sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Aquele silêncio e paz desmesurada a seguir ao orgasmo busco.
Monumental manifestação de harmonia.
Onde a carne relaxa após uma batalha contra os sentidos.
Viagem sideral entre galáxias de sentimentos tantas vezes intermitentes.

Ah, o silêncio! A melodia do pingar do suor que abraça os corpos cansados.
Pudesse eu capturar esse momento e guarda-lo longe da cobiça dos outros.
Guarda-lo como se de um perfume se tratasse.
Ao abri-lo, a sua essência embriagaria os demais.
Perfeito compasso numa melodia dissonante.

O torpor invade o corpo só com a ameaça de tal momento.
Invade a mente só com o poder da sugestão
De poder viver eternamente no orgasmo...
Onde tudo faz sentido...
Onde ressuscita o que nunca morto esteve e enche-o com vitalidade...
Onde a visão do teu corpo nu ao meu lado sob a penumbra da luz lunar,
Faz com que os sonhos desavindos e pródigos ganhem formas e conquistem a vida.

1 comentário:

Sofia disse...

Bom texto rapazinho! Eu sabia que não tinhas desaprendido.