domingo, 9 de janeiro de 2011

-"Não entres nessa noite escura."- Diz a voz ancestral
-"Esperam-te cadalfalsos para os teus ideais. Forcas figurativas para os teus pensamentos. Coercividade sem idade."
O melódico sombrear desenha-se com contornos mais definidos. A visão dos enforcamentos dos singelos e infundados lamentos mostra-se timidamente por entre as neblinas dúbias da incerteza.
Poderá algo estar condenado à desintegração e ao escárnio humano a partir do momento em que ganha vida?
Ou se vaguear no anonimato que serve de escudo e arma ofensiva ao mesmo tempo, conseguirá prolongar a sua existência?
As vozes acusatórias ganham contornos assustadores e aumentadores da sua protuberância.
Mas os ideais caminham livres... Impávidos e serenos, engendrando conspirações para meras absolvições como se pecassem um pecado imortal.
São convocados para compareceram perante cortes marciais e confessam a sua culpabilidade. Culpados de sonharem em silêncio e de não fazerem nunca ouvir a sua voz cavernosa ou dócil, alguém decidirá apoiado em termos mortais...

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