Sinto os olhos da humanidade envoltos em inveja contemplando a minha silhueta quando desce a avenida da resistência à existência.
Eu motivo de inveja? Só se for devido à minha paz conquistada após muitas e sangrentas batalhas internas...
Onde antes se escondia um olhar cabisbaixo e pouco afoito que buscava apenas a indiferença, encontra-se agora um brilho intenso mas mero reflexo do teu rosto que ilumina muitos céus. Mas porque não iluminas só o meu??????????
segunda-feira, 5 de março de 2012
O Vaticano não esconde a sua preocupação pela súbita perda de fé que metade dos portugueses deixaram de ter em Jesus...
O nazi- perdão- papa Ratzinger mostra-se chocado com este estranho fenómeno no grande aliado histórico nas cruzadas que surge no seguimento da abolição de dois feriados religiosos. Estarão os portugueses a ficar ateus? Será que seremos o berço para o nascimento do anticristo?
Tendo em conta o recente aumento exponencial da criminalidade principalmente ao nível de furtos porque os portugueses estão a ficar sem dinheiro para comer, mais a sua fé em deserção, Herr Ratzinger teme que a crucificação de Cristo e sua posterior ressurreição na Páscoa tenha que ser adiada por tempo indeterminado pois o país está a saque e provavelmente a cruz seria roubada...
O nazi- perdão- papa Ratzinger mostra-se chocado com este estranho fenómeno no grande aliado histórico nas cruzadas que surge no seguimento da abolição de dois feriados religiosos. Estarão os portugueses a ficar ateus? Será que seremos o berço para o nascimento do anticristo?
Tendo em conta o recente aumento exponencial da criminalidade principalmente ao nível de furtos porque os portugueses estão a ficar sem dinheiro para comer, mais a sua fé em deserção, Herr Ratzinger teme que a crucificação de Cristo e sua posterior ressurreição na Páscoa tenha que ser adiada por tempo indeterminado pois o país está a saque e provavelmente a cruz seria roubada...
domingo, 4 de março de 2012
O Amor Nunca Salva, mas alguém Tem uma Ideia Melhor?
Descobri, um pouco tarde, que afinal todos os meus livros são histórias de amor. Só que as daninhas estavam tão bem disfarçadas que eu próprio não tinha reparado. Às vezes, amo entre duas pessoas, outras de amor entre uma pessoa e uma ideia. Idalina enamora-se por «uma dança sem música». Sam Espinosa apaixona-se por uma mulher uns anitos mais velha (duzentos, coisa pouca), Greg quase é salvo da perdição por uma sósia de Angelina Jolie. O amor está no ar e também, como diria um poeta, o amor está no mar. O amor não salva, nunca salva, mas alguém tem uma ideia melhor?
Tão sensacional descoberta levou-me a cogitar no seguinte: e qual será a melhor forma de amar? Carente de modelos reais na vida humana, decidi procurá-los na natureza. Com a ajuda da televisão, claro, Canal Odisseia, National Geographic, Canal Panda, essas coisas. Pode-se lá chegar à natureza, nos dias que correm, senão pela televisão! Três rolos modelos logo me saltaram à vista: o Amor do Louva-a-deus; o Amor do Cisne; o Amor do Urso Polar.
Após alguma esmiuçação, concluí que qualquer um me parece bem, e tem as suas vantagens e desvantagens.
No romance do louva-a-deus, a fêmea devora o macho depois da cópula. É natural, toda a gente sabe que a gravidez estimula o apetite. E seria bem pior se ela o devorasse antes da consumação.
O cisne acasala para a vida. É bonito. Lembra certos parzinhos que encontramos sobretudo na noite boémia, muito perfeitos, muito encapsulados, o mundo é deles, o mundo são eles. Gosto, mas como nunca experimentei sinto-me sempre um bocadinho do outro lado da vitrina, a definhar de inveja.
Pronto, confesso. O que, esse sim, me toca profundamente é o amor do urso polar. É esquivo, dura pouco – pelo menos a parte do encontro. Urso polar e ursa polar namoram e acasalam brevemente, e logo se apartam, cada um para seu lado, para todo o sempre, a fêmea talvez com uma cria, o macho continuando a sua caminhada, glaciares fora, de nenhures em direcção a nenhures.
Vai solitário e triste, o nosso urso? Talvez. Eu gosto de pensar que vai de coração cheio, e que a brevidade do encontro é compensada pela intensidade da memória. Tanto quanto sei, não há ursos com Alzheimer.
Rui Zink
Tão sensacional descoberta levou-me a cogitar no seguinte: e qual será a melhor forma de amar? Carente de modelos reais na vida humana, decidi procurá-los na natureza. Com a ajuda da televisão, claro, Canal Odisseia, National Geographic, Canal Panda, essas coisas. Pode-se lá chegar à natureza, nos dias que correm, senão pela televisão! Três rolos modelos logo me saltaram à vista: o Amor do Louva-a-deus; o Amor do Cisne; o Amor do Urso Polar.
Após alguma esmiuçação, concluí que qualquer um me parece bem, e tem as suas vantagens e desvantagens.
No romance do louva-a-deus, a fêmea devora o macho depois da cópula. É natural, toda a gente sabe que a gravidez estimula o apetite. E seria bem pior se ela o devorasse antes da consumação.
O cisne acasala para a vida. É bonito. Lembra certos parzinhos que encontramos sobretudo na noite boémia, muito perfeitos, muito encapsulados, o mundo é deles, o mundo são eles. Gosto, mas como nunca experimentei sinto-me sempre um bocadinho do outro lado da vitrina, a definhar de inveja.
Pronto, confesso. O que, esse sim, me toca profundamente é o amor do urso polar. É esquivo, dura pouco – pelo menos a parte do encontro. Urso polar e ursa polar namoram e acasalam brevemente, e logo se apartam, cada um para seu lado, para todo o sempre, a fêmea talvez com uma cria, o macho continuando a sua caminhada, glaciares fora, de nenhures em direcção a nenhures.
Vai solitário e triste, o nosso urso? Talvez. Eu gosto de pensar que vai de coração cheio, e que a brevidade do encontro é compensada pela intensidade da memória. Tanto quanto sei, não há ursos com Alzheimer.
Rui Zink
Gostava de ser os teus olhos, esse oceano pacífico onde se abatem vagas de brilho lunar.
Quero ver o que tu vês quando olhas para o horizonte que se eclipsa lentamente com os meus dedos...
Quero ser a tua boca que me corta suavemente, que faz o meu sangue jorrar em espirais imperfeitas. Esses lábios que me dilaceram e me fazem sentir uma vida pulsante em pleno centro de tempestades de dor...
Quero o teu cheiro no meu corpo todo para o inspirar quando as flagelações da tua ausência chegarem até aos ossos e os corroerem. Dá-me essa lúbrica anestesia que me intoxica até secar as lágrimas e com os teus dedos suaves move os meus lábios argilosos e tenta criar neles um sorriso...
Gostava de ter tudo o que é teu. Sublime inveja inflamada pela vontade de te cobrir de pétalas de sonhos arrancados pela raiz...
Gostava de ter tudo o que é teu porque tudo o que é teu faz-me contorcer em aprazível agonia quando te vejo....
Gostava de ter tudo o que é teu para eu voltar a ser meu...
Quero ver o que tu vês quando olhas para o horizonte que se eclipsa lentamente com os meus dedos...
Quero ser a tua boca que me corta suavemente, que faz o meu sangue jorrar em espirais imperfeitas. Esses lábios que me dilaceram e me fazem sentir uma vida pulsante em pleno centro de tempestades de dor...
Quero o teu cheiro no meu corpo todo para o inspirar quando as flagelações da tua ausência chegarem até aos ossos e os corroerem. Dá-me essa lúbrica anestesia que me intoxica até secar as lágrimas e com os teus dedos suaves move os meus lábios argilosos e tenta criar neles um sorriso...
Gostava de ter tudo o que é teu. Sublime inveja inflamada pela vontade de te cobrir de pétalas de sonhos arrancados pela raiz...
Gostava de ter tudo o que é teu porque tudo o que é teu faz-me contorcer em aprazível agonia quando te vejo....
Gostava de ter tudo o que é teu para eu voltar a ser meu...
sábado, 3 de março de 2012
Ontem, em conversa com um amigo meu, sou surpreendido quando me diz que quando se zanga com alguém a primeira coisa que faz é eliminar essa pessoa do facebook. Achei curioso, porque tive em tempos uma namorada que fez exactamente a mesma coisa quando a relação terminou.
Será a eliminação do facebook o equivalente à excomunhão cristã? Será a pena capital a que alguém está sujeito quando as relações correm mal?
Imagino o ar superior de alguém a eliminar outro dos seus contactos:" Cabrão, agora vou-te eliminar...."
Meus caros: lá porque eliminam a pessoa dos contactos, não faz com que deixe pura e simplesmente de existir... Já agora, porque não eliminam também o numero de telemóvel e o email? Se é para "apagar" alguém, pelo menos "apaga-se" tudo...
Será a eliminação do facebook o equivalente à excomunhão cristã? Será a pena capital a que alguém está sujeito quando as relações correm mal?
Imagino o ar superior de alguém a eliminar outro dos seus contactos:" Cabrão, agora vou-te eliminar...."
Meus caros: lá porque eliminam a pessoa dos contactos, não faz com que deixe pura e simplesmente de existir... Já agora, porque não eliminam também o numero de telemóvel e o email? Se é para "apagar" alguém, pelo menos "apaga-se" tudo...
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