Escavam a sua sepultura os anos de lágrimas que nunca levaram na enxurrada visões de raiva e ódios descomunais.
Uma nova era de dores orquestradas e conduzidas por maestros isentos de tormentos.
Arqui-inimigos fornecem as pás para a escavação arqueológica.
O que morreu não deixa de viver.
Esqueletos de novas espécies agarram-se à visão de luz.
Estão livres e cederão todos os confortos dos seus aposentos a toda a luta que começou sem sentido e que se revestiu de causas erradas.
Caem atadas as declarações de guerra apocalíptica a inimigos desertores bem de dentro. Sobreviveram a pelotões de fuzilamento. Invólucros de balas de acusações jazeram no solo até serem decompostas e aglutinadas por criações que ganham forma e espectro por requiuns de negações pomposos.
Nos corpos possuídos por orgasmos literários resta a solidão de um sorriso ao voltar as memórias de tais coistos filosóficos. Agora, ele acompanha as lágrimas quando são baixados para a sua morada póstuma.
1 comentário:
Quimera doce acreditar que todos os dias, ao menos um espermatozóide fucundasse literatura em suas celulas e se transformasse em adultos inteligentemente poetas...
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