Sinto que sonho os sonhos de outros Homens.
Sinto que escrevo os poemas de outros poetas.
Sinto que trilho caminhos esculpidos pela Lua para outros percorrerem.
Em tempos e espaços distantes estou eu.
Talvez seja a nuvem negra que me fustiga com chuva pesada,
Talvez seja o cruzamento onde viro para onde não era suposto.
Acredito em atalhos...
Em meios que justificam os fins.
Em sonhar o que apenas o que estava vedado, apesar de na democracia dos sonhos as fronteiras teoricamente estarem abertas, são sempre patrulhadas pelas milícias do pensamento.
Mas eu continuo a sentir.
Continuo a sonhar... a pensar...
Continuo a escrever palavras que se articulam entre si e formam desenhos abstractos de liberdades inatingíveis para os olhos nús.
Quem és tu?
Quem sou eu?
Somos ambos um emaranhado de dúvidas e de uma certeza inabalável: Eu sou tu e etu és eu...
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