segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Hoje é o dia de dizer mentiras e tentar enganar a nós próprios sob a forma de new year resolutions, e como eu sou sempre do contra, vou ser sincero:
Não voltarei a dizer que não volto a beber. É um desperdício de palavras.
Um livro é como o sexo:
Há livros que não são nada de especial e que só quero que acabem.
Outros acabam depressa demais.
Há aqueles que são tão intensos que me deixam completamente extenuado.
Ou ainda aqueles que não tem nada a ver comigo, que experimento por curiosidade e no fim fico com uma sensação enorme de vazio.
Depois há aqueles pelos quais me apaixono, que produzem magia e quero relê-los muitas vezes e acordar todos os dias ao seu lado...

5- A book that makes you happy.

Qualquer um com textos de Fernando Pessoa.

domingo, 30 de dezembro de 2012

4- Favorite book of your favorite series.

Jerusalem- Gonçalo M. Tavares.
Usar uma máscara não é mau.
Ela funciona como um refúgio.
Como um escudo para a agressividade exterior.
Protege o tesouro interior a que ninguém daria o valor.

Mau é quando a máscara agarra-se à pele e torna-se impossível tirá-la.
E surge a dúvida se na realidade não seremos apenas a  mascara que insistimos em usar tanto tempo.

sábado, 29 de dezembro de 2012

O que os homens pensam das mulheres.

"Mulheres!!!!! Deixa-me dizer-te o que eu sei de mulheres: Se comprares sapatos de mulher para o teu tamanho eles nunca te vão servir." Snot Lonstein- American dad

"As mulheres são como os frigoríficos: medem 2 metros e têm gelo por dentro."- Homer Simpson

"As mulheres não são pessoas. São dispositivos criados por jesus cristo para nosso entretenimento." Peter Griffin- Family guy.


3- Favorite series

Desde puto que não leio estas coisas. Poderia dizer qualquer um destes: Uma aventura, os cinco, triangulo jota, clube das 7 chaves... eu li-os todos.
Mas como eu gosto de complicar, vou atribuir o título à tetralogia de Gonçalo M. Tavares  "o reino" que é constituída pelos livros:

Um homem: Klaus Klump
A máquina de Joseph Walser
Jerusalem
Aprender a rezar na era da tecnica

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Indiependencia já!!!!!!

O melhor álbum dos últimos anos

Recalcar e reprimir o que vai dentro de nós desencadeia uma guerra eterna onde só existe uma vítima que morre e renasce todos os dias.

"Se existem homens enclausurados em corpos de mulheres e mulheres enclausuradas em corpos de homens porque não posso eu ser um corvo enclausurado neste corpo? (...) Eu sei que sou um corvo. Eu sou um corvo. Eu sou um corvo..." Philip Roth in A mancha humana

Quem diz que o futebol é só para incultos? O nome de um jogador dá origem a um novo verbo.

Ibrahimovic dá origem ao verbo 'zlatanear' - Desporto - Sol


Só quem zlataneia, é que vive...

Day 2- A book you read more than 3 times.

Só mesmo 1 obedece e ultrapassa este critério: "O ano da morte de Ricardo Reis" de José Saramago. Foram só 5 vezes...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

"Processo retro-ortográfico sem curso" Octávio dos Santos in Público 26/12/2012

… O maior dos quais é, obviamente, o denominado “Acordo Ortográfico de 1990”. Seria de perguntar a todas as centenas, a todos os milhares que grita(ra)m nas ruas contra as decisões do actual Governo se também… escrevem contra a (continuação da) aplicação do AO90 — uma decisão específica, concreta, daquele. Seria de perguntar a todos aqueles que, sem qualquer noção do ridículo de que se cobrem, se insurgem contra a (eventual) privatização da RTP e/ou alienação de um dos seus canais, classificando tais hipóteses como “inconstitucionais” ou “sem igual em toda a Europa”, se não consideram igualmente, e mais ainda, contra a constituição — a da “República Portuguesa” ou qualquer outra — e indigna de uma nação do Velho Continente a alteração leviana de algo tão básico na identidade, na estrutura, na actividade de um país como o é a ortografia, alteração essa que se traduz num autêntico “Processo Retro-ortográfico Sem Curso”. Enfim, é de perguntar a todos aqueles que sugerem, ou acusam mesmo, os actuais governantes de serem “fascistas” e que os ameaçam com hipotéticos golpes militares, se: antes de mais, sabem ou se lembram como é que era, e o que implicava, o verdadeiro fascismo, mais concretamente a sua versão portuguesa salazarista-marcelista; e se eles próprios exercem o mais básico acto de antifascismo que é… não escrever segundo o “aborto pornortográfico”. Que é, mesmo, neofascista e neocolonialista; os seus criadores, os seus proponentes e defensores são, mesmo, neofascistas e neo-colonialistas. Quem tem dúvidas pode dissipá-las ouvindo Fernando Cristóvão numa entrevista concedida em 2008, que esclarece o que pensam os “acordistas” sobre o processo legislativo num regime democrático — em que, supostamente, as leis não são dogmas nem mandamentos, e, logo, são alteráveis e revogáveis — e a independência, a soberania — cultural e não só—dos países africanos de língua oficial portuguesa: “(…) Porque é que Angola também não há de ter uma ortografia diferente? E porque é que Moçambique qualquer dia não…? E a Guiné, lá por ser pequenina, não há de ter uma ortografia? Onde é que nós vamos parar? (…) O acordo tem de se fazer porque nós temos duas ortografias, não podemos continuar assim, e a continuar assim qualquer dia temos cinco ou seis. Qual é a língua que resiste a tanta ortografia? [O Francês, que tem 15, e o Inglês, que tem 18!] (…) Confesso que, perante a urgência de haver uma ortografia unificada, eu não entendo como é que há tanta teimosia em querer emendar uma coisa que ainda por cima é uma lei. (…)” Depois disto, ainda acreditam em “25 de Abril sempre?” E escrevem “Abril” com “A” maiúsculo ou minúsculo?
O passado é sempre um refúgio acolhedor,
Um local idílico,
Uma paisagem sedutora,
Uma palavra que nos resume,
Apenas porque nos é familiar.

Mas para o passado já é tarde demais.
É como um prédio devoluto que estraga a paisagem,
Mas que nunca queremos ver demolido.
O medo de uma nova construção no mesmo local é irracional.
Agarrámo-nos ás ruinas...
Deitámo-nos com o medo...
De que o novo será sempre pior...

Um edifício novo não será obrigatóriamente mau.
Poderá ter os mesmos alicerces, mas será sempre diferente.
Podemos ser nós a desenhar o projecto.
Torná-lo acolhedor.
Habitável...
Quem sabe até mais belo...
Com cortinas de seda...
Janelas que não dão para ver de fora para dentro...

Só é tarde demais para o que ainda não aconteceu...



"É mais fácil fazer uma canção pop que uma sanduíche".

Claro que é perfeitamente normal eu dizer coisas como estas, mas em mim ninguém acredita.
Portanto, quem disse tal coisa é supostamente alguém credível pois é um produtor ligado a colossos musicais como Rihanna, Scissor Sisters e Florence and the machine.

S€ o$ fan$ portugu€s€s $ão ingrato$, porqu€ $€rá qu€ o$ Moon$p€ll lançam livro$ com€morativo$ do$ 20 ano$ da banda a 21 €uro$?

Gostava de saber se no resto da europa o  preço será o mesmo.
Para os ingratos fans portugueses, prevejo que estará disponível brevemente uma reedição da entrevista de Fernando Ribeiro à conceituada revista Caras em edição de luxo limitada a 666 cópias  e com introdução, só para variar um bocadinho, de José Luís Peixoto pela módica quantia de 50 euros.

Será que este foi o primeiro engravatado que mentiu sobre as suas qualificações e que enganou uns quantos portugueses? Jamais se desconfia de um engravatado em Portugal. São todos sérios.

PGR está a 'recolher elementos' sobre caso Baptista da Silva - Sociedade - Sol

30 days book challenge...

1-Best book you read last year:

O complexo de Portnoy- Philip Roth

O meu anti-americanismo só não é aplicado à arte. Embora para o tamanho dos states era suposto sair muito mais qualidade.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Depois do Iggy Pop ter feito um anúncio para um perfume, será que vai ser agora que os punks vão começar a cheirar bem?

Frustração.

Escrevo porque sou péssimo orador.
Tudo o que escrevo são palavras que insistem em não formarem-se nos meus lábios, só sob a forma escrita as consigo expulsar de mim.
Considerem isto como uma espécie de exorcismo...

Se eu disser que o vale do sousa já foi assim em tempos, ninguém acreditaria...

Musica natalícia ou só o que desejo para este natal

domingo, 23 de dezembro de 2012

Post elítista. Só para quem é TRV!!!!

Nunca deixes no teu carro um livro do Nick Cave em cima de um dvd de Carpathian Forest. Corres o sério risco de seres excomungado pela legião do Black Metal...
Se alguma vez sonhassem que já tive um livro de Chico Buarque em cima do De Mysteries dom Sathanas de Mayhem acho que era queimado vivo.

Sou um proxeneta de ideias. Os meus pensamentos prostituem-se a troco de silêncio.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um bocejo não poderá ser considerado como uma recusa, uma revolta, um grito mudo, perante o tédio que é a passagem do tempo?

A Mulher Portuguesa Tem um Bocado de Pena dos Homens

A mulher portuguesa não é só Fada do Lar, como Bruxa do Ar, Senhora do Mar e Menina Absolutamente Impossível de Domar. É melhor que o Homem Português, não por ser mulher, mas por ser mais portuguesa. Trabalha mais, sabe mais, quer mais e pode mais. Faz tudo mais à excepção de poucas actividades de discutível contribuição nacional (beber e comer de mais, ir ao futebol, etc). Portugal (i.e., os homens portugueses) pagam-lhe este serviço, pagando-lhes menos, ou até nada.

O pior defeito do Homem português é achar-se melhor e mais capaz que a Mulher. A maior qualidade da Mulher Portuguesa é não ligar nada a essas crassas generalizações, sabendo perfeitamente que não é verdade. Eis a primeira grande diferença: o Português liga muito à dicotomia Homem/Mulher; a Portuguesa não. O Português diz «O Homem isto, enquanto a Mulher aquilo». A Portuguesa diz «Depende». A única distinção que faz a Mulher Portuguesa é dizer, regra geral, que gosta mais dos homens do que das mulheres. E, como gostos não se discutem, é essa a única generalização indiscutível.

A Mulher Portuguesa é o oposto do que o Homem Português pensa. Também nesta frase se confirma a ideia de que o Homem pensa e a Mulher é, o Homem acha e a Mulher julga, o Homem racionaliza e a Mulher raciocina. E mais: mesmo esta distinção básica é feita porque este artigo não foi escrito por uma Mulher.

Porque é que aquilo que o Homem pensa que a Mulher é, é o oposto daquilo que a Mulher é, se cada Homem conhece de perto pelo menos uma Mulher? Porque o Português, para mal dele, julga sempre que a Mulher «dele» é diferente de todas as outras mulheres (um pouco como também acha, e faz gala disso, que ele é igual a todos os homens). A Mulher dele é selvagem mas as outras são mansas. A Mulher dele é fogo, ciúme, argúcia, domínio, cuidado. As outras são todas mais tépidas, parvas, galinhas, boazinhas, compreensíveis.

Ora a Mulher Portuguesa é tudo menos «compreensiva». Ou por outra: compreende, compreende perfeitamente, mas não aceita. Se perdoa é porque começa a menosprezar, a perder as ilusões, e a paciência. Para ela, a reacção mais violenta não é a raiva nem o ódio – é a indiferença. Se não se vinga não é por ser «boazinha» – é porque acha que não vale a pena.

A Mulher Portuguesa, sobretudo, atura o Homem. E o Homem, casca grossa, não compreende o vexame enorme que é ser aturado, juntamente com as crianças, o clima e os animais domésticos. Aturar alguém é o mesmo que dizer «coitadinho, ele não passa disto…» No fundo não é mais do que um acto de compaixão. A Mulher Portuguesa tem um bocado de pena dos Homens. E nisto, convenhamos, tem um bocado de razão.

O que safa o Homem, para além da pena, é a Mulher achar-lhe uma certa graça. A Mulher não pensa que este achar-graça é uma expressão superior da sua sensibilidade – pelo contrário, diverte-se com a ideia de ser oriundo de uma baixeza instintiva e pré-civilizacional, mas engraçada. Considera que aquilo que a leva a gostar de um Homem é uma fraqueza, um fenómeno puramente neuro-vegetativo ou para-simpático – enfim, pulsões alegres ou tristemente irresistíveis, sem qualquer valor.

E chegamos a outra característica importante. É que a Mulher Portuguesa, se pudesse cingir-se ao domínio da sua inteligência e mais pura vontade, nunca se meteria com Homem nenhum. Para quê? Se já sabe o que o Homem é? Aliás, não fossem certas questões desprezíveis da Natureza, passa muito bem sem os homens. No fundo encara-os como um fumador inveterado encara os cigarros: «Eu não devia, mas.. » E, como assim é, e não há nada a fazer, fuma-os alegremente com a atitude sã e filosófica do «Que se lixe».
Homens, em contrapartida, não podiam ser mais dependentes. Esta dependência, este ar desastrado e carente que nos está na cara, também vai fomentando alguma compaixão da parte das mulheres. A Mulher Portuguesa também atura o Homem porque acha que «ele sozinho, coitado; não se governava». O ditado «Quem manda na casa é ela, quem manda nela sou eu» é uma expressão da vacuidade do machismo português. A Mulher governa realmente o que é preciso governar, enquanto o homem, por abstracção ou inutilidade, se contenta com a aparência idiota de «mandar» nela. Mas ninguém manda nela. Quando muito, ela deixa que ele retenha a impressão de mandar. Porque ele, coitado, liga muito a essas coisas. Porque ele vive atormentado pelo terror que seria os amigos verificarem que ele, na realidade, não só na rua como em casa não «manda» absolutamente nada. «Mandar» é como «enviar» – é preciso ter algo para mandar e algo ao qual mandar. Esses algos são as mulheres que fazem.

O Homem é apenas alguém armado em carteiro. É o carteiro que está convencido que escreveu as cartas todas que diariamente entrega. A Mulher é a remetente e a destinatária que lhe alimenta essa ilusão, porque também não lhe faz diferença absolutamente nenhuma. Abre a porta de casa e diz «Muito obrigada». É quase uma questão de educação.

A imagem da «Mulher Portuguesa» que os homens portugueses fabricaram é apenas uma imagem da mulher com a qual eles realmente seriam capazes de se sentirem superiores. Uma galinha. Que dizer de um homem que é domador de galinhas, porque os outros animais lhe metem medo?
Na realidade, A Mulher Portuguesa é uma leoa que, por força das circunstâncias, sabe imitar a voz das galinhas, porque o rugir dela mete medo ao parceiro. Quando perdem a paciência, ou se cansam, cuidado. A Mulher portuguesa zangada não é o «Agarrem-me senão eu mato-o» dos homens: agarra mesmo, e mata mesmo. Se a Padeira de Aljubarrota fosse padeiro, é provável que se pusesse antes a envenenar os pães e ir servi-los aos castelhanos, em vez de sair porta fora com a pá na mão.

Miguel Esteves Cardoso, in ' A Causa das Coisas '

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Hypocrisy until the end...

Mais uma acção anti-tabágica está a caminho promovida pelo governo.
Mais uma medida hipócrita e - usando as duas únicas palavras que os políticos portugueses conhecem- demagoga e populista.
Se 80% do preço de um cigarro esfuma-se em impostos, seria digno que o governo recusasse usar esta falsa moral e dizer algo assim: "O seu país precisa de dinheiro. Seja patriota: fume. As finanças do estado agradecem." Isso seria a mais eficaz medida de sempre para muita gente deixar de fumar..

Imaginem o que aconteceria se todos os fumadores largassem o tabaco...
Em 2011 "só" entraram nos cofres do estado 1.500.000.000€ (1.500M €uros) provenientes dos impostos do tabaco.  Se isto está assim tão mal, como seria sem esse numero de euros a entrar?
Deixemo-nos de falsas fés, senhor políticos

Eu sei que o tabaco faz mal. Muito mal. Mas comer hamburgers do Mc donald´s também e o álcool idem...
Para quando uma campanha contra esses dois flagelos/vícios????
Ou a obesidade e o alcoolismo também não são doenças tratadas pelo Serviço Nacional de Saúde ou são só fumadores que vão parar aos hospitais.?
Menos hipocrisia por favor...
Só por causa disso já fiquei com vontade de fumar. Mas vou só fumar 20% do cigarro. Os 80 % do estado ficarão intocados.

Com a demissão em bloco da direcção da Casa da Música, será que vai ser desta que a programação deixará de ser elitista?

Sofrer cortes orçamentais é motivo para desistir, para bater com a porta?
Se assim fosse o que seria de tantas empresas e de trabalhadores cujos rendimentos são\serão severamente afectados?
Não conseguem uma programação decente senão tiverem os fundos a que estavam habituados?
Conseguem pois... Basta abandonarem a política de eventos elitistas que sempre caracterizou a Casa da Música desde a sua abertura.
A arte, em geral, não pode ser elitista. Mas em Portugal é... Uma instituição que deveria ser ecléctica, nunca o foi. Não era suposto a programação atingir todo o tipo de públicos?
Sendo uma instituição estatal, parto do principio que sim...
Porque não aproveitar essa descida nos fundos e começar a apoiar mais artistas portugueses?
Talvez ficassem surpresos com a abundância de qualidade que há por cá só à espera que alguém dê o empurrãozinho.

Se os martelos- vulgo música electrónica- tem espaço na programação, porque não a estender para a música alternativa? Ficariam chocados com os baixos preços que muitas bandas praticam (as que sequer pedem dinheiro para tocar).
Em tantos anos de existência não é suficiente meia duzia de concertos de Mão Morta, Xutos e pontapés, Sunn o)))), Cowboy Junkies, Ulver, etc...
O Hard Club também não anda a nadar em dinheiro (muito pelo contrário) e consegue, e muito, uma programação ecléctica. Mas lá está, é privado. Tem que fazer pela vida. Não ficam à espera- nem fazem birra- de apoios estatais.
Dei o exemplo do Hard Club, meramente por proximidade. Poderia dar muitos exemplos de  outros espaços culturais: Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest, Museu Berardo, C.C.B, etc...

Porque não aproveitar -parafraseando o nosso primeiro ministro-"esta fantástica oportunidade para mudar de vida"?

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Deuschland ubber alles!!!!!!!

A supremacia alemã jamais foi só em termos monetários. Vejamos a escola de filosofos alemâ... Isso sim é a raça suprema.

""O dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Representa: saúde, força, honra, generosidade e beleza, do mesmo modo que a falta dele representa: doença, fraqueza, desgraça, maldade e fealdade."

Arthur Schopenhauer- nada menos nada mais do que o mestre de Friedrich Nietzsche.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Não estará na hora de queimares o livro que narra a tua existência, que contém o teu nome mas que foi escrito antes de tu nasceres?
Devo ter escrito na testa "bom ouvinte" porque toda a gente- mesmo quem mal conheço-  relata-me todos os seus problemas e a história da sua vida e nunca me levam a sério quando digo que não quero saber...

Por baixo de "bom ouvinte" devo ter escrito "mártir". Porque geralmente sou o alvo ideal para levar com as frustrações alheias em cima.

domingo, 16 de dezembro de 2012


A tua boca tem o sabor acre do cianeto.
Aquele doce sabor a morte do que nunca foi.
Nos teus lábios, tudo morre e tudo renasce.
Das cinzas das ruínas do que eles tocaram, emergem fragmentos de existências.
Apenas breves imagens desfocadas de impérios que caíram com o encostar dos teus lábios.

Embriaga-me com esse cianeto e observa os meus olhos a fecharem-se e a sorrirem.
Tudo porque serás a ultima imagem que captarão.
Inunda-me de morte.
Mas só do que eu quero que morra...
Mata a minha carne, ela é apenas uma peça de vestuário e deixa-me vaguear nu pelas nuvens das minhas criações.
Talvez sejam todas irreais , inexistentes, repelentes, mas são minhas...
São o pouco ou muito que é meu.
-Como se fosse possível quantificar o que não tem forma.
Beija-me onde quiseres, mas nunca beijes os meus sonhos...

sábado, 15 de dezembro de 2012

versões de temas que e deixam K.O. Volume: a melhor versão de sempre...

O original de Pet Shop Boys é sobejamente conhecido, mas esta versão de Gamma Ray é simplesmente sublime...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sugestão para o fim de semana. Não, não é festa. É mesmo culhões de festa!!!!!! À boa maneira da casa viva.

Uma banda com o nome tão lindo como Fina Flor do Entulho merece tudo. Das melhores bandas portuguesas ao vivo de sempre e eu já vi umas quantas....

Boicote à televisão...


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Afinal o Vaticano acompanha a evolução dos tempos.

O papa tem uma conta no twitter...
O passo seguinte é o de tweetar que "afinal violar jovens rapazinhos vai contra o que supostamente defendemos". Aposto que este tweet não terá muitos "likes"...

Vitor Gaspar; o novo revolucionário da lingua portuguesa.

O nosso mui amado ministro das finanças só é conhecido pelo que tira e/ou quer tirar dos bolsos dos portugueses.
Já alguém se dignou a pensar no que sua excelência  nos dá?
Por exemplo, aumentou o léxico tanto de jornalistas como do mais inculto membro do povo.
Alguma vez tinham ouvido a palavra "mitigar"?
Ah pois não tinham... Até à chegada deste ministro nunca sonhariam que ela existia.
Eu confesso que só a vi usada uma única vez e foi num livro de Dostoievski...
Hum- Troika é outra palavra russa\soviética. Já estou a ver de onde vem a escola política do nosso ministro... pelo menos sempre será melhor qualquer coisa do que a escola do Miguel Relvas.
E os discursos de Gaspar no parlamento são qualquer coisa também.
Todos os discursos de políticos visam enganar os eleitores, o problema é que todas as palavras usadas já eram recorrentes, gastas.  Até que chegou Vitor e baralha todo o Portugal com os seus discursos enigmáticos mas de um português de alto nível. Por exemplo:" a simplificação excessiva de assuntos complexos conduz inevitavelmente a mal-entendidos que infelizmente tendem a persistir ao ponto de serem considerados verdades»
Quem fala assim não é gago certamente.
Vitor Gaspar conseguiu que eu, totalmente apolítico, fique colado  nos seus discursos porque sei que dali  sairá um português de alto nível. O conteúdo da mensagem em nada diferenciará de todos os outros políticos e seus discursos, mas pelo menos será rico a nível de vocabulário...
Já que somos sempre enganados, pelo menos que sejamos por alguém que sabe usar a maior riqueza de Portugal: a língua.


O volante de um carro como unica forma de rebeldia...

Detesto conduzir...
Infelizmente tenho que conduzir diariamente e passei boa parte da minha vida de servilismo- perdão: de membro honrado do proletariado- ao volante um pouco por todo o país. Tenho centenas de milhar de quilómetros nos pés e nas mãos, mas nunca gostei de conduzir.
Pegar num carro todos os dias é uma aventura. Nunca sabes o que vai acontecer...
Isto porque os cidadãos cumpridores de todas as regras que a sociedade lhes dita mudam completamente quando têm um volante na mão. É uma metamorfose estupenda...
É como se o seu carro fosse um estado independente, a sua ditadura privada, uma qualquer espécie de imunidade social. Até a mais pacata das criaturas insulta ferozmente o condutor que segue na sua frente, recalca as tais normas do civismo e bom-senso que deveriam servir a uma correcta circulação rodoviária.
As regras aprendidas nas escolas de condução, em dias  são completamente esquecidas. Os sinais de transito transformam-se subitamente em pinturas surrealistas impossíveis de decifrar o seu significado.
Os limites de velocidade... Pois... Existem limites de velocidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! São só para os outros.
As mudanças de direcção jamais voltam a ser assinaladas. Nem sei porque as marcas insistem em colocar os "piscas" mesmo por baixo do volante. É que é um esforço sobre-humano esticar um dedo e activar o mecanismo...
"Para quê? Eu sei para onde vou, os outros não precisam de saber..."
Talvez seja por isso que eu dou sempre o pisca, porque nunca sei para onde vou...

Um carro é assim muito mais do que um meio de transporte. É uma forma de rebeldia, de fugir ás leis e ser mau para com os outros condutores, ser egoísta, de ter a ilusão que a estrada é só nossa, de fugir à realidade e inconscientemente-claro- ser anti-social.
É tão fixe buzinar... Reclamar com todos. Desejar a  morte a quem nos ultrapassa.
É a dose de adrenalina que as existências socialmente correctas necessitam diariamente para não sufocarem no seu próprio tédio.
E quanto maior e mais potente for o carro, maior é a rebeldia e a inveja provocada nos outros condutores.
Reparem nas poses altivas com que os donos de Mercedes, Bmw´s e Audis saem dos seus carros. Quando estes avariam e lhes é cedido pelas seguradoras carros como Seats, Peugeots e afins, entram em depressão profunda porque foram reduzidos à banalidade, à normalidade, ao comum condutor e transgressor.

Os carros são um mal necessário à sociedade porque permitem uma ilusão de imunidade total aos seus condutores. Se não canalizassem para a estrada as suas frustrações, o que aconteceria?
Imaginem o numero de assassinos em série...
Tantos filosofos vaguearam entre dúvidas existenciais sem nunca chegar ao porto seguro de uma certeza...
Eu sim, descobri o sentido da minha existência...
Onde tudo faz sentido e a harmonia impera...
A minha existência foi arquitectada para estar na cama na ronha.
Não fazer nada, não querer saber de nada ou de alguém, apenas estar lá entre os lençois e cobertores imóvel, sem um único pensamento, despido de preocupações e maravilhar-me com a textura das paredes, com o calor que consigo produzir, com o quanto coisas simples contém em si de maravilhoso...
Novo capítulo sem atribulações será escrito a partir de agora nesta minha subjectiva viagem que é deambular entre os sonhos e o estar acordado...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Só grandes músicas no Alvalade XXI ontem à noite.

A abrir, esta pérola.
Nada mais nada menos do que a introdução de Metallica em todos os seus concertos. No fim, outra pérola:
Ainda me perguntam a razão de eu gostar de futebol....

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O pôr do sol dos teus olhos,
O seu anoitecer ilumina mais do que a própria luz ou mil desejos virginais.

E as tempestades que neles se formam
São avassaladoras, consomem tudo à sua passagem e deixam exangue tudo à sua passagem.

São selvagens como a natureza...
Indomáveis,  obliterantes...
São espelhos que reflectem apenas o interior.

Se ao menos um dia eles se fixassem nos meus...
Veriam um vazio, uma desolação, uma paisagem árida, um enorme baldio
onde só eles conseguiriam fazer crescer algo...

A União Europeia está de tanga.

Serviste-te do país para chegares ao poleiro mais alto que podias.
Agora recebeste o prémio nóbel da paz como representante da União Europeia.
Não sei qual o mais ridículo, se esse prémio tão estupidamente atribuído ou tu, Durão Barroso.
Depois é suposto eu acreditar em políticos e ir votar....
És a prova máxima de que só os cabrões é que se safam...
O unico professor que Miguel Relvas alguma vez teve.
Desempenhaste bem  o teu trabalho enquanto mentor.
Talvez ele consiga mesmo ultrapassar-te.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Não há nada melhor para acabar com uma ressaca do que levar porrada de uma claque de futebol.

Vendo pelo lado positivo, por minha causa, 3 gunas hoje devem ter atingido o zénite da masculinidade.
Os arautos da masculinidade devem ter mudado os estatutos pelos quais se regem recentemente, porque anteriormente ser homem era dar porrada e ficar à espera da reacção do oponente e não dar murros por trás e desatar a fugir. Isso era conhecido como cobardia, mas é o que eu digo, não acompanho as modas. Estou desactualizado...

Finalmente o meu valor é reconhecido!!!!!!!!!!!!!!!!!

Só há uma coisa que eu sou bom a fazer: beber cerveja. Afirmo-o com toda a arrogância e pedantismo que consigam quantificar.
Após muitos anos de treinos árduos, o meu trabalho é finalmente recompensado com o convite para capitanear uma equipa na liga dos campeões dos bebedores de cerveja.
A prova consiste em 10 confrontos com outros bêbedos- perdão: bebedores de frescas- em que a equipa vencedora é a que conseguir beber mais cerveja no espaço de 4 horas. No final da competição os vencedores receberão...... cerveja. tinha que ser
Vai ser uma prova duríssima. Os primeiros oponentes são um trio de estudantes universitários e os jogos psicológicos já começaram. A irreverência da juventude contra a classe e a experiência dos trintões.
Tenho um doutoramento honoris causa em beber cerveja que vale mais do que quaisquer praxes académicas e queimas das fitas. Vai saber bem derrotar o narcisismo habitual dos estudantes universitários.
O confronto é já daqui a duas semanas. Tenho que intensificar os treinos para justificar o titulo recentemente atribuído de Lionel Messi a beber cerveja. 

roubado do blog a saia travada.
Ser fanático por Metallica é uma doença comparável com o benfiquismo; sabes que tens sempre mais uma desilusão a caminho mas sorris sempre quando pensas no passado glorioso.

 By the way: o que tem o Lars Ulrich para que as gaijas todas gostem do homem??????

sábado, 8 de dezembro de 2012

Versões que te deixam K.O. vol 2 "I got erection."

Turbonegro é das bandas mais dementes de sempre, mas não contavam com umas versões black metal do seu grande hino. Aqui fica o original e as versões. Prefiro a de Satyricon, não fosse eu um gajo do mal....
Perdido e pioneiro são duas palavras e as duas são fáceis de pronunciar. Então porque só é usada a palavra "perdido"? Ou todos os pioneiros não foram primeira, imediata e erradamente classificados como perdidos antes de chegarem onde queriam e assim mostrar caminhos desconhecidos aos que os julgaram antecipadamente?

Para o Layne Staley e Mike Starr. Obrigado por tudo...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Serei o único a não saber o próprio numero de contribuinte de cor?

 Dirijo-me ás Finanças com uma carta registada em meu nome sobre um assunto que só eu posso resolver.
-"Diga-me só o seu numero de contribuinte." Nr: estava na missiva do ministério das finanças.
-"Deixei a carteira no carro. É mesmo necessário?"
-"É só para confirmar se é mesmo o senhor Nuno Nunes."
-"É normal aparecerem aqui outras pessoas senão o visado da carta registada?"
- "Não".
-"Então porque está a pedi-lo?"


Toca o telemóvel. Serei eu o único a atender sempre números privados?
É do Millenium Bcp para confirmar dados.
Tudo emperra no numero de contribuinte....

Telemóvel mais uma vez: Vodafone.
Pedem-me os primeiros algarismos do numero de contribuinte depois de dizerem correctamente tudo e mais alguma coisa sobre mim.
Não sei.......

Para terminar em beleza: telemovel. desta vez a PT com uma promoção qualquer na internet.
Para ter um desconto de 5 euros na mensalidade só tenho que confirmar os dados que já tem na ficha de cliente, só com o acréscimo de ter que dizer o úmero de contribuinte.
Aí passo-me com a pessoa ao telefone porque estou no trabalho e para isso tenho que sair da empresa e ir buscar a carteira onde tenho o carro. Caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Portanto, toda a minha existência resume-se ao numero de contribuinte....

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sugestão para o fim de semana: 20 anos de Desire. Sábado- Hard Club- Porto.

Uma banda muito especial para mim. Mudou a minha vida completamente. Formo sempre um sorriso quando oiço o nome. Desde a adolescência... Não os conheço há 20 anos, mas há 15 seguramente- Foda-se; estou mesmo a ficar velho...
De qualquer maneira, é de louvar uma banda que sempre foi desvalorizada na sua pátria aguentar-se 20 anos a fazer o que mais gosta. Isto só tem um nome: Paixão.
Irónico comemorarem o seu vigésimo aniversário no Hard Club- no antigo exigiram-lhes 2500 euros para abrirem para My dying Bride, mesmo sendo a banda portuguesa mais antiga e mais conceituada para o fazerem.
What goes around comes around...
Sou um mero passageiro nesta viagem.
Conduzido por rostos sem emoções.
No meu lugar do pendura limito-me a observar a paisagem,
Ténue, sombria, pincelada de cinzento, ou com uns ligeiros tons primários aqui e ali que chamam logo a atenção.
Só posso fazer isso enquanto passageiro...
Nunca sei para onde me conduzem, mas todos os locais parecem o mesmo.
As placas que deveriam indicar localidades, exibem nomes de pessoas.
Todos diferentes, mas com a mesma paisagem...

Já não me lembro onde ou se alguma vez estive ao volante desta viagem.
Se mo retiraram ou se o cedi de meu livre arbítrio.
Nada sei...
Excepto que chegou a hora de saltar em movimento e bater em cheio com o meu rosto no asfalto.
Sangrar, ficar com o seu gosto na minha boca.
Olhar para os arranhões e sorrir para eles.
Sentir intensamente cada dor que percorra o meu corpo.
Levantar-me, ignorar a roupa esburacada e seguir a pé pelo sentido oposto ás placas de direcção que se exibem altivas, ditatoriais.
Para onde? Pelo meio das florestas, pelo meio dos rios, do mar, das montanhas, por todos os locais onde não é suposto alguém ir.
Para longe de tudo só para ter o controlo, de saber que sou eu que comando a minha própria viagem.
Ficar semanas a olhar para uma queda de água, meses para uma árvore, anos para o simples voar de uma borboleta.
Ficar... Partir...Viver... Morrer... São apenas palavras e só fazem sentido nas viagens enquanto passageiro...
Dormir até deixar de sonhar e depois olhar para mais uma placa com um nome de alguém e sorrir...
Trazer nas pontas dos dedos o arco-íris e fazer um pequeno risco colorido na paisagem cinzenta...
Minúsculo, imperceptível ao olho nu...  
Apenas para deixar a minha marca num nome.
Pois, por mais que queiram negá-la, a minha marca lá permanecerá...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Rtp deixa de transmitir o programa cultural Camara Clara no final do ano.

E que tal mandar o Malato e o Fernando Mendes dar uma volta? Se o objectivo é reduzir custos... Ou será mesmo?

Já que fui insultado por defender o mesmo, deixo aqui um escritor consagrado. o tal que escreveu "Clube de combate." E agora?

"... num mundo sem Deus, as mães não são os novos deuses? A ultima posição inexpugnável e sagrada. Não é a maternidade o último milagre mágico e perfeito? Mas um milagre que é impossível para os homens.
E talvez os homens digam que estão contentes por não darem à luz, todo aquele sofrimento e todo aquele sangue, mas na verdade não passam de uvas verdes. É óbvio que o homem não é capaz de fazer nada tão incrível. Força de braços, pensamento abstracto, falos, quaisquer outra vantagens que os homens pareçam ter são coisas muito insignificantes.
Nem sequer podes martelar um prego com um falo.
As mulheres já nascem tão adiantadas em termos de capacidades.
No dia em que os homens conseguirem dar à luz, nessa altura é que podemos começar a falar de igualdade de direitos."


Chuck Palahniuk in "Asfixia".

Obrigado pelo livro Marlene. É do caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ás vezes não me apetece escrever.
Outras não me apetece querer escrever.

Estou viciado no não viver,
Na total ausência do ser.

Inalo o tédio,
Sinto as suas vagas a consumirem-me.

Ah. Como sabe bem nada sentir.
Nada escrever
Nada viver
Nada sofrer.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Nova rúbrica: versões de músicas que deixam-te K.O.

Para inaugurar com pompa e circunstancia é logo uma dose dupla.
Nada mais nada menos que duas versões de "The final countdown" dos Europe.
Dedicadas à minha pessoa pois eu sou o "Last man standing" na verdadeira prova de sobrevivência que é 35 horas consecutivas a beber cerveja. Enjoy!!!!!!

domingo, 2 de dezembro de 2012

Dou muito valor aos objectos que são feitos manualmente.
Tudo que é feito à mão tem melhor qualidade.
Talvez seja por isso que eu sou um masturbador compulsivo.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sugestão para o fim de semana. Swans ao vivo em Guimarães. Sábado. Optimus Primavera Club.

Um tema como este é obrigatório neste blog anti-humano.
Sou um cleptomaníaco e como todos os cleptomaníacos tenho a tendência a roubar algo que não tenho necessidade.
Por isso é que eu quero roubar-te.
Resgatar-te da realidade irreal que construíste com oníricas paredes frágeis e janelas que o não são. São meros espelhos...

Não preciso de ti, mas quero-te mais do que a própria vida.
Não sei se só mesmo pelo prazer dúbio de roubar-te,
Ou se pelo puro masoquismo que é ter-te.
Ou então quero roubar-te apenas para guardar-te e esperar que no futuro voltes a ter um bocadinho do valor que já tiveste para mim.
Já foste tesouro milenar,
Santo Graal da existência que se auto-imolou.

Chama-me sonhador, o que quiseres, é-me indiferente.
Sempre terás algum valor para mim.
Agora, meramente simbólico, uma recordação ténue, agridoce, igual a um mero objecto.
Talvez seja assim para sempre, mas só roubando-te e guardando-te bem escondida de tudo e todos é que poderei ter a certeza.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dono anticristão, Miau anticristão.


Quem tem medo do silêncio é sempre quem nada tem para dizer.

Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada. 


Fernando Pessoa.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Há uma linha que separa a arte do artista. Essa linha chama-se humanidade.

Jef Whitehead é um conceituado tatuador norte-americano mais conhecido no meio da intitulada música extrema pelo seu nome de guerra "Wrest". Para mim, o melhor músico de sempre. Sozinho gravou nada mais nada menos que 35 registos desde 1998 até aos dias de hoje (demos, ep´s, álbuns) com uma duração média de 1 hora . Poder-se-á afirmar que o homem "caga música". Impressionante até aqui, não?
Agora vem a parte má (humana): No ano passado Jef foi preso por violar e torturar a sua namorada com uma máquina de tatuar. Nem Brett Easton Ellis ou Dario Argento lembrar-se-iam de tal coisa para usar nos seus livros/filmes.
Usei o exemplo prático de Jef porque eu sempre defendi que a arte e o artista tem que estar separados. Quando coloco aqui, e faço-o muitas vezes, músicas, citações, etc... estou a prestar homenagem à arte criada e nunca à pessoa. Isto porque, por muita arte que consuma, jamais quero conhecer verdadeiramente o seu autor. Porque, obviamente, o autor é uma pessoa e todas as pessoas são merda....
Veja-se o caso de Jef: depois de saber disto já não consigo olhar para a sua música da mesma maneira.
É que não quero mesmo saber nada sobre os artistas a nível pessoal, porque isso vai influenciar e denegrir a minha opinião sobre a sua arte.
Já estive com muitos artistas à minha frente dos quais possuo e consumo muita coisa, mas jamais lhes dirigi a palavra. Não os quero conhecer. Prefiro ficar apenas com o seu mito. Com o seu trabalho que tanto valorizo. A partir do momento em que se transformam em pessoas com todos os (muitos) defeitos inerentes ao ser humano esse mito desfaz-se...
E como Nietzsche dizia : "Temos a arte para não morrer da verdade." 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Depois das sapatilhas Vans, Slayer lançam uma camisola para a quadra natalícia. Ja vou pedir uma ao pai natal.


O requisito para ser-se escritor nestes tempos em Portugal é somente aparecer na televisão.
É incontável o numero de romances (?) de apresentadores de telejornais, talk shows ou actores\ actrizes de novelas que figuram em alto destaque pelas fnac´s fora.
Sendo assim, eu que já apareci na tv durante uns segundos num jogo de futebol, também tenho direito...
Ou talvez não tenha o talento de uma Fátima Lopes, Barbara Norton de Matos ou Vitor Norte...

domingo, 25 de novembro de 2012

There´s beauty in darkness...

Vou dissecar o teu ego.
O meu bisturi são as tuas ilusões.
 Removo as entranhas do teu ego e delas jorram as mentiras com que o alimentas.
 Mentiras mal digeridas, como que engolidas à pressa.
Não tem coração o teu ego.
Parece ter sido substituído por pura indiferença que bombeia o sangue para o resto do corpo.
Nele corre ambição desmedida e a qualquer custo.
E no cérebro só encontro ideias de outros...

O Black metal é tão fofinho!!!!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quero estar sozinho com o meu deus...
Aquele deus em quem posso tocar, que sangra quando cortado...
Aquele deus que só é mau para si próprio,
Aquele deus que levita entre viagens do irreal ao ideal.
Aquele deus que não fala com ninguém, que não acredita em algum além.
Que tem a minha carne e o meu sangue e vê o que eu vejo.
Que toca no que eu toco e que acredita no mesmo que eu: em nada.
Eu sei que ele está lá porque tem as mesmas emoções que eu,
Tem os mesmos sonhos, as mesmas miragens, as mesmas vertigens,
A mesma ausência, o mesmo modo de comunicar no silêncio.
O mesmo enfado, a mesma modorra...

Quando o vejo reflectido num espelho é quando menos acredito nele...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Agora que soube que não fui convidado para um casamento porque a noiva não acha piada que eu vá  a esses eventos com a mesma roupa com que ando no quotidiano, pergunto-me se os convites para essas entronizações da futilidade são dirigidos ás pessoas ou ao seu vestuário.
Eu que pensava que não tinha sido convidado porque bebo muito....

Godog ao vivo Sábado. Inkulto Bar- Paços de Ferreira.

A primeira vez que ouvi esta banda foi ao abrirem para Mão Morta.
Na segunda vez tocaram antes de Paradise Lost.
Portanto, só boas recordações...
Vale bem a pena vê-los ao vivo. Toda a agressividade de guitarras distorcidas é complementada por um violino que assume todo o protagonismo conduzindo os nossos ouvidos a uma viagem paradoxal entre o peso do metal e a melodia que só instrumentos clássicos conseguem produzir.
Fica aqui esta fabulosa versão de Madredeus. 
Aviso já que isto é viciante... 

As minhas palavras são agorafóbicas...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Conversa de café com um D.j.

Eu- Então rapaz, tá tudo bem? Estás aí quase a espancar o portátil.
D.J- Vou fazer a primeira parte do D.J (...)! É um gajo muito conceituado dentro da cena do trance. Estou aqui a fazer o meu set.

Eu- Como é que fazes um set?
D.J- Fácil. Vou aqui à minha pasta de música e escolho umas cenas que saíram há pouco e copio para outra pasta e está feito.
Eu- Portanto, passas músicas de outros...
D.J- Sim

Eu- então porque estás tão nervoso? O pior que pode acontecer é o botão do play encravar.
D.J- Lá estás tu. Não estarias nervoso se fosses tocar com os Metallica ou com os Mão Morta? É igual. eu estou nervoso porque vou tocar com um gajo que é muito conceituado.
Eu- Mas tu vais tocar? Que instrumento vais tocar?
D.J- Nenhum. Porquê?
Eu- então não digas que vais tocar. Diz antes que vais carregar nuns botões numa mesa de mistura. "Tocar" só pode dizer quem domina um instrumento.
D.J- A sério, Nuno: qualquer dia vai-te calhar à frente um gajo do trance todo em ácidos que não te conhece de lado nenhum e não vai achar piada nenhuma a estares sempre a dizer que os D.J´s não são músicos.
Eu- A verdade doí sempre.
D.J- Vou mas é para casa que já me deixaste desconcentrado.
Eu:- Fazer "copy paste" é complicadíssimo. Mais difícil do que tocar guitarra. É preciso muita concentração...

Bora todos cantar isto. É tão lindo!!!!!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

E mais nada...

“If you go home with somebody, and they don't have books, don't fuck them!” John Waters

Black n roll ou um piropo para as meninas do black metal? Elas não se importam certamente.

Para filho da puta, filho da puta e meio.

O facto de trabalhar com mulheres leva a que acabe por conhece-las melhor do que elas próprias.
Existem dois tipos de rabugice matinal: o óbvio Sindrome Pré-Menstrual- quando este eclode sinto-me como se estivesse em Hiroshima no dia em que caiu a bomba atómica- ou o mais vulgar " falta de sexo".
 Lido com as duas rabugices tranquilamente, mas hoje, regressado de férias, só queria era mesmo estar sossegadinho.
A minha supervisora começa a barafustar comigo sem razão e eu mando-lhe para o pc este vídeo:
A resposta não se fez esperar; passados 15 minutos ela diz-me isto na cara: - Nuninho, tens toda a razão. Até te convidava para seres o bombeiro para apagares o fogo, mas não deves ter mangueira suficiente para apagá-lo. AUCHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!! E lá se foi a réstia do meu orgulho masculino....

domingo, 18 de novembro de 2012

Casa de papel- crónica de Valter Hugo Mãe na edição de hoje da revista 2 do jornal Público.

"Chamar casa de Papel a uma crónica em torno das coisas dos livros é já denunciar um saudosismo romântico. Fica um tom melancólico no ar, uma poeticidade a mudar para antiga, talvez um certo lamento.
Não sou nada contra o livro digital e a maravilha que as tecnologias oferecem. Mas sou do tempo do papel e sonhei com livros de papel.
Quando pensei ser escritor, um livro assim abriu-se acima da minha cabeça imaginária como um telhado sob o qual passei a habitar.
Guardarei sempre essa ideia, ainda que possa vir a ler em ecrãs sofisticados e frios. O livro de papel, como o coração, é um símbolo.Habituei-me a conferir-lhe determinadas mágicas que, por mais sofisticação que me assalte, não serão substítuidas. O livro, esse de folhas, pulsa.

As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objectos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraçada mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um Ipad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas.Eternas e sem mudanças.De confiança.

Quantas vezes, estupefacto, abri um livro na mesma página para encontrar a mesma frase da mesma maneira apresentada? E que prazer saber que a expectativa de que aquele universo se preserve não sairia gorada, porque os livros de papel são estáveis, não pensam em ser outra coisa senão por dentro das próprias palavras. (...)

Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. (...)

Os leitores, sabemos bem, são territoriais. Como os cães. Sublinhamos e não suportamos os sublinhados dos outros. Ainda que toscos, mal alinhados, são a marca da nossa passagem por ali. É a reclamação da posse. Como os cães. Como, pois, dar provimento a essa natureza num ecrã?Que efeito terá uma linha mandada traçar por um comando asséptico que não se pode comparar com o chichi? O dos cães.
Faz-me sofrer. Confesso. Faz-me sofrer."

Uma das principais razões de ler o Público é o facto de recusarem o novo acordo ortográfico....

Mais um caso para Mulder e Scully dos X-Files.

Paranormal é em países como Inglaterra, França, Holanda e Alemanha livros de autores portugueses custarem no máximo 8 euros enquanto que cá é dos 12 aos 25 euros.
Bizarro...
Supostamente, as editoras desses países já comportam no preço  os direitos legais pagos ás editoras portuguesas e a tradução da obra.

A consequência deste fenómeno é leitores, como eu, ávidos da excelente literatura nacional comprarem livros em edições inglesas de livros feitos cá.
É triste.... ter que ler em inglês alguém que escreve na minha língua- o maior tesouro que este país possui.

Parabéns Kirk!!!!És o melhor de sempre. Pena o teu talento esteja a ser desperdiçado pela tirania dos teus colegas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A Dor é como uma porta a transpor. Quando não há chave, tem que ser usada a força.

És eterno, anticristo!!!!!

"O universo não tem notícia da nossa existência."

José Saramago- 16/11/1922- 18/06/2010
podemos considerar-me uma espécie de piromaniaco.
mas o meu prazer advém de incendiar convenções sociais e mentes limitadas.
Observar as chamas que consomem lentamente os olhares onde as dúvidas são o combustível
e os guiões que nos dão no inicio da vida são os extintores vazios com que tentam em vão conter o fogo.
É demencial, não há palavras, ver o fogo em espirais perfeitas consumindo tudo à sua passagem.
Um orgasmo extra-carnal que transcende a própria existência.
Depois de tudo dizimado, mergulho as mãos nas cinzas e espalho-as pelo meu corpo.
Os olhares que me olham, já não são vazios apesar de nada conterem,
E as mentes que arderam são agora livres.
Livres para se corromperem por si próprias...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ahh! O doce cheiro da liberdade...

Google diz que governos apertaram vigilância online - Tecnologia - PUBLICO.PT

Ministro da Administração Interna indica nova carreira com futuro para desempregados.

"Profissionais da desordem e da destruição"- Foi assim que o ministro classificou as pessoas alegadamente responsáveis pelos confrontos de ontem na Assembleia da República entre a polícia e manifestantes.
Tendo em conta a falta de emprego que prolifera no país, esta é uma carreira com enorme saída e a Universidade Lusófona já abriu centenas de vagas para este curso que será leccionado pelo seu mais brilhante pupilo, nada mais nada menos que Miguel Relvas.
A quantidade de manifestações, confrontos com a polícia e detenções que os formandos apresentarem serão convertidas em créditos que darão equivalência a muitas cadeiras....
A claque do Zborden- Juventude Leonina- absorverá imediatamente a primeira fornada que sairá da Lusofona destes profissionais para aterrorizarem a direcção e plantel do clube e assim tentarem que voltem ás vitórias que já se transformaram em miragens para os adeptos da equipa dos betos- perdão, dos viscondes.
Se as vitórias continuarem a fugir aos leões, esses "profissionais" serão usados para incendiar todos os estádios onde as derrotas acontecerem para depois culparem as direcções dos clubes rivais por não darem condições de segurança.
Há só um problema: se incendiarem um estádio sempre que o zborden perder, não restará em breve um único estádio no país e o próprio estádio Alvalade XXI terá que ser reconstruído todas as semanas. E dinheiro para isto???????

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Estar de férias no dia de hoje poder-se-á considerar como greve?

Traz mais um prémio literário cá para o burgo, Gonçalo. Quando morreres, dar-te-ão valor...

A grande Inteligência é sobreviver. 
As tartarugas portanto não são teimosas nem lentas, dominam;
SIM, a ciência. 
Toda a tecnologia é quase inútil e estúpida, 
porque a artesanal tartaruga, 
a espontânea TARTARUGA, 
permanece sobre a terra mais anos que o homem. 
Portanto, 
como a grande inteligência é sobreviver, 
a tartaruga é Filósofa e Laboratório, 
e o Homem que já foi Rei da criação 
não passa, afinal, de um crustáceo FALSO, 
um lavagante pedante; 
um animal de cabeça dura. Ponto. 



Gonçalo M. Tavares.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Eu sou o teu labirinto.
Onde te perdes constantemente pois as paredes estão em constante mutação,
Os caminhos são errantes e variam com a vontade do vento.
Nada é igual por mais vezes que passes pelo que pensas ser o mesmo local.
A saída é inexistente, porque quero que fiques até ao fim do tempo dentro de mim.
No momento em que entras neste labirinto deixas para trás tudo o que consideras teu,
Não há espaço para posses neste local claustrofobico e ao mesmo tempo tão amplo.
Jamais irás perder-te apesar de nunca saberes onde estás...
Deixa-te estar...
Aproveita a comodidade de alguns locais e foge da negritude de outros...
Acima de tudo conforma-te, porque não sairás mais daqui.
Eu não deixo...

isto é o verdadeiro soco no estômago!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

From the dark past!!!!!!

Ás vezes tenho saudades deste gadelhudo!!!!!!!!

Uma imagem vale mil palavras: a minha reacção à vitória de Justin Bieber em 3 Mtv Video Awards!

Mais uma pérola da literatura portuguesa.

Poderá parecer paradoxal pois trata-se de uma peça jornalística sobre um jogo de futebol, mas digo-vos que se o jornalismo desportivo luso fosse assim sempre eu compraria um jornal desportivo todos os dias.
Isto é tão lindo que até é um desperdício ser sobre futebol.

"A militância sôfrega do Benfica, obstinadamente apontada a uma ideologia de consecução, tem tanto de comovente como de perigosa. Para os adversários, naturalmente, e para si mesmo. 

É uma guerra entre dois mundos, o anjo num ombro e o diabo no outro, um dislate digno do mais arrojado dos galanteadores: enamora, cativa, mas anda sempre no limiar do perigo, da inconsciência absurda dos que encontram na vida dupla os mistérios do prazer. 

Ora, o triunfo em Vila do Conde tem muito disto. Da virtude óbvia na manipulação ofensiva - ameaçadora, apoiada na movimentação louca de Lima e no pé esquerdo imemorial de Cardozo ¿ e da fragilidade sectarista no outro lado do jogo: a solidez, a consistência, a incapacidade de acalmar a onda de desejo. 

O golo de Lima, mesmo em cima do intervalo, evitou as consequências trágicas de quem bate só por bater, ama só por amar ou ataca só por atacar. Por desvario, por impulso, por devoção. Neste particular, não restem dúvidas, o Benfica é uma equipa encantadora, uma máquina compressora. (...)

 A visão dogmática do Benfica é clara, evidente: é uma estrutura de ataque, bate, mói, incomoda.

É só imaginar o mais enraivecido dos pugilistas para projetar a devida imagem. Enquanto os músculos dos braços respiram avidez, a esquerda (Cardozo) mostra uma potência surreal e a direita (Lima) soma KO¿s caprichosos e decisores. (...)

O pior, lá está, é a face negra desta forma de jogar e pensar. O Benfica altivo, diletante, é incapaz de identificar o momento certo para parar. O momento para gerir, lateralizar, quebrar o ritmo e a réstia de ânimo no oponente. (...)

A vitória do Benfica é um passo interessante neste campeonato, mas a tal militância cega pode trazer dissabores. Nenhuma teoria radical é capaz de ser razoável e equilibrada. É precisamente disso que a equipa de Jesus precisa urgentemente: sensatez em todos os momentos. "


Por Pedro Jorge Da Cunha in maisfutebol.iol.pt

Os emoticons do messenger vão para o desemprego e a culpa é tua porque deixaste de usar o Messenger. Como consegues dormir à noite?

Tantos anos eles acompanharam-te e cagaste para eles com o advento do Facebook.
Quando vires na Tvi uma reportagem sobre o suícidio de alguns deles, espero que sintas remorsos pois terás sangue nas tuas mãos....

domingo, 11 de novembro de 2012

Cabrão mode: On!!!!

Depois do ministro que não andou na escola e do ministro da defesa que não foi à tropa, Portugal tinha que manter  a coerência e ter uma gorda como presidente do banco alimentar contra a fome.

30 anos de perversão sexual.

W.A.S.P- we are sexual perverts- estiveram ontem cá pelo burgo num concerto inserido na digressão comemorativa dos 30 anos de carreira da banda.
O que esperar de um concerto de um grupo com um nome destes?
Muito, mas muito mesmo, rock n roll sem preconceitos, sem pretensões, sem arrogância, sem vedetismo  e com uma dedicação aos fans que ainda não vi em nenhuma banda com putos de 20 anos.
Actualmente ser músico parece ser o olimpo, a entronização da mediocridade, a isenção obrigatória de humildade, a imunidade total e o desrespeito por quem coloca as bandas no topo: quem compra os discos e vai aos concertos.
A maior parte dos músicos que foram surgindo nas duas ultimas decadas parecem não se ter apercebido que só vão a algum lado se alguém consumir as suas criações por muito, ou pouco talento(a maior parte) que tenham.
Portanto; Wasp já andavam a tocar quando eu ainda cagava nas fraldas. Uma banda importantíssima na cena musical hard n heavy e grande referencia para um infindável numero de bandas, até era tolerável alguma arrogancia e até justificável, mas nada disso ocorreu.
Blackie Lawless (guitarrista e vocalista, membro fundador e unico ainda restante da formação original) é o verdadeiro frontman. Sabe puxar pelo público, põ-lo à vontade e dar-lhe exactamente o que pagaram para ver: rock n roll puro e duro.
A energia de temas tão antigos é contagiante e não havia ninguém que conseguisse estar quieto no Campo Pequeno, o senhor Lawless não deixava isso acontecer.
Estava acompanhado por grandes músicos que, tal como eu, ainda não sabiam o que era uma sanita aquando da estreia de Wasp. Via-se o orgulho estampado nos seus rostos por poderem tocar com um monstro da música e aplicam-se para ficar à altura dos pergaminhos da banda.

De salientar as diferentes gerações que estavam presentes. Os 30 anos da banda estavam bem representados na audiência que ia desde os cinquentões aos adolescentes equipados como mandam as regras com camisolas da banda.
O exemplo máximo de que a boa música é intemporal...
Em conclusão: prefiro de longe ver concertos de bandas antigas do que ver bandas recentes. São músicos que lutaram contra muito para chegarem onde estão e não deixam os créditos por mãos alheias. Actualmente é muito mais fácil. Qualquer merda é editada, não é necessário lutar por nada, daí o alheamento enorme que há em relação à qualidade.

WASP só me fez sentir-me muito mal comigo próprio por ainda não ter visto Motorhead ao vivo. É uma falha imperdoável!!!! Não sei como ainda consigo viver comigo próprio!!!! Vou pensar que isto foi só o aperitivo para quando o senhor Lemmy vier cá novamente ao burgo dizimar toda a gente com a sua voz de Jack Daniels.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Por mais teorias da conspiração que crie jamais conseguirei ultrapassar as que defendem que deus existe e que o Benfica só ganhava por causa do Salazar.
Aparentemente são tão credíveis que são mesmo dogmáticas...

Quaisquer semelhanças com um texto de alguém não são mera coincidencia....

Nada tenho
Nada tem o meu nome escrito em si

Nada quero
Nada quero querer

Não me identifico com nada
Nada se identifica comigo

muito menos estas palavras
ou os meus sonhos

Ah, mas a revolta...
Essa sim tem-me
Como se em mim coubesse toda a revolta do mundo...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

As eleições nos E.U.A parecem as dos Glorioso: certos votos contam mais do que outros. Mui democrático, sem dúvida.

"Poetry is very pretensive..."

Pedi a uma colega um lenço de papel porque o meu colossal ranho é infindável e esgota todos os meus stocks e qual não é a minha surpresa quando ela dá-me um lenço de papel todo fofinho com a Hello Kitty!!!!!!!
Proponho aos japoneses proprietários da marca que lancem também pensos higiénicos e tampões com a Kitty. Seria um enorme sucesso de vendas também...
Qualquer dia o meu sonho de ver um tanque panzer alemão cor-de-rosa com a gatinha tornar-se-á realidade, tal a dominação global que a marca tem...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A queda da miragem no abismo do esquecimento
ou o partir de todos os espelhos que existem no mundo...
O que seria de ti sem o teu reflexo que buscas em todos os espelhos, janelas ou meros cursos de água? Narciso imponente
Potestade impotente...
Seráficos traços apagados pela borracha da memória
Pela frente apenas o vazio
O desespero de encontrar um espelho
As palavras dos outros servem para esse fim...
Aliás esse é que é o verdadeiro e único espelho...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quando não estou a ser cruel com mulheres, é isto que faço à noite. Aos 15 segundos a besta aparece.

Uma banda com este nome obrigatoriamente tinha que ser boa!!!!! Ah: e portuguesa!!!!!!!!!

Uma vez disseram-me que as mulheres não ficam indiferentes à minha presença.
Claro que não ficam, isso é um facto. Indiferentes jamais, apenas com um ódio visceral a este vulto noctivago.
Vamos lá ao mais recente exemplo:
Jantar de aniversário de uma amiga. O álcool  flui  tão livremente como as conversas.
No final, quando toda a gente vai para casa, eu continuo com a minha sede insaciável portanto lanço o repto à rapariga que muito gentilmente deu-me boleia para ir beber mais um copo a qualquer lado. Ela alinha no desafio e "arrepiámos caminho" - mais uma expressão que sempre desejei usar. Check! Next!!!
No carro a conversa vai desde literatura ao cinema ou  musica. Quando descamba totalmente ao ser mencionado o nome de Eddie Vedder e respectiva banda sonora do filme "Into the Wild."
Cometi a atrocidade enorme, inqualificável e genocida de afirmar que adorava o filme visto ser inspirado na realidade e que o personagem principal foi a única pessoa realmente livre porque não foi um escravo do dinheiro como eu e a minha companhia de estrada e realmente soube o que é viver.
Imperdoável e ofensivo, eu sei!!
Dizer a alguém que é um escravo do dinheiro é atroz....
Fui imediatamente fuzilado por um olhar irado e deixado na estrada porque "já que não dou valor ao dinheiro então a minha boleia não iria gastar combustível a transportar-me porque o combustível paga-se. E que aproveitasse o facto de estar no meio do monte para procurar uma gruta para viver já que sou assim tão anti- sociedade!"
A chuva que me acompanhou pesadamente durante os 15 minutos que demorei a encontrar o meu carro não conseguiu acalmar os meus remorsos supra-criminais. Saciou a minha sede pelo menos e substituiu-a por uma gripe...
A caminho de casa ainda contemplei o suicídio por ser tão mau e ofender sempre as mulheres, mas depois desisti da ideia por atribui-la à febre que comecei a sentir...
Escrevo estas palavras rodeado de milhares de instrumentos de tortura ansiosos por serem usados num corpo feminino.
Tenham calma; a vossa oportunidade chegará provavelmente  na próxima vez que uma mulher aceitar beber um copo comigo. É que o meu sadismo exala por todos os meus poros. É inevitável....
 


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

sabes que o mundo está quase a acabar quando a tua banda é convidada a tocar numa gamela chamada "House Club"|||

o que são 200 km para se ver boa música?

Não gostas mesmo de ter dinheiro, nuninho.

Apostei, e perdi, uma grade de cerveja com um amigo meu porque pensava que esta musica era original de Jonhy Cash e não dos Nine Inch Nails. Foda-se: como é que alguém faz versões de nine Inch Nails???????

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vende-se televisão Samsung. preço: uma cerveja.

Tanto tempo sem ver televisão e quando a ligo só vejo políticos e dirigentes desportivos. Já nem os consigo distinguir...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acho que cheguei ao domingo da minha existência.
Porque aos domingos é que há tempo para ressacas, para estar sozinho, para observar o vazio e todas as suas formas, para fazer o nada, fechar os olhos e recusar que existe um amanhã.
Outrora odiei os domingos, mas agora adoro-os...
Deambular e gozar com a seriedade dos pensamentos, com filosofias extremas e permanecer quieto, imóvel. Não pensar, não ser, enquanto lá fora tudo palpita de vida...
Acalmar a revolta que jamais se manifesta no meu semblante tranquilo.
Adiar por tempo indeterminado a fuga, o abandono a tudo, a eterna procura do eu
Apenas estar sossegado, isolado, imerso em modorra.
Desligar todos os contactos com o exterior e esperar que ninguém note a minha ausência, ou, pelo menos, que não me venha procurar...

domingo, 28 de outubro de 2012

A humanidade olha para as minhas profundezas
extasia-se com a minha profundidade.
Eu dispo a humanidade das barras que a vestem
Percorro todo o seu corpo edificado em feridas com a minha lingua.
Cada postula arde sob o meu ardor

Sodomizo a humanidade
Faço-a gritar de dor
E ejaculo na sua boca sedenta de ausência
...
... E no pós coito fumamos o cigarro da praxe

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Só há algo que odeie mais do que pessoas: o dinheiro e a subserviência que com ele está implícito.

Mauzinho, eu????

Visto que a maioria das pessoas só se lembram de escritores e dos seus livros quando estes morrem ou quando andam por perto- como é o caso da Escritaria em Penafiel- tive vários pedidos de empréstimo de livros de Lobo Antunes já que a minha dedicação à escrita do homem é sobejamente conhecida.
Claro que não nego acesso à literatura. Aliás, fico mesmo muito contente quando empresto livros, mesmo quando não mos devolvem, mas isso é outra estória.
Emprestei alguns livros de Lobo Antunes a pessoas que não tem hábitos de leitura, mas, claro, não fosse eu do Black metal, forneci os de leitura mais extenuante e de difícil compreensão.
Queriam o quê? A papinha toda feita?
O meu sadismo contorce-se em extase porque já sei qual serão as respostas quando perguntar se gostaram do que leram...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Espelho meu, espelho meu: haverá alguém mais dístraido do que eu?

Cá estava eu a planear ir amanhã ao Porto ver Anathema mais uma vez e não é que o concerto foi no dia 19?
 Tenho um problema enorme com datas...
 Para piorar as coisas um pouquinho mais, tocaram esta coisinha tão linda que é das músicas que amo mais do que tudo...
Vou ali cortar os pulsos e já volto.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Entretanto já aqui ao lado...

Só espero que não aconteça ao Lobo Antunes o mesmo que ao Saramago; pouco tempo depois de ter estado neste certame finou-se... Espero que não tenham sido os ares do Vale do Sousa.

Iniciativas destas são de louvar.

Romance de Rui Zink gratuito com o DN - Artes - DN

bastam meia duzia de clicks no link aqui em cima para terem acesso à livraria digital do D.N. É gratuito!
Não doí nada, vá lá.  Obras gratuitas de autores portugueses consagrados esperam-vos.
Eu já vou começar com o grande João Tordo...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mais uma banda a fixar da emergente musica alternativa portuguesa.

A razão é transparente como os fantasmas que reconheces
Firme como um pensamento ao qual te agarras quando adormeces.

As vozes dentro de ti dizem algo incompreensível
Ordenam-te o inconcebível
Que transgridas as fronteiras da sanidade,
que vás mais além da verdade.

Na mão tens grãos de areia
Que escapam por entre os teus dedos.
Transforma-te num desses grãos isentos de medos.
Esses seres inanimados conhecem melhor do que tu a liberdade.

Tudo é uma miragem
Uma mera ilusão.
Excepto as vozes que trovam dentro de ti
Elas mostram-te a realidade,
A outra, sem ser a daqueles vozes que ouves que não são tuas, que não tem rosto...

Alguém consegue tocar-te da mesma maneira que te tocas?

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Welcome to the jungle.

Assiste-se a um fenómeno deveras caricato nos tempos que correm: muitas adolescentes andam vestidas com camisolas de Guns n roses, com correntes, picos e mais parafernália usada pelos mais acérrimos adeptos de rock n roll. Como eu sou mais curioso do que um gato, decidi interpelar uma dessas jovens perguntando-lhe qual era o seu álbum favorito de Guns. Fui recebido com um olhar fulminante como se tivesse acabado de dizer o maior insulto do mundo, ou como se a jovem estivesse na presença do maior pervertido do mundo, mas resposta não obtive nenhuma.
Estava com uma amiga aquando desta situação sui generis que ria-se desalmadamente quase com lágrimas nos olhos. A minha reacção foi de profunda dúvida por ambas as reacções. Lá estava mais uma conspiração das mulheres para comigo- pensei eu.
A minha amiga depois de controlar o riso lá me elucidou que agora as lojas de roupa tipo Zara, Bershcka, Mangos e afins apostaram em força nesta vertente de vestuário sendo essa a razão para eu assistir a uma infestação de camisolas de Guns n roses como nunca vi, mesmo nos anos 90 quando Axel Rose, Slash e companhia estavam no auge vi tantas camisolas desta banda.
Não sei quem determina estas tendências da moda, mas esta já era de prever após a banalização do uso de calças rotas, algo que sempre foi conotado, vá-se lá saber porquê, com toxicodependentes, alcoólicos, ladrões, enfim toda a escumalha social.
Será o efeito Pussy Riot? Todas as pitas agora querem vestir-se de punks? Não sei. Nunca percebi esses meandros da moda.
Só sei uma coisa; os inventores do andar casualmente com camisolas de bandas de rock foram os funcionários da construção civíl. Portanto, acho que era justo darem-lhes o crédito por estabelecerem modas. Alguns usavam mesmo camisolas lindas cobertas de cimento que eu sempre quis ter, mas que nunca vi à venda.
Fica aqui uma interrogação: o que irão fazer as pessoas que sempre trajaram desta maneira? Usar a camisola de uma banda e vestuário rock n roll era uma forma de irreverência e afirmação (?). Irão começar  a vestir-se à betinhos só para serem diferentes? É que correm o risco de serem confundidos com a multidão escrava da moda.

domingo, 21 de outubro de 2012

Manual para dançar rock n roll.

Ontem disseram-me que Ian Curtis  dos joy division foi o melhor filósofo de sempre.
Estranho este fenómeno da metamorfose dos suicidas em seres superiores post-mortem...
Imagino uma tertúlia lá no além entre o Ian Curtis, Kurt Cobain e o Mário Sá Carneiro....
Desfibrilho todos os meu medos
Dou respiração boca a boca ao vazio
Ressuscito antigas peles que vesti
Antigos credos que nunca senti
Sorrio para a solidão, eterna companheira
Reavivo seráficos olhares que pereceram sem se despedir
E perante esta plateia anónima, impávida,
solto as cinzas de uma inteira humanidade obsoleta cuja urna guardava bem dentro da minha ausência
Agora, conduzida pelo vento nómada, a humanidade finalmente vive e é livre.
"O álcool não consola, não preenche os vazios psicológicos, mas supre a ausência de Deus. Não compensa o homem. Pelo contrário, anima a sua loucura, transporta-o a regiões supremas onde é mestre do seu próprio destino." Marguerite Duras

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Andar sem rumo só significa que podemos descobrir sítios maravilhosos que jamais encontraríamos se tivéssemos  sempre o mesmo destino maquinalmente...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sábado- Tertúlia Castelense- Maia. Vale a pena ver isto ao vivo...

Como já há muito que não punha aqui Pessoa e funciona lindamente como complemento ao post anterior...

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...

 Álvaro de Campos

Sabes que és um preguiçoso de primeira quando

apetece-te imenso ouvir uma música em particular de um disco que tens, mas olhas para as pilhas de discos que estão mesmo ao teu lado e não te apetece procurar o álbum em questão, vai daí sacas a discografia toda da banda, ouves a musica que querias e mandas a discografia para a reciclagem em seguida.

Ou quando por dias seguidos ligam-te das lojas de instrumentos musicais do Porto oferecendo-te trabalho- o que mais gostaste em toda a tua vida de proletariado- e recusas porque não te apetece começar o ciclo todo novamente porque já passaste por uma série de empregos e já estás a ficar cansado de estar sempre a mudar.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Adorar filmes de terror é mau. Porque não se faz nada de jeito agora...

O meu pior receio concretizou-se. Depois de Hollywood ter profanado e violado selvaticamente a mística de filmes como "Texas Chainsaw Massacre", "Hellraiser", "Friday the 13th", "Halloween", "Dawn of the dead","Fog" etc... com remakes horríveis apelativos apenas aos frequentadores de cinemas de centro comercial e aos muitos que ainda acham que as raparigas se agarram a eles com medo do que estão a ver no ecran, agora a vítima que se segue é "Evil Dead"- a obra prima de Sam Raimi (sim, o mesmo que realizou o Homem aranha.).
Tanto esperava que este filme passasse incólume, mas aí está ele pronto a cair no ridículo...
Só espero que Hollywood, já que não consegue criar nada de novo no cinema de terror e depois de ter usurpado um número imenso de grandes filmes japoneses, não se virem para o cinema de terror europeu.
Nesse aspecto estamos muito, anos-luz mesmo, à frente dos americanos.
Espero que os grandes mestres italianos Fulci, Argento, Deodato e companhia se mantenham firmes e não deixem as suas obras caírem nas mãos do capitalismo. Já é mau que chegue os seus filmes ainda serem exibidos naquele festival mainstream chamado Fantasporto. "If you try to trick Us, WE´LL TEAR YOUR SOUL APART."
Ás vezes pareces uma ferida aberta beijada pelo sol,
ou padecendo de um onirismo lascivo deambulando pela madrugada.
Outras, flor à espera de ser colhida à força por inócuas mãos.
Não te deixam crescer selvática e errantemente como a Natureza ordena.
As tuas pétalas tem tímidos tons de cinzento.

Lúgubre flor...
Os espinhos que não tens são pronuncio de eterna dor.
Dizem que só podes crescer até uma certa medida,
que só assim ganharás vida...

Não desesperes...
Espera pelo teu sono que afogará as lágrimas ainda por chorar.
Espera...
Espera que eu te acorde com um encolher de ombros e te regue com sonhos para cresceres desmedida...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Diz o que lês, dir-te-ei quem és.

Sempre ouvi dizer que as respostas para tudo estavam nos livros.
Aparentemente, também as respostas para as minhas muitíssimas duvidas existênciais.
Choquei alguém quando disse que li obras incontornáveis da humanidade como "A bíblia", "A minha luta" de Adolf Hitler e "O manifesto comunista" de Karl Marx.
Pelos vistos, este facto significa que sou um comunista cristão de extrema direita.
Faz todo o sentido: uso o cabelo rapado, trato conhecidos por "camarada" e uso frequentemente a expressão" perdoa-lhes pai, pois eles não sabem o que fazem."

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Parabéns ser supremo!!!!!

"Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos." Friedrich Nietzsche (15/10/1844- 25/08/1900)

Peço aos meus leitores que, quando eu morrer, queimem o meu blog. Não vá acontecer algo semelhante com isto.

Espólio disputado de Kafka será entregue a Israel - Cultura - PUBLICO.PT

O triunfo dos estereotipos...

Conversa telefónica com a minha supervisora:
 Eu:-"Bom dia com Casal Garcia!!"
 Ela:-"Eh pah: Casal garcia logo pela manhã? Isso é um pouco forte, não?"
 Eu:" Nada disso. Tem que ser logo pela fresquinha. Porque é que achas que eu ando sempre bem disposto?"
Ela:" Ah pois é!!!! Já-me estava a esquecer que tu és metaleiro."
Eu:" Claro. Os metaleiros são todos um bebedos inveterados."
Ela:" Vais dizer que é mentira?"
Eu:" E uns drogados também. Eu antes de vir trabalhar tenho que beber um copo de vinho e snifar 2 dois riscos de coca."
Ela: " Estás a falar a sério?"
Eu:" Claro que sim. Eu bem tentei deixar de ser metaleiro, mas parece que não consigo..."


A demanda pelo êxtase a todo o custo consome todos os corpos como um incêndio que deflagra por dentro.
Uma combustão atroz e violenta.
Espamódica  e alucinante.
Um fogo que cavalga selvaticamente e tudo reduz a cinzas,
mesmo os mais celibatários pensamentos.


Depois do orgasmo o que fica?
A mais escultural e perfeita forma de vazio.
Um vazio avassalador totalmente despido de sentir, mesmo dor.

Qual santo graal da vida eterna, o orgasmo é a quimera, o sonho carnal  em toda a sua imponência.
Cega os que partem nestas cruzadas, como todas as outras, não obedece à razão.
Cavaleiros salivantes pelo vazio posterior...
Obedecem então aos impulsos da carne, tais incautos seres.
Assumindo a bestialidade que querem confinar aos restantes animais...
Escravos de seus corpos que desejam escravizar outros.
Perguntar-lhes-ia se alguma vez tiveram uma ejaculação mental.
Se atingiram o zénite sem ser atravez da carne.
Este climax dura sempre mais e está isento do vazio que insiste em sugar os corpos depois destes saciados...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Como Sartre já havia feito, eu rejeito o meu prémio Nobel.

A União Europeia é constituída por todos os seus cidadãos, portanto o prémio Nóbel da paz foi-me atribuído assim como aos restantes cidadãos.
Não é nada de novo alguém recusar um prémio Nobel. Sartre já o havia feito aquando de agraciado com o  Nobel da Literatura em 1964.
A objectividade e imparcialidade destes galardões sempre foi muito dúbia para mim- veja-se o exemplo de Barack Obama, pouquíssimo tempo depois de ter ganho as eleições.
A atribuição do titulo à União Europeia não poderia ser mais oportuna em termos políticos.
A braços com uma enorme crise económica, diria que o clima na Europa é tudo menos pacifíco.
Mais uma jogada política de bastidores para tentar apaziguar os detractores da U.E.
Está mais que provado que o conceito da U.E falhou redondamente e não é com este galardão encomendado que os senhores políticos conseguirão com que se olhe para esta "entidade" de outra forma.
Deixem de tentar enganar os europeus...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

“Quem quer uma democracia sem custos, o que verdadeiramente deseja é uma não democracia.” Carlos Zorrinho do P.s sobre a aquisição por parte do partido de 4 carros novos de alta cilindrada.

Ou será que queria dizer que uma democracia só o é se for de alta cilindrada? O sacrifício deste deputado foi, em vez de deslocar-se num Bmw, passar a deslocar-se num Audi. Coitadinho... Tenho tanta pena dele!!!!

Porque o fim de semana está à porta deixo aqui o convite em versão punk.




 Oi, Oi!

Sorry mate, we don't serve you're kind here!

How many drinks can I force down my neck, before I forget who I am?
And how many beers must I drink with these queers, before I can prove I'm a man?

Let's have a night of drinking, stop all of your thinking,
Forget about the things to do, let's have another beer or two,
Hey this one's got it's name of you!

And how many bars, must I crawl from the stars, before I know I am stoned?
And how many glasses, do I raise to the brasses, and again I walk home all alone?

Well I will go on drinking as my world goes on sinking, but I will never drink alone!

Let's have a night of drinking, stop all of your thinking,
Forget about the things to do, let's have another beer or two,
Hey this one's got it's name on you!

How many chance, will it take to piss my pants, or fall in the heat upon the floor
And how many fights, can I take on tonight, until I can't fight anymore?

Let's have a night of drinking, stop all of your thinking,
Forget about the things to do, let's have another beer or two,
Hey this one's got it's name of you!

We will go on drinking as our world goes on sinking, and we will never drink alone.
I just go on drinking as my world goes on sinking, and I will never drink alone

Porque é que os pseudo-intelectuais são todos uns betinhos de primeira? Será para preservar o estereotipo? E depois falm-me de livre-arbitrio como se eu não soubesse o que isso é melhor do que ninguém...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A Casa da Música em breve receberá o maior concerto de Black Metal de sempre sem que a banda toque algo remotamente parecido com isso.

Dead can dance.
Esta banda bate todos os recordes que me lembro desde que vou a concertos.
A sua actuação no Porto já está marcada há mais de um ano e esgotou dias depois mesmo sendo o preço dos bilhetes a 40 euros.

Não vou gozar com as pessoas que gostam da banda, muito pelo contrário, vou sim gozar com os ínumeros metaleiros que compraram imediatamente o bilhete mal tiveram conhecimento do concerto.
É que a banda é muito conhecida no meio do metal- mais do black metal- pela simples razão de ser o que um membro de uma banda norueguesa vinha a ouvir no carro quando se deslocou para assassinar à facada outro músico de outra banda na qual até tocou. Mais nada...
 Esse assassino (varg vikernes ou burzum) transformou-se num ícone metaleiro por tal feito grandioso. Foi condenado à pena máxima na Noruega mas vende discos até dizer chega. Lança discos em catadulpa mesmo estando na prisão e vende, vende, vende. Todos são considerados obras-primas, mesmo quando só se ouve o vento. Penso que a Natureza devia acusá-lo de plágio!

O mundo do metal é feito de novelas de qualidade bem inferior ás exibidas na televisão portuguesa, esta é a maior de todas...
Muitos metaleiros pensam  que foi a música  dos dead Can dance  que levou Varg a cometer tal crime. Por isso pagam 40 euros para verem-nos ao vivo. Provavelmente vão com a ideia de que quando saírem do concerto ficarão possuídos por algo e cometerão também actos grandiosos.
Isto se não adormecerem durante a actuação, pois isto tem tanta distorção e malvadez que até fico com vontade de cortar os pulsos a ouvir...

Mais uma razão para não gostar de americanos.

Rua Sésamo pede à campanha de Obama que retire Poupas de anúncio contra Romney .

Usar algo tão sagrado para as pessoas da minha geração para fins políticos é pura heresia, senhor Obama.
Ver a Rua Sésamo para muitos putos era a felicidade pura...
Agora ver um dos seus principais símbolos  usado como arma política é como violar todas essas crianças que cresceram a ver o programa.
Shame on you...

Claro que por muito que gostasse do Poupas, do Egas e do becas, do monstro das bolachas, do Ferrão, do Conde de Contarr, cada aparição da Alexandra Lencastre era sempre algo especial...
É no mínimo irónico que a Uefa ( a autoridade europeia para o futebol) tenha nomeado para presidente do seu departamento financeiro um português- antigo procurador geral da republica, por sinal. Ainda por cima terá ao seu encargo a avaliação do "fair play" financeiro dos clubes (trocando por míudos: os clubes que não cumpram os seus compromissos financeiros são multados ou mesmo suspensos.). Não sei porquê, mas parece-me que os clubes dos países latinos passarão incólumes a esta vistoria rigorosa ás suas finanças. Não fossem esses países tão famosos pela corrupção, pelo tráfico de influências e de viver acima das suas possibilidades...

Para o Patrick Bateman que habita em mim.

Estou vivo.
Poder-se-á dizer tal coisa?

 Tenho em mim todas as características inerentes a um ser.
 Um corpo e todas as suas funções em pleno funcionamento.
 Um rosto, um olhar...
Consigo falar, ouvir e pensar.
Podem até apertar as minhas mãos ou beijar o meu rosto como cumprimentam os demais,
Podem até sentir a minha carne, a minha pele, os meus lábios,
Mas nunca me conseguem sentir verdadeiramente.

Eu não estou ali.
Eu não estou aqui.
Onde estarei eu   senão nesta forma que é suposto eu ter e que me representa?
Em todo o lado sob todas as formas e sob nenhuma.

Existe uma ideia sobre mim, sobre o que sou,
Mas está totalmente errada.
A minha existência é abstracta,
Impossível de capturar.
 Tenho a chave de todas as jaulas onde me tentam confinar.
 A minha existência há muito pediu a insolvência.

Sou um sociopata com toda a sociedade dentro de mim.
Um desertor à menor ameaça de amor.

Não me considerem como um de vós.
Sou mais do que isso,
Ou menos,
Menos que zero ou todos os zeros à direita.
Isso não interessa...

Nada interessa...
Muito menos eu...