Fujo dos meus sonhos que continuam a trazer-me memórias que quero mas ao mesmo tempo não quero. Refugio-me num sítio em que só entro eu e os outros que vivem em mim.
Não consigo esconder-me deles. Oiço as suas vozes ecoando bem dentro de mim. Oferecem-me tristeza e solidão e pedem-me para não os expulsar.
Impulsos homicidas. Desejos suicidas. Buracos que não aparecem para me sugarem lá para dentro... Palavras que alguém deixa no ar como acido que corroi até ao osso.
Lembranças de tudo e de nada. Nihilismo e Existencialismo... Se ao menos se decidissem... Se ao menos eu me decidisse. SE.......-se.
O meu refugio perdeu-se e tenho muitas saudades dos seus braços. Sempre pensei que pelo menos isso nunca iria perder. Mas perdi... Perdi.
Não senti mais o doce sabor de uma cerveja. Sabe a cianeto.
Veneno a que fiquei imune. Só não fico imune a mim proprio e à vontade de não ser eu. Só não fico imune a este sentimento que antes foi o mais belo que alguma vez tive e que agora me agoniza.
Castelo de São Jorge, Parque Eduardo VII. Sei que continuaram no mesmo sítio mas nunca mais poderei la entrar. Tenho medo.
1 comentário:
Quando voltares a Lisboa, vamos ao Castelo e à Estufa Fria... O desafio está lançado.
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