domingo, 6 de janeiro de 2013

Fraco está meu espírito - a mortalidade
    Oprime-me demais, qual sono indesejado;
    Cada pico ou abismo de divino fado
De que não deixo de morrer me persuade,
Morrer como águia enferma, o olhar ao céu voltado.
    É contudo um prazer amável prantear
    Que eu os nebulosos ventos não haja de guardar
Frescos para o olho da manhã, mal descerrado.
Essas glórias que a ideia forma vagamente
    Cercam de intensa má vontade o coração:
Tais maravilhas trazem dor e confusão
    Que mesclam a grandeza grega com o inclemente
Passar do velho Tempo - com um mar fremente
     - Um sol - a sombra de sublime condição.

John Keats

Sem comentários: