quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ás vezes pareces uma ferida aberta beijada pelo sol,
ou padecendo de um onirismo lascivo deambulando pela madrugada.
Outras, flor à espera de ser colhida à força por inócuas mãos.
Não te deixam crescer selvática e errantemente como a Natureza ordena.
As tuas pétalas tem tímidos tons de cinzento.

Lúgubre flor...
Os espinhos que não tens são pronuncio de eterna dor.
Dizem que só podes crescer até uma certa medida,
que só assim ganharás vida...

Não desesperes...
Espera pelo teu sono que afogará as lágrimas ainda por chorar.
Espera...
Espera que eu te acorde com um encolher de ombros e te regue com sonhos para cresceres desmedida...

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