terça-feira, 24 de agosto de 2010

Foram muitos dias e infinitas noites assentes em errôneas obliterações ou apenas desejadas imolações.
Imolado está o desejo, este crescete ensejo de possuir um beijo.
Há um fogo intenso que arde, que vira as costas a mundos e a deuses: Propaga-se em direcções incorrectas e aprentemente dementes. Consome tudo á sua passagem e todas as bocas entreabrem-me em admiração a esta sinitra criação.
Uns tentam capturá-lo com amão, a todos o fogo diz que não.
Ele é livre de consumir todas as paisgens e não admite vassalagens.
Transforma-se em rios que não desguarão jamais em mares irreais de imaginações demais.
Fogos e rios... Tudo é da natureza.
Tudo é natural.
Tudo é fogo.
Tudo é desejo.
Tudo sou eu e eu sou tudo.

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