sexta-feira, 6 de abril de 2012

Nunca levei o reggae a sério, então depois disto...

O cantor jamaicano Sizzla tem visto muitas das suas datas europeias adiadas ou mesmo canceladas alegadamente pelo conteúdo homofóbico das suas letras. Portugal não foi excepção na emergente contestação ao músico. Manifestações convocadas via facebook- deve ser tão bom mudar o mundo sem sair de casa, só com um teclado de um computador. Acho que é a minha profissão de sonho: activista do facebook. Não preciso de sair de casa mas sou o mentor e ai de quem não fizer likes nas minhas causas! Organizo logo grupos para exterminar quem o não fizer.- obrigaram a Tmn a cancelar o concerto que realizar-se-ia na sala Tmn ao vivo devido à péssima publicidade que o evento acarretaria.
Este histerismo em relação aos conteúdos líricos de determinados artistas sempre me fez confusão. Proliferam por toda a europa concertos de bandas com orientações anti-semitas e de todo o tipo estereotipado de ódios, mas nunca se tenta boicotar os seus eventos. A liberdade de expressão é, supostamente, um dos pilares dos países civilizados.
Este caso é diferente. Confrontado pelas acusações, Sizzla apenas diz isto :" Sou jamaicano. No meu país a homossexualide é um crime punido com 10 anos de prisão."
Devo andar muito distraído porque sempre pensei que o estandarte do Reggae e demais estilos musicais jamaicanos era mesmo o "peace and love.""" Pelos vistos deveria ser "peace and straight love".... O Bob Marley nunca poderia cantar "No man, no cry".
A letargia provocada pelo consumo excessivo de erva nos reggaers, poderá ser uma boa arma para passar as mensagens subliminares de ódio e de limpezas étnicas. É tão inofensivo e "boa onda" o reggae....

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