segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Os meus dedos percorreram os contornos subtis do teu rosto.
Um toque de seda que sentiam que se alastrava ao resto do meu corpo.
A tua tez pálida reflectia a luz da lua altiva na noite que se escondia.
Meros desejos guerrearam-se entre si pelo controlo da minha mente.
Cada milímetro da tua carne que contemplava enquanto te despia dos medos,
Reluzia como uma fogo fátuo confinado ao meu olhar.
E de repente, essa luz desapareceu como a de uma estrela cadente...
Percorreu à velocidade da luz o tempo artificial que construí do outro lado do relógio.
Os meus dedos ficaram queimados pelos teus lábios e o meu corpo repleto da cera das velas que arderam num qualquer túmulo onde sepultei o que desejava desejar.
O tempo precisa de ser reescrito e lido por outros olhos que não os meus.
Esses só veêm para lá da realidade... e da crueldade...

2 comentários:

nocturnidade disse...

gosto
de tudo.

Blizard Beast disse...

Obrigado.
Já escrevias qualquer coisinha também.