Certas vezes pergunto-me se a essência humana urge em entrar constantemente em conflito com os seus semelhantes...
Talvez seja apenas a necessidade de supremacia...
Mostrar o quão forte se é apenas para os outros verem, enquanto que no interior a mediocridade e a insegurança florescem...
Certas alturas senti-me inferior, certas, muito mais reduzidas, superior...
A maior parte das vezes apenas cansado... Cansado de pessoas...
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
"Os homens convenceram-se de que, por natureza, são infiéis. Porque foram concebidos para cobrir todas as fêmeas do planeta. Vontade não lhes falta; o problema é não contarem com a colaboração das ditas, para além da falta de tempo e de paciência para seduzir as que, de certezinha, se deixariam levar."
Miguel Esteves Cardozo
Miguel Esteves Cardozo
Tu não podes pedir emprestado o amanhã.
Não com uma qualquer taxa de juros metafórica sobre o que serás.
Não tens direito a uma pré visualização do teu rosto em frente de paisagens que ainda não conheces.
Podes implorar uma breve silhueta do teu corpo sob a sua forma futura, podes implorar por uma viagem aos confins dos teus pensamentos ainda não concebidos, mas a resposta dura de um não soará abrupta e imponentemente.
És um mero momento anónimo no tempo. Perpétuas-te numa eternidade ficcionada.
Cada piscar de olho, cada inspiração, cada insignificância mundana e humana, lançam alicerces para a construção do amanhã que tanto insistes em ver antes do tempo.
Ainda não é tarde para mudar o projecto!
O arquitecto é fléxivel e com imaginação infinita.
É parecido contigo. Tem uns gritos de dor que soam como os teus.
O papel onde ele desenha os contornos do teu rosto não corresponderá à obra final.
É sempre de uma dimensão demasiado reduzida esta tela e a escala varia de cada vez que a olhas.
Mãos à obra! A construção do teu amanhã espera-te!
Quando terminares o assentamento de cada uma das pedras filosofais, chegarás ao amanhã. e aí poderás vê-lo finalmente. Depois de construído na totalidade, a demolição é algo a que não podes ambicionar.
Não com uma qualquer taxa de juros metafórica sobre o que serás.
Não tens direito a uma pré visualização do teu rosto em frente de paisagens que ainda não conheces.
Podes implorar uma breve silhueta do teu corpo sob a sua forma futura, podes implorar por uma viagem aos confins dos teus pensamentos ainda não concebidos, mas a resposta dura de um não soará abrupta e imponentemente.
És um mero momento anónimo no tempo. Perpétuas-te numa eternidade ficcionada.
Cada piscar de olho, cada inspiração, cada insignificância mundana e humana, lançam alicerces para a construção do amanhã que tanto insistes em ver antes do tempo.
Ainda não é tarde para mudar o projecto!
O arquitecto é fléxivel e com imaginação infinita.
É parecido contigo. Tem uns gritos de dor que soam como os teus.
O papel onde ele desenha os contornos do teu rosto não corresponderá à obra final.
É sempre de uma dimensão demasiado reduzida esta tela e a escala varia de cada vez que a olhas.
Mãos à obra! A construção do teu amanhã espera-te!
Quando terminares o assentamento de cada uma das pedras filosofais, chegarás ao amanhã. e aí poderás vê-lo finalmente. Depois de construído na totalidade, a demolição é algo a que não podes ambicionar.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
No raiar do crepúsculo, oiço hinos que parecem apelar a revoluções bélicas.
O seu som é hipnótico, a roçar o catastrófico.
Soam a mil clarinetes em notas sustenidas e são escutados atentamente em terras nunca antes benzidas.
O desejo de empunhar armas é avassalador.
Consome como um fogo que não arde mas queima tudo à sua passagem.
Eu pego na minha arma que nada destrói a não ser as ansiedades com bombardeamentos massivos de verdades.
Pego na minha caneta e escrevo muito para além do momento em que a minha mão já me doa...
O seu som é hipnótico, a roçar o catastrófico.
Soam a mil clarinetes em notas sustenidas e são escutados atentamente em terras nunca antes benzidas.
O desejo de empunhar armas é avassalador.
Consome como um fogo que não arde mas queima tudo à sua passagem.
Eu pego na minha arma que nada destrói a não ser as ansiedades com bombardeamentos massivos de verdades.
Pego na minha caneta e escrevo muito para além do momento em que a minha mão já me doa...
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Os meus lábios movem-se mas não produzem som.
Escavam uma sepultura para nela depositarem as palavras que não direi.
São tenebrosas e contêm em si uma apocalíptica força.
Não será força destruidora certamente.
Tamanha contradição...
São palavras curtas cujo som ao formar-se na minha mente, eclode com um brutal receio.
São palavras simples e mortíferas, como se essas mesmas palavras brandissem armas contundentes...
Assim permaneço mudo por opção e por inibição.
Povoam os meus sonhos esses sons.
Não as posso escrever com o receio dantesco de elas ganharem vida e esbofetearem-me com os seus dedos de veludo.
Mas gostava de as libertar... De as entregar... Mas acostumei-me a elas. Não gosto de as ter em mim, mas ao mesmo tempo gosto. Vá-se lá perceber!!!!
Se ao menos soubesse que uma vez soltas não voltariam para se rirem vestidas de escárnio perante o meu rosto petrificado.
Nunca saberei...
Ou saberei e apenas tenho medo de o saber...
Escavam uma sepultura para nela depositarem as palavras que não direi.
São tenebrosas e contêm em si uma apocalíptica força.
Não será força destruidora certamente.
Tamanha contradição...
São palavras curtas cujo som ao formar-se na minha mente, eclode com um brutal receio.
São palavras simples e mortíferas, como se essas mesmas palavras brandissem armas contundentes...
Assim permaneço mudo por opção e por inibição.
Povoam os meus sonhos esses sons.
Não as posso escrever com o receio dantesco de elas ganharem vida e esbofetearem-me com os seus dedos de veludo.
Mas gostava de as libertar... De as entregar... Mas acostumei-me a elas. Não gosto de as ter em mim, mas ao mesmo tempo gosto. Vá-se lá perceber!!!!
Se ao menos soubesse que uma vez soltas não voltariam para se rirem vestidas de escárnio perante o meu rosto petrificado.
Nunca saberei...
Ou saberei e apenas tenho medo de o saber...
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Tem calma é apenas um rosto com cicatrizes que nos observa na bruma gelada.
Marcas de guerras passadas e armísticiadas que deixaram essas ténues marcas que o tempo insiste em não apagar.
Marcas que são exibidas sob a forma de troféus sanguinários não recebidos perante ovações e com o olhar fixo no mínusculo ponto do horizonte. Como se para lá dele existisse uma linha imaginária, uma espécie de fronteira, para além dela, a mortalidade ficasse para trás e a queda ascendente da iconoclastia estivesse à espera.
São cicatrizes... restos de feridas auto-infligidas com o leve intuito de sentir a humanidade a jorrar.
Há os assim... aqueles que insistem em sentir dor para conseguirem provar a si mesmos que são da mesma matéria que os demais.
Breve masoquismo ausente de dor. Apenas uma prova irrefutável mas que não convence...
Mas, perante olhares mais distraídos ou mais penetrantes, o fumo dos sonhos em ebulição é visível sob uma forma lacrimante...
Será o sonho a derradeira prova de humanidade quando não se sente o sangue a derramar sobre as páginas de incertezas escritas num qualquer põr do sol ?
Marcas de guerras passadas e armísticiadas que deixaram essas ténues marcas que o tempo insiste em não apagar.
Marcas que são exibidas sob a forma de troféus sanguinários não recebidos perante ovações e com o olhar fixo no mínusculo ponto do horizonte. Como se para lá dele existisse uma linha imaginária, uma espécie de fronteira, para além dela, a mortalidade ficasse para trás e a queda ascendente da iconoclastia estivesse à espera.
São cicatrizes... restos de feridas auto-infligidas com o leve intuito de sentir a humanidade a jorrar.
Há os assim... aqueles que insistem em sentir dor para conseguirem provar a si mesmos que são da mesma matéria que os demais.
Breve masoquismo ausente de dor. Apenas uma prova irrefutável mas que não convence...
Mas, perante olhares mais distraídos ou mais penetrantes, o fumo dos sonhos em ebulição é visível sob uma forma lacrimante...
Será o sonho a derradeira prova de humanidade quando não se sente o sangue a derramar sobre as páginas de incertezas escritas num qualquer põr do sol ?
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