terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2 anos de palavras e afins...

Pois é! Pelos vistos hoje esta coisa chamada de blog completa 2 anos. Ainda parece que foi ontem que comecei para aqui a escrever barbaridades! Como me referia ao tempo num post anterior, ele não perdoa.
740 "coisas" escritas depois, acho que a minha escrita evoluiu um pouco. Para melhor ou pior, não sei dizer. Amo e odeio tudo o que escrevo... Avançou lenta mas progressivamente da penúria e negatividade iniciais,de dores e tormentos infinitos para uma algo mais vago. Pessoal? Cada texto tem algo, muito ou pouco, de mim, do que sou, da minha constante luta pela inconstância.
Talvez as palavras tenham acompanhado a minha metamorfose ao longo deste tempo, sei que as encontro com enorme facilidade sempre que olho para o lado e vocifero impropérios sobre tudo ou sobre o nada, essa "coisa" sempre presente.
Agradeço a todas as almas que vagueiam por aqui e que perdem um pouco da sua existência a ler desaforos filosóficos e atrocidades sob a forma de pseuso-poesia.
Pagava-vos um copo, mas eu agora não bebo. Portanto tão cedo não haverá uma crónica alcoólica... lolol

Bem hajam.

obrigado.

domingo, 9 de janeiro de 2011

-"Não entres nessa noite escura."- Diz a voz ancestral
-"Esperam-te cadalfalsos para os teus ideais. Forcas figurativas para os teus pensamentos. Coercividade sem idade."
O melódico sombrear desenha-se com contornos mais definidos. A visão dos enforcamentos dos singelos e infundados lamentos mostra-se timidamente por entre as neblinas dúbias da incerteza.
Poderá algo estar condenado à desintegração e ao escárnio humano a partir do momento em que ganha vida?
Ou se vaguear no anonimato que serve de escudo e arma ofensiva ao mesmo tempo, conseguirá prolongar a sua existência?
As vozes acusatórias ganham contornos assustadores e aumentadores da sua protuberância.
Mas os ideais caminham livres... Impávidos e serenos, engendrando conspirações para meras absolvições como se pecassem um pecado imortal.
São convocados para compareceram perante cortes marciais e confessam a sua culpabilidade. Culpados de sonharem em silêncio e de não fazerem nunca ouvir a sua voz cavernosa ou dócil, alguém decidirá apoiado em termos mortais...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Overdoses de

Pedem boleia em estradas perdidas no emaranhado das sensações, pequenos momentos que desejam viajar até à eternidade. Aqueles de simplicidade explicita e implícita.
Como passageiros serão nenhum incómodo. Comunicarão apenas com o silêncio, essa tão nobre e difamada arte de expressão. Sairão exactamente no local onde os desejares deixar. Poderás parar junto a um abismo e ordenar a sua saída que eles imediatamente obedecerão e agradecerão efusivamente a viagem que lhes proporcionaste. Ou poderás deixá-los junto ao mar num nascer do sol qualquer. A viagem poderá demorar cinco minutos ou 5 eternidades. Tu escolhes. Eles não irão influenciar.
Só não os deixes na berma da estrada quando passares com o teu bólide cujo combustível é o pensamento....

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Brando o martelo dos deuses e com ele atinjo e destruo as moralidades.
Sou juiz supremo onde o direito penal pena pela sua obsolescência.
Inflijo penas perpétuas de cegueira aos que se recusam a ver.
O meu martelo, esculpido manualmente pela imortalidade em pessoa, soa a violentos trovões quando embate no crânio da moralidade.
Bato com ele mais uma vez e condeno-me a abrir os olhos...

sábado, 1 de janeiro de 2011