quinta-feira, 24 de março de 2011

Trazes um eco cravado no peito.
Um som estridente de despeito.
Trazes um desejo no olhar.
Um horizonte a explorar.

O que está para lá do para sempre?
O tempo é uma medida supérflua.
Quantos suspiros caberão numa eternidade?
E depois dessa eternidade terminar o que erguer-se-á?
Monumentos de em forma de momentos?

Pode ser de raiva o eco que carregas no peito.
Pode ser o som das mil e uma noites em que o sono não te visita.
Ou, somente, um murmúrio meu que se esconde bem dentro de ti.
E sopra bem de dentro, bem de dentro, das entranhas...
Ecoa em palavras que se perdem porque não as queres mais libertar ou muito menos guardar...

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