segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
O governo aumentou o IVA em muitos bens essenciais mas deixou a taxa de imposto no vinho nos 13%.
Bem pensado, os portugueses precisam realmente de se embebedarem brutalmente para não sentirem a barbárica sodomia que está a caminho. Portanto é deixarem o vinho no preço que está para já estarmos um bocadinho quentes aquando do coito nos nossos bolsos.
Bem, já que me querem foder podiam ser mais cavalheiros e oferecerem também o jantar.
Chegará a um ponto em que as escolas terão que distribuir vinho pelos seus alunos por não terem fundos suficientes para o leite escolar e já imagino o meu pequeno almoço onde o leite será substituído pelas míticas sopas de vinho, ou sopas de cavalo cansado, como quiserem.
É uma boa medida do governo porque assim o povo, das criancinhas na escola, aos adultos andarão sempre alegres. Chegará ao fim a crónica má-disposição matinal da maior parte das pessoas e seremos invejados pelos estrangeiros que não compreenderão a razão dos nossos sorrisos enormes quando o país está enfiado num "buraco colossal".
Muito bem pensado senhores governantes! A melhor medida de sempre para o nosso bem-estar tendo em conta a conjuntura económica que nos atinge...
Bem pensado, os portugueses precisam realmente de se embebedarem brutalmente para não sentirem a barbárica sodomia que está a caminho. Portanto é deixarem o vinho no preço que está para já estarmos um bocadinho quentes aquando do coito nos nossos bolsos.
Bem, já que me querem foder podiam ser mais cavalheiros e oferecerem também o jantar.
Chegará a um ponto em que as escolas terão que distribuir vinho pelos seus alunos por não terem fundos suficientes para o leite escolar e já imagino o meu pequeno almoço onde o leite será substituído pelas míticas sopas de vinho, ou sopas de cavalo cansado, como quiserem.
É uma boa medida do governo porque assim o povo, das criancinhas na escola, aos adultos andarão sempre alegres. Chegará ao fim a crónica má-disposição matinal da maior parte das pessoas e seremos invejados pelos estrangeiros que não compreenderão a razão dos nossos sorrisos enormes quando o país está enfiado num "buraco colossal".
Muito bem pensado senhores governantes! A melhor medida de sempre para o nosso bem-estar tendo em conta a conjuntura económica que nos atinge...
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