A Lua esculpiu um caminho para eu percorrer repleto de sonhos que outros deixaram para eu sonhar.
Sonhos para eu partilhar com o meu ser humano intermitente nas espirais de todas as dores ainda por sofrer.
No caminho existem buracos que desaparecem e reaparecem acenando-me com um sorriso moldado atabalhoadamente pelos meus dedos trémulos.
Não existem placas que me indiquem onde me encontro neste caminho rectilíneo nas suas curvas tão sedutoras.
Os teus olhos iluminam o caminho com a sua escuridão onde mergulho flores de lótus que murcharam na minha mão com a vâ esperança de as ver florir novamente, mas desta vez em mãos alheias. Mãos que criem vida ao contrário das minhas, trémulas de tanto tapar o meu olhar e segurar o rosto quando ele insiste em olhar o solo.
Lá, nesse caminho, estou eu ou não estou, é indiferente. Se o descobrires, indica-mo, para eu lá espreitar e ver se realmente lá estou contigo a segurar-me as mãos até elas deixarem de tremer...
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