quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O sangue jorra e aquece-me
escapa-se por entre os dedos que o não tentam reter.

Por quem sangro?
Sangro por mim ou pelo eu que voltarei a ser.

Sangro abundantemente...
Albufeiras podem ser inundadas por mim.

Sangro mas não fico exangue.
Porque o que me corre nas veias não é sangue...

São versos escarlates como o sangue que de mim jorra mas não reonheço como sendo meu.

O meu sangue não é o meu sangue.
O seu sabor é acre.
Sabe a humanidade. Não o meu sabor.
Esse perdeu-se nos inúmeros lábios que beijei.

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