domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sinto que sonho os sonhos de outros Homens.
Sinto que escrevo os poemas de outros poetas.
Sinto que trilho caminhos esculpidos pela Lua para outros percorrerem.

Em tempos e espaços distantes estou eu.
Talvez seja a nuvem negra que me fustiga com chuva pesada,
Talvez seja o cruzamento onde viro para onde não era suposto.

Acredito em atalhos...
Em meios que justificam os fins.
Em sonhar o que apenas o que estava vedado, apesar de na democracia dos sonhos as fronteiras teoricamente estarem abertas, são sempre patrulhadas pelas milícias do pensamento.

Mas eu continuo a sentir.
Continuo a sonhar... a pensar...
Continuo a escrever palavras que se articulam entre si e formam desenhos abstractos de liberdades inatingíveis para os olhos nús.

Quem és tu?
Quem sou eu?
Somos ambos um emaranhado de dúvidas e de uma certeza inabalável: Eu sou tu e etu és eu...

Sem comentários: