Para um caminhante só existe uma direcção: em frente.
Os seus ouvidos captam os murmúrios de pessoas que se perderam em entroncamentos existenciais. Os seus olhos querem olhar para trás e ver esses rostos que marcaram talvez um desvio, mas a vontade, Ah a vontade, de um caminhante é errante...
Talvez voltar atrás seja sedutor. Aqueles rostos que pareciam ser os mapas da existência... Aquela ilusão que se desfez e se reconstruíu.
Na mochila do caminhante existem sempre dúvidas, mas existem ainda mais certezas. Certezas de que nada é certo e que muitos buracos farão a sua aparição para o derrubar.
Mas qual a glória de chegar ao local pretendido sem arranhões a ornamentar o nosso corpo e a nossa alma?
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