segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acho que cheguei ao domingo da minha existência.
Porque aos domingos é que há tempo para ressacas, para estar sozinho, para observar o vazio e todas as suas formas, para fazer o nada, fechar os olhos e recusar que existe um amanhã.
Outrora odiei os domingos, mas agora adoro-os...
Deambular e gozar com a seriedade dos pensamentos, com filosofias extremas e permanecer quieto, imóvel. Não pensar, não ser, enquanto lá fora tudo palpita de vida...
Acalmar a revolta que jamais se manifesta no meu semblante tranquilo.
Adiar por tempo indeterminado a fuga, o abandono a tudo, a eterna procura do eu
Apenas estar sossegado, isolado, imerso em modorra.
Desligar todos os contactos com o exterior e esperar que ninguém note a minha ausência, ou, pelo menos, que não me venha procurar...

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