Será possível perder-se o que nunca se teve?
Sentir-se falta do desconhecido?
Flagelações sentimentais ou meras anomalias surreais?
Tudo acena em desdém e em desafio conduzindo a noite pelas agonias da verdade.
Personificações de desilusões arrastam o seu cadáver falando com o seu silêncio.
O seu olhar vazio contempla a noite.
Iluminada está pelo desejo que arde em forma de gelo.
Iceberg à deriva por entre costas abandonadas onde fantasmas se suicidam.
Vidas naufragas em terra firme... Lutando por se agarrar a uma mão cujas artérias sangram poemas...
Onde floresceram, em tempos, flores sem flor. Espinhos que me dilaceraram...
Rosas sem pétalas convivendo sadiamente com desesperos frondosos.
Lá, algures, há um sobrevivente. Um ser de cujos cortes profundos jorram agora olhares inflamados pelo desconhecido. Ele ama o desconhecido, mas desconhece que o desconhecido o ama a ele. Possuirá o nada apaixonadamente e deixará no seu ventre o fruto da discórdia. Tem a forma de potestade de questionar e nunca mais amar...
3 comentários:
Sim, é possível :)
faz-me lembrar:
"adoro essa não tu que dás a ver e é essa que desejo ao ir contigo"
Isso é o quê, já agora?
José María Fonollosa;
(o seu a seu dono :) )
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