terça-feira, 1 de setembro de 2009

Há musicos do caralho em Portugal...

Sou algo que não entendo.
Capacidade enorme de sentir
Enunciados do que pretendo
Com capacidade para sorrir

Os espelhos parecem distorcidos
Reflectem imagens terríveis
Os olhares parecem perdidos
Em sensãções amoviveis

o que outros parecem ver
Chicoteia-me com veemência
Para este desfragmentado ser
Explicação não produz a ciência

A sensação se ser distinto
É a mais solitária
Por entre milhões que sinto
Componho a minha própria aria

Sou musica instrumental
Com instrumentos desconhecidos
Enorme capacidade mental
Para fazer versos não coloridos.

As chamas que amanhecem por entre arvores de outrora formosas florestas são as chamas do meu desejo.
Elas consomem tudo á sua passagem deixando na sua rectaguarda nada de belo.
Espalham-se com uma velocidade sobrenatural necessitando apenas de um toque como combustivel.
Cavalgam ferozmente por entre corpos suados reduzindo-os a apenas cinzas. Carbonizados jazem os cadáveres que em mim alguma vez tocaram.
Mais um monstro que habita em mim com apetite voraz. Não o consigo reter apenas com palavras. A unica arma para apagar as chamas são as minhas lágrimas, mas estas encontram-se ausentes. O maior rio alguma vez visto no universo parece ter secado. No seu leito agonizam apenas pequenas poças insuficientes para apagarem o mais pequeno fogo.
Resta-me suplicar pelas lágrimas de alguém.
Existe alguém que deseje verter as suas lágrimas sobre mim?
Apenas para extinguir o meu desejo antes que ele consuma a minha própria existência...
Não sei desenhar. Apenas escrever e mal... Mas tento desenhar paisagens com as minhas palavras. São quase sempre paisagens nocturnas com várias tonalidades de escuridão sempre banhadas pela Lua.
Desenho estórias de personagens fictícias quase sempre inspiradas nas multiplas personalidades que co-habitam em mim.
Gostava era mesmo de conseguir desenhar o meu auto-retrato. Deixo aqui e ali umas linhas perdidas entre textos. Gostava de as conseguir juntar e observar o desenho final. Talvez fosse um quadro diferente do que idealizo. Talvez até fosse um desenho com o seu quê de belo.
Talvez eu não seja assim tão mau como me pinto.

Assim falava Nuno Nunes...

Torturas filosóficas esperneiam-se por entre íntrinsecas claustrofobias de existencialismos derrotados por nihilismos que são a favor de tudo. Doutrinas erguidas pelo vazio. Sermões em pulpitos manchados de sangue para uma plateia surda mais interessada em contemplar o futuro do passado.
Crio uma nova corrente filosófica para mim e não aceito seguidores. Vou chamá-la de Futilitismo. Não vou escrever manifestos para a apresentar nem para a defender.
Ela apenas existirá.
Em que consiste nem eu o sei, só queria mesmo uma filosofia criada por mim. Vou po-la em prática assim que escrever as regras inexistentes...
O meu cerebro fervilha de actividade. As ideias guerreiam-se entre si por protagonismo. Escrevo mentalmente sinfonias ou adágios com guitarras eléctricas com os amplificadores com o gain no máximo. Distorções harmónicas abraçadas a acordes desafinados. As afinações convencionais não me convencem nem produzem os sons desejados. Afino a ultima corda num tom completamente desconhecido aos ouvidos mais treinados. Sento-me numa bateria e martelo poemas em contratempo. Ao rufar da tarola saem disparadas estrofes e embatem com violência nos pratos. O bombo marca o ritmo irregular das palavras que escarnecem do metrónomo. Estou sempre fora de tempo ou sempre à frente do tempo. Tais como as melhores músicas são sempre as mal tocadas, os melhores textos são os escritos por escritores amadores. Não são mercenários e as palavras não são corrompidas em prol de uma aceitação das massas.
Os Depeche Mode faziam musica para as massas mas eu tou me a acagr para as massas. Aliás tenho que ir à casa de banho agora porque tenho um épico de 2000 páginas a querer sair.

Isto é para o pessoal que diz que eu cago textos.... LOLOLOL

Patrick Bateman


Metrosexual de 26 anos que vive num dos melhores bairros de Nova Iorque. Tem o cargo de vice presidente na empresa de consultadoria do pai. O seu trablho consiste em fazer palavras cruzadas, reservar mesas nos restaurantes mais in da cidade e ouvir música pirosa durante o horário de expediente. Não lhe faltam mulheres e está inserido num grupo de amigos que são clones seus. Usa roupa das melhores marcas e aparenta ter uma vida perfeita. Mas nele esconde-se um terrível monstro. Um assassino em série com as mais doentias perversões sexuais. Não consegue controlar ou saciar a sua vontade constante de sangue. Com enorme sangue frio fala da carreira de Whitney Houston ao mesmo tempo que decapita alguém com um machado. Ele é a representação de toda a podridão existente na mente humana. A mais repugnante forma de vida humana que se esconde debaixo de uma extrema beleza masculina.
Patrick Bateman é a personagem principal do meu livro favorito : Psicopata Americano. Não apenas pela extrema violência contida nas suas 415 páginas, mas támbém pela enorme complexidade das batalhas mentais de Patrick e pela escrita tresloucada de Brett Easton Ellis.
Patick foi encarnado pelo actor Christian Bale no cinema num filme que desiludiu completamente todos os grandes fâs da obra. A violência e o enorme sadismo foram postos de parte o que tornou impossível representar a mente doentia de Bateman.
A unica coisa de bom dessa adaptação cinematográfica é o extraordinário desempenho de Christian Bale, sem dúvida para mim, o melhor actor da actualidade.
Para quem não tem complexos em termos de literatura recomendo a leitura de psicopata Americano. Vão descobrir o vosso lado negro completamente exposto...