tinham que ter servido para alguma coisa.
Estabelecer objectivos...
O unico medicamento que me foi receitado que não me fez ficar pior do que já me encontrava.
Estabeleço muitos objectivos. No inicio eram apenas diários. Agora estendem-se a médio e longo prazo.
Alguns grande e importantes ficaram pelo caminho. Estabeleço uns novos.
Próximos objectivos: Juntar dinheiro para comprar uma guitarra e um amplificador poderosos para fazer música sozinho. Está mais que visto que com outras pessoas a coisa não vai lá.
Ir de férias para a parte leste da europa e continuar a tour das cervejas europeias.
Até agora acima das cervejas portuguesas só mesmo as belgas.
Quero ir a Budapeste! Ver as noites. "São noites de rock n roll".
Afinal a super-cola que usei para me colar é muito boa. Não é dos chineses certamente. Caio constantemente mas nunca mais me parti.

domingo, 8 de novembro de 2009

I had a dream but now it´s gone...

Tempos houve em que desisti de lutar.
Tempos há em que desisti de desistir...
Amanheceres sedentos
De eternos tormentos
Nas palavras ditas
E jamais escritas

Entardeceres doces
De sonhos precoces
Viagens sem regresso
No ser disperso

Anoiteceres intranquilos
Pesadelos aos quilos
Rumores de separações
Entre paixões e razões.

Tudo parece igual
Repetição abismal
Vou inverter os ponteiros
E traçar novos roteiros.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para a minha identidade que ainda anda a monte apesar de já alguém ter dito que já a viu. Para mim, para ti, para todos e para ninguém.

Sei que um dia encontrar-te-ei algures recebendo-me de braços abertos.
Não sei se os irei aceitar...

Esta musica é histórica!!!

Foi a primeira musica de uma banda portuguesa que vi num filme pornográfico. Com um refrão tão bom como este foi uma grande escolha. "Swallow me. Swallow meeeeeee! Swallow me deep into your heart..."

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Obrigado por me ensinares a odiar
Com a mesma entrega e devoção
Que dispenderia em amar
Ténue será a fronteira no meu coração

Amo odiar-te
Faz-me sentir vivo
O meu rosto escarlate
Por sentimento tão ambiguo

Desconhecia em mim tal capacidade
Surpreendo-me todos os dias
Olho para a minha maldade
Transformada em palavras luzídias.

Será efémero como o amor?
Este ódio hipocondriaco
Despido de qualquer dor
Como um ser demoniaco

Existem rituais?
Manuais de instruções?
Poemas ancestrais
De como subverter paixões?

Intenso este não gostar
Propaga-se pelo ceu negro
Em mim irá pernoitar
E não farei dele segredo...

R.i.p António Sérgio.


A melhor voz que alguma vez foi emanada pelas ondas do eter.
O verdadeiro radialista. Envolto de misticismo foi um mentor para todos os profissionais da rádio. Em tempos que agora parecem pré históricos, sonhei um dia exercer tão digna profissão tambem inspirado por este senhor.
Aquela voz rouca e boémia, com um timbre bastante grave tinha muito de sedutor.
O primeiro a transmitir em Portugal música alternativa. Criador das suas próprias playlists e com os seus comentários a mais ranhosa banda até soava de maneira diferente.
Passou por quase todas as grandes rádios nacionais e das poucas saudades que tenho de Lisboa, uma delas era ouvir a sua "Hora do lobo" na Radar Fm. Infelizmente essa rádio nao circula nas ondas hertzianas nortenhas.
Só recentemente no programa 5 para a meia noite da Rtp2 é que consegui juntar um rosto a tão mítica voz. Segui todas as suas palavras pois este homem era o verdadeiro comunicador.
Sou grande amante de música e apesar deste senhor não ser músico, o panorama musical português ficou muito mais pobre.
O "Oceano Pacífico" aguarda-te mestre e as suas ondas serão sempre " O som da frente".

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Rendo-me!
Porque existem guerras que nunca se irão vencer.
Desisto!
Bato em retirada. Aceno a bandeira branca.
Fuzilem-me se quiserem... Mas na derrota admitida sinto-me vencedor.

domingo, 1 de novembro de 2009

Mais uma parte de uma musica que apanhei do ar que faz todo o sentido.

"Everything I know is wrong,
Everything I do it just comes undone,
Everything is torn apart
And that´s the hardest part."

Coldplay - The hardest part
O meu reino tarda em chegar.
Esse reino que arquitectei.
Onde a mais bela flor desabrochará.
Como ele demora a chegar...
Como essa flor ainda permanece fechada em si mesma.
As suas pétalas serão de uma beleza nunca antes vistas.
Os jardins do meu reino aguardam pela flor.
Já lhe conhecem os espinhos.
Já sangrei picado por eles.
Tudo é irrelevante quando se espera por tão bela flor em todo o esplendor.
Mas ela insiste em não desabrochar....

Relações amorosas e bandas para mim são a mesma coisa. Perdoo o mal feito porque os bons momentos serão eternos.



Like a fever, fever - inside of me
Like a fever, fever - inside of me

Stand fast, faithful one
See the moon and not the sun but I...
All I need is a simple reminder

Breakdown frail affairs
Turn from the elusive stares but I...
All I need is a simple reminder

Guilt is feeding, feeding, inside I'm cold

In depth grasp the chains
Struggle as the waters gain but I...
All I need is a simple reminder

Observe the formation
Fight until the battle's won but I...
All I need is a simple reminder

There's no rule to say you'll cry alone
Just find the strength to help you carry the load
Reverse the frown and let the power surge
But when alone you cannot resist the urge

Feel it, feel it, like the pain of dying
Feel it, feel it, like the pain of dying

Hold on face to face
Damaged by the sad disgrace but I...
All I need is a simple reminder

Twisting the knife in vain
End the grief hut who will gain but I...
All I need is a simple excuse
Don´t runaway from the pain
In her lays knowledge
So much to gain
A step back from the edge

Just let it flow
Qiet and peacefuly
You´ll see her vow
And kiss you deservedly

Reveal your tears
and let them fly
You´ll be free of fears
And wonder why

Claim what´s yours to grab
Infinity awaits you
In the wisdom that you now have
You´ll know always what to do

Beneath all the cruelty
Lies all that´s beautifull
And all this beauty
Seems so pityfull

Believe in what you achieve
Trust all your enemies
You will find relief
And stop all your cries.