segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ventos violentos de saudade vociferam
brutalizam-me na minha modorra.
Tempestades sussurram-me o que jamais me disseram
Conduzindo-me à minha versão de uma Gomorra.

Saudades sádicas do teu sorriso e do seu brilho
Que com o da Lua sempre rivaliza
Por ele outros devotos sacrificariam novamente o seu filho
Mas que a mim somente martiriza

Nas ruas repletas de fantasmas tudo ilumina
Cega os meus receios que por lá planam a vaguear
uma espécie de doença clandestina
Consome-me ameaçando a sanidade furtar.

Sou invadido por uma forma de egoísmo
Para mim quero esse intenso brilhar
Que me afoga em delirante erotismo
Suplicando eu apenas o conseguir tocar...

Nas noites em que não consegues dormir,
nos meus sonhos tento o teu sorriso roubar
para com ele finalmente ruir
E a saudade finalmente me imolar...

3 comentários:

Sofia disse...

Uau! já há muito que não escrevias nada do género. Lindo lindo lindo!!!!
Nunca me escreveste nenhum texto, seu notyenho com pronuncia lisboeta. Isso nunca te desapareceu.

nocturnidade disse...

Sensual.
Bravo!

Anónimo disse...

Concordo! À muito que n escreves assim. Precisamos/gostamos mais desta tua veia poética e sensual. bj grande