segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Old Masters...




To The Black Goddess...

I whisper to the wind that throws my words against my face.
I speak words of eternal worship and dark passion.
As the moon glances at the lost words that flow cahotic
I only wish for thy darknened lips to call my name...
Bleeding... I stand alone against what i´ve conquered and lost.
Thou art the blackness and the silence embracing me.
Thou art my life and my death...

Thou art my love and my hate.
For the coldness to leave this corpse
Only your venomous kiss, for one last time, set me free.

sábado, 7 de fevereiro de 2009


voz numa pedra

Não adoro o passado
não sou três vezes mestre
não combinei nada com as furnas
não é para isso que eu cá ando
decerto vi Osíris porém chamava-se ele nessa altura Luiz
decerto fui com Isis mas disse-lhe eu que me chamava João
nenhuma nenhuma palavra está completa
nem mesmo em alemão que as tem tão grandes
assim também eu nunca te direi o que sei
a não ser pelo arco em flecha negro e azul do vento

Não digo como o outro: sei que não sei nada
sei muito bem que soube sempre umas coisas
que isso pesa
que lanço os turbilhões e vejo o arco íris
acreditando ser ele o agente supremo
do coração do mundo
vaso de liberdade expurgada do menstruo
rosa viva diante dos nossos olhos
Ainda longe longe essa cidade futura
onde «a poesia não mais ritmará a acção
porque caminhará adiante dela»
Os pregadores de morte vão acabar?
Os segadores do amor vão acabar?
A tortura dos olhos vai acabar?
Passa-me então aquele canivete
porque há imenso que começar a podar
passa não me olhas como se olha um bruxo
detentor do milagre da verdade
a machadada e o propósito de não sacrificar-se não construirão ao sol coisa nenhuma
nada está escrito afinal

Mário Cesariny

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Agora...


O caos instala-se na minha mente. As palavras saem assim; desconexas... Num momento sinto-me como se estivesse em pleno controlo do mundo e a harmonia estende-se a meus pés como se de um tapete de flores se tratasse.
Momentos... Se os pudesse recortar um a um e de alguma forma os conseguisse colar. Poderia escolher os momentos e agrupá-los de forma a enganar-me. Tive muitos momentos bons. Admito saudosamente que sim. Se me fosse permitido sentir-me como me senti neles neste preciso momento.
Agora... Vivo em viagens pela minha mente entre o que antes foi belo e que, quase por magia, perdeu todo o seu esplendor. É uma viagem alucinante e vertiginosa entre o ceu e o inferno. Nunca sei a hora da partida nem da chegada. Estou sempre alerta.
Quando embarco pergunto-me pelo bilhete e respondo-me que não preciso de bilhete. Tenho um vitalício.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Palavras perdidas

Quando se toma anti-depressivos um dos efeitos mais frequentes é a capacidade de alheamento da nossa realidade e a focalização em algo que antes nos parecia fútil. Como tenho ouvido muito rádio no trabalho, acabo por me concentrar nas letras das músicas que oiço. Algumas bandas que sempre me passaram completamente ao lado acabam por conseguir enfiar certas partes de músicas na minha mente precisamente pela minha capacidade de devaneio. Aqui estão alguns exemplos e respectivos pensamentos:

"Se eu pudesse pagar de outra forma"- Ornatos Violeta- Sinto que o que estou a passar é algum castigo pelos males que poderei ter feito. Estranho pensar assim quem é completamente contra todo o tipo de crenças...

"Dormia tão sossegada..."- Jorge Palma- O que ainda visualizo muitas vezes nos meus sonhos.

"It´s times like this you learn to live again..."- Foo Fighters- I´m trying Dave... I swear I´m trying.

"Oh where, Oh where can my baby be? The lord took her away from me..."-Pearl Jam- Cabrão de deus. Filho da puta!!!

"I wonder if you´re happy now, if you ever think of me at all..."-Skunk Anansie- No comments on this...

"How can I be lost, if I got nowhere to go..."-Metallica- Mais perdido que eu é impossível. Mas a verdade também é uma; não tenho para onde ir.

"Boys don´t cry..."- The Cure- Vai-te foder Robert Smith. Sabes lá o que dizes.

De volta à musica.

Após uma interrupção de quase 4 anos estou de volta às lides musicais. E que grande desafio!! Banda de tributo a Ramones. Quem me conhece ficará certamente surpreso. Será que consigo cantar assim?





segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Abro mil páginas de desolação. Leio as palavras moribundas que a minha alma foi ditando.
Quão belo poderá ser o sofrimento para quem o lê, mas não para quem o escreve. Analisar tristezas e melancolias alheias é simples. Rever-se em algumas palavras poderá acontecer. Mas sentir o mesmo, isso já é algo que transcende a comum mente humana. Quem compreende palavras tristes e vazias só mesmo quem as escreve.
A dor golpeia cada vez que a caneta se apoia no papel. Ela faz sentir a sua presença a cada traço, a cada letra. Enquanto a vida avança com ritmos demolidores a dor acompanha-a nos espaços em branco para que nada esteja incompleto. Mas existe sempre algo incompleto. Eu , por exemplo...