Certas noites sonho que sonho o sonho infinito.
O sonho em que tenho saudades de me ver morrer.
Onde a liberdade não está fraccionada e encoberta por um ténue manto de seda a que chamam existência.
Lá, onde eu estou a um sussurro de distancia...
A um pensamento de pensar...
A um toque de tocar...
Certas noites acordo e vejo-me a dormir...
Vejo as portas fechadas e as chaves estão no meu estômago.
A claustrofobia toca ao de leve o meu rosto
Acaricia-o com suaves flagelações.
Não... Não quero sair de mim.
Antes mergulhar nesse sonho infinito...
Vasculho as minhas entranhas para descobrir as chaves que abrirão a porta de mim.
Encontro-as seguindo a indicação da sombra do meu dedo.
Ele aponta em frente... Lá para fora...
Saio de mim, encontro as chaves e volto a engoli-las...
1 comentário:
Às vezes é ao contrário: tens que fechar portas para chegar a ti...
Enviar um comentário