As férias estão no fim. Uma vaga sensação de melancolia invade-me com o horizonte a formar a máquina que é obrigatório usar nos tempos que se avizinham... A ironia é um super-poder que me assiste para desenhar arco-iris nos dias de tempestade que se tornaram trabalhar. A incerteza de um futuro laboral é suavemente esbatida por uma fuga continua para a realidade poética onde eu escrevo todos os versos sem regras ou simplesmente despidos de sentido.
A hora do locus horrendus parece ter terminado na minha mente hiper-activa e foi substituido pelas cantigas de escárnio e ironia- novo artifício literal- enquanto me coloco na fila do matadouro onde tentam esventrar-me de valores e princípios. As facas rodam dentro de mim mas retiram apenas a superfície. Bem lá dentro, germinarão eternamente os pensamentos de liberdade espectral que poderão florescer um dia no chão onde se praticam estes suicídios obrigatórios da mente que é a sociedade...
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