quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Questionar ou não questionar. Eis a puta da questão.

Não passará tudo de um amor platónico, como todos os grandes poetas retrataram nas suas imortais obras?

Algo que se entranha mas que nunca é expelido pelo ser e tornado fisico?

Arde no ámago do interior humano e que jamais poderá ser apagado ou propagado a outras paisagens?

Será apenas mais uma criação da minha mente?

Mergulho constantemente em realidades artificiais e por vezes não as consigo distinguir da realidade real.Será este mais um desses casos?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Frase mítica dita por moi même...

Fazer musica sozinho é como a masturbação.É engraçado mas não é a mesma coisa...
Os espelhos não reflectem as mudanças
Os anos não revelam as andanças
Tudo permanece escondido
Na rectaguarda do que parece perdido

As maldições não são tradições
Pequenas chuvas não são monções
Medos não são credos
Belezas guardadas em segredos

Lágrimas já não são refugios
Já não aumentam caudais de rios
Tudo é diferente
Eu e toda a gente

Olhares focam-se em algo
Com altivez de fidalgo
Tudo é relativo
E eu já não estou apreensivo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

As luzes escurecem mais a escuridão
Tornam-na ainda mais sedutora
Convidam a percorrer caminhos sem retorno
A perder os receios infundados e supérfluos
A misturar com os veus sinistros
Os veus com os quais teimamos em nos cobrir.

Assim sorri a Noite para os que a amam.
Ela deseja os teus desejos
E procurará realizar os teus ensejos.
Assim se ergue ela guardando-te
Até os meus braços a substituirem.

domingo, 25 de outubro de 2009

Mais rock n roll ou simplesmente o que me acontece muitas vezes

"Too Drunk To Fuck"

Went to a party
I danced all night
I drank 16 beers
And I started up a fight

But now I am jaded
You're out of luck
I'm rolling down the stairs
Too drunk to fuck

Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
I'm too drunk, too drunk, too drunk
To fuck

I like your stories
I love your gun
Shooting out truck tires
Sounds like loads and loads of fun

But in my room
Wish you were dead
You ball like the baby
In Eraserhead

Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
It's all I need right now
Too drunk to fuck

Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
I'm sick soft gooey and cold
Too drunk to fuck

I'm about to drop
My head's a mess
The only salvation is
I'll never see you again

You give me head
It makes it worse
Take out your fuckin' retainer
Put it in your purse

I'm too drunk to fuck
You're to drunk to fuck
Too drunk to fuck
It's all I need right now Oh baby
I'm melting like an ice cream bar
Oh baby

And now I got diarrhea
Too drunk to fuck
Yeah, Yeah
Yeah, Yeah
Yeah, Yeah
Oooohhh

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Alcohol, drugs and Rock´n Roll, o que vem por acréscimo é benvindo.

"I am the one, orgasmatron, the outstretched grasping hand
My image is of agony, my servants rape the land
Obsequious and arrogant, clandestine and vain
Two thousand years of misery, of torture in my name
Hypocrisy made paramount, paranoia the law
My name is called religion, sadistic, sacred whore.

I twist the truth, I rule the world, my crown is called deceit
I am the emperor of lies, you grovel at my feet
I rob you and I slaughter you, your downfall is my gain
And still you play the sycophant and revel in you pain
And all my promises are lies, all my love is hate
I am the politician, and I decide your fate

I march before a martyred world, an army for the fight
I speak of great heroic days, of victory and might
I hold a banner drenched in blood, I urge you to be brave
I lead you to your destiny, I lead you to your grave
Your bones will build my palaces, your eyes will stud my crown
For I am mars, the God of war, and I will cut you down.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Incompleto e sem sentido... como tudo.

Chovem segredos outrora ocultos.
Díluvios de desejos mudos
Palavras confinadas em eternas descrenças
Vazios transbordam nas almas propensas

Existências tratadas com desprezo
Soam como o mais belo Intermezzo
As linhas melódicas da tristeza
Possuem em si muito de beleza
A crueldade tem muito de bestialidade
Nos dois sentidos encontra-se a verdade

Entre vidas desconectadas
Existe algo que as mantém atadas
Sentimentos de etereadade
Ausentes de toda a maldade.

E a chuva dos teus segredos
inunda-me, mas neles eu quero afogar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Hoje sim. O mundo ruiu a meus pés...

Apesar de ter 28 anos às vezes pareço uma criança que ainda acredita no pai natal. Já que o natal é quando o homem quer, eu fico a olhar para a chaminé à espera que ele desça e me traga uma prenda. Talvez aquilo que sempre desejei. Já perdi o rasto de quantas vezes o pedi.
Mas tenho a sensação cravada dentro de mim que o que me sairá no sapatinho será uma cartola e uma bengala e assim transformar-me-ei no Alex do "Laranja Mecánica" e finalmente a ultra violência que está armazenada a um canto dentro de mim e guardada a 7 chaves jorrará finalmente. Vou cantar na chuva enquanto pontapeio todos os males hipócritas que só eu vejo. Rir-me-ei na cara dos meus inimigos e assumirei controlo de todos os motins sem sentido que ocorrerão à minha passagem. Beware of the beast.MUAHAHAHA!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Grande Saramago!



É preciso ter tomates para abalar o nosso tão católico país com tamanhas blasfémias.
Coitadinhos dos cristãos, ficaram tão ofendidos! És um herege Saramago. Arderás no fogo do inferno e todos os teus leitores irão fazer-te companhia. Eu serei o primeiro a saltar para a fogueira.
Quero ser excomungado! Fui baptizado e quero que o meu nome seja retirado do livro dos católicos.
Onde está dar a outra face, tanto apregoada pelo cristianismo? Bullshit.
Opressão! o sinónimo perfeito para Igreja.
Ai coitadinho do rapaz que está na cruz com a coroa de espinhos enfiada na cabeça! Morreu para a humanidade se salvar. Valeu a pena? A humanidade salvou-se?
Os cavaleiros do apocalipse continuam a correr o mundo.
Outra inquisição precisa-se, urgentemente. Vamos queimar os livros blasfemos!
Vamos organizar novas cruzadas e orquestrar genocidios dos supostos infíeis!
Vamos... vamos mas é todos poh caralho!
É suposto existir liberdade de expressão, mas isso é só para inglês ver.
Condenem-me sacerdotes e papas pois eu não acredito em deus! Acredito em mim. Eu escrevo as minhas próprias regras.

domingo, 18 de outubro de 2009

Crónicas de um domingo à tarde num bar com net wireless.

Musicas ocas de conteudo bombardeiam os meus timpanos enquanto transeuntes de fins de semana esforçam-se por manter um sorriso falso colado aos seus lábios.
Estou embriagado pela sobriedade. Desta vez a entrada para um local diferente parece estar mais distante, como se eu tivesse perdido a chave da porta.
É uma boa ocasião para observar atentamente todas as pessoas que me rodeiam e com quem eu converso em silêncio.
Todos esforçam-se por simular um ar de felicidade e de ter conversas repletas de conteudo. As suas vestimentas domingueiras parecem exalar sinais de superficial bem estar.
Alguns olhares cruzam-se com o meu. Alguns demoram-se mais do que aquela fracção de segundo necessária para estabelecer um reconhecimento.Como se estivessem a avaliar a minha pessoa que aspira vagarosamente o fumo de mais um cigarro.
Que ideias formularão os seus cérebros sobre mim?
"Quem será aquele homem com vastas olheiras e cabelo todo desgrenhado?"
"Estará ele à espera de alguém? Mulher não será certamente. Olhar para ele mete dó."
Não me interessa. Estou refugiado no meu anonimato. Como se tivesse um escudo invisível à minha volta que estilhaça as ideias pré-definidas sobre mim.
A minha visão foca-se em quadros vagos de sentido, adquiridos em uma qualquer loja dos 300. O objectivo será colorir as paredes negras do fumo do tabaco.
Pseudo-intelectuais pavoneiam-se com o jornal debaixo do braço para aceitarem as ideias escritas por outros e com uma artimanha qualquer transformarem-nas em suas.
Gostava de ser jornalista de um jornal. Os poucos que os leêm encaram as palavras impressas neles com mais seriedade do que a bíblia.Como se o facto de um qualquer menino rico que tenha o papá como director de um jornal e um curso de jornalismo completado ao fim de quase uma década fosse um messias. O que a televisão e os jornais dizem são verdades absolutas. "Atenção! Não podes contestar isto porque li isso no JN e vi uma reportagem na Sic. Isto é a mais pura verdade!"
Trabalhei algum tempo numa empresa que dirigia o jornal da minha terra. Assisti a todas as intrigas e jogos de poder presentes numa pequena publicação. Multiplico isso por alguns milhares e imagino o que serão as redacções de jornais e televisões nacionais.
Apesar de não curso superior algum, tenho bem presentes as regras do jornalismo. Ou melhor Pseudo- regras. Ética profissional é algo que não se aplica a qualquer profissão pela qual tenha passado e já foram várias. O jornalismo não será a excepção. É o velho e eterno "Façam o que eu digo e não o que eu faço."
Qual será a profissão ideal para mim? Talvez musico. Mas só se fosse numa banda em que os restantes membros fossem as minhas restantes personalidades. Pelo menos, por muito conflito que podesse existir um entendimento chegaria sempre. Todos os projectos musicais em que me envolvi extinguiram-se com a mesma rapidez com que foram ateados. Estou cansado de ser moderador de debates sem nexo entre personalidades díspares que tem sempre como desfecho o término de muitas horas de dedicação e paixão inquantifícaveis da minha parte.
Por isso é que gosto de escrever. Não tenho que agradar a ninguém, nem a mim próprio. Saem as palavras da forma mais natural do mundo. Mas a nível profissional, nem pensar. Eu não tenho um papel que diz que frequentei uma universidade xpto. Limitar-me-ei a escrever para mim próprio e para quem me quiser ler. Pelo menos isso posso fazer sózinho. O resto estou sempre dependente de outras pessoas e eu não acredito em ninguém. Nem que aparecesse a minha alma gémea agora à minha frente mereceria a minha confiança.

sábado, 17 de outubro de 2009

Isto não é um poema, é uma epopeia.

Dobram os sinos
Por todos os irados
Pelos perdidos destinos
Pelos sonhos finados

Cada badalada
Significa vida
Perde-se uma amada
Encontra-se a alma fugida

Rezam os crentes
Desejando felicidades
São intermitentes
As falsas verdades

Os sinos dobram
Anunciando o fim
Refuto os que choram
Algures por mim

Onde outros veem morte
Eu encontro vida
Outro tipo de sorte
Aguarda em cada dormida

Os sinos anunciam o quê?
A morte do amor?
O eterno porquê
ou a infindável dor?

Os amores nascem e morrem
Indiferentes às lágrimas
Distintas elas correm
Por alegrias e lástimas

Os sinos dobram pelos que amam
Bem aventurados sejam
Os que não desarmam
Na busca de quem desejam.

Dia europeu da depressão.

A doença mais grave que alguma vez tive.
Felizmente já ultrapassada e os melhores anti-depressivos que tive foram todos os meus verdadeiros amigos, que consumi em doses cavalares juntamente com overdoses de paciência e compreensão alheias.
É uma doença silenciosa mas que deixa marcas profundas.
Sei que não sou igual ao que era anteriormente a tão trágico episódio.
Mudei muito. Fiquei mais forte psicológicamente e aprendi a dar imenso valor a pequenas coisas que a maioria das pessoas dá por certa e que acabam por perder o valor que alguma vez tiveram, se é que alguma lhe foi reconhecido algum valor.
Um bom dia dito por alguém, uma mensagem no telemóvel a convidar para um café, o sabor de uma cerveja gelada, etc...
São tantas as pequenas coisas que me provocam um sorriso no rosto e devo-o a muita gente que não desistiu de mim quando eu já o tinha feito.
Sei que não necessito agradecer a ninguém. Esse agradecimento já está explícito no meu olhar e em todos os sorrisos que me são endereçados. O meu coração atingiu um tamanho gigantesco já que alberga tantas pessoas.
OBRIGADO! Não vou deixar aqui nomes, porque quem está no meu coração tem plena consciência desse facto.

Um pequeno, mas ao mesmo tempo enorme, obrigado a este desfilar de palavras que é o meu blog. Criado no seio da tempestade que me assolava resistiu até hoje e é o meu mais sincero confidente.
Obrigado a todos os leitores das minhas palavras que não conheço pessoalmente pelos tão amáveis comentários. Obrigado por visitarem regularmente os meus devaneios embora muito do que escreva não faça sentido.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Estás entranhada na minha pele.
Por mais que me esfregue não te consigo arrancar.
Não és uma qualquer espécie de tatuagem superficial que todos conseguem ver.
Estás nas minhas profundezas. Respiras através dos meus poros. Eu sinto a tua respiração a todos os segundos do dia.
Honestamente falando, não te quero remover.
Se existe realmente algo belo em mim, esse belo és tu.
Dizem que devo amar-me. Se o fizer é porque fazes parte de mim.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Visão da cidade de Paredes às 7 e 30 da manhã.

Neblinas matinais envolvem as construções de betão onde corpos dormem restabelecendo energias para um novo despertar das rotinas que absorvem as suas forças e identidades.
Mais um dia os aguarda. Um dia exactamente igual aos demais.
Sobrevivência. Instinto básico.
Ninguém vive, na verdadeira essência da palavra.
Apenas tenta-se tornar mais cómoda a sobrevivência.
Não correm pelo pensamento palavras inconformadas.
É tudo aceite de bom grado.
Longe estão, se é que os houve, ideais de vida.
Caminha-se com uma unica certeza. Nenhuma.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

São belas as blasfémias
Nas visões não perversas
Eternas e etéreas
Como as nossas conversas

Nas petalas de orquideas
Há palavras submersas
Proíbidas durante dias
Só nas noites confessas

Teus lábios encantam-me
Teus receios agitam-me
Em ti tudo é perfeito

Não amares não é defeito
Fá-lo-ei por nós dois
Antes que exista depois.
Dilema luteriano que tenho perante mim.
Perfeita ocasião para a manifestação dos multiplos eus que multiplicam-se a velocidades estonteantes.
Cada um tem os seus argumentos e todos fazem perfeito sentido.
Está iniciada a audiência sumária onde oiço todos com uma atenção nunca antes avistada em mim. Como se a minha capacidade de alheamento tivesse sido mantida refém por forças alienígenas aguardando a ordem de invadir a Terra.
Mas é mesmo o futuro do mundo que está em julgamento. O meu mundo, não o vosso.
Em nada alterará as vossas rotinas e vidas seja qual for a sentença que eu decretar.
Para mim é que será diferente ou igual. Só de mim depende.
Quando eu bater com o martelo da independência, a sentença será atribuida sómente a mim. Boa ou má caberá a mim ver as repercursões futuras.
Lucidez invade-me, apesar de eu odiar as primeiras quatro letras da palavra.
Bem que podiam ser substituidas por letras de outro nome que tenha sido justo e correcto comigo. Qual? Boa pergunta. Por qualquer nome dos meus amigos. Ou por outro nome que eu respeite e adore mesmo sendo começado pela mesma letra.
Mas lá estou eu a divagar. Não posso! O juízo final aguarda-me! E eu sou ele.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Novas entradas para a enciclopédia das coisas estupidas que me acontecem.

1ª entrada- Pedir um café, paga-lo e só depois de 10 minutos de amaldiçoar o dono do tasco por estar a demorar tanto a servi-lo é que reparo que o café esteve sempre ao meu lado. Está irremediávelmente frio. Tenho que pedir outro.

2ª entrada- Adormecer sozinho numa esplanada e ser acordado pela P.S.P. Em seguida, entrar para o veiculo da autoridade que se voluntariou a ajudar-me a encontrar o meu carro, pois não fazia a menor ideia onde o tinha estacionado. Finalmente, jurar a pés juntos que não irei conduzir nas próximas horas.
Grande abraço à Policia de Segurança Pública de Santo Tirso pela paciência e preocupação pela segurança privada da minha pessoa.

3ª entrada- Conduzir até ao trabalho às 7 e 15 da manhã. Entrar numas bombas de gasolina. Ignorar o placard gigante que indica " Bomba em pré-pagamento". Insultar a mangueira até álguem dizer que tenho que pagar primeiro. Dirigir-me até à caixa, efectuar o pagamento e arrancar em seguida sem efectuar o abastecimento.Conduzir mais uns quilómetros e achar que o ponteiro do combustível está avariado pois não saiu da reserva.Aperceber-me do que se tinha passado. Voltar às bombas e ser recebido com um sorriso e com a pergunta "As segundas feiras são fodidas, não são?!".
Obrigado à gentil funcionária da Galp de Penafiel que ainda me ofereceu um café.

4ª entrada- Uma mulher lindíssima que não conheço de lado algum pede-me o numero de telefone e eu pergunto:" Queres o meu numero para quê?"
Invenções bestiais destronam os trabalhos manuais.
A arte de escrever manter-se-á fidelizada à caneta e ao papel?
Escrevo sempre em papel. Exercito o meu léxico. Dou erros. Alguns ou bastantes provavelmente.
Espero que a minha caneta nunca seja substituida por artimanhas mecánicas de qualquer espécie.
A minha letra é horrivel e de muito difícil compreensão. Sempre o foi. Mas é a minha letra. É das poucas coisas que sei fazer.
Imagino uma máquina ligada ao meu cerebro transcrevendo o díluvio de palavras que brota em mim.
Que visão nefasta!
Poderiam ser palavras e frases articuladas e escritas da maneira mais correcta, mas nunca teriam o mesmo valor.
Posso pontapear o português correcto, mas se tudo fosse perfeito perderia a sua beleza.
Escrevo de maneira caótica, por vezes anárquica, mas eu sou o que escrevo e eu não sou perfeito. Muito pelo contrário. Mas gosto da minha escrita cheia de imperfeições e de erros... e lá no fundo, bem lá no fundo, também gosto de mim.

domingo, 11 de outubro de 2009

Prémio Nobel da estupidez.


Não é hábito pronunciar-me sobre o mundo que gira à minha volta. Não sinto que faça parte dele verdadeiramente. Mas tenho que comentar o novo galardoado como Nobel da paz.
Barack Obama. Presidente dos Estados Unidos.
Acho, muito honestamente, que só foi contemplado com tal galardão não por ser quem é mas sim por quem não é. Neste caso o seu antecessor da superpotencia chamada Estados Unidos.
As medidas que Obama decretou seriam decretadas por qualquer pessoa que tenha dois dedos de testa. George W Bush foi o Hitler do sec XXI em termos bélicos até ao momento.
Qualquer sem abrigo ou atrasado mental que ocupasse o lugar de Bush que não partilhasse das suas idíoticas ideias venceria o prémio.
Portanto, mais uma machadada na muito dúbia reputação e respeito que a Fundação Nobel tem.
Quem mereceria vencer o prémio? Eu por exemplo. Que lutei imenso para encontrar um armistício numa guerra muitas vezes superior a todas as guerras mundiais. A guerra contra mim próprio. E diplomáticamente resolvo todos os conflitos que os outros insitem em causar ao meu redor.
Sindrome de domingo à tarde.
Melancolias alojam-se nos rostos.
Estudos provam que a maioria dos suícidos são cometidos ao domingo.
Domingos acarretam tristezas e no meu caso muito em particular, ressacas.
Ressacas físicas e mentais resultado de todos os abusos que inflijo a mim próprio.
Tento encher o vazio mas alguma fuga terei em mim porque ele nunca fica cheio.
Embriago-me de pensamentos e palavras e vagueio em torpores erróneos.
Perco-me por entre as doses de devaneios que absorvo e tenho pazes temporárias.
Por momentos sinto-me quase completo.
É apenas mais uma das ilusões em que eu sou o eterno perito em criar.
Quando acordo voltou tudo ao que era.
E lá voltarei eu a fabricar utopias.
Não fujo de mim próprio.
Sei que algures terei algo valioso dentro de mim.
Enquanto o não descobrir manipulo-me a mim próprio com falsas promessas.
Pensamentoólico... eu sou.
Imagino reuniões de pessoas com o mesmo problema que eu.
"Olá. Eu sou o Nuno e sou viciado em pensamentos."

sábado, 10 de outubro de 2009

Distinções honorárias
Pesam nos falsários
Lucros para as funerárias
Sorriem os novos corsários

Pilhagens de identidades
Aclamadas pelos governos
Escoltadas pelas autoridades
Perante a passividade dos servos

Premiados são os desumanos
Com a mascara de mecenas
Protegidos durante anos
Encenam tristes cenas

Culturas dilaceradas
Ministros incompetentes
Tantas prosas amadas
Floresceram em belas mentes

O mundo sempre protegeu
Quem poe ele nada fez
Poetas no seu apogeu
O sentiram na tez

Perseguidos os inconformados
Executados publicamente
Pelos profetas fardados
Em nome da sua gente

Coragem em escrever
Denunciar o errado
Fazer os olhos ver
do seu povo tão amado

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O unico partido do qual sou militante.

"Eu não gosto do PS nem sequer do CDS
Não suporto o PC que se lixe o PSD
Sou Zulmiro Pascoal o tarado sexual
E venho apresentar-vos o partido ideal

CCM - CONA CU E MAMAS

Eu não gosto do PS nem sequer do CDS
Não suporto o PC que se lixe o PSD
Eu só voto CCM o partido que nada teme
Pela orgia total façámos a revolução sexual

CCM - CONA CU E MAMAS

Eu não gosto do PS nem sequer do CDS
Não suporto o PC que se lixe o PSD
Agora não te esqueças de na próxima eleição
Dar todo o vosso apoio na grande depravação

CCM - CONA CU E MAMAS"

Mata Ratos

Domingo lá vou eu votar novamente neste partido. Só voto no C.C.M e no eterno candidato presidencial Manuel João Vieira. Mas quando o Zulmiro Pascoal chegar ao poder, aí é que vai ser.


Há palavras que insistem em perder-se pelo caminho.
Como se fossem desviadas para um destino mais sedutor que eu.
Acredito que elas um dia chegarão até mim. Talvez já deformadas pela acção do tempo.
Ainda maior é a convicção de que alguém as tem para me dar.
Esta é a unica crença que ainda vai florescendo nos vastos terrenos áridos que é a minha alma.
Harmonias nascem com o sol.
Por entre as auroras conduzem segredos.
Alegrias breves são esticadas ao máximo.
Prolongam-se pelas mudanças do ser.
Efemerização de eternidades.
Compactadas estão as verdades.
Armazenadas para serem distribuidas mediante requisição do coração.

Seres dispersos rezam ladainhas ensurdecedoras abafadas pelo meu sorriso.
Tudo se revolta contra mim e eu limito-me a sorrir.
Situações absurdas capazes de destruir impérios acenam-me todos os dias.
Retribuo o cumprimento e desarmo-as com o meu sorriso.
Caem perante mim e reconhecem a minha superioridade.
Não pedem o meu perdão porque sabem que ele é infindável.
Perdoo tudo e todos excepto a mim próprio por perdoar.
Que fazer? Fui esculpido desta forma.
Os erros talvez estejam nos outros ou talvez não.
Quem sou eu para classificar algo como errado?
Errante talvez mas nunca errado.
Talvez exista um manual que explique aos outros como funciono.
Talvez, é a palavra que mais uso nos meus textos.
Porque tudo é uma incógnita. Incluindo eu.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cabe tudo na minha mão
Tu e o teu universo
Os dias sem a tua paixão
Tudo junto ao teu verso

Finado está o verão
Anseio sempre o inverso
Na minha mão a visão
Do oposto ao complexo

Escorrem pelos meus dedos
Todos os teus e meus medos
Todos são insignificantes

Outrora eram gigantes
Agora por mim amada
Reduzi-los-ei a nada.

Estou demasiado cansado para conseguir dormir.
As minhas olheiras alastraram-se para o resto do meu rosto já fustigado pela sua extrema ausência de beleza.
Estou exausto de ouvir as rodas dentadas e demais engrenagens do meu cerebro em constante laboração.
Turnos infindáveis de palavras trabalhadoras que produzem preocupações em excesso. O armazem já rebenta pelas costuras.
Numa altura de tanto desemprego e uma crise que insiste em não desaparecer, o meu cerebro produz mais que todas as empresas do pais juntas. Seria óptimo se pensamentos fossem aceites em transãcções comerciais. O PIB deste pobre país dispararia e ultrapassaria todas as super-potencias mundiais.
Tornar-me-ia o mais bem sucedido empresário. Figuraria na capa da revista Forbes como o homem mais rico do planeta destronando o Bill Gates que já deve de estar farto e já criou raizes.Ele tem o seu Windows que está sempre a crashar, eu , pelo menos venderia produtos sem defeito e com garantia vitalicia.
Preocupaçõea de toda e qualquer espécie. Ideais para qualquer sexo e idade.
Compre já a sua. Ajude o seu país e liberte um pouco o meu cérebro para outro tipo de produção. Talvez uma linha completa de desilusões para toda a familia. A reunião da administração está para breve para ratificar o projecto e finalmente conseguirei a tal dominação mundial que sempre desejei.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Estas palavras são para ti. Estas sim.


Flutuam pelas nuvens carregadas e ameaçadoramente negras vontades disconexas.
São livres como os amores que vagueiam por todas as minhas personalidades complexas.
Vontade de te abraçar e de te proteger talvez de ti própria.
Vontade de te dizer que não existiu esse ontem amaldiçoado.
Vontade de te olhar nos olhos e adivinhar o que vai nessa alma.
Vontade de decifrar os enigmas que deixas no meu caminho todos os dias.
Vontade de ter vontade para acreditar na tua possível vontade.

Estão desenhados contornos de possibilidades infinitas. Mais parecem um puzzle infinito e impossível de completar. As peças mudam de forma na minha mão e não percebo o desenho que tenho que imitar. Parece tão simples mas torna-se uma tarefa impossível mesmo para os mais brilhantes arquitectos.
Demorei a perceber que afinal o mundo não é assim tão complicado. As pessoas é que o são. Gostava de te compreender para além do que já compreendo. Não acredito que seja impossível. Não existem impossíveis para mim. Partiram junto com a dor para outras paragens. Mas peço a tua ajuda. Ajuda-me a ajudar-me a ajudar-te. Quero completar o puzzle do que afinal se passa entre nós.

domingo, 4 de outubro de 2009

Já aqui falei do ultimo álbum de Alice in Chains. Apaixonei-me pela primeira musica, "All secrets known." Está excelente e a letra está assim uma coisa linda. Parece que o Jerry Cantrell a escreveu para mim. Obrigado!

"Hope,
A new beginning
Time,
Time to start living
Like just before we died

There's no going back
To the place we started from

Hurt,
Falling through fingers
Trust,
Thrust in the feeling
There's something left inside

There's no going back
To the place we started from

All secrets known...

Calm,
All wounds are healing
Strong,
Truth is worth saving
I want to feel alive

There's no going back
To the place we started from

All secrets known... "

Não existe video ainda, mas têm que ouvir esta maravilha...

Depois de tributos à minha musa, à Monica Belluci, à minha mão direita e à Super Bock tinha que fazer um a Metallica.


Metallica... A melhor banda que alguma vez o universo teve o privilégio de albergar nos seus vastos territórios. Fala-se de amor à primeira vista, neste caso, comigo, foi amor à primeira audição.
Ainda era uma criança quando em 1988 ouvi pela primeira vez a "Fade to Black". Fui imediatamente absorvido pela sua melodia contagiante e ao mesmo tempo por todo o poder de guitarras potentosas que abriram os meus horizontes musicais tão limitados como se podem exigir a uma criança de 7 anos. Cresci a ouvir Metallica. Não existe numero com zeros suficientes para quantificar quantas vezes os seus majestosos álbuns invadiram os meus ouvidos e a minha alma.
Quando visitaram Portugal a primeira vez eu era um adolescente cheio de borbulhas que choquei os meus pais quando disse que queria ir ao estádio de Alvalade vê-los. Obviamente não consegui tal façanha.
Em 1996 voltaram, desta vez ao estádio do Restelo. Tinha dinheiro e uma vontade redobrada de ir. Azar. O concerto foi durante a semana e tinha demasiados testes. Sim, eu sempre fui bom aluno e levei sempre as aulas como algo sério mesmo pertencendo ao grupo dos rotulados baldas.
3 anos depois voltam. Esta não podia faltar. Tinha saido do hospital na noite anterior onde fui operado e mesmo contra todas as recomendações médicas fui para Oeiras ao Estádio do Jamor. Faço sempre tudo por quem gosto e como vêm não é só de agora. Ignoro todos os problemas que poderão na altura estarem a debater-se sobre mim e nem penso duas vezes.
27 de Julho de 1999. A noite que mudou a minha vida. Metallica à minha frente! Tanto tinha sonhado com este momento! Estavam na fase muito descendente da carreira, mas quando se gosta perdoa-se tudo. Fantástico concerto coroado com o assumir de uma paixão que parecia apenas passageira. Durou até ao final do ano passado... Nada mais foi igual a partir dessa noite. Metallica mudou radicalmente tudo o que me rodeava. Adiante...
8 anos depois já vivia em Lisboa e no SuperBock Super Rock tive a mais fantástica experiência da minha vida: Um concerto de Metallica com 3 horas de duração. Com um setlist fantástico de apenas grandes clássicos editados até 1991. Cada tema tocado provocou-me um orgasmo brutal. 3 horas de orgasmos intensos mas sem sexo. Simplesmente fantástico! A melhor noite da minha vida. Nem uma noite de sexo tórrido com a Monica Belucci seria tão boa! Naquela noite senti-me verdadeiramente feliz!
Por muito que a banda me desiluda com sucessivos lançamentos de qualidade extremamente duvidosa serei seu eterno amante. O que Metallica foi para mim durante a minha formação como pessoa é inegável. Podiam insultar-me e espancar-me brutalmente que não beliscariam em nada a imensa paixão. Assim são as crónicas de um devoto aos 4 cavaleiros do apocalipse. Os sinos nunca dobrarão anunciando o final deste amor.

Ejaculações sobre realidades adversas como forma de baptismo. O meu semen corrompe tudo o que a vista alcança. Chegou a hora de novas realidades serem fecundadas e a mim ser atribuída a paternidade. Terão todos os defeitos e imperfeições do progenitor, mas por mim serão criadas.

Verão o meu rosto versado sobre si próprio em plena paixão narcisista. Devo muito ódio ao mundo mas mando apontar na minha conta. Um dia conseguirei pagar as prestações em atraso que se vão acumulando. Até lá, endivido-me noutra busca.
Novas realidades onde o nome de todos é removido e plantado o meu.
Sou a minha unica realidade e fecundo todos os momentos e parcelas dela.
Sinto-me livre. Livremente livre.
As novas realidades crescem a meu lado e, pela primeira vez sou venerado em vez de venerar.
Olá minhas crias perfeitas! Que futuro auspicioso vos reservo!
Caminharemos juntos ao por so sol observando tudo de bom que para vós criei...

sábado, 3 de outubro de 2009

Olho para ti com crueldade. Nunca pensei que fosse capaz de tal atrocidade.
Removo-me de tudo o que alguma vez senti. Nego toda e qualquer palavra que eventualmente terei proferido sobre algo hipotético ou verdade absoluta.
Existem silêncios que contém em si toda a harmonia das palavras mais belas. E depois existe o teu silêncio. Feroz e impávido que destroi o que tu contruiste.
Espero que sintas orgulho ao ver as tuas obras destruidas. És artista auto-destrutivo\a. Tudo o que bom crias destrois logo a seguir...
Sim, agora estou forte. Revigorado e indestrutível. Talvez um pouco mau. Mas a minha busca assim o determinou. Farei inumeras vitimas. Inocentes culpados. Culpo-te de me teres feito assim. Sem fé e irredutível. Espero que gostes desta tua criação.
Já quis oferecer-te o mundo, agora ofereço-te nada. Ver-me-ás de mãos vazias e pensamentos inócuos perante ti. Existem prazos de validade, e o teu já expirou à muito tempo. Apodrecias junto a mim, mas nos meus olhos nunca perdias a beleza.
Mas o dia de acordar a máquina infernal chegou. Implorar-me-ás para voltar a ser os meus pensamentos... Mas é tarde demais.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Aluga-se fantástico espaço com excelente vista para o oceano dos tormentos, com poesia central, lugar para parqueamento de desilusões privativas, perto dos transportes mentais e das escolas de boemias.
Amplas divisões exemplares para flagelações totalmente equipadas com os desesperos mais vanguardistas e modernos.
Com jardim privado do condominio onde todo o ano florescem fúrias e duvidas existenciais.
Optima residência para corações destroçados ou divagadores inveterados.
Contacte já hoje a agência imobiliária Misery House ou o nosso promotor de terrorismo emocional Blizard Beast neste blog para uma visita personalizada.
A casa dos seus mais tenebrosos pesadelos aguarda por si.
"Não há amor eterno. Claro, admito a existência de um casal que se ame durante 50 anos. Ainda assim, nem isso é amor eterno. O que se passou foi que esse casal teve a sorte de morrer antes de morrer o seu amor... ... Não nego que Julieta e Romeu morreram de amor, prometendo amar-se para todo o sempre. Mas se tivessem continuado vivos tinham-se divorciado ao fim de 5 anos, sobretudo se tivessem gerado uma ou duas crianças."

Rui Zink- Apocalipse Nau.
Faz hoje meio ano que nos abandonaste fisicamente.
O teu esperito continuará eternamente ao lado dos que amavas,
Sinto todos os dias as tuas palavras que tanto me ajudaram na escalada do buraco negro em que me encontrava.
Tenho muitas saudades tuas.
O teu sorriso e dedicação a mim são inquestionáveis.
Serás eterno no coração dos que te sentiam.
A muito custo controlo a saida das lágrimas. Melhor homenagem não poderia fazer a ti que tanto lutaste para que elas cessassem definitivamente.
Onde estiver o teu corpo sei que estas e todas as palavras ecoarão junto a ti.
Irmão eterno mesmo não tendo o mesmo sahgue.
Até sempre.
Fica aqui uma das musicas que marcou o nosso crescimento.
Para ti Luis Necrolust.