Se a chuva deixar de cair
Esgota-se a matéria da primavera.
Para todo o futuro que há-de vir
Haverá sempre uma voz que vocifera.
As tempestades são necessárias
Para o corpo ficar doente
E a mente em todas as áreas
Lutará assim para não ser descrente.
As nuvens negras e o frio
Envoltas em laços como oferendas
Significam um não ao vazio
No qual afogar-te tu tentas.
Encaradas como punições
Traduzo-as como benésse
Para encontrar razões
Para a beleza que anoitece.
A palavra enfim
Não significa a sua ultima silaba
Não apenas para mim
Mas para toda a existência que desaba.
1 comentário:
como sempre....grande mente!
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