sábado, 28 de janeiro de 2012

Boys don´t cry

Recentemente numa conversa com uma mulher, manifestei a minha admiração por as mulheres não terem qualquer tipo de problema em terem um homem como ginecologista . É mais uma prova de que as mulheres estão uns bons passos à frente da generalidade dos homens.
Há algum tempo fui sujeito a uma pequena cirurgia a uma zona pudenda (sempre quis escrever esta palavra- mais um sonho tornado realidade...) e estranhei que a enfermeira que me preparava para o procedimento me tivesse perguntado se preferia que fosse um homem a fazê-lo. Não me fazia confusão nenhuma: a rapariga era uma profissional e depois não veria nada que já não estivesse habituada e também não veria nada de excepcional. Intrigado, indaguei a razão da questão e fiquei maravilhado quando me respondeu que geralmente os homens não se sentem à vontade com enfermeiras e\ou médicas a mexerem "naquelas áreas".
Indaguei depois pelos homens de barba rija que conheço se assim é e não é que é mesmo verdade? Esses homens de barba rija que conheço são profundamente homofóbicos, o que não deixa de ser irónico. Passam a vida a querer que mulheres lhes mexam na genitalia mas depois preferem que sejam homens a meter-lhes os dedos em tudo que é sítio. Não faz sentido... É gay homens darem abraços, mas preferirem enfermeiros\ médicos a profissionais do sexo oposto a observar e manipular as "áreas sagradas" é perfeitamente normal.
Como para tudo o que existe, eu tenho uma explicação: a maior parte dos homens tem medo das mulheres e o facto de ficarem ali expostos numa marquesa ou afins sem hipótese de fugir a uma mulher provoca curto-circuito nos cérebros. É uma posição de alta vulnerabilidade e os homens são sempre fortes. Esse é o dogma universal, superior a qualquer dogma religioso ou clubístico. Portanto, jamais poderá uma mulher ver um homem em tamanho sofrimento psicológico senão cairá o mito supremo de que um homem nunca sofre. A seguir a esse caíria o mito de que os homens nunca choram. Duas verdades supremas sem hipótese de contestação de qualquer espécie.

Após esta descoberta de grande importância para a humanidade, reencontrei alguém que não via há muito. "Eh pah, já não tens cabelo comprido!!! Agora sim tornaste-te um homem!" Será que o que preciso para não ser "um homem" é voltar a ter cabelo comprido? Hum... então aí vai ele crescer outra vez...

1 comentário:

Sofia disse...

Agora és circuncizado?