domingo, 1 de abril de 2012

Sussurra aos meus ouvidos.
Canta algo que ecoe no vazio da minha consciência.
Transforma as tuas palavras em barcos decididos em enfrentar o mar revolto que fustiga as rochas do meu pensamento.
Uma palavra poderá ser um farol para uma ideia naufraga.

A melodia do silêncio é ensurdecedora.
Os gritos mudos estão escritos em sangue endurecido pela acção do tempo.
Mas a tua voz... ah, a tua voz... Astrolábio ou bússola desconhecida pelos navegadores de outrora, mas desejada por mim quando do topo do meu petroleiro que transporta poemas negros e pesados tento avistar terra firme onde os poderei sepultar.
Conseguirei eu escavar sepultura funda o suficiente que os mantenha longe da vista e da memória?

O teu murmúrio tão belo é carregado nos ombros das ondas.
Pudessem elas levar-te o meu que insiste em apenas ganhar forma no meu pensamento mas que não ganha vida porque eu não consigo dizer-te...

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