O sangue jorra e aquece-me
escapa-se por entre os dedos que o não tentam reter.
Por quem sangro?
Sangro por mim ou pelo eu que voltarei a ser.
Sangro abundantemente...
Albufeiras podem ser inundadas por mim.
Sangro mas não fico exangue.
Porque o que me corre nas veias não é sangue...
São versos escarlates como o sangue que de mim jorra mas não reonheço como sendo meu.
O meu sangue não é o meu sangue.
O seu sabor é acre.
Sabe a humanidade. Não o meu sabor.
Esse perdeu-se nos inúmeros lábios que beijei.
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