Imagino dores não sentidas.
Dou-lhes cor, forma, cheiro e sentido.
Crescem majestosamente regadas pelos meus pensamentos.
Florescem resplandecentes na sua lugubridade.
O seu negro brilho eclipsa o sol destes dias intermináveis de verão.
São dores invernais, triunfantes, como dias de chuva...
Cinzentas, tristes, como nuvens ameaçadoras que acariciam sarcásticamente o horizonte.
São dores cujas existências são negadas,
Mas que existem, pelo menos na minha mente.
E tudo o que habita a minha mente, vive mais intensamente...
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