Hoje é o dia de dizer mentiras e tentar enganar a nós próprios sob a forma de new year resolutions, e como eu sou sempre do contra, vou ser sincero:
Não voltarei a dizer que não volto a beber. É um desperdício de palavras.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Um livro é como o sexo:
Há livros que não são nada de especial e que só quero que acabem.
Outros acabam depressa demais.
Há aqueles que são tão intensos que me deixam completamente extenuado.
Ou ainda aqueles que não tem nada a ver comigo, que experimento por curiosidade e no fim fico com uma sensação enorme de vazio.
Depois há aqueles pelos quais me apaixono, que produzem magia e quero relê-los muitas vezes e acordar todos os dias ao seu lado...
Há livros que não são nada de especial e que só quero que acabem.
Outros acabam depressa demais.
Há aqueles que são tão intensos que me deixam completamente extenuado.
Ou ainda aqueles que não tem nada a ver comigo, que experimento por curiosidade e no fim fico com uma sensação enorme de vazio.
Depois há aqueles pelos quais me apaixono, que produzem magia e quero relê-los muitas vezes e acordar todos os dias ao seu lado...
domingo, 30 de dezembro de 2012
Usar uma máscara não é mau.
Ela funciona como um refúgio.
Como um escudo para a agressividade exterior.
Protege o tesouro interior a que ninguém daria o valor.
Mau é quando a máscara agarra-se à pele e torna-se impossível tirá-la.
E surge a dúvida se na realidade não seremos apenas a mascara que insistimos em usar tanto tempo.
Ela funciona como um refúgio.
Como um escudo para a agressividade exterior.
Protege o tesouro interior a que ninguém daria o valor.
Mau é quando a máscara agarra-se à pele e torna-se impossível tirá-la.
E surge a dúvida se na realidade não seremos apenas a mascara que insistimos em usar tanto tempo.
sábado, 29 de dezembro de 2012
O que os homens pensam das mulheres.
"Mulheres!!!!! Deixa-me dizer-te o que eu sei de mulheres: Se comprares sapatos de mulher para o teu tamanho eles nunca te vão servir." Snot Lonstein- American dad
"As mulheres são como os frigoríficos: medem 2 metros e têm gelo por dentro."- Homer Simpson
"As mulheres não são pessoas. São dispositivos criados por jesus cristo para nosso entretenimento." Peter Griffin- Family guy.
"As mulheres são como os frigoríficos: medem 2 metros e têm gelo por dentro."- Homer Simpson
"As mulheres não são pessoas. São dispositivos criados por jesus cristo para nosso entretenimento." Peter Griffin- Family guy.
3- Favorite series
Desde puto que não leio estas coisas. Poderia dizer qualquer um destes: Uma aventura, os cinco, triangulo jota, clube das 7 chaves... eu li-os todos.
Mas como eu gosto de complicar, vou atribuir o título à tetralogia de Gonçalo M. Tavares "o reino" que é constituída pelos livros:
Um homem: Klaus Klump
A máquina de Joseph Walser
Jerusalem
Aprender a rezar na era da tecnica
Mas como eu gosto de complicar, vou atribuir o título à tetralogia de Gonçalo M. Tavares "o reino" que é constituída pelos livros:
Um homem: Klaus Klump
A máquina de Joseph Walser
Jerusalem
Aprender a rezar na era da tecnica
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Recalcar e reprimir o que vai dentro de nós desencadeia uma guerra eterna onde só existe uma vítima que morre e renasce todos os dias.
"Se existem homens enclausurados em corpos de mulheres e mulheres enclausuradas em corpos de homens porque não posso eu ser um corvo enclausurado neste corpo? (...) Eu sei que sou um corvo. Eu sou um corvo. Eu sou um corvo..." Philip Roth in A mancha humana
Day 2- A book you read more than 3 times.
Só mesmo 1 obedece e ultrapassa este critério: "O ano da morte de Ricardo Reis" de José Saramago. Foram só 5 vezes...
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
"Processo retro-ortográfico sem curso" Octávio dos Santos in Público 26/12/2012
… O maior dos quais é, obviamente, o denominado “Acordo Ortográfico de 1990”. Seria de perguntar a todas as centenas, a todos os milhares que grita(ra)m nas ruas contra as decisões do actual Governo se também… escrevem contra a (continuação da) aplicação do AO90 — uma decisão específica, concreta, daquele. Seria de perguntar a todos aqueles que, sem qualquer noção do ridículo de que se cobrem, se insurgem contra a (eventual) privatização da RTP e/ou alienação de um dos seus canais, classificando tais hipóteses como “inconstitucionais” ou “sem igual em toda a Europa”, se não consideram igualmente, e mais ainda, contra a constituição — a da “República Portuguesa” ou qualquer outra — e indigna de uma nação do Velho Continente a alteração leviana de algo tão básico na identidade, na estrutura, na actividade de um país como o é a ortografia, alteração essa que se traduz num autêntico “Processo Retro-ortográfico Sem Curso”.
Enfim, é de perguntar a todos aqueles que sugerem, ou acusam mesmo, os actuais governantes de serem “fascistas” e que os ameaçam com hipotéticos golpes militares, se: antes de mais, sabem ou se lembram como é que era, e o que implicava, o verdadeiro fascismo, mais concretamente a sua versão portuguesa salazarista-marcelista; e se eles próprios exercem o mais básico acto de antifascismo que é… não escrever segundo o “aborto pornortográfico”. Que é, mesmo, neofascista e neocolonialista; os seus criadores, os seus proponentes e defensores são, mesmo, neofascistas e neo-colonialistas. Quem tem dúvidas pode dissipá-las ouvindo Fernando Cristóvão numa entrevista concedida em 2008, que esclarece o que pensam os “acordistas” sobre o processo legislativo num regime democrático — em que, supostamente, as leis não são dogmas nem mandamentos, e, logo, são alteráveis e revogáveis — e a independência, a soberania — cultural e não só—dos países africanos de língua oficial portuguesa: “(…) Porque é que Angola também não há de ter uma ortografia diferente? E porque é que Moçambique qualquer dia não…? E a Guiné, lá por ser pequenina, não há de ter uma ortografia? Onde é que nós vamos parar? (…) O acordo tem de se fazer porque nós temos duas ortografias, não podemos continuar assim, e a continuar assim qualquer dia temos cinco ou seis. Qual é a língua que resiste a tanta ortografia? [O Francês, que tem 15, e o Inglês, que tem 18!] (…) Confesso que, perante a urgência de haver uma ortografia unificada, eu não entendo como é que há tanta teimosia em querer emendar uma coisa que ainda por cima é uma lei. (…)”
Depois disto, ainda acreditam em “25 de Abril sempre?” E escrevem “Abril” com “A” maiúsculo ou minúsculo?
O passado é sempre um refúgio acolhedor,
Um local idílico,
Uma paisagem sedutora,
Uma palavra que nos resume,
Apenas porque nos é familiar.
Mas para o passado já é tarde demais.
É como um prédio devoluto que estraga a paisagem,
Mas que nunca queremos ver demolido.
O medo de uma nova construção no mesmo local é irracional.
Agarrámo-nos ás ruinas...
Deitámo-nos com o medo...
De que o novo será sempre pior...
Um edifício novo não será obrigatóriamente mau.
Poderá ter os mesmos alicerces, mas será sempre diferente.
Podemos ser nós a desenhar o projecto.
Torná-lo acolhedor.
Habitável...
Quem sabe até mais belo...
Com cortinas de seda...
Janelas que não dão para ver de fora para dentro...
Só é tarde demais para o que ainda não aconteceu...
Um local idílico,
Uma paisagem sedutora,
Uma palavra que nos resume,
Apenas porque nos é familiar.
Mas para o passado já é tarde demais.
É como um prédio devoluto que estraga a paisagem,
Mas que nunca queremos ver demolido.
O medo de uma nova construção no mesmo local é irracional.
Agarrámo-nos ás ruinas...
Deitámo-nos com o medo...
De que o novo será sempre pior...
Um edifício novo não será obrigatóriamente mau.
Poderá ter os mesmos alicerces, mas será sempre diferente.
Podemos ser nós a desenhar o projecto.
Torná-lo acolhedor.
Habitável...
Quem sabe até mais belo...
Com cortinas de seda...
Janelas que não dão para ver de fora para dentro...
Só é tarde demais para o que ainda não aconteceu...
"É mais fácil fazer uma canção pop que uma sanduíche".
Claro que é perfeitamente normal eu dizer coisas como estas, mas em mim ninguém acredita.
Portanto, quem disse tal coisa é supostamente alguém credível pois é um produtor ligado a colossos musicais como Rihanna, Scissor Sisters e Florence and the machine.
Portanto, quem disse tal coisa é supostamente alguém credível pois é um produtor ligado a colossos musicais como Rihanna, Scissor Sisters e Florence and the machine.
S€ o$ fan$ portugu€s€s $ão ingrato$, porqu€ $€rá qu€ o$ Moon$p€ll lançam livro$ com€morativo$ do$ 20 ano$ da banda a 21 €uro$?
Gostava de saber se no resto da europa o preço será o mesmo.
Para os ingratos fans portugueses, prevejo que estará disponível brevemente uma reedição da entrevista de Fernando Ribeiro à conceituada revista Caras em edição de luxo limitada a 666 cópias e com introdução, só para variar um bocadinho, de José Luís Peixoto pela módica quantia de 50 euros.
Para os ingratos fans portugueses, prevejo que estará disponível brevemente uma reedição da entrevista de Fernando Ribeiro à conceituada revista Caras em edição de luxo limitada a 666 cópias e com introdução, só para variar um bocadinho, de José Luís Peixoto pela módica quantia de 50 euros.
30 days book challenge...
1-Best book you read last year:
O complexo de Portnoy- Philip Roth
O meu anti-americanismo só não é aplicado à arte. Embora para o tamanho dos states era suposto sair muito mais qualidade.
O complexo de Portnoy- Philip Roth
O meu anti-americanismo só não é aplicado à arte. Embora para o tamanho dos states era suposto sair muito mais qualidade.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Frustração.
Escrevo porque sou péssimo orador.
Tudo o que escrevo são palavras que insistem em não formarem-se nos meus lábios, só sob a forma escrita as consigo expulsar de mim.
Considerem isto como uma espécie de exorcismo...
Tudo o que escrevo são palavras que insistem em não formarem-se nos meus lábios, só sob a forma escrita as consigo expulsar de mim.
Considerem isto como uma espécie de exorcismo...
domingo, 23 de dezembro de 2012
Post elítista. Só para quem é TRV!!!!
Nunca deixes no teu carro um livro do Nick Cave em cima de um dvd de Carpathian Forest. Corres o sério risco de seres excomungado pela legião do Black Metal...
Se alguma vez sonhassem que já tive um livro de Chico Buarque em cima do De Mysteries dom Sathanas de Mayhem acho que era queimado vivo.
Se alguma vez sonhassem que já tive um livro de Chico Buarque em cima do De Mysteries dom Sathanas de Mayhem acho que era queimado vivo.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
A Mulher Portuguesa Tem um Bocado de Pena dos Homens
A mulher portuguesa não é
só Fada do Lar, como Bruxa do Ar, Senhora do Mar e Menina Absolutamente
Impossível de Domar. É melhor que o Homem Português, não por ser mulher,
mas por ser mais portuguesa. Trabalha mais, sabe mais, quer mais e pode
mais. Faz tudo mais à excepção de poucas actividades de discutível
contribuição nacional (beber e comer de mais, ir ao futebol, etc).
Portugal (i.e., os homens portugueses) pagam-lhe este serviço,
pagando-lhes menos, ou até nada.
O pior defeito do Homem português é achar-se melhor e mais capaz que a Mulher. A maior qualidade da Mulher Portuguesa é não ligar nada a essas crassas generalizações, sabendo perfeitamente que não é verdade. Eis a primeira grande diferença: o Português liga muito à dicotomia Homem/Mulher; a Portuguesa não. O Português diz «O Homem isto, enquanto a Mulher aquilo». A Portuguesa diz «Depende». A única distinção que faz a Mulher Portuguesa é dizer, regra geral, que gosta mais dos homens do que das mulheres. E, como gostos não se discutem, é essa a única generalização indiscutível.
A Mulher Portuguesa é o oposto do que o Homem Português pensa. Também nesta frase se confirma a ideia de que o Homem pensa e a Mulher é, o Homem acha e a Mulher julga, o Homem racionaliza e a Mulher raciocina. E mais: mesmo esta distinção básica é feita porque este artigo não foi escrito por uma Mulher.
Porque é que aquilo que o Homem pensa que a Mulher é, é o oposto daquilo que a Mulher é, se cada Homem conhece de perto pelo menos uma Mulher? Porque o Português, para mal dele, julga sempre que a Mulher «dele» é diferente de todas as outras mulheres (um pouco como também acha, e faz gala disso, que ele é igual a todos os homens). A Mulher dele é selvagem mas as outras são mansas. A Mulher dele é fogo, ciúme, argúcia, domínio, cuidado. As outras são todas mais tépidas, parvas, galinhas, boazinhas, compreensíveis.
Ora a Mulher Portuguesa é tudo menos «compreensiva». Ou por outra: compreende, compreende perfeitamente, mas não aceita. Se perdoa é porque começa a menosprezar, a perder as ilusões, e a paciência. Para ela, a reacção mais violenta não é a raiva nem o ódio – é a indiferença. Se não se vinga não é por ser «boazinha» – é porque acha que não vale a pena.
A Mulher Portuguesa, sobretudo, atura o Homem. E o Homem, casca grossa, não compreende o vexame enorme que é ser aturado, juntamente com as crianças, o clima e os animais domésticos. Aturar alguém é o mesmo que dizer «coitadinho, ele não passa disto…» No fundo não é mais do que um acto de compaixão. A Mulher Portuguesa tem um bocado de pena dos Homens. E nisto, convenhamos, tem um bocado de razão.
O que safa o Homem, para além da pena, é a Mulher achar-lhe uma certa graça. A Mulher não pensa que este achar-graça é uma expressão superior da sua sensibilidade – pelo contrário, diverte-se com a ideia de ser oriundo de uma baixeza instintiva e pré-civilizacional, mas engraçada. Considera que aquilo que a leva a gostar de um Homem é uma fraqueza, um fenómeno puramente neuro-vegetativo ou para-simpático – enfim, pulsões alegres ou tristemente irresistíveis, sem qualquer valor.
E chegamos a outra característica importante. É que a Mulher Portuguesa, se pudesse cingir-se ao domínio da sua inteligência e mais pura vontade, nunca se meteria com Homem nenhum. Para quê? Se já sabe o que o Homem é? Aliás, não fossem certas questões desprezíveis da Natureza, passa muito bem sem os homens. No fundo encara-os como um fumador inveterado encara os cigarros: «Eu não devia, mas.. » E, como assim é, e não há nada a fazer, fuma-os alegremente com a atitude sã e filosófica do «Que se lixe».
Homens, em contrapartida, não podiam ser mais dependentes. Esta dependência, este ar desastrado e carente que nos está na cara, também vai fomentando alguma compaixão da parte das mulheres. A Mulher Portuguesa também atura o Homem porque acha que «ele sozinho, coitado; não se governava». O ditado «Quem manda na casa é ela, quem manda nela sou eu» é uma expressão da vacuidade do machismo português. A Mulher governa realmente o que é preciso governar, enquanto o homem, por abstracção ou inutilidade, se contenta com a aparência idiota de «mandar» nela. Mas ninguém manda nela. Quando muito, ela deixa que ele retenha a impressão de mandar. Porque ele, coitado, liga muito a essas coisas. Porque ele vive atormentado pelo terror que seria os amigos verificarem que ele, na realidade, não só na rua como em casa não «manda» absolutamente nada. «Mandar» é como «enviar» – é preciso ter algo para mandar e algo ao qual mandar. Esses algos são as mulheres que fazem.
O Homem é apenas alguém armado em carteiro. É o carteiro que está convencido que escreveu as cartas todas que diariamente entrega. A Mulher é a remetente e a destinatária que lhe alimenta essa ilusão, porque também não lhe faz diferença absolutamente nenhuma. Abre a porta de casa e diz «Muito obrigada». É quase uma questão de educação.
A imagem da «Mulher Portuguesa» que os homens portugueses fabricaram é apenas uma imagem da mulher com a qual eles realmente seriam capazes de se sentirem superiores. Uma galinha. Que dizer de um homem que é domador de galinhas, porque os outros animais lhe metem medo?
Na realidade, A Mulher Portuguesa é uma leoa que, por força das circunstâncias, sabe imitar a voz das galinhas, porque o rugir dela mete medo ao parceiro. Quando perdem a paciência, ou se cansam, cuidado. A Mulher portuguesa zangada não é o «Agarrem-me senão eu mato-o» dos homens: agarra mesmo, e mata mesmo. Se a Padeira de Aljubarrota fosse padeiro, é provável que se pusesse antes a envenenar os pães e ir servi-los aos castelhanos, em vez de sair porta fora com a pá na mão.
Miguel Esteves Cardoso, in ' A Causa das Coisas '
O pior defeito do Homem português é achar-se melhor e mais capaz que a Mulher. A maior qualidade da Mulher Portuguesa é não ligar nada a essas crassas generalizações, sabendo perfeitamente que não é verdade. Eis a primeira grande diferença: o Português liga muito à dicotomia Homem/Mulher; a Portuguesa não. O Português diz «O Homem isto, enquanto a Mulher aquilo». A Portuguesa diz «Depende». A única distinção que faz a Mulher Portuguesa é dizer, regra geral, que gosta mais dos homens do que das mulheres. E, como gostos não se discutem, é essa a única generalização indiscutível.
A Mulher Portuguesa é o oposto do que o Homem Português pensa. Também nesta frase se confirma a ideia de que o Homem pensa e a Mulher é, o Homem acha e a Mulher julga, o Homem racionaliza e a Mulher raciocina. E mais: mesmo esta distinção básica é feita porque este artigo não foi escrito por uma Mulher.
Porque é que aquilo que o Homem pensa que a Mulher é, é o oposto daquilo que a Mulher é, se cada Homem conhece de perto pelo menos uma Mulher? Porque o Português, para mal dele, julga sempre que a Mulher «dele» é diferente de todas as outras mulheres (um pouco como também acha, e faz gala disso, que ele é igual a todos os homens). A Mulher dele é selvagem mas as outras são mansas. A Mulher dele é fogo, ciúme, argúcia, domínio, cuidado. As outras são todas mais tépidas, parvas, galinhas, boazinhas, compreensíveis.
Ora a Mulher Portuguesa é tudo menos «compreensiva». Ou por outra: compreende, compreende perfeitamente, mas não aceita. Se perdoa é porque começa a menosprezar, a perder as ilusões, e a paciência. Para ela, a reacção mais violenta não é a raiva nem o ódio – é a indiferença. Se não se vinga não é por ser «boazinha» – é porque acha que não vale a pena.
A Mulher Portuguesa, sobretudo, atura o Homem. E o Homem, casca grossa, não compreende o vexame enorme que é ser aturado, juntamente com as crianças, o clima e os animais domésticos. Aturar alguém é o mesmo que dizer «coitadinho, ele não passa disto…» No fundo não é mais do que um acto de compaixão. A Mulher Portuguesa tem um bocado de pena dos Homens. E nisto, convenhamos, tem um bocado de razão.
O que safa o Homem, para além da pena, é a Mulher achar-lhe uma certa graça. A Mulher não pensa que este achar-graça é uma expressão superior da sua sensibilidade – pelo contrário, diverte-se com a ideia de ser oriundo de uma baixeza instintiva e pré-civilizacional, mas engraçada. Considera que aquilo que a leva a gostar de um Homem é uma fraqueza, um fenómeno puramente neuro-vegetativo ou para-simpático – enfim, pulsões alegres ou tristemente irresistíveis, sem qualquer valor.
E chegamos a outra característica importante. É que a Mulher Portuguesa, se pudesse cingir-se ao domínio da sua inteligência e mais pura vontade, nunca se meteria com Homem nenhum. Para quê? Se já sabe o que o Homem é? Aliás, não fossem certas questões desprezíveis da Natureza, passa muito bem sem os homens. No fundo encara-os como um fumador inveterado encara os cigarros: «Eu não devia, mas.. » E, como assim é, e não há nada a fazer, fuma-os alegremente com a atitude sã e filosófica do «Que se lixe».
Homens, em contrapartida, não podiam ser mais dependentes. Esta dependência, este ar desastrado e carente que nos está na cara, também vai fomentando alguma compaixão da parte das mulheres. A Mulher Portuguesa também atura o Homem porque acha que «ele sozinho, coitado; não se governava». O ditado «Quem manda na casa é ela, quem manda nela sou eu» é uma expressão da vacuidade do machismo português. A Mulher governa realmente o que é preciso governar, enquanto o homem, por abstracção ou inutilidade, se contenta com a aparência idiota de «mandar» nela. Mas ninguém manda nela. Quando muito, ela deixa que ele retenha a impressão de mandar. Porque ele, coitado, liga muito a essas coisas. Porque ele vive atormentado pelo terror que seria os amigos verificarem que ele, na realidade, não só na rua como em casa não «manda» absolutamente nada. «Mandar» é como «enviar» – é preciso ter algo para mandar e algo ao qual mandar. Esses algos são as mulheres que fazem.
O Homem é apenas alguém armado em carteiro. É o carteiro que está convencido que escreveu as cartas todas que diariamente entrega. A Mulher é a remetente e a destinatária que lhe alimenta essa ilusão, porque também não lhe faz diferença absolutamente nenhuma. Abre a porta de casa e diz «Muito obrigada». É quase uma questão de educação.
A imagem da «Mulher Portuguesa» que os homens portugueses fabricaram é apenas uma imagem da mulher com a qual eles realmente seriam capazes de se sentirem superiores. Uma galinha. Que dizer de um homem que é domador de galinhas, porque os outros animais lhe metem medo?
Na realidade, A Mulher Portuguesa é uma leoa que, por força das circunstâncias, sabe imitar a voz das galinhas, porque o rugir dela mete medo ao parceiro. Quando perdem a paciência, ou se cansam, cuidado. A Mulher portuguesa zangada não é o «Agarrem-me senão eu mato-o» dos homens: agarra mesmo, e mata mesmo. Se a Padeira de Aljubarrota fosse padeiro, é provável que se pusesse antes a envenenar os pães e ir servi-los aos castelhanos, em vez de sair porta fora com a pá na mão.
Miguel Esteves Cardoso, in ' A Causa das Coisas '
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Hypocrisy until the end...
Mais uma acção anti-tabágica está a caminho promovida pelo governo.
Mais uma medida hipócrita e - usando as duas únicas palavras que os políticos portugueses conhecem- demagoga e populista.
Se 80% do preço de um cigarro esfuma-se em impostos, seria digno que o governo recusasse usar esta falsa moral e dizer algo assim: "O seu país precisa de dinheiro. Seja patriota: fume. As finanças do estado agradecem." Isso seria a mais eficaz medida de sempre para muita gente deixar de fumar..
Imaginem o que aconteceria se todos os fumadores largassem o tabaco...
Em 2011 "só" entraram nos cofres do estado 1.500.000.000€ (1.500M €uros) provenientes dos impostos do tabaco. Se isto está assim tão mal, como seria sem esse numero de euros a entrar?
Deixemo-nos de falsas fés, senhor políticos
Eu sei que o tabaco faz mal. Muito mal. Mas comer hamburgers do Mc donald´s também e o álcool idem...
Para quando uma campanha contra esses dois flagelos/vícios????
Ou a obesidade e o alcoolismo também não são doenças tratadas pelo Serviço Nacional de Saúde ou são só fumadores que vão parar aos hospitais.?
Menos hipocrisia por favor...
Só por causa disso já fiquei com vontade de fumar. Mas vou só fumar 20% do cigarro. Os 80 % do estado ficarão intocados.
Mais uma medida hipócrita e - usando as duas únicas palavras que os políticos portugueses conhecem- demagoga e populista.
Se 80% do preço de um cigarro esfuma-se em impostos, seria digno que o governo recusasse usar esta falsa moral e dizer algo assim: "O seu país precisa de dinheiro. Seja patriota: fume. As finanças do estado agradecem." Isso seria a mais eficaz medida de sempre para muita gente deixar de fumar..
Imaginem o que aconteceria se todos os fumadores largassem o tabaco...
Em 2011 "só" entraram nos cofres do estado 1.500.000.000€ (1.500M €uros) provenientes dos impostos do tabaco. Se isto está assim tão mal, como seria sem esse numero de euros a entrar?
Deixemo-nos de falsas fés, senhor políticos
Eu sei que o tabaco faz mal. Muito mal. Mas comer hamburgers do Mc donald´s também e o álcool idem...
Para quando uma campanha contra esses dois flagelos/vícios????
Ou a obesidade e o alcoolismo também não são doenças tratadas pelo Serviço Nacional de Saúde ou são só fumadores que vão parar aos hospitais.?
Menos hipocrisia por favor...
Só por causa disso já fiquei com vontade de fumar. Mas vou só fumar 20% do cigarro. Os 80 % do estado ficarão intocados.
Com a demissão em bloco da direcção da Casa da Música, será que vai ser desta que a programação deixará de ser elitista?
Sofrer cortes orçamentais é motivo para desistir, para bater com a porta?
Se assim fosse o que seria de tantas empresas e de trabalhadores cujos rendimentos são\serão severamente afectados?
Não conseguem uma programação decente senão tiverem os fundos a que estavam habituados?
Conseguem pois... Basta abandonarem a política de eventos elitistas que sempre caracterizou a Casa da Música desde a sua abertura.
A arte, em geral, não pode ser elitista. Mas em Portugal é... Uma instituição que deveria ser ecléctica, nunca o foi. Não era suposto a programação atingir todo o tipo de públicos?
Sendo uma instituição estatal, parto do principio que sim...
Porque não aproveitar essa descida nos fundos e começar a apoiar mais artistas portugueses?
Talvez ficassem surpresos com a abundância de qualidade que há por cá só à espera que alguém dê o empurrãozinho.
Se os martelos- vulgo música electrónica- tem espaço na programação, porque não a estender para a música alternativa? Ficariam chocados com os baixos preços que muitas bandas praticam (as que sequer pedem dinheiro para tocar).
Em tantos anos de existência não é suficiente meia duzia de concertos de Mão Morta, Xutos e pontapés, Sunn o)))), Cowboy Junkies, Ulver, etc...
O Hard Club também não anda a nadar em dinheiro (muito pelo contrário) e consegue, e muito, uma programação ecléctica. Mas lá está, é privado. Tem que fazer pela vida. Não ficam à espera- nem fazem birra- de apoios estatais.
Dei o exemplo do Hard Club, meramente por proximidade. Poderia dar muitos exemplos de outros espaços culturais: Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest, Museu Berardo, C.C.B, etc...
Porque não aproveitar -parafraseando o nosso primeiro ministro-"esta fantástica oportunidade para mudar de vida"?
Se assim fosse o que seria de tantas empresas e de trabalhadores cujos rendimentos são\serão severamente afectados?
Não conseguem uma programação decente senão tiverem os fundos a que estavam habituados?
Conseguem pois... Basta abandonarem a política de eventos elitistas que sempre caracterizou a Casa da Música desde a sua abertura.
A arte, em geral, não pode ser elitista. Mas em Portugal é... Uma instituição que deveria ser ecléctica, nunca o foi. Não era suposto a programação atingir todo o tipo de públicos?
Sendo uma instituição estatal, parto do principio que sim...
Porque não aproveitar essa descida nos fundos e começar a apoiar mais artistas portugueses?
Talvez ficassem surpresos com a abundância de qualidade que há por cá só à espera que alguém dê o empurrãozinho.
Se os martelos- vulgo música electrónica- tem espaço na programação, porque não a estender para a música alternativa? Ficariam chocados com os baixos preços que muitas bandas praticam (as que sequer pedem dinheiro para tocar).
Em tantos anos de existência não é suficiente meia duzia de concertos de Mão Morta, Xutos e pontapés, Sunn o)))), Cowboy Junkies, Ulver, etc...
O Hard Club também não anda a nadar em dinheiro (muito pelo contrário) e consegue, e muito, uma programação ecléctica. Mas lá está, é privado. Tem que fazer pela vida. Não ficam à espera- nem fazem birra- de apoios estatais.
Dei o exemplo do Hard Club, meramente por proximidade. Poderia dar muitos exemplos de outros espaços culturais: Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest, Museu Berardo, C.C.B, etc...
Porque não aproveitar -parafraseando o nosso primeiro ministro-"esta fantástica oportunidade para mudar de vida"?
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Deuschland ubber alles!!!!!!!
A supremacia alemã jamais foi só em termos monetários. Vejamos a escola de filosofos alemâ... Isso sim é a raça suprema.
""O dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Representa: saúde, força, honra, generosidade e beleza, do mesmo modo que a falta dele representa: doença, fraqueza, desgraça, maldade e fealdade."
Arthur Schopenhauer- nada menos nada mais do que o mestre de Friedrich Nietzsche.
""O dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Representa: saúde, força, honra, generosidade e beleza, do mesmo modo que a falta dele representa: doença, fraqueza, desgraça, maldade e fealdade."
Arthur Schopenhauer- nada menos nada mais do que o mestre de Friedrich Nietzsche.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Devo ter escrito na testa "bom ouvinte" porque toda a gente- mesmo quem mal conheço- relata-me todos os seus problemas e a história da sua vida e nunca me levam a sério quando digo que não quero saber...
Por baixo de "bom ouvinte" devo ter escrito "mártir". Porque geralmente sou o alvo ideal para levar com as frustrações alheias em cima.
Por baixo de "bom ouvinte" devo ter escrito "mártir". Porque geralmente sou o alvo ideal para levar com as frustrações alheias em cima.
domingo, 16 de dezembro de 2012
A tua boca tem o sabor acre do cianeto.
Aquele doce sabor a morte do que nunca foi.
Nos teus lábios, tudo morre e tudo renasce.
Das cinzas das ruínas do que eles tocaram, emergem fragmentos de existências.
Apenas breves imagens desfocadas de impérios que caíram com o encostar dos teus lábios.
Embriaga-me com esse cianeto e observa os meus olhos a fecharem-se e a sorrirem.
Tudo porque serás a ultima imagem que captarão.
Inunda-me de morte.
Mas só do que eu quero que morra...
Mata a minha carne, ela é apenas uma peça de vestuário e deixa-me vaguear nu pelas nuvens das minhas criações.
Talvez sejam todas irreais , inexistentes, repelentes, mas são minhas...
São o pouco ou muito que é meu.
-Como se fosse possível quantificar o que não tem forma.
Beija-me onde quiseres, mas nunca beijes os meus sonhos...
Aquele doce sabor a morte do que nunca foi.
Nos teus lábios, tudo morre e tudo renasce.
Das cinzas das ruínas do que eles tocaram, emergem fragmentos de existências.
Apenas breves imagens desfocadas de impérios que caíram com o encostar dos teus lábios.
Embriaga-me com esse cianeto e observa os meus olhos a fecharem-se e a sorrirem.
Tudo porque serás a ultima imagem que captarão.
Inunda-me de morte.
Mas só do que eu quero que morra...
Mata a minha carne, ela é apenas uma peça de vestuário e deixa-me vaguear nu pelas nuvens das minhas criações.
Talvez sejam todas irreais , inexistentes, repelentes, mas são minhas...
São o pouco ou muito que é meu.
-Como se fosse possível quantificar o que não tem forma.
Beija-me onde quiseres, mas nunca beijes os meus sonhos...
sábado, 15 de dezembro de 2012
versões de temas que e deixam K.O. Volume: a melhor versão de sempre...
O original de Pet Shop Boys é sobejamente conhecido, mas esta versão de Gamma Ray é simplesmente sublime...
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Sugestão para o fim de semana. Não, não é festa. É mesmo culhões de festa!!!!!! À boa maneira da casa viva.
Uma banda com o nome tão lindo como Fina Flor do Entulho merece tudo.
Das melhores bandas portuguesas ao vivo de sempre e eu já vi umas quantas....
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Afinal o Vaticano acompanha a evolução dos tempos.
O papa tem uma conta no twitter...
O passo seguinte é o de tweetar que "afinal violar jovens rapazinhos vai contra o que supostamente defendemos". Aposto que este tweet não terá muitos "likes"...
O passo seguinte é o de tweetar que "afinal violar jovens rapazinhos vai contra o que supostamente defendemos". Aposto que este tweet não terá muitos "likes"...
Vitor Gaspar; o novo revolucionário da lingua portuguesa.
O nosso mui amado ministro das finanças só é conhecido pelo que tira e/ou quer tirar dos bolsos dos portugueses.
Já alguém se dignou a pensar no que sua excelência nos dá?
Por exemplo, aumentou o léxico tanto de jornalistas como do mais inculto membro do povo.
Alguma vez tinham ouvido a palavra "mitigar"?
Ah pois não tinham... Até à chegada deste ministro nunca sonhariam que ela existia.
Eu confesso que só a vi usada uma única vez e foi num livro de Dostoievski...
Hum- Troika é outra palavra russa\soviética. Já estou a ver de onde vem a escola política do nosso ministro... pelo menos sempre será melhor qualquer coisa do que a escola do Miguel Relvas.
E os discursos de Gaspar no parlamento são qualquer coisa também.
Todos os discursos de políticos visam enganar os eleitores, o problema é que todas as palavras usadas já eram recorrentes, gastas. Até que chegou Vitor e baralha todo o Portugal com os seus discursos enigmáticos mas de um português de alto nível. Por exemplo:" a simplificação excessiva de assuntos complexos conduz inevitavelmente a mal-entendidos que infelizmente tendem a persistir ao ponto de serem considerados verdades»
Quem fala assim não é gago certamente.
Vitor Gaspar conseguiu que eu, totalmente apolítico, fique colado nos seus discursos porque sei que dali sairá um português de alto nível. O conteúdo da mensagem em nada diferenciará de todos os outros políticos e seus discursos, mas pelo menos será rico a nível de vocabulário...
Já que somos sempre enganados, pelo menos que sejamos por alguém que sabe usar a maior riqueza de Portugal: a língua.
Já alguém se dignou a pensar no que sua excelência nos dá?
Por exemplo, aumentou o léxico tanto de jornalistas como do mais inculto membro do povo.
Alguma vez tinham ouvido a palavra "mitigar"?
Ah pois não tinham... Até à chegada deste ministro nunca sonhariam que ela existia.
Eu confesso que só a vi usada uma única vez e foi num livro de Dostoievski...
Hum- Troika é outra palavra russa\soviética. Já estou a ver de onde vem a escola política do nosso ministro... pelo menos sempre será melhor qualquer coisa do que a escola do Miguel Relvas.
E os discursos de Gaspar no parlamento são qualquer coisa também.
Todos os discursos de políticos visam enganar os eleitores, o problema é que todas as palavras usadas já eram recorrentes, gastas. Até que chegou Vitor e baralha todo o Portugal com os seus discursos enigmáticos mas de um português de alto nível. Por exemplo:" a simplificação excessiva de assuntos complexos conduz inevitavelmente a mal-entendidos que infelizmente tendem a persistir ao ponto de serem considerados verdades»
Quem fala assim não é gago certamente.
Vitor Gaspar conseguiu que eu, totalmente apolítico, fique colado nos seus discursos porque sei que dali sairá um português de alto nível. O conteúdo da mensagem em nada diferenciará de todos os outros políticos e seus discursos, mas pelo menos será rico a nível de vocabulário...
Já que somos sempre enganados, pelo menos que sejamos por alguém que sabe usar a maior riqueza de Portugal: a língua.
O volante de um carro como unica forma de rebeldia...
Detesto conduzir...
Infelizmente tenho que conduzir diariamente e passei boa parte da minha vida de servilismo- perdão: de membro honrado do proletariado- ao volante um pouco por todo o país. Tenho centenas de milhar de quilómetros nos pés e nas mãos, mas nunca gostei de conduzir.
Pegar num carro todos os dias é uma aventura. Nunca sabes o que vai acontecer...
Isto porque os cidadãos cumpridores de todas as regras que a sociedade lhes dita mudam completamente quando têm um volante na mão. É uma metamorfose estupenda...
É como se o seu carro fosse um estado independente, a sua ditadura privada, uma qualquer espécie de imunidade social. Até a mais pacata das criaturas insulta ferozmente o condutor que segue na sua frente, recalca as tais normas do civismo e bom-senso que deveriam servir a uma correcta circulação rodoviária.
As regras aprendidas nas escolas de condução, em dias são completamente esquecidas. Os sinais de transito transformam-se subitamente em pinturas surrealistas impossíveis de decifrar o seu significado.
Os limites de velocidade... Pois... Existem limites de velocidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! São só para os outros.
As mudanças de direcção jamais voltam a ser assinaladas. Nem sei porque as marcas insistem em colocar os "piscas" mesmo por baixo do volante. É que é um esforço sobre-humano esticar um dedo e activar o mecanismo...
"Para quê? Eu sei para onde vou, os outros não precisam de saber..."
Talvez seja por isso que eu dou sempre o pisca, porque nunca sei para onde vou...
Um carro é assim muito mais do que um meio de transporte. É uma forma de rebeldia, de fugir ás leis e ser mau para com os outros condutores, ser egoísta, de ter a ilusão que a estrada é só nossa, de fugir à realidade e inconscientemente-claro- ser anti-social.
É tão fixe buzinar... Reclamar com todos. Desejar a morte a quem nos ultrapassa.
É a dose de adrenalina que as existências socialmente correctas necessitam diariamente para não sufocarem no seu próprio tédio.
E quanto maior e mais potente for o carro, maior é a rebeldia e a inveja provocada nos outros condutores.
Reparem nas poses altivas com que os donos de Mercedes, Bmw´s e Audis saem dos seus carros. Quando estes avariam e lhes é cedido pelas seguradoras carros como Seats, Peugeots e afins, entram em depressão profunda porque foram reduzidos à banalidade, à normalidade, ao comum condutor e transgressor.
Os carros são um mal necessário à sociedade porque permitem uma ilusão de imunidade total aos seus condutores. Se não canalizassem para a estrada as suas frustrações, o que aconteceria?
Imaginem o numero de assassinos em série...
Infelizmente tenho que conduzir diariamente e passei boa parte da minha vida de servilismo- perdão: de membro honrado do proletariado- ao volante um pouco por todo o país. Tenho centenas de milhar de quilómetros nos pés e nas mãos, mas nunca gostei de conduzir.
Pegar num carro todos os dias é uma aventura. Nunca sabes o que vai acontecer...
Isto porque os cidadãos cumpridores de todas as regras que a sociedade lhes dita mudam completamente quando têm um volante na mão. É uma metamorfose estupenda...
É como se o seu carro fosse um estado independente, a sua ditadura privada, uma qualquer espécie de imunidade social. Até a mais pacata das criaturas insulta ferozmente o condutor que segue na sua frente, recalca as tais normas do civismo e bom-senso que deveriam servir a uma correcta circulação rodoviária.
As regras aprendidas nas escolas de condução, em dias são completamente esquecidas. Os sinais de transito transformam-se subitamente em pinturas surrealistas impossíveis de decifrar o seu significado.
Os limites de velocidade... Pois... Existem limites de velocidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! São só para os outros.
As mudanças de direcção jamais voltam a ser assinaladas. Nem sei porque as marcas insistem em colocar os "piscas" mesmo por baixo do volante. É que é um esforço sobre-humano esticar um dedo e activar o mecanismo...
"Para quê? Eu sei para onde vou, os outros não precisam de saber..."
Talvez seja por isso que eu dou sempre o pisca, porque nunca sei para onde vou...
Um carro é assim muito mais do que um meio de transporte. É uma forma de rebeldia, de fugir ás leis e ser mau para com os outros condutores, ser egoísta, de ter a ilusão que a estrada é só nossa, de fugir à realidade e inconscientemente-claro- ser anti-social.
É tão fixe buzinar... Reclamar com todos. Desejar a morte a quem nos ultrapassa.
É a dose de adrenalina que as existências socialmente correctas necessitam diariamente para não sufocarem no seu próprio tédio.
E quanto maior e mais potente for o carro, maior é a rebeldia e a inveja provocada nos outros condutores.
Reparem nas poses altivas com que os donos de Mercedes, Bmw´s e Audis saem dos seus carros. Quando estes avariam e lhes é cedido pelas seguradoras carros como Seats, Peugeots e afins, entram em depressão profunda porque foram reduzidos à banalidade, à normalidade, ao comum condutor e transgressor.
Os carros são um mal necessário à sociedade porque permitem uma ilusão de imunidade total aos seus condutores. Se não canalizassem para a estrada as suas frustrações, o que aconteceria?
Imaginem o numero de assassinos em série...
Tantos filosofos vaguearam entre dúvidas existenciais sem nunca chegar ao porto seguro de uma certeza...
Eu sim, descobri o sentido da minha existência...
Onde tudo faz sentido e a harmonia impera...
A minha existência foi arquitectada para estar na cama na ronha.
Não fazer nada, não querer saber de nada ou de alguém, apenas estar lá entre os lençois e cobertores imóvel, sem um único pensamento, despido de preocupações e maravilhar-me com a textura das paredes, com o calor que consigo produzir, com o quanto coisas simples contém em si de maravilhoso...
Novo capítulo sem atribulações será escrito a partir de agora nesta minha subjectiva viagem que é deambular entre os sonhos e o estar acordado...
Eu sim, descobri o sentido da minha existência...
Onde tudo faz sentido e a harmonia impera...
A minha existência foi arquitectada para estar na cama na ronha.
Não fazer nada, não querer saber de nada ou de alguém, apenas estar lá entre os lençois e cobertores imóvel, sem um único pensamento, despido de preocupações e maravilhar-me com a textura das paredes, com o calor que consigo produzir, com o quanto coisas simples contém em si de maravilhoso...
Novo capítulo sem atribulações será escrito a partir de agora nesta minha subjectiva viagem que é deambular entre os sonhos e o estar acordado...
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Só grandes músicas no Alvalade XXI ontem à noite.
A abrir, esta pérola.
Nada mais nada menos do que a introdução de Metallica em todos os seus concertos. No fim, outra pérola:
Ainda me perguntam a razão de eu gostar de futebol....
Nada mais nada menos do que a introdução de Metallica em todos os seus concertos. No fim, outra pérola:
Ainda me perguntam a razão de eu gostar de futebol....
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
O pôr do sol dos teus olhos,
O seu anoitecer ilumina mais do que a própria luz ou mil desejos virginais.
E as tempestades que neles se formam
São avassaladoras, consomem tudo à sua passagem e deixam exangue tudo à sua passagem.
São selvagens como a natureza...
Indomáveis, obliterantes...
São espelhos que reflectem apenas o interior.
Se ao menos um dia eles se fixassem nos meus...
Veriam um vazio, uma desolação, uma paisagem árida, um enorme baldio
onde só eles conseguiriam fazer crescer algo...
O seu anoitecer ilumina mais do que a própria luz ou mil desejos virginais.
E as tempestades que neles se formam
São avassaladoras, consomem tudo à sua passagem e deixam exangue tudo à sua passagem.
São selvagens como a natureza...
Indomáveis, obliterantes...
São espelhos que reflectem apenas o interior.
Se ao menos um dia eles se fixassem nos meus...
Veriam um vazio, uma desolação, uma paisagem árida, um enorme baldio
onde só eles conseguiriam fazer crescer algo...
A União Europeia está de tanga.
Serviste-te do país para chegares ao poleiro mais alto que podias.
Agora recebeste o prémio nóbel da paz como representante da União Europeia.
Não sei qual o mais ridículo, se esse prémio tão estupidamente atribuído ou tu, Durão Barroso.
Depois é suposto eu acreditar em políticos e ir votar....
És a prova máxima de que só os cabrões é que se safam...
O unico professor que Miguel Relvas alguma vez teve.
Desempenhaste bem o teu trabalho enquanto mentor.
Talvez ele consiga mesmo ultrapassar-te.
Agora recebeste o prémio nóbel da paz como representante da União Europeia.
Não sei qual o mais ridículo, se esse prémio tão estupidamente atribuído ou tu, Durão Barroso.
Depois é suposto eu acreditar em políticos e ir votar....
És a prova máxima de que só os cabrões é que se safam...
O unico professor que Miguel Relvas alguma vez teve.
Desempenhaste bem o teu trabalho enquanto mentor.
Talvez ele consiga mesmo ultrapassar-te.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Não há nada melhor para acabar com uma ressaca do que levar porrada de uma claque de futebol.
Vendo pelo lado positivo, por minha causa, 3 gunas hoje devem ter atingido o zénite da masculinidade.
Os arautos da masculinidade devem ter mudado os estatutos pelos quais se regem recentemente, porque anteriormente ser homem era dar porrada e ficar à espera da reacção do oponente e não dar murros por trás e desatar a fugir. Isso era conhecido como cobardia, mas é o que eu digo, não acompanho as modas. Estou desactualizado...
Os arautos da masculinidade devem ter mudado os estatutos pelos quais se regem recentemente, porque anteriormente ser homem era dar porrada e ficar à espera da reacção do oponente e não dar murros por trás e desatar a fugir. Isso era conhecido como cobardia, mas é o que eu digo, não acompanho as modas. Estou desactualizado...
Finalmente o meu valor é reconhecido!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só há uma coisa que eu sou bom a fazer: beber cerveja. Afirmo-o com toda a arrogância e pedantismo que consigam quantificar.
Após muitos anos de treinos árduos, o meu trabalho é finalmente recompensado com o convite para capitanear uma equipa na liga dos campeões dos bebedores de cerveja.
A prova consiste em 10 confrontos com outros bêbedos- perdão: bebedores de frescas- em que a equipa vencedora é a que conseguir beber mais cerveja no espaço de 4 horas. No final da competição os vencedores receberão...... cerveja. tinha que ser
Vai ser uma prova duríssima. Os primeiros oponentes são um trio de estudantes universitários e os jogos psicológicos já começaram. A irreverência da juventude contra a classe e a experiência dos trintões.
Tenho um doutoramento honoris causa em beber cerveja que vale mais do que quaisquer praxes académicas e queimas das fitas. Vai saber bem derrotar o narcisismo habitual dos estudantes universitários.
O confronto é já daqui a duas semanas. Tenho que intensificar os treinos para justificar o titulo recentemente atribuído de Lionel Messi a beber cerveja.
Após muitos anos de treinos árduos, o meu trabalho é finalmente recompensado com o convite para capitanear uma equipa na liga dos campeões dos bebedores de cerveja.
A prova consiste em 10 confrontos com outros bêbedos- perdão: bebedores de frescas- em que a equipa vencedora é a que conseguir beber mais cerveja no espaço de 4 horas. No final da competição os vencedores receberão...... cerveja. tinha que ser
Vai ser uma prova duríssima. Os primeiros oponentes são um trio de estudantes universitários e os jogos psicológicos já começaram. A irreverência da juventude contra a classe e a experiência dos trintões.
Tenho um doutoramento honoris causa em beber cerveja que vale mais do que quaisquer praxes académicas e queimas das fitas. Vai saber bem derrotar o narcisismo habitual dos estudantes universitários.
O confronto é já daqui a duas semanas. Tenho que intensificar os treinos para justificar o titulo recentemente atribuído de Lionel Messi a beber cerveja.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Versões que te deixam K.O. vol 2 "I got erection."
Turbonegro é das bandas mais dementes de sempre, mas não contavam com umas versões black metal do seu grande hino.
Aqui fica o original e as versões. Prefiro a de Satyricon, não fosse eu um gajo do mal....
Perdido e pioneiro são duas palavras e as duas são fáceis de pronunciar.
Então porque só é usada a palavra "perdido"?
Ou todos os pioneiros não foram primeira, imediata e erradamente classificados como perdidos antes de chegarem onde queriam e assim mostrar caminhos desconhecidos aos que os julgaram antecipadamente?
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Serei o único a não saber o próprio numero de contribuinte de cor?
Dirijo-me ás Finanças com uma carta registada em meu nome sobre um assunto que só eu posso resolver.
-"Diga-me só o seu numero de contribuinte." Nr: estava na missiva do ministério das finanças.
-"Deixei a carteira no carro. É mesmo necessário?"
-"É só para confirmar se é mesmo o senhor Nuno Nunes."
-"É normal aparecerem aqui outras pessoas senão o visado da carta registada?"
- "Não".
-"Então porque está a pedi-lo?"
Toca o telemóvel. Serei eu o único a atender sempre números privados?
É do Millenium Bcp para confirmar dados.
Tudo emperra no numero de contribuinte....
Telemóvel mais uma vez: Vodafone.
Pedem-me os primeiros algarismos do numero de contribuinte depois de dizerem correctamente tudo e mais alguma coisa sobre mim.
Não sei.......
Para terminar em beleza: telemovel. desta vez a PT com uma promoção qualquer na internet.
Para ter um desconto de 5 euros na mensalidade só tenho que confirmar os dados que já tem na ficha de cliente, só com o acréscimo de ter que dizer o úmero de contribuinte.
Aí passo-me com a pessoa ao telefone porque estou no trabalho e para isso tenho que sair da empresa e ir buscar a carteira onde tenho o carro. Caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Portanto, toda a minha existência resume-se ao numero de contribuinte....
-"Diga-me só o seu numero de contribuinte." Nr: estava na missiva do ministério das finanças.
-"Deixei a carteira no carro. É mesmo necessário?"
-"É só para confirmar se é mesmo o senhor Nuno Nunes."
-"É normal aparecerem aqui outras pessoas senão o visado da carta registada?"
- "Não".
-"Então porque está a pedi-lo?"
Toca o telemóvel. Serei eu o único a atender sempre números privados?
É do Millenium Bcp para confirmar dados.
Tudo emperra no numero de contribuinte....
Telemóvel mais uma vez: Vodafone.
Pedem-me os primeiros algarismos do numero de contribuinte depois de dizerem correctamente tudo e mais alguma coisa sobre mim.
Não sei.......
Para terminar em beleza: telemovel. desta vez a PT com uma promoção qualquer na internet.
Para ter um desconto de 5 euros na mensalidade só tenho que confirmar os dados que já tem na ficha de cliente, só com o acréscimo de ter que dizer o úmero de contribuinte.
Aí passo-me com a pessoa ao telefone porque estou no trabalho e para isso tenho que sair da empresa e ir buscar a carteira onde tenho o carro. Caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Portanto, toda a minha existência resume-se ao numero de contribuinte....
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Sugestão para o fim de semana: 20 anos de Desire. Sábado- Hard Club- Porto.
Uma banda muito especial para mim. Mudou a minha vida completamente. Formo sempre um sorriso quando oiço o nome. Desde a adolescência... Não os conheço há 20 anos, mas há 15 seguramente- Foda-se; estou mesmo a ficar velho...
De qualquer maneira, é de louvar uma banda que sempre foi desvalorizada na sua pátria aguentar-se 20 anos a fazer o que mais gosta. Isto só tem um nome: Paixão.
Irónico comemorarem o seu vigésimo aniversário no Hard Club- no antigo exigiram-lhes 2500 euros para abrirem para My dying Bride, mesmo sendo a banda portuguesa mais antiga e mais conceituada para o fazerem.
What goes around comes around...
De qualquer maneira, é de louvar uma banda que sempre foi desvalorizada na sua pátria aguentar-se 20 anos a fazer o que mais gosta. Isto só tem um nome: Paixão.
Irónico comemorarem o seu vigésimo aniversário no Hard Club- no antigo exigiram-lhes 2500 euros para abrirem para My dying Bride, mesmo sendo a banda portuguesa mais antiga e mais conceituada para o fazerem.
What goes around comes around...
Sou um mero passageiro nesta viagem.
Conduzido por rostos sem emoções.
No meu lugar do pendura limito-me a observar a paisagem,
Ténue, sombria, pincelada de cinzento, ou com uns ligeiros tons primários aqui e ali que chamam logo a atenção.
Só posso fazer isso enquanto passageiro...
Nunca sei para onde me conduzem, mas todos os locais parecem o mesmo.
As placas que deveriam indicar localidades, exibem nomes de pessoas.
Todos diferentes, mas com a mesma paisagem...
Já não me lembro onde ou se alguma vez estive ao volante desta viagem.
Se mo retiraram ou se o cedi de meu livre arbítrio.
Nada sei...
Excepto que chegou a hora de saltar em movimento e bater em cheio com o meu rosto no asfalto.
Sangrar, ficar com o seu gosto na minha boca.
Olhar para os arranhões e sorrir para eles.
Sentir intensamente cada dor que percorra o meu corpo.
Levantar-me, ignorar a roupa esburacada e seguir a pé pelo sentido oposto ás placas de direcção que se exibem altivas, ditatoriais.
Para onde? Pelo meio das florestas, pelo meio dos rios, do mar, das montanhas, por todos os locais onde não é suposto alguém ir.
Para longe de tudo só para ter o controlo, de saber que sou eu que comando a minha própria viagem.
Ficar semanas a olhar para uma queda de água, meses para uma árvore, anos para o simples voar de uma borboleta.
Ficar... Partir...Viver... Morrer... São apenas palavras e só fazem sentido nas viagens enquanto passageiro...
Dormir até deixar de sonhar e depois olhar para mais uma placa com um nome de alguém e sorrir...
Trazer nas pontas dos dedos o arco-íris e fazer um pequeno risco colorido na paisagem cinzenta...
Minúsculo, imperceptível ao olho nu...
Apenas para deixar a minha marca num nome.
Pois, por mais que queiram negá-la, a minha marca lá permanecerá...
Conduzido por rostos sem emoções.
No meu lugar do pendura limito-me a observar a paisagem,
Ténue, sombria, pincelada de cinzento, ou com uns ligeiros tons primários aqui e ali que chamam logo a atenção.
Só posso fazer isso enquanto passageiro...
Nunca sei para onde me conduzem, mas todos os locais parecem o mesmo.
As placas que deveriam indicar localidades, exibem nomes de pessoas.
Todos diferentes, mas com a mesma paisagem...
Já não me lembro onde ou se alguma vez estive ao volante desta viagem.
Se mo retiraram ou se o cedi de meu livre arbítrio.
Nada sei...
Excepto que chegou a hora de saltar em movimento e bater em cheio com o meu rosto no asfalto.
Sangrar, ficar com o seu gosto na minha boca.
Olhar para os arranhões e sorrir para eles.
Sentir intensamente cada dor que percorra o meu corpo.
Levantar-me, ignorar a roupa esburacada e seguir a pé pelo sentido oposto ás placas de direcção que se exibem altivas, ditatoriais.
Para onde? Pelo meio das florestas, pelo meio dos rios, do mar, das montanhas, por todos os locais onde não é suposto alguém ir.
Para longe de tudo só para ter o controlo, de saber que sou eu que comando a minha própria viagem.
Ficar semanas a olhar para uma queda de água, meses para uma árvore, anos para o simples voar de uma borboleta.
Ficar... Partir...Viver... Morrer... São apenas palavras e só fazem sentido nas viagens enquanto passageiro...
Dormir até deixar de sonhar e depois olhar para mais uma placa com um nome de alguém e sorrir...
Trazer nas pontas dos dedos o arco-íris e fazer um pequeno risco colorido na paisagem cinzenta...
Minúsculo, imperceptível ao olho nu...
Apenas para deixar a minha marca num nome.
Pois, por mais que queiram negá-la, a minha marca lá permanecerá...
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Rtp deixa de transmitir o programa cultural Camara Clara no final do ano.
E que tal mandar o Malato e o Fernando Mendes dar uma volta? Se o objectivo é reduzir custos... Ou será mesmo?
Já que fui insultado por defender o mesmo, deixo aqui um escritor consagrado. o tal que escreveu "Clube de combate." E agora?
"... num mundo sem Deus, as mães não são os novos deuses? A ultima posição inexpugnável e sagrada. Não é a maternidade o último milagre mágico e perfeito? Mas um milagre que é impossível para os homens.
E talvez os homens digam que estão contentes por não darem à luz, todo aquele sofrimento e todo aquele sangue, mas na verdade não passam de uvas verdes. É óbvio que o homem não é capaz de fazer nada tão incrível. Força de braços, pensamento abstracto, falos, quaisquer outra vantagens que os homens pareçam ter são coisas muito insignificantes.
Nem sequer podes martelar um prego com um falo.
As mulheres já nascem tão adiantadas em termos de capacidades.
No dia em que os homens conseguirem dar à luz, nessa altura é que podemos começar a falar de igualdade de direitos."
Chuck Palahniuk in "Asfixia".
Obrigado pelo livro Marlene. É do caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E talvez os homens digam que estão contentes por não darem à luz, todo aquele sofrimento e todo aquele sangue, mas na verdade não passam de uvas verdes. É óbvio que o homem não é capaz de fazer nada tão incrível. Força de braços, pensamento abstracto, falos, quaisquer outra vantagens que os homens pareçam ter são coisas muito insignificantes.
Nem sequer podes martelar um prego com um falo.
As mulheres já nascem tão adiantadas em termos de capacidades.
No dia em que os homens conseguirem dar à luz, nessa altura é que podemos começar a falar de igualdade de direitos."
Chuck Palahniuk in "Asfixia".
Obrigado pelo livro Marlene. É do caralho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Nova rúbrica: versões de músicas que deixam-te K.O.
Para inaugurar com pompa e circunstancia é logo uma dose dupla.
Nada mais nada menos que duas versões de "The final countdown" dos Europe.
Dedicadas à minha pessoa pois eu sou o "Last man standing" na verdadeira prova de sobrevivência que é 35 horas consecutivas a beber cerveja. Enjoy!!!!!!
Nada mais nada menos que duas versões de "The final countdown" dos Europe.
Dedicadas à minha pessoa pois eu sou o "Last man standing" na verdadeira prova de sobrevivência que é 35 horas consecutivas a beber cerveja. Enjoy!!!!!!
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