"Uma das coisas que aprendi apôs estes quase 20 anos de estrada com os Garbage???
Hum... Algo que é do desconhecimento total do mainstream. Quanto mais pesado e extremo é o som, mais as pessoas são pacíficas e simpáticas...
Lembro-me perfeitamente da primeira vez que vi Slayer num festival em que tocámos também. Achei o som e a maneira do pessoal "curtir" duma violência que não imaginava possível.
Estivemos várias vezes nos mesmos cartazes que Slayer e não perdi um único concerto deles. Realmente parece violento o "moshpit", mas essa é a forma do pessoal extravasar...
Depois podes andar no meio deles de uma maneira super descontraída-impossível numa discoteca porque tens 500 gajos a apalparem-te e a meterem conversa nojenta contigo-, aliás, fui reconhecida várias vezes andando pelo meio dos "mauzões" e todos foram o mais simpáticos comigo. Diziam que o nosso som não era a cena deles mas que eu era "uma gaja com tomates". Para uma mulher dentro do rock n roll, ter este reconhecimento dentro da cena da música extrema é fantástico. Nunca tive nenhum gajo a "querer saltar-me para as cuecas" no meio dos metaleiros. Aliás, nunca me senti tão sossegada...
Era beber a minha cervejinha tranquila e sentir o ambiente do festival. Com bandas "mainstream" nunca consegui ter este à vontade. Aliás, nem me atrevo a misturar-me com o público, o que é triste, porque, antes de alguém ser músico, é sempre adepto de música e não poder respirar o ambiente dos fans é terrível..."
Shirley Manson, vocalista dos Garbage em entrevista a uma tv Australiana...
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