O cansaço disfarça-se nas olheiras de um velho sonhador noctívago.
os seus olhos prendem-se num ponto perdido no soturno horizonte.
o ponto aparece e desaparece como as margens vistas de um barco que transporta as ilusões.
Talvez esse velho sonhador hoje esteja aí.
Talvez esteja em qualquer lado.
Está em todo o lado menos no seu corpo.
Sente espíritos de outrem a pulsarem de vida, mas ele permanece inerte...
Toca nas suas veias na vã esperança de as sentir pulsar.
Mas hoje ninguém o encontra, muito menos ele próprio.
Partiu algures à deriva em marés desafiadoras de conformidades...
Mas hoje, o sonhador fechará os seus olhos e no emaranhado de pensamentos abstractos que habitam os sonhos procurará uma breve centelha do que é, do que foi ou do que voltará a ser.
E para o fim de semana...
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