quarta-feira, 6 de abril de 2011

Segura bem esse olhar que carregas.
Não fujas do pensamento em que eu te prego ao chão para não conseguires voar.
Hoje tens forma de cama onde descansam as linhas que escreveste como o futuro.
Amanhã acordarão.
E tu queres voar mas eu seguro-te.
O meu braço, que te segura, assim de repente parece apenas um traço.
Um traço num esboço do desenho que fizeste enquanto tinhas os olhos fechados.
Agora eles estão abertos e eu apago o traço.
O meu braço por magia desaparece.
Mas, talvez ele nunca lá tenha estado...
Talvez... Quiçá Efeito placebo.

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