segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Sou viciado em paixões platónicas.
Apenas desejo o que jamais poderá ser meu.
Amar é a maior forma de egoísmo,
Uma vontade tiránica de posse,
Qual fogo que tudo consome a partir de dentro,
De onde a razão deserta e posteriormente ataca-nos sem dó nem piedade das trincheiras inimigas.

Posso amar um livro, uma ideia, um pensamento, uma simples palavra, ou será que não posso só porque jamais serão meus e reconhecidos como tal?
Não será esse desejo liberto de interesses a mais pura forma de amor?
Porque não amar alguém, a ideia de alguém, o que esse alguém nos faz sentir, só porque não lhe podemos tocar?
Talvez seja esse o único amor que resista à queda do tempo.
Que está lá sempre e que é tão nómada como o vento.