segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Caminho: faixa de terra sobre a qual se anda a pé. A estrada distingue-se do caminho não só por ser percorrida de automóvel, mas também por ser uma simples linha ligando um ponto a outro. A estrada não tem em si própria qualquer sentido; só têm sentido os dois pontos que ela liga. O caminho é uma homenagem ao espaço. Cada trecho do caminho é em si próprio dotado de um sentido e convida-nos a uma pausa. A estrada é uma desvalorização triunfal do espaço, que hoje não passa de um entrave aos movimentos do homem, de uma perda de tempo.
Antes ainda de desaparecerem da paisagem, os caminhos desapareceram da alma humana: o homem já não sente o desejo de caminhar e de extrair disso um prazer. E também a sua vida ele já não vê como um caminho, mas como uma estrada: como uma linha conduzindo de uma etapa à seguinte, do posto de capitão ao posto de general, do estatuto de esposa ao estatuto de viúva. O tempo de viver reduziu-se a um simples obstáculo que é preciso ultrapassar a uma velocidade sempre crescente.
Milan Kundera, in "A Imortalidade"
Antes ainda de desaparecerem da paisagem, os caminhos desapareceram da alma humana: o homem já não sente o desejo de caminhar e de extrair disso um prazer. E também a sua vida ele já não vê como um caminho, mas como uma estrada: como uma linha conduzindo de uma etapa à seguinte, do posto de capitão ao posto de general, do estatuto de esposa ao estatuto de viúva. O tempo de viver reduziu-se a um simples obstáculo que é preciso ultrapassar a uma velocidade sempre crescente.
Milan Kundera, in "A Imortalidade"
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Os teus olhos reflectem o anoitecer
São espelhos de dores foragidas
São silhuetas de um profundo crer
E de um querer mais forte do que tempestades desavindas
Os teus olhos são cristalinos
Ofuscam os brilhos demais
Inspiram gloriosos hinos
Empalidecem os corpos celestiais.
Quando se cruzam com o meu olhar soturno, floresce um desejo sobrehumano de lhes tocar.
São espelhos de dores foragidas
São silhuetas de um profundo crer
E de um querer mais forte do que tempestades desavindas
Os teus olhos são cristalinos
Ofuscam os brilhos demais
Inspiram gloriosos hinos
Empalidecem os corpos celestiais.
Quando se cruzam com o meu olhar soturno, floresce um desejo sobrehumano de lhes tocar.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Sinto que sonho os sonhos de outros Homens.
Sinto que escrevo os poemas de outros poetas.
Sinto que trilho caminhos esculpidos pela Lua para outros percorrerem.
Em tempos e espaços distantes estou eu.
Talvez seja a nuvem negra que me fustiga com chuva pesada,
Talvez seja o cruzamento onde viro para onde não era suposto.
Acredito em atalhos...
Em meios que justificam os fins.
Em sonhar o que apenas o que estava vedado, apesar de na democracia dos sonhos as fronteiras teoricamente estarem abertas, são sempre patrulhadas pelas milícias do pensamento.
Mas eu continuo a sentir.
Continuo a sonhar... a pensar...
Continuo a escrever palavras que se articulam entre si e formam desenhos abstractos de liberdades inatingíveis para os olhos nús.
Quem és tu?
Quem sou eu?
Somos ambos um emaranhado de dúvidas e de uma certeza inabalável: Eu sou tu e etu és eu...
Sinto que escrevo os poemas de outros poetas.
Sinto que trilho caminhos esculpidos pela Lua para outros percorrerem.
Em tempos e espaços distantes estou eu.
Talvez seja a nuvem negra que me fustiga com chuva pesada,
Talvez seja o cruzamento onde viro para onde não era suposto.
Acredito em atalhos...
Em meios que justificam os fins.
Em sonhar o que apenas o que estava vedado, apesar de na democracia dos sonhos as fronteiras teoricamente estarem abertas, são sempre patrulhadas pelas milícias do pensamento.
Mas eu continuo a sentir.
Continuo a sonhar... a pensar...
Continuo a escrever palavras que se articulam entre si e formam desenhos abstractos de liberdades inatingíveis para os olhos nús.
Quem és tu?
Quem sou eu?
Somos ambos um emaranhado de dúvidas e de uma certeza inabalável: Eu sou tu e etu és eu...
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Hoje tenho para te oferecer miragens do que posso ser.
Alucinações insanas de uma aparente normalidade.
Sonetos sem rimas mas que guardam em si toda a melodia.
Ofereço-te uma vida trajada de melancolia, mas que no seu intimo irradia um brilho ofuscante no olhar.
Perguntar-me-ás se as miragens são verdadeiras.
Mas apenas tu podes dizer o que é a verdade.
Alucinações insanas de uma aparente normalidade.
Sonetos sem rimas mas que guardam em si toda a melodia.
Ofereço-te uma vida trajada de melancolia, mas que no seu intimo irradia um brilho ofuscante no olhar.
Perguntar-me-ás se as miragens são verdadeiras.
Mas apenas tu podes dizer o que é a verdade.
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