quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Com a demissão em bloco da direcção da Casa da Música, será que vai ser desta que a programação deixará de ser elitista?

Sofrer cortes orçamentais é motivo para desistir, para bater com a porta?
Se assim fosse o que seria de tantas empresas e de trabalhadores cujos rendimentos são\serão severamente afectados?
Não conseguem uma programação decente senão tiverem os fundos a que estavam habituados?
Conseguem pois... Basta abandonarem a política de eventos elitistas que sempre caracterizou a Casa da Música desde a sua abertura.
A arte, em geral, não pode ser elitista. Mas em Portugal é... Uma instituição que deveria ser ecléctica, nunca o foi. Não era suposto a programação atingir todo o tipo de públicos?
Sendo uma instituição estatal, parto do principio que sim...
Porque não aproveitar essa descida nos fundos e começar a apoiar mais artistas portugueses?
Talvez ficassem surpresos com a abundância de qualidade que há por cá só à espera que alguém dê o empurrãozinho.

Se os martelos- vulgo música electrónica- tem espaço na programação, porque não a estender para a música alternativa? Ficariam chocados com os baixos preços que muitas bandas praticam (as que sequer pedem dinheiro para tocar).
Em tantos anos de existência não é suficiente meia duzia de concertos de Mão Morta, Xutos e pontapés, Sunn o)))), Cowboy Junkies, Ulver, etc...
O Hard Club também não anda a nadar em dinheiro (muito pelo contrário) e consegue, e muito, uma programação ecléctica. Mas lá está, é privado. Tem que fazer pela vida. Não ficam à espera- nem fazem birra- de apoios estatais.
Dei o exemplo do Hard Club, meramente por proximidade. Poderia dar muitos exemplos de  outros espaços culturais: Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest, Museu Berardo, C.C.B, etc...

Porque não aproveitar -parafraseando o nosso primeiro ministro-"esta fantástica oportunidade para mudar de vida"?

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