Sou mártir na minha própria estória.
Escrevo-a despida de protagonistas.
Sofro não em vão por tudo o que desejei, desejo e desejarei conquistar.
Não inspiro novas falsas fés ou qualquer outra espécie de militancia.
Não busco reconhecimento, apenas solidão para continuar a escrever a minha trágica estória.
Ela poderá ter, tê-los-á certamente, muitos erros e as mesmas frases escritas de diversas maneiras. Umas vezes mais claras, outras, a maior parte, mais ambíguas...
A minha estória não será lida por ninguém,
Ninguém chorará por causa dela ou bustos serão feitos em sua honra.
A minha estória é a minha estória.
Pode ser diferente ou mesmo igual à tua, não deixará de ser única e original...
A história não é erguida por estórias como a minha.
A história é feita pelas religiões e pelos políticos.
Cabe-me a mim e a ti continuarmos a escrever as nossas estórias.
Por vezes elas tocar-se-ão. Parágrafos poderão ser iguais.
O relato é sempre dispar, excepto numa coisa:
Eu e tu somos mártires da nossa própria existência assim como todas as pessoas.
Uns conseguem aperceber-se e fazer do seu martírio uma bela estória.
Outros preferem esperar que a história os faça por eles...
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