sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Verdes campos estendem-se perante o olhar esperando novas sementes para futuras colheitas.
Os solos consomem-se com o seu desejo de criarem sonhos belos para serem vendidos numa futura feira.
Querem ve-los a crescer abruptamente por entre as ervas e tornarem-se os maiores sonhos alguma vez vistos pelos olhares do Homem.
Não precisam de ser cuidados, basta apenas semea-los e vê-los crecer...
Alguns serão sonhos maus, mas a maior parte serão sonhos bons, outros ambiciosos, ou mesmo impossiveis de se realizarem.
Futuramente serão colhidos da terra que os cria.
Alguns sairão partidos e desfeitos, mas os mais belos serão oferecidos ao proprietário dos terrenos.
Fica a pergunta: Serei eu os verdes campos onde os sonhos crescem ou meramente o propreitário?

Para o Mephisto.

Soldados imortais, assim caminhamos entre guerras mentais.
Fomos atingidos por estilhaços mortais alojados nas nossas almas.
Elas sangraram até ficarem quase estanques.
Jaziamos por entre os destroços do amor de alguém.
Amor perdido e amor rejeitado que nos ameaçou destruir.
Erguemo-nos do chão e os nossos olhares dilacerados encontraram-se mais uma vez.
Bastou apenas um vislumbre para sarar as feridas.
Caminharemos juntos eternamente contra a adversidade.
Se um amor não nos venceu nada o fará.

CHEERS BROTHER.
YOU WILL NEVER WALK ALONE.
Uma letra para uma musica de um projecto musical que tive há algum tempo, que infelizmente acabou por perder-se algures na noite... Depressão.Se esse projecto está enterrado fica aqui uma das letras para lembrar para a posteridade que esse projecto existiu.

Belas Potestades
Erguei-Vos das trevas
Sigam o deus Hades
E todas as suas Minervas

Levantai-Vos divindades
Possuí o mundo da clareza
Destruam todas as verdades
Empalai o mundo com destreza

poetas da negra escuridão
Recitai versículos proibidos
Palavras de salvação
Nos paraisos devolvidos

Sois a eterna serpente
Que no éden vagueará
Enfeitiçareis a mente
Almas a vossa palavra aniquilará

Sobre a virtude triunfareis
Instalando a perversão
Na luxuria sereis reis
Pelo menos no meu coração.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O programa "Ídolos" está de volta à televisão portuguesa.
É esta a minha oportunidade que sempre esperei para brilhar com a minha voz fascinante. Vou deixar de cantar esta música apenas no chuveiro...


Pequeno tributo aos verdadeiros "Blizzard Beasts" dos quais roubei o nome.
Mestres de muita coisa para mim, mas a principal é sem duvida a de fazer cara de mauzões... Como eu faço. LOLOLOLOL
Um bocadinho de humor para aligeirar aqui este necrotério de palavras...

Ode ao mar

Quantos naufragos acolheste?
Navios em demandas imperiais
Quantas lágrimas adormeceste
Com as tuas palavras imortais?

Monstros erguem-se para ver
A passagem dos sonhadores
Com a enorme ansia de ser
Consagrados e vencedores

Quantos nas tuas águas pereceram
Na procura do desconhecido?
Quantos sonhos se perderam
No horizonte esculpido?

Leva os meus sonhos destruidos
Para continentes distantes
Na volta da maré benzidos
Como novas amantes

Afoga em ti a negridão
Que em mim escorre
Traz um novo coração
Para este ser que morre.














Acordo no topo da montanha que demorei meses a escalar. Sou esbofeteado por sentimentos contraditórios. Estou feliz por ter chegado ao cume, mas, ao mesmo tempo, triste por a escalada ter terminado.
Encho os pulmões com ar puro e liberto um enorme e sonoro grito mudo. O seu eco ribombeia nas escarpas.
Está frio cá em cima. Tudo coberto de neve.
Volta em esoirais de décibeis o grito mudo que lancei e embate em cheio no pico da montanha derrubando-me.
Uma avalanche de lágrimas geladas dirige-se desgovernada pela encosta abaixo, tapando e destruindo o caminho de regresso à base da montanha.
Estou retido no topo de mim. Não consigo sair e agora tenho que desbravar caminho por outro lado.
Olho para o horizonte e vejo uma imensa cordilheira dirigindo-se para mim. Muito mais altas e íngremes são estas montanhas. Estacionam habilmente a meu lado seduzindo-me com os seus caminhos tortuosos até ao topo.
Novas escaladas esperam o alpinista errante.
Espero que os caminhos de regresso se destruam à sua passagem. Muitos cumes aguardam pacientemente pelas suas palavras mudas e avalanches suspiram para se libertarem sobre o seu comando.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mergulho de cabeça por entre as rochas ameaçadoras e esculpidas de forma arbitrária na esperança de conseguir entrar na água purificadora. As rochas são a representação de todo os pensamentos negativos que me assolam. Tal como as rochas, eles são milenares e estão lá para impedir que eu consiga mergulhar no oceano purificador que são os teus lábios...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

CONSIGO DOMINAR OS MEUS PENSAMENTOS COM A MESMA FACILIDADE COMO SE CONSEGUE DOMINAR UM ATAQUE DE DIARREIA.
Não é inspiração
Aquilo que me jorra
O que escrevo com a mão
É o sair de uma masmorra

Inocentes ou culpados?
Permanecem nela retidos
São apenas pensamentos
Por vezes tão mal-amados

Repudiados pelo criador
encarcerados na imaginação
Ganham asas de condor
Voam em forma de deserção

Puta que pariu o amor
responsável pela depressão
Rima sempre com dor
E os colocou na prisão.

domingo, 23 de agosto de 2009

Musica que se entranha...

Tão perto daquela antiga avenida
Passeiam as moças da noite
Que hão-de chamar ao meio das pernas
Os olhares que passam

Uma quer levar-me mas eu não vou ficar
Apenas vou sorrir, passar

Desço ao cais onde o brilho da ponte
Ilumina um bar tão vazio
Mas sei que tão cheio vai ficar
Por mil tragos, avancem

Uns para o meu lado, outros para a frente
Vamos lá rapazes por mil tragos cantar

Eram já três, venham mais duas
As damas ao meio p'ra dança nua
E uma volta a entornar e outra voz a cantar
Trocam-se os passos no ar, esperem ainda que...

Eram já três, venham mais duas
As damas ao meio p'ra dança nua
E uma volta a entornar e outra voz a cantar
Trocam-se os passos no ar, esperem ainda que...

Olhos inchados, descanso no cais
À beira de um barco esquecido
Que tal como eu já foi tão forte
Mas feliz só esta noite

Leva-me contigo, dentro de ti
Para depois voltar ao bar
E por mil tragos cantar

Eram já três, venham mais duas
As damas ao meio p'ra dança nua
E uma volta a entornar e outra voz a cantar
Trocam-se os passos no ar, esperem ainda que...

Eram já três, venham mais duas
As damas ao meio p'ra dança nua
E uma volta a entornar e outra voz a cantar
Trocam-se os passos no ar, esperem ainda que...
Revi o olhar da dor
Bem em mim penetrou
Pintando com tinta incolor
A obra prima que nunca terminou

O seu olhar estava diferente
Não me seduziu nem raptou
Não me afogou na sua corrente
Não roubou o que ja antes tentou.

Olhar de insensibilidade
Nunca no meu focado
Renegando sempre a verdade
Neste ser por mim antes tão amado.

Tinha medo de o rever
Como sal nas minhas feridas
Mas talvez protegido pelo anoitecer
Vi que já não existem emoções temidas

Memórias que prevalecem.
Imagens que pareciam belas
Agora de todo o valor se despem
Retenho apenas o titulo delas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009


São 7 da manhã. Estou sentado no jardim absorvendo o silêncio. Os vizinhos já estão habituados a ver-me a horas impróprias a fazer sempre coisas estranhas acabaram por ganhar imunidade à minha presença, enquanto começam a sua rotina de dirigirem-se para o trabalho. Ao meu lado está o meu cão, espectador assíduo das minhas insónias. Está a dormir ao meu lado, mas ao meu mais pequeno movimento levanta-se imediatamente para ver se preciso de alguma coisa...
Acendo um cigarro e fico hipnotizado com o fumo que sai em espirais enquanto que a chama consome-o muito lentamente. Por um momento sinto-me como se fosse esse cigarro, e que a chama é a representação da minha vida. A cinza e o fumo que dele jorram são a representação dos meus sonhos que se esvanecem até ao cigarro chegar ao fim... Serei o responsável por os meus sonhos se transformarem em cinza?
O que vale é que tenho um maço cheio. Tenho muitos sonhos ainda para fumar ou simplesmente transforma-los em cinza...

The Gathering - Leaves

I close your eyes with my mouth
Now you don't see anything
But you feel my breath all over
I can feel you too
Although I don't really know you
I don't really care
Cry with me, make my day
Tomorrow all will be gone
All the sweetness and all the fun
No, I don't wanna know
Although I don't really know you
I don't really care
Now that you're gone
I don't know
How to really feel inside
Baring the hope to see you again
I guess I never will
Now that I do really know you
Yes, I really care


Anneke: sê a mãe dos meus filhos....
Acredito no que não acredito
Em todos os sons minimais
Em nada do que me foi dito
Apenas em ti jamais

Os credos voam com incerteza
Livremente fogem de mim
Não há um unico para agarrar com firmeza
Isento de tudo, permaneço assim

Voem, voem para quem vos apanhar
A todos vos rejeito com destreza
Para alguém ireis sempre voar
Vós com a vossa tristeza

Com força subjugais a mente
Aniquilais o pensamento
Livre de vós estou de repente
Nunca vou escrever sobre isso um lamento.
Sinto-me criativo...
Talvez seja a melhor forma de ser combativo.
Ou a materialização de todo o espirito emotivo.

Odisseias num tribunal...


Desloquei-me a um tribunal português para acompanhar o julgamento de um grande amigo meu.

Sim, porque eu só conheço criminosos da pior espécie. Criminosos cujo unicos crimes é o de se quererem divertir e desobedecerem às regras da decência impostas por uma sociedade demasiado depressiva para compreender como alguém ainda poderá ter motivos para festejar.

Esta conversa toda para dizer que o meu amigo estava a ser julgado por conduzir com excesso de alcool no sangue. É mais um para juntar ao gigante numero de pessoas que conheço que passaram pelo mesmo. Claro que eu também estou nele incluido.

A justiça devendo ser o expoente máximo da organização deste país, acaba por cair no rídiculo completo porque é a mais pura forma de anarquia. Mentiras voam a torto e a direito por todos os corredores. As paredes amarelecidas pelo passar dos anos, cheiram a isso mesmo: mentiras.

Passeiam-se pelos corredores os exemplos máximos da impunidade e da criminalidade de braço dado. Eu sentado num banco aguardando o desfecho de um julgamento físico; o do meu amigo e de um julgamento mental; o meu.

Estava embrenhado nestas minhas deliberações acusatórias e defensivas ao mesmo tempo, quando um magistrado se dirige a mim e pergunta a que horas é o meu julgamento. Como se estivesse à vista de todos que os meus pensamentos são criminosos. Vagueiam sempre pelo caminho da imoralidade e da indecência. Eu ao responder que não estava ali para ser julgado, fui olhado com uma enorme expressão de desdém. Ele sabe perfeitamente que sou criminoso nos meus pensamentos e emoções, mas que não existe por enquanto tribunal com capacidade administrativa para os condenar ou absolver.

O julgamento decorre todos os dias na minha mente. Os pensamentos e emoções defendem-se e acusam-se mutuamente. Num momento são arguidos e no outro são advogados de acusação, testemunhas, advogados de defesa ou mesmo juizes. Não precisaram de estudar por anos a fio para conhecerem as leis. Esse conhecimento foi adquirido com o desenrolar dos acontecimentos perpétuados na vida que levo.

A sessão de hoje está baseada no seguinte: o Amor foi constituido arguido pela prática de actos irreflectidos e prejudiciais para a sua e demais integridades fisicas e mentais. Será defendido pelo advogado Impulsividade bom conhecedor da causa. Representando a acusação está o excelêntissimo senhor doutor Racionalismo que é conhecido por toda a sua frieza e reacções implacáveis. A presidir esta sessão temos o senhor doutor juiz Sensibilidade, histórico julgador e julgado que deixa transparecer uma humanidade que pensar-se-ia inexistente em pensamentos ou emoções.

A sessão decorre sem grandes peripécias com ambos os lados a defenderam a sua causa. A acusação a defender uma pena de prisão para o Amor por este ser irracional quando deveria seguir as regras de contenção e de estar aliado às forças da sanidade quando na realidade está sempre aliado à loucura.

A defesa alega que o seu arguido sempre foi conhecido por não seguir regras pré-concebidas e que nessas mesmas acções irreflectidas é que se encontra a sua essência. Se racionalizasse todas as suas acções não poderia ser considerado Amor.

Isto decorre com a Tristeza e a Alegria presentes nas bancadas do tribunal como espectadores sem partido tomado porque ambas as partes tem o seu quê de razão.

Demoram o dia todo estas alegações com o juiz Sensibilidade observando e tomando notas de tudo o que considera relevante nos casos apresentados.

Várias horas passaram e chegou a hora da decisão do nosso conceituado juiz.

Todos se levantam para conhecer a decisão de caso tão complexo.

A decisão é favorável á defesa e ao arguido Amor. O juiz considera que todas as acções irreflectidas cometidas pelo arguido fazem parte do que é realmente a paixão. Não sendo permitidas todas e quaiquer acções impulsivas seria uma desvirtualização do que será sempre amar. Perante esta decisão o Amor é libertado e poderá continuar a cometer loucuras.

A acusação contesta esta decisão e promete estar sempre atenta a todas as acções do acusado convicta que o seu lugar é o encarceramento na prisão dos pensamentos e emoções. Chega assim ao fim esta sessão.

Para amanhã está marcada a sessão em que a Tristeza é acusada de ocupar sem licença a habitação da felicidade. Será defendida pelo Sofrimento e acusada pelo Sorriso. Este julgamento será presidido pelo juiz Amor. Este que hoje foi absolvido amanhã será o juiz.


terça-feira, 18 de agosto de 2009

Let me be the poet in your dreams
I will turn things greater
Nothing as it seems
Your ilusions i will be the creator.
Some may call me blasphemer
But i am nothing but a dreamer...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Não vou escrever agora sobre a minha musa que é a mais formosa e bela das mulheres sendo real ou apenas imaginária isso agora não interessa nada.

Vou escrever sobre a segunda mais bela mulher que alguma vez caminhou neste mundo indigno de vizualizar tamanha beleza. A linda Monica Bellucci. Como o meu coração e outras partes de mim disparam em palpitações anormais e monstruosas quando a sua silhueta se anuncia tanto no pequeno como no grande ecran.

Aqueles belos cabelos que envolvem um pálido rosto entronado por um olhar que desarma o mais poderoso e maléfico dos exercitos. Lábios que cospem a eterna chama da paixão capaz de derreter a totalidade dos glaciares dos polos terrestres. Corpo esbelto de um relevo natural que me possui com enorme vontade de ser alpinista.

Alguem disse que o corpo das mulheres tem que ser como o das guitarras. Neste caso então é uma edição unica com apenas este exemplar feito à mão pelo melhor luthier do mundo. Se o seu nome é Deus, não sei, mas tem umas mãos de ouro...

Bem, esta conversa de Monica Bellucci e guitarras está a deixar-me doido. Dêm-me uns minutinhos que eu volto já...
Pôr do sol eterno que deflagra por entre nuvens de incertezas que se perdem nas visões de oceanos de miragens. O sol não ilumina, apenas queima. Deixa queimaduras graves na minha pele. Os seus raios desenham nomes debaixo da epiderme. São nomes de seres reais e inventados mas que não distingo quais são quais. Ou serão apenas caracteres indecífráveis que se assemelham a nomes?
Tenho muitos esboços de escritos marcados em mim. Como se quisesse prepétuar momentos em mim e a tinta fosse desaparecendo com o passar dos dias e noites. Olho para alguns desses rabiscos e penso reconhecer uma data e ao lado um nome. Já está tudo muito difuso para ter a certeza de ser o que penso. Desperto de uma amnésia sufocante e sei que mais tarde ou mais cedo esses riscos amotinados irão fazer sentido e tornar-se-ão tão evidentes como as provas de que o meu ser parece ter voltado a encontrar-se comigo. Ainda falamos tímidamente e com embaraço como se dois ex-amantes vitimas de uma seperação violenta nos tratassemos. Parece que vou ter que seduzir a mim próprio. Está ali tão perto de mim. Estou apaixonado pelo meu ser. As ausências provocam saudades e em muitos casos despertam amores que recusavamos admitir. Este é um desses casos. Foi preciso o meu ser eclipsar-se para sentir a sua falta e o quanto gosto dele. A reconquista vai ser díficil, mas é a ele que tenho que conquistar. Está magoado e desapontado comigo. Mas sei que ainda gosta de mim e que voltaremos a ser um só.
Quem ama tudo perdoa...
Quando estivermos no nosso leito matrimonial vou pedir-lhe que me ajude a perceber estes desenhos enigmáticos que o sol tatuou em mim. O meu ser reconhece-los-á certamente.

domingo, 16 de agosto de 2009


Hoje acordei e senti-me um milionário...

Não, não ganhei o euromilhões nem houve um deposito misterioso na minha conta no banco. Não é necessário ter dinheiro para me sentir milionário.

Sou rico em ideias. Tenho milhões delas... tenho pensamentos, tenho emoções e sentimentos.

Não existe banco para os depositar. Não os posso guardar debaixo do colchão. Não servem para comprar casas nem grandes carros nem para pagar copos aos amigos, não servem como moeda para grandes transacções financeiras.

Não tem valor aparente neste mundo totalmente centrado num capitalismo supérfluo. Mas para mim tem é como se tivessem mais zeros que não sei quantos biliões de euros ou dolares.

Não servem para alimentar a familia, mas sim para alimentar a alma, como alguém uma vez disse.

Sou um milionário excêntrico e avarento. Não corrompo ninguém nem me deixo corromper.

Onde está depositada a minha fortuna? Bem dentro de mim. Ocasionalmente lá deixo uma nota algures em conversas e em desabafos ou mesmo aqui neste emaranhado de palavras sem sentido.

Sou o gestor da minha própria fortuna e invisto onde me dá na cabeça.Investimentos arriscados com garantias nenhumas de retornos ou de lucros. Tenho muito para esbanjar...

O proximo investimento será a construção da felicidade, vai ser bastante dispendioso, mas é para isso que serve. Não vou levar comigo esta riqueza para a cova, tenho que a gastar de alguma forma.

Vou colocar as minhas ideias perante um pelotão de fuzilamento. Não foram condenadas à morte, eu é que quero saber se são indestrutiveis e imortais. Não que duvide delas, apenas quero que sejam fortes... A data da possível execução está marcada para a próxima sexta dia 22 de Agosto.

Os preparativos já decorrem com morbida felicidade por entre quem condenou as minhas ideias.

Esquecem-se que esta condenação foi voluntária, sou eu que desejo confrontar as balas que virão em espirais com a intenção de esvairem-me em sangue. Vou recebe-las de peito aberto...

sábado, 15 de agosto de 2009

Qual o sentimento mais poderoso, ódio ou amor?
Será que podem co-existir?
Qual o mais destrutivo?
Serão os dois o mesmo apenas com nomes difrentes?
Existe uma fronteira que os separa?
Para se odiar é presuposto já se ter amado?
O que nos leva a amar é o mesmo que nos leva a odiar?
Qual involve maior paixão?
Poder-se-á amar o que antes se odiou?
Qual o mais racional?
Se o amor é cego, o ódio terá a capacidade de ver?
É possivel amar o ódio ou odiar o amor?
Ah como é tão bom sonhar com o teu corpo adormecido,
Visualizar todos os recantos por onde os meus lábios passaram.
Numa viagem meta-fisica consigo sussurrar os beijos que ficaram por entregar
Gostava de ser o teu sono, pois estás tão tranquila nos seus braços.
Invejo o lençol que te cobre e o teu sorriso pacífico.
Corpo que é um retrato pintado a aguarelas da mais bela alma.
Este desejo imenso que me consome jamais será extinto.
Alastrar-se-á por todo o universo que murmura o teu doce nome
Quero sonhar para sempre, pois tornou-se a unica forma de te ver...

Não é uma simples teoria da conspiração.

Semana infernal... Não só pelo calor que quase derrete o meu corpo, mas por todos os acontecimentos bizarros que nem no melhor guião de filmes fantásticos encontrar-se-iam.
Situações descabidas de qualquer sentido que desfilam perante mim, prejudicando não só a mim próprio como aos meus amigos e pessoas tão especiais.
"O azar persegue, esconde-se à espreita..." esta linha da "Circo de feras" dos Xutos e Pontapés é tão cruelmente real. Estou a sentir-me forte porque não abalo e parto com esta série de eventos quase macabros. Não sou supersticioso mas chego a um ponto que penso que alguém lançou uma maldição sobre mim. Se fosse só sobre mim conseguiria aguentar tranquilamente porque cada tempestade já é encarada como se de ridiculos aguaceiros se tratassem, mas quando vejo a minha própria enxurrada a levar almas inocentes nos seus remoinhos, fico com uma enorme vontade de auto-punição. Venham a mim os flagelos. Não quero mais palavras... As mais inocentes que saem de mim ganham formas monstruosas e destroem tudo em seu redor. Pensamentos abstractos que ponho em papel ou saem dos meus lábios parecem sofrer estranhas e inexplicáveis mutações. Vou fazer um voto de silêncio... Não vou formular mais palavras nem imagens mentais.
Uma pergunta tão ingénua como :" dá para me dares boleia?" teve como sentença uma pena de prisão para o destinatário. Não prisão figurada, mas prisão fisica e real.
Vou subir o Evereste e pedir desculpa ao mundo por pensar e por falar... Desculpem-me por vos ter magoado... Desculpem por vos amar, vós não merecieis tamanha desgraça...

Perguntaram-me recentemente qual o objecto que eu gostaria de ser. Gostaria de ser um livro.

Seria um livro interessante em que cada dia teria adicionados e retirados capitulos. Uma estória constantemente reescrita. Há quem me consiga ler como se eu já me tratasse de um. Se a leitura se tornasse monótona ou desinteressante poderia sempre servir de objecto decorativo numa estante ou então de base para copos ou chavenas ou ainda serviria também para calçar aquelas mesas e\ou cadeiras que aborrecidamente estão sempre desiquilibradas. Teria capa dura e folhas amareladas, como se de um clássico perdido numa biblioteca de alguém se tratasse. Teria muitas páginas sempre em numero incerto. Seria provávelmente um épico comparável a Assim falava Zaratustra de Nietschze. Com prosa fluente e construções gramaticais desconexas tentando esticar a fronteira das regras de etiqueta da literatura. Seria a perfeita aplicação do ditado :"Não se deve julgar um livro apenas pela capa." Há tanta literatura para descobrir dentro de mim. Resta saber se haverá leitores...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Reflexão sobre o vernáculo nortenho

Passados muitos anos voltei a ouvir a minha expressão favorita: "Filho de 30 mil sacos de putas."
Adoro tanto esta expressão. A imagem mental provocada por ela é simplesmente sublime. Imagino sacos repletos de putas. Quantas é que levará cada um?
Bem isso faz-me versar sobre o enorme léxico nortenho de palavras carinhosas. Sim carinhosas, porque eu chamo de "filho da puta", "esterco" ,"estrume", "cabrão do caralho"Vaca", etc... aos meus amigos\as mais próximos.
Mandar alguém para o caralho ou levar no pacote não é necessáriamente algo mau. Dependendo das mulheres até pode ser algo de muito bom...
Isto leva-me aos tempos em que habitei em Lisboa, onde o maior insulto que se poderia dizer a alguém era "Vai pra porra"e era recebido como se de um pecado mortal se tratasse. Quando involuntáriamente, saiam-me as tipicas expressões nortenhas, até as menos ofensivas, era encarado como se um assassino ou molestador de crianças se tratasse...
Várias definições que ouvi do termo nortenho pelas terras da nossa ilustre capital: Parolo, labrego, estupido,campónio, azelhas, incultos e por aí adiante... Claro que as pessoas que me disseram isso não sabiam que eu era nortenho. Nunca tive pronuncia e estava bem inserido no meio dos verdadeiros e autenticos parolos. Sempre defendi com muito orgulho a minha naturalidade e o Porto será sempre a mais bela cidade do mundo. A minha reação nesses casos de assalto e agressão ao meu tão querido norte, e quem me conhece sabe que eu sou a pessoa mais calma do mundo, era de partir imediatamente para a violência. Não faço mal a uma mosca e tenho medo de galinhas, mas tenho um caparro considerável e em conjunto com a minha eterna cara de mauzão (lol), imponho respeito até ao papa!!!
Perdoem-me os\as lisboetas que visitam o meu blog, mas não compreendem a mentalidade das pessoas nortenhas. São pessoas simples, cordiais e tem sempre uma legião de amigos. São pessoas quentes que mesmo nas piores alturas conseguem manter um sorriso nos lábios. Só quem é de cá é que sabe do que estou a falar. INVICTA UBER ALLES...
C0mo cresce esta flor
Em mim por ti plantada
Cresce e cresce até ao infinito
Em algo anteriormente meu
As petalas estão parati reservadas
Tem cuidado ao retira-las
O caule é muito frágil
Retira as petalas e lança-as ao vento
E sente as emoções em crescendo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A CENSURA VISITOU O MEU BLOG. RETIRO O POST QUE ESTAVA ANTERORMENTE AQUI DEVIDO AO MAL ENTENDIDO CAUSADO E POR TER MAGOADO ALGUEM DE QUEM GOSTO MUITO...

Quinta feira 13 de Agosto 6 da manhã.


O sol está a aparecer timidamente no horizonte por entre as nuvens escuras. Estou acompanhado por dois senhores um com o nome Jack Daniels e o outro Lucky Strike.

Eles disseram-me que irá haver um nascer do sol que trará um extreminador de tristezas. Não sabem exactamente qual será o nascer do sol em que chegará, por isso tenho que estar sempre atento e alerta.


Jack- Do nevoeiro nocturno que se dissipa virão os mais belos lábios que resgatar-te-ão para sempre da melancolia nunca deixando que ela te assole até ao fim dos dias da humanidade.


Lucky- Esses lábios estão prometidos aos teus. Quando te possuirem, irá invadir o teu corpo um espirito que limpar-te-á para sempre a alma de tudo o que seja tristeza.


Eu, absorvendo a essência destes dois senhores, perco-me no horizonte com o meu olhar sonhador. Aguardo a visão da silhueta do meu salvador.


Jack-Da mesma maneira que agora são os lábios da noite que te envolvem e que sempre protegeram-te, eles irão substitui-los com a benção da noite.


Eu- Não acredito que a Noite vá deixar alguém ocupar o seu lugar... Sempre foi a minha amante mesmo quando eu a desprezei.


Então a Noite junta-se ao diálogo.


Noite- Meu amor. Sempre estive a teu lado tentando que nada de mau invadisse a tua alma. Falhei por diversas ocasiões. Por isso mesmo aceito que os lábios que chegarão em data incerta ocupem o lugar dos meus. Esses são infaliveis. Conseguirão que nada possua a alma mais bela. Eu amo-te e prefiro sofrer por te perder mas saber-te bem e com todo o sofrimento desaparecido de dentro de ti. Algumas lágrimas caem do belo rosto da Noite.


Eu-Eu anseio tanto esses lábios que libertar-me-ão, mas não quero perder os teus para sempre.


Noite- Nunca os perderás, eles beijar-te-ão enquanto estiveres a dormir. Serei a tua amante nocturna...


Lucky- O fumo que sai dos teus lábios é o da ansiedade e tambem já vejo o fumo da felicidade misturado ai pelo meio.


O sol finalmente começa a subir e a Noite beija-me em jeito de despedida. Desaparece com a mesma velocidade como apareceu.

A claridade já se instalou e o vulto salvador não fez a sua aparição. Começo a ficar triste...


Jack- Parece que não é hoje que virá.


Lucky-Está na hora de descansares. Provavelmente será no amanhecer de amanhã. Nós estaremos aqui para te fazer companhia, nesta espera que vai ter a mais doce das recompensas.

Dorme descansado. Nos teus sonhos terás já um pequeno vislumbre dos lábios que beijar-te-ão.


Adormeço radiante com estas palavras dos meus companheiros e realmente consigo ver, embora muito difusamente, os lábios que me estão prometidos. Como anseio por eles... Espero que seja no crepusculo de amanha que eles cheguem...


quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Está escuro... Não há vultos, nem almas penadas.

Existo apenas eu na minha forma de existir.

Melodias silenciosas enchem o ar que te sufoca.

Consegues ouvir o arpeggio ou aquela escala?

Não consegues ouvir nada...

A melodia da noite é só para os meus ouvidos.

Converso comigo porque mais ninguem quer ouvir.

Entendo-me perfeitamente com o meu eu.

Um deles pelo menos.

Os outros devem estar ainda a dormir.

Quando acordarem instalar-se-á o caos.

O nivel das conversas tornar-se-á ensurdecedor.

O teor das mesmas perde-se levado pelo vento.

Os meus eus gostam de conversar sobre mim.

Eu fico ausente das conversas.

Estou onde nunca estou.

Talvez longe, talvez perto.

Talvez ao lado de alguém, mas nunca a meu lado.

As conversas prolongam-se pela madrugada.

Aos primeiros raios de sol , eles chegam a um consenso.

Como accionistas de uma empresa que decidiram a proxima aquisição.

Ou como conselheiros papais que ordenam novas cruzadas.

Decidiram qual deles tomará a liderança neste dia.

Espero que seja aquele eu comunicativo e extrovertido que de quando em vez assume o poder.

Aguardo a sua deliberação como um acusado de homicidio aguarda a pena de morte.

Hoje deram uma oportunidade ao meu mais recente eu: o eu repleto de positivismo.

Que o seu reino se prolongue em mim...

Subtração de personalidades, adição de torturas mentais, multiplicação de sofrimentos, divisão do nada.
Ruinas do que antes consideravamos como sendo o nosso mundo, o nosso refúgio. Falo das nossas almas. Elas perderam-se algures em parte incerta e por muito que olhemos para a rectaguarda só conseguimos ver escombros do que anteriormente era belo. Algures debaixo daqueles destroços jaz a tua alma. Talvez debaixo daquela pedra gigante... Sim, ela está lá. Consigo vê-la daqui pedindo socorro ou apenas o golpe de mesericórdia. Vai lá socorre-la!
Eu fico aqui a ver-te a debater com a rocha que esmagou a tua alma. Não a vou salvar da mesma maneira que não quiseste salvar a minha quando ela jazia moribunda na sarjeta. Ela gritou pela tua ajuda e tu simplesmente olhaste para o lado. Vi-te a afastar enquanto corria para a salvar.
Felizmente consegui. Pequenas marcas ainda restam desse acidente. Minúsculas cicatrizes que o tempo tem vindo a diminuir...
Agora que as memórias da minha alma ferida me invadiram enquanto é a vez da tua estar a agoniar sob a enorme rocha que tem o nome de orgulho, vou pagar-te na mesma moeda.
Vou chorar se ela perecer porque era uma alma que tanto gostava. Não tinha culpa de estar implantada na tua pessoa. Quantas vezes ela não pensou escapar, mas nunca conseguiu... Espero que seja desta.
Vejo-te agora a chorar perante os gemidos dela. Aproximo-me e ela reconhece-me imediatamente. "Liberta-me, por favor!"- Diz-me ela enquanto sinto o rubor da morte preenchendo-a.
Perante este pedido não consigo ficar insensivel como tu o ficaste e mato a tua alma. Ela olha para mim agradecida no preciso momento em que os arcanjos descem do ceu para a levar.
Agora olho para ti sem alma. Apenas sinto desprezo... Agora sim estás reduzida a nada... Matei o que ainda de bom restava em ti...

Obsessão versus Paixão


Gosto de te observar

Sou reservado voyeur

Aos rituais abraçar

Imagens sem rumor


Vejo-te na esquina

Da rua da liberdade

Felicidade que contamina

Olhar para ti com vaidade.


Delicio-me com a visão

Do teu corpo descontraido

Com o cigarro na mão

Aspirando o aroma perdido


Onde tu vais eu já lá estou

Escondido no teu passado

Houve algo que me mudou

Talvez não ter sido amado


Nunca me irás reconhecer

Envolto nas sombras vou

Seguir-te até ao amanhecer

Com a minha alma que sempre te amou


Mesmo quando adormeceres

Pelas frinchas da janela espreitarei

A mais bela das mulheres

Pela qual sempre velarei


E quando acordares

Ao teu lado vou estar

Beijando os teus olhares

Na distância de um esgar


Não, não é obsessão

Talvez não apenas desejo

É certamente paixão

Em tudo onde te vejo.







terça-feira, 11 de agosto de 2009

Estou farto de mim!!!

Não, desta vez não é um post sobre Mão Morta. Apesar de ter sido esta musica que me inspirou a escrever o seguinte post.

Estou farto de escrever tristes argumentos
Estou farto dos finais tristes que desenho para mim
Estou farto dos meus próprios lamentos
Estou farto de ser assim
Estou farto de me sentir vazio
Estou farto de estar sempre calado
Estou farto de me afogar no meu proprio rio
Estou farto de estar sempre irado
Estou farto de chorar
Estou farto do que escrevo
Estou farto de me mutilar
Estou farto de dizer o que não devo
Estou farto de não me respeitar
Estou farto de nada querer
Estou farto de me humilhar
Estou farto de nada ser
Estou farto de querer mudar
Estou farto das minha lágrimas
Estou farto das minhas dores
Estou farto das minhas rimas
Estou farto dos meus amores
Estou farto de esperar
Estou farto de nada correr bem
Estou farto de me queixar
Estou farto não sei de quem
Estou farto de mim....

Após contagem do reduzido stock intelectual decidimos reabrir o tasco.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009


ESTIMADOS CLIENTES:
ESTE ESTABECIMENTO ESTARÁ ENCERRADO DURANTE TEMPO INDETERMINADO PARA INVENTÁRIO MENTAL DO SEU PROPRIETÁRIO.
OBRIGADO PELA COMPREENSÃO.
ALGUM ASSUNTO URGENTE É FAVOR LIGAR PARA O TELEMÓVEL.
OS CLIENTES HABITUAIS TEM-NO.
QUEM O PRETENDER É FAVOR PEDIR NO BLOG AO LADO.

Ai destino... ai destino...

Constantes destinos
Desenhados na tez
E no coração esculpidos
Aguardam a sua vez

Destinos desprotegidos
nas mãos de estranhos
Almas de foragidos
Com ferimentos tamanhos

Um desses destinos é o meu
Ferido e foragido
Na busca do meu eu
Outrora por alguém cuspido

Deixo-o andar à rebelia
Já não o consigo moldar
Como quis fazer um dia
Um dia a ti ele irá encontrar

Todos temos um pouco de louco em nós. Eu nunca tentei esconder a minha insanidade que, aliás, de pouco tem muito pouco. Gosto de conversar com todos os renegados da sociedade. Compreender a razão pela qual muitas pessoas injustificadamente auto-marginalizam-se. Para a maior parte delas encontro uma razão escancarada: vivem uma adolescencia infinita em que os ideais dos outros apoderam-se deles. Umas marias vai com as outras. Não conseguem explicar porque o seguem nem dar justificações cabais a perguntas básicas sobre esses mesmos ideais. Geralmente também são filhinhos\filhinhas de papás ricos e que simplesmente querem se mostrar irreverentes e independentes... Whatever...

Um dos episódios mais estupidos que tive e bem recentemente por sinal, foi uma conversa bem real e surreal com uma rapariga dos seus 25 anos estudante universitária completamente obcecada pelo que considera ser o verdadeiro espirito punk. Tenho muitos amigos punks, mas esses que seguem os ideiais de irem ocupar casas e andar a pedir na rua porque estes são os verdadeiros atributos de se ser punk possuem todos contas bancárias e respectivos cartões onde podem levantar a mesada que os paizinhos depositam todos os meses para eles continuarem a brincar às casinhas e encherem-se de orgulho quando se tentam convencer que são punks dos genuinos.

Bem, já estou a fugir um pouco da conversa, ia na conversa com a rapariga punk...


Eu- Todos esses simbolos da anarquia na tua roupa, não são um pouco exagerados?


Ela- Não. Quero todos os possiveis para encher toda a minha roupa porque eu sou uma anarquista.


Eu- Ok. Não querendo denegrir a tua nobre causa, nao achas que isso ja esta um pouco em desuso. Anarquia foi usado pelos punks ingleses como forma de protesto nos anos 70 porque esses de facto eram renegados pela sociedade. Eram básicamente os filhos dos operários fabris que se revoltaram pela maneira como os pais eram explorados pelos patrões com o aval do estado. Este foi o inicio do punk na europa. Esses pioneiros, os que não morreram de overdose ou de cirrose tem contas bem recheadas e estão a cagar para a anarquia.


Ela- Esses são os vendidos. Eu e os meus amigos somos anarquistas de gema. Formámos o primeiro sindicato de anarquistas...


Eu- Será que ouvi bem? Um sindicato de anarquistas? Mas que contracenso. Se a anarquia pressupõe ausencia de todo e qualquer tipo de organização com vista a representar o que quer que seja, como me podes falar de um sindicato? So se agora ser anarquista for uma profissão...


Ela- Defendemos os ideais anarquistas contra pessoas como tu por exemplo. Que acreditam na democracia e em ter alguém a dizer-nos o que fazer. Defendemos a liberdade pessoal e individual, somos contra todo o tipo de racismo. Somos activistas e estamos sempre em confronto com os skins.


Neste momento, passa por nós um amigo meu que tem umas certas inclinações nazis com as quais não concordo como é obvio mas que não deixa de ser meu amigo por causa disso. Sempre o comprimentei de forma jucosa com a saudação hitleriana e sempre o farei e voltei a fazer enquanto conversava com esta digna delegada sindical.


Ela-Tu és nazi?


Eu- Não. Mas aqui está uma boa oportunidade para o teu activismo e dos teus amigos. Este rapaz é nazi. Força!


Todos os amigos da nossa sindicalista e ela tambem bateram logo em retirada.


Conclusão: os ideias servem para enfeitar paredes e roupa...


"Que perfeito coração no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração."

Reconhecem certamente isto como sendo, primeiro, uma música de Amália Rodrigues ou daquele megaprojecto que só quer juntar uns trocos à custa de icones da cultura portuguesa chamado Amália Hoje. Quem escreveu as palavras acima citadas foi um senhor poeta português chamado Alexandre O´Neil. Já não tenho forças para conseguir ficar irritado pela ausência completa de cultura, ou já nem chamo isso, conhecimento do que de bom se escreveu em português por parte de grande numero de pessoas que habita este jardim à beira-mar plantado.
Lembro-me de ter visto um concerto de uma banda portuguesa chamada Polo Norte em 1998 na minha santa terrinha. Essa banda usava um poema de Luis Vaz de Camões numa das suas musicas, nada mais nada menos do que o desconhecidissimo(?) "Amor é ..." .
Ao meu lado, e sendo eu de Lousada, vários anos seguidos o concelho europeu com maior percentagem de população jovem, ouvi comentários de alunos da mesma escola que frequentava e alguns da minha turma que disseram isto: "Esta letra está tão bem escrita. O vocalista desta banda escreve muito bem." Tinhamos dado Camões na altura!!!!!!!!!!!!!!!
Outro exemplo embora não tão famoso: Moonspell usa na musica "Opium" uma quadra do "Opiário" de Fernando Pessoa: "Por isso eu tomo ópio, é um remédio, sou um convalescente do momento moro no rés do chão do pensamento e ver passar a vida faz-me tédio." Por muito que não se queira as pessoas identificam poemas belos escritos há muitos anos como sendo criações das bandas ou artistas que os gravam em forma de canções.
Vou rumar contra a maré de desemprego que assola o país e formar uma banda em que as letras serão exclusivamente poemas portugueses. Felizmente esse reportório nunca terá fim.
Ficarei conhecido como sendo um grande poeta (lol),preencherei a minha conta bancária que neste momento tem apenas 1 euro, darei emprego a musicos e espalharei palavras centenárias pelo país. portanto só coisas boas. Vou tirar partido da crise. Não da financeira, mas da crise cultural portuguesa- essa sim nunca terá direito a retomas...

Bocage, Florbela Espanca, Al Berto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Antero de Quental, Camilo Pessanha, Mário Cesariny e o já referido Alexandre O´Neil serão os primeiros a serem usurpados em nome da minha carteira...

Estão abertas as inscrições: quem quiser pertencer a esta banda envie C.V para o mail: pócaralhomaisestamerdatoda@hotmail.com .
Procederei posteriormente a entrevistas e deixo um conselho às mulheres que queiram pertencer a esta banda, sendo eu um machista e chauvinista inveterado, neste momento estou com um palito na boca enquanto que uma mão coça o bigode e a outra coça o rego do rabo por dentro das calças, venham com mini-saias (daquelas que parecem cintos) e o maior decote que consigam encontrar.

domingo, 9 de agosto de 2009

Brevemente no youtube.


"Sou candidato a presidente da junta de freguesia da minha terra. Se for eleito cumprirei a minha única promessa eleitoral que é a de em todas as fontes públicas e na rede de abastecimento de água a mesma será substituida por cerveja"
André AkA Moço Bebedo- Algures no centro de Santo Tirso numa pastelaria às 7 da manha de Sabado 8 de Agosto de 2009 perante uma plateia gigante de apoiantes. Eu era um deles. Sou militante do seu partido e acredito que estamos perante um visionário. O unico politico que não tem ideias utopicas e que trabalharia em prol da sua terra e do seu povo com o mesmo afinco como quando bebe uma grade de cerveja.
Está mais que provada a minha fome eterna de conhecimento. Todos os dias desejo aprender algo de novo. Não busca a compreensão da especie humana nem da minha própria essência. Não me considero poeta, mas tenho um dos seus maiores atributos : sou uma alma sonhadora.
Procuro aprender-te a ti. Somente a ti...

Hoje vou beber copos com o meu grande amigo Tédio.
Vamos ao bar do Vazio, velho amigo de infância, e perguntar-nos a nós próprios o que será feito da Desilusão e da Modorra amigos a quem perdemos o rasto. Companheiros de copos durante grande parte da nossa célere existência. Grandes noites de pura amizade e diversão em que discutiamos temas triviais como o sentido da vida...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

" I wish to be alone with my god"

Ultima actualização do dicionário dos sinónimos.


Ao verbo Amar foram adicionados os seguintes verbos como sinónimos:


-Desesperar.


-Chorar.


-Sofrer.


-Aniquilar.


-Matar.


-Sufocar.


-Mutilar.


-Dilacerar.


-Corromper.


-Escravizar.


-Enganar.


-Violar.


-Viver.


-Morrer.



Coisas belas ditas por outros mas que bem poderia ser eu a dizer, ou nem por isso...

-"Não te metas comigo comigo que eu sou muito puta"- Adolfo Lúxuria Canibal- Corroios algures em 2004.

-" Satanás é luz e tranquilidade, sabedoria infinita e nada como é retratado pelas imagens da Igreja"- Legion, antigo vocalista de Marduk em entrevista à Sic em 1999.

-"Good evening my friends, it´s time to die." Peter vocalista de Vader no Hard Club em 2000.

-" I would like to dedicate the next song to all the fucking women out there... "Fucked with a Knife"-George Corpsegrinder Fisher de Cannibal Corpse, Hard Club 2001

-"Quem sou eu para por um preço na arte, mas considero que pagaram demasiado para verem a nossa arte."-Fernando Ribeiro de Moonspell ,Hard Club em 1999 com a sua humildade habitual ora não fosse ter classificado a musica de Moonspell como arte. I´m so fucking evil... \m/

-" Não acreditem em tudo que passa na televisão. A maior mentira que eu vi foi uma entrevista minha em que jurava que tinha deixado o alcool. Devia estar mesmo bebado quando disse isso." Jorge Palma

-"Eu acreditava que existia algures uma alma igual à minha. Por isso eu dilacerava as pessoas, para a procurar dentro delas..." Ted Bundy.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Amo o teu silêncio...
Amo a tua ausência...
Amo a tua tristeza...
Amo a tua dor...
Amo os teus esquecimentos...
Amo as tuas duvidas...
Amo as tuas inseguranças...
Amo o teu sofrimento...
Amo as tuas palavras...
Amo as tuas lágrimas...
Amo os teus ódios...
Amo as tuas repressões...
Amo os teus lamentos...
Amo as tuas doenças...
Amo mesmo que não me ames...
Amo tudo e mais alguma coisa...

Porquê? Haverá explicação para o amor?
Se existe fiquem com ela, muito obrigado, mas não a quero...

Estou com a ressaca do poder.

Com fome de vencer.

Quero devorar as dificuldades que são plantadas no meu caminho como se de arvores milenares se tratassem.

Armado sómente com a minha vontade e as minhas palavras enfrento colossos bestiais.

Todos se tornam ruinas ao som de uma unica palavra minha.

Vulcões entram em erupção pressentindo a minha chegada.

Tempestades formam-se ordenadas pelo meu pensamento.

O mar revolta-se apenas com um simples olhar meu.

Os reis oferecem-me o seu trono em troca de um sorriso meu.
As mulheres anseiam pelo meu toque.

Querem dar à luz o meu sucessor.

Mas a tudo rejeito...

De que vale ter tudo quando se é nada?...
Quero ser abraçado pela madrugada.
Nos seus braços esperar pela aurora
Observar a lua mutilada
Esperando pela tua hora

Aparecerás com os primeiros raios de sol
Envolvida pela manha calma
Tocarão as cornetas em si bemol
Anunciando a mais bela alma

O teu reino foi profetizado
Ajoelhar-me-ei a teus pés
Depositando o meu ser odiado
Absolvido pelas negras marés

Juro eterna servidão
À mais bela deusa
Que pega na minha mão
E na chama reacesa

Por ti irei triunfar
Com o teu chamamento
Prometo derrotar
todo e qualquer lamento.

Perde-te comigo na eternidade
Pelos poetas somos abençoados
Vem comigo divindade
Dar razão aos profetas...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Esquizofrenia

Odeio este ódio que sinto por sentir que sinto demais...
Amo a maneira como amo este amor que me ama...
Vivo a vida como se vivesse para te ver viver...
Perco-me no perdido que se se perdeu ao não encontrar-se...
Anseio pelo ansiado pelos anseadores...
Dor que não doi por entre o ardor...
Palavras apalavradas agravadas...
Pondero onde outros ponderaram sobre o que ponderar...
Escrevo sobre escritos anteriormente escritos por escritores...


Parece não fazer sentido mas tem todo o sentido...

Miguel Esteves Cardoso- "O amor é fodido."

"O amor é fodido.Hei-de acreditar sempre nisto.Onde quer que haja amor,ele acabará,mais tarde ou mais cedo por ser fodido.É melhor que morrer.Há coisas como o alcoól e os livros, que continuam boas.A morte é mais aborrecida.Por que é que fodemos o amor?Porque não resistimos.É do mal que nos faz.Parece estar mesmo a pedir.De resto,ninguem suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido.Tem de haver escombros.Tem de haver esperança.Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz.Um amor só um bocado fodido pode ser a coisas mais bonita do mundo."
Existe algo indecifrável que se esconde por entre as sombras da noite.
Como se de espiritos nómadas se tratassem.
Vagueando por entre as ausencias de luz encontram-se palavras disfarçadas de gestos.
O meu ser não produz talvez os gestos mais apropriados e aconselháveis, talvez eles se transvistam de palavras.
Gostava de poder trocar.
De conseguir produzir palavras faladas da mesma forma que elas jorram da minha inspiração para o papel.
Gostaria de vê-las personificadas.
De vê-las ganhar vida.
De serem entoadas pela minha voz, em vez de ficarem aqui a agonizarem.
Aqui não conseguem gritar e reclamar o seu livre espirito e viver.
Ficam presas no meu pensamento e nos meus escritos, porque nunca as consigo entoar.
Penso que as minhas palavras mereciam viver.
Só que eu não lhes consigo proporcionar essa vida que merecem.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O meu primeiro poema pornográfico


A visão dos teus lábios vaginais
Envolvendo o meu duro falo
Outrora foram virginais
Agora estão a masturbá-lo

A tua vulva tem um doce aroma
De esperma embebida
Com um ligeiro hematoma
Nunca assim havias sido possuida.

Os teus perfeitos seios
Dançando perante mim
Com mil e um beijos
Nesta copula sem fim

O teu ánus ardente
Possuido com violência
Como se eu fosse um demente
E tu pedindo clemência

Na tua boca desapareço
Em espasmos brutais
Orgasmos sem preço
Com urros bestiais

Jazes a meu lado
Eu observo o poder
Do meu sexo irado
De novo pronto a verter

São poderosas ejaculações
Por todo o teu cabelo
Imerso em emoções
Ao ver quadro tão belo.

Coisas engraçadas que eu disse quando estava bebedo que nem um carro.

-Eu sou uma reincarnação de Jesus Cristo. Só que eu não transformo água em vinho, eu transformo vinho em vómito.

-O próximo filho da puta que me tirar um cigarro sem pedir vai ser empalado com um poste de electricidade.

-Voçes são todos uma merda. Não percebem que quando o Hitler pos os gays e os negros nos campos de concentração era porque queria ser enrabado por eles todos.- ok este não tem muita piada.

-Filha tu és tão linda e tens uns oculos e uns olhos lindos. Escrevia um poema sobre eles. Só que seria um poema pornográfico em que envolveria ejaculações nas lentes.- Não sei como não levei uma malha depois de ter dito isto

-"Então Nuno vais virar o barco?"- Não, vou só bater uma e já volto. De repente apercebi-me que a mulher da minha vida é a minha mão direita.

-Quem foi o filho da puta que me vomitou nas botas??? Ah ya fui eu...

-Aquela cadeira está a excitar-me brutalmente. Estou com uma vontade gigantesca de a sodomizar.

-Uma rapariga linda a querer levar-me para casa. "Anda para minha casa, lá temos mais privacidade" - Prefiro vomitar ao ar livre. Gosto de partilhar tudo com os meus amigos.- Bati tão mal quando acordei no dia a seguir e me lembrei desta.

-Um dj a passar uma remix da seven nation army de White Stripes num bar. Dirijo-me para ele e digo: Tu és a maior merda que existe à face da terra. Só estás aqui porque não cabes na sanita.

-Eu para um barman- Se não me ofereceres uma cerveja vou... e adormeço ao balcão.

Acredito no destino, acredito no poder do dinheiro, acredito em tudo, acredito em todos, acredito em ninguém, acredito em nada, acredito em milagres, acredito em Deus, acredito no Diabo, acredito em tiranias, acredito em liberdade, acredito em democracias, acredito em escravidão, acredito no Benfica, acredito no país, acredito nos políticos, acredito na moralidade, acredito na censura, acredito nos bons costumes, acredito em estátuas, acredito nas pedras da calçada, acredito nos raios de sol, acredito nos pingos de chuva, acredito no arco-iris, acredito na lua, acredito no poder das palavras, acredito no poder das armas, acredito que a caneta é mais forte que a espada, acredito no amor, acredito no ódio, acredito no teu sorriso, acredito nas minhas lágrimas, acredito no sangue dos outros, acredito na vida, acredito na morte, acredito no eterno, acredito no efémero,

mas todas as crenças se desvanecem com o teu beijo. Apenas acredito no teu beijo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009


Lentamente começam a despertar da hibernação os monstros que habitam em mim que julgava exilados algures bem longe de mim.

Já reconheci mais um.



Embriagados com a mais dura solidão

Caminhavam o meu corpo e almas errantes

Deambulavam pelas ruas da desolação

Emitindo gritos mudos sibilantes


No cruzamento da rua da lúxuria

Com a avenida infinita do desejo

Encontro a melancolia em penúria

Perdida como eu do seu beijo


Ah doce melancolia!

Com o teu corpo perfeito

Ressuscitas algo que jazia

Nas tuas curvas isentas de defeito


Percorro a tua silhueta

Com meus dedos dormentes

Retiro a ampulheta

Das emoções deprimentes


Com volúpia enfeitiçados

E espiritos libertinos

Nossos corpos malfadados

Escritos estavam os nossos destinos


Agora tocam-se sem receios

Absorto da realidade

Adormeço nos teus seios

Renascida está a virilidade.










Há aqueles dias e noites em que simplesmente não consigo parar de beber. Mas também tem que haver um limite. Ontem, após muitas horas de consumo exagerado de alcool, terminei a minha noite em casa de um grande amigo meu. Era só para beber mais um copo e depois ir dormir. Apresentou-me uma garrafa de água de 1,5 litros com o que supostamente deveria ser vinho tinto. Bebemos 3/4 da garrafa e fomos dormir. Qual não é a nossa surpresa quando, ao acordarmos, chegamos à conclusão de que o que realmente estivemos a beber era nada mais nada menos que vinagre... Foda-se só a mim...

domingo, 2 de agosto de 2009

O abutre

Sou o abutre que voa em teu redor
Um brilho nos olhos sanguinários
Aguardo a putrefação sem pudor
Dos teus tormentos imaginários.

Voo por todo o lado
Espicaçando a dor
Sofrimento amado
Ausência de amor.

Sou a ave outrora necrófaga
Alimento-me de pensamentos
As caricias que a dor afaga
São minhas em todos os momentos.

Aguardo o falecimento de falsas morais
Aproximo-me de ti isento de receio
Dilacero falsos ideiais
E alimento-me no teu seio

sábado, 1 de agosto de 2009

O que existe para além do oceano das ressacas e dos pensamentos escorregadios em que se perde e se acha a cor dos ódios e amores tumultuosos que lutam entre si pela posse do mais pequeno e ao mesmo tempo maior piscar de olho da sanidade?

3 datas já marcadas no meu calendário a não faltar.


2 de Agosto- Cinfães do Douro


7 de Agosto - Santo Tirso


29 de Agosto- Noites Ritual Rock


Porque quando eu gosto de uma banda nunca me canso de rever...
Pelo menos a musica não me decepciona ao contrário das pessoas