sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Sugestão para o fim de semana. Swans ao vivo em Guimarães. Sábado. Optimus Primavera Club.
Um tema como este é obrigatório neste blog anti-humano.
Sou um cleptomaníaco e como todos os cleptomaníacos tenho a tendência a roubar algo que não tenho necessidade.
Por isso é que eu quero roubar-te.
Resgatar-te da realidade irreal que construíste com oníricas paredes frágeis e janelas que o não são. São meros espelhos...
Não preciso de ti, mas quero-te mais do que a própria vida.
Não sei se só mesmo pelo prazer dúbio de roubar-te,
Ou se pelo puro masoquismo que é ter-te.
Ou então quero roubar-te apenas para guardar-te e esperar que no futuro voltes a ter um bocadinho do valor que já tiveste para mim.
Já foste tesouro milenar,
Santo Graal da existência que se auto-imolou.
Chama-me sonhador, o que quiseres, é-me indiferente.
Sempre terás algum valor para mim.
Agora, meramente simbólico, uma recordação ténue, agridoce, igual a um mero objecto.
Talvez seja assim para sempre, mas só roubando-te e guardando-te bem escondida de tudo e todos é que poderei ter a certeza.
Por isso é que eu quero roubar-te.
Resgatar-te da realidade irreal que construíste com oníricas paredes frágeis e janelas que o não são. São meros espelhos...
Não preciso de ti, mas quero-te mais do que a própria vida.
Não sei se só mesmo pelo prazer dúbio de roubar-te,
Ou se pelo puro masoquismo que é ter-te.
Ou então quero roubar-te apenas para guardar-te e esperar que no futuro voltes a ter um bocadinho do valor que já tiveste para mim.
Já foste tesouro milenar,
Santo Graal da existência que se auto-imolou.
Chama-me sonhador, o que quiseres, é-me indiferente.
Sempre terás algum valor para mim.
Agora, meramente simbólico, uma recordação ténue, agridoce, igual a um mero objecto.
Talvez seja assim para sempre, mas só roubando-te e guardando-te bem escondida de tudo e todos é que poderei ter a certeza.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa.
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Há uma linha que separa a arte do artista. Essa linha chama-se humanidade.
Jef Whitehead é um conceituado tatuador norte-americano mais conhecido no meio da intitulada música extrema pelo seu nome de guerra "Wrest". Para mim, o melhor músico de sempre. Sozinho gravou nada mais nada menos que 35 registos desde 1998 até aos dias de hoje (demos, ep´s, álbuns) com uma duração média de 1 hora . Poder-se-á afirmar que o homem "caga música". Impressionante até aqui, não?
Agora vem a parte má (humana): No ano passado Jef foi preso por violar e torturar a sua namorada com uma máquina de tatuar. Nem Brett Easton Ellis ou Dario Argento lembrar-se-iam de tal coisa para usar nos seus livros/filmes.
Usei o exemplo prático de Jef porque eu sempre defendi que a arte e o artista tem que estar separados. Quando coloco aqui, e faço-o muitas vezes, músicas, citações, etc... estou a prestar homenagem à arte criada e nunca à pessoa. Isto porque, por muita arte que consuma, jamais quero conhecer verdadeiramente o seu autor. Porque, obviamente, o autor é uma pessoa e todas as pessoas são merda....
Veja-se o caso de Jef: depois de saber disto já não consigo olhar para a sua música da mesma maneira.
É que não quero mesmo saber nada sobre os artistas a nível pessoal, porque isso vai influenciar e denegrir a minha opinião sobre a sua arte.
Já estive com muitos artistas à minha frente dos quais possuo e consumo muita coisa, mas jamais lhes dirigi a palavra. Não os quero conhecer. Prefiro ficar apenas com o seu mito. Com o seu trabalho que tanto valorizo. A partir do momento em que se transformam em pessoas com todos os (muitos) defeitos inerentes ao ser humano esse mito desfaz-se...
E como Nietzsche dizia : "Temos a arte para não morrer da verdade."
Agora vem a parte má (humana): No ano passado Jef foi preso por violar e torturar a sua namorada com uma máquina de tatuar. Nem Brett Easton Ellis ou Dario Argento lembrar-se-iam de tal coisa para usar nos seus livros/filmes.
Usei o exemplo prático de Jef porque eu sempre defendi que a arte e o artista tem que estar separados. Quando coloco aqui, e faço-o muitas vezes, músicas, citações, etc... estou a prestar homenagem à arte criada e nunca à pessoa. Isto porque, por muita arte que consuma, jamais quero conhecer verdadeiramente o seu autor. Porque, obviamente, o autor é uma pessoa e todas as pessoas são merda....
Veja-se o caso de Jef: depois de saber disto já não consigo olhar para a sua música da mesma maneira.
É que não quero mesmo saber nada sobre os artistas a nível pessoal, porque isso vai influenciar e denegrir a minha opinião sobre a sua arte.
Já estive com muitos artistas à minha frente dos quais possuo e consumo muita coisa, mas jamais lhes dirigi a palavra. Não os quero conhecer. Prefiro ficar apenas com o seu mito. Com o seu trabalho que tanto valorizo. A partir do momento em que se transformam em pessoas com todos os (muitos) defeitos inerentes ao ser humano esse mito desfaz-se...
E como Nietzsche dizia : "Temos a arte para não morrer da verdade."
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
O requisito para ser-se escritor nestes tempos em Portugal é somente aparecer na televisão.
É incontável o numero de romances (?) de apresentadores de telejornais, talk shows ou actores\ actrizes de novelas que figuram em alto destaque pelas fnac´s fora.
Sendo assim, eu que já apareci na tv durante uns segundos num jogo de futebol, também tenho direito...
Ou talvez não tenha o talento de uma Fátima Lopes, Barbara Norton de Matos ou Vitor Norte...
É incontável o numero de romances (?) de apresentadores de telejornais, talk shows ou actores\ actrizes de novelas que figuram em alto destaque pelas fnac´s fora.
Sendo assim, eu que já apareci na tv durante uns segundos num jogo de futebol, também tenho direito...
Ou talvez não tenha o talento de uma Fátima Lopes, Barbara Norton de Matos ou Vitor Norte...
domingo, 25 de novembro de 2012
Vou dissecar o teu ego.
O meu bisturi são as tuas ilusões.
Removo as entranhas do teu ego e delas jorram as mentiras com que o alimentas.
Mentiras mal digeridas, como que engolidas à pressa.
Não tem coração o teu ego.
Parece ter sido substituído por pura indiferença que bombeia o sangue para o resto do corpo.
Nele corre ambição desmedida e a qualquer custo.
E no cérebro só encontro ideias de outros...
O meu bisturi são as tuas ilusões.
Removo as entranhas do teu ego e delas jorram as mentiras com que o alimentas.
Mentiras mal digeridas, como que engolidas à pressa.
Não tem coração o teu ego.
Parece ter sido substituído por pura indiferença que bombeia o sangue para o resto do corpo.
Nele corre ambição desmedida e a qualquer custo.
E no cérebro só encontro ideias de outros...
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Quero estar sozinho com o meu deus...
Aquele deus em quem posso tocar, que sangra quando cortado...
Aquele deus que só é mau para si próprio,
Aquele deus que levita entre viagens do irreal ao ideal.
Aquele deus que não fala com ninguém, que não acredita em algum além.
Que tem a minha carne e o meu sangue e vê o que eu vejo.
Que toca no que eu toco e que acredita no mesmo que eu: em nada.
Eu sei que ele está lá porque tem as mesmas emoções que eu,
Tem os mesmos sonhos, as mesmas miragens, as mesmas vertigens,
A mesma ausência, o mesmo modo de comunicar no silêncio.
O mesmo enfado, a mesma modorra...
Quando o vejo reflectido num espelho é quando menos acredito nele...
Aquele deus em quem posso tocar, que sangra quando cortado...
Aquele deus que só é mau para si próprio,
Aquele deus que levita entre viagens do irreal ao ideal.
Aquele deus que não fala com ninguém, que não acredita em algum além.
Que tem a minha carne e o meu sangue e vê o que eu vejo.
Que toca no que eu toco e que acredita no mesmo que eu: em nada.
Eu sei que ele está lá porque tem as mesmas emoções que eu,
Tem os mesmos sonhos, as mesmas miragens, as mesmas vertigens,
A mesma ausência, o mesmo modo de comunicar no silêncio.
O mesmo enfado, a mesma modorra...
Quando o vejo reflectido num espelho é quando menos acredito nele...
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Agora que soube que não fui convidado para um casamento porque a noiva não acha piada que eu vá a esses eventos com a mesma roupa com que ando no quotidiano, pergunto-me se os convites para essas entronizações da futilidade são dirigidos ás pessoas ou ao seu vestuário.
Eu que pensava que não tinha sido convidado porque bebo muito....
Eu que pensava que não tinha sido convidado porque bebo muito....
Godog ao vivo Sábado. Inkulto Bar- Paços de Ferreira.
A primeira vez que ouvi esta banda foi ao abrirem para Mão Morta.
Na segunda vez tocaram antes de Paradise Lost.
Portanto, só boas recordações...
Vale bem a pena vê-los ao vivo. Toda a agressividade de guitarras distorcidas é complementada por um violino que assume todo o protagonismo conduzindo os nossos ouvidos a uma viagem paradoxal entre o peso do metal e a melodia que só instrumentos clássicos conseguem produzir.
Fica aqui esta fabulosa versão de Madredeus.
Aviso já que isto é viciante...
Na segunda vez tocaram antes de Paradise Lost.
Portanto, só boas recordações...
Vale bem a pena vê-los ao vivo. Toda a agressividade de guitarras distorcidas é complementada por um violino que assume todo o protagonismo conduzindo os nossos ouvidos a uma viagem paradoxal entre o peso do metal e a melodia que só instrumentos clássicos conseguem produzir.
Fica aqui esta fabulosa versão de Madredeus.
Aviso já que isto é viciante...
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Conversa de café com um D.j.
Eu- Então rapaz, tá tudo bem? Estás aí quase a espancar o portátil.
D.J- Vou fazer a primeira parte do D.J (...)! É um gajo muito conceituado dentro da cena do trance. Estou aqui a fazer o meu set.
Eu- Como é que fazes um set?
D.J- Fácil. Vou aqui à minha pasta de música e escolho umas cenas que saíram há pouco e copio para outra pasta e está feito.
Eu- Portanto, passas músicas de outros...
D.J- Sim
Eu- então porque estás tão nervoso? O pior que pode acontecer é o botão do play encravar.
D.J- Lá estás tu. Não estarias nervoso se fosses tocar com os Metallica ou com os Mão Morta? É igual. eu estou nervoso porque vou tocar com um gajo que é muito conceituado.
Eu- Mas tu vais tocar? Que instrumento vais tocar?
D.J- Nenhum. Porquê?
Eu- então não digas que vais tocar. Diz antes que vais carregar nuns botões numa mesa de mistura. "Tocar" só pode dizer quem domina um instrumento.
D.J- A sério, Nuno: qualquer dia vai-te calhar à frente um gajo do trance todo em ácidos que não te conhece de lado nenhum e não vai achar piada nenhuma a estares sempre a dizer que os D.J´s não são músicos.
Eu- A verdade doí sempre.
D.J- Vou mas é para casa que já me deixaste desconcentrado.
Eu:- Fazer "copy paste" é complicadíssimo. Mais difícil do que tocar guitarra. É preciso muita concentração...
Bora todos cantar isto. É tão lindo!!!!!
D.J- Vou fazer a primeira parte do D.J (...)! É um gajo muito conceituado dentro da cena do trance. Estou aqui a fazer o meu set.
Eu- Como é que fazes um set?
D.J- Fácil. Vou aqui à minha pasta de música e escolho umas cenas que saíram há pouco e copio para outra pasta e está feito.
Eu- Portanto, passas músicas de outros...
D.J- Sim
Eu- então porque estás tão nervoso? O pior que pode acontecer é o botão do play encravar.
D.J- Lá estás tu. Não estarias nervoso se fosses tocar com os Metallica ou com os Mão Morta? É igual. eu estou nervoso porque vou tocar com um gajo que é muito conceituado.
Eu- Mas tu vais tocar? Que instrumento vais tocar?
D.J- Nenhum. Porquê?
Eu- então não digas que vais tocar. Diz antes que vais carregar nuns botões numa mesa de mistura. "Tocar" só pode dizer quem domina um instrumento.
D.J- A sério, Nuno: qualquer dia vai-te calhar à frente um gajo do trance todo em ácidos que não te conhece de lado nenhum e não vai achar piada nenhuma a estares sempre a dizer que os D.J´s não são músicos.
Eu- A verdade doí sempre.
D.J- Vou mas é para casa que já me deixaste desconcentrado.
Eu:- Fazer "copy paste" é complicadíssimo. Mais difícil do que tocar guitarra. É preciso muita concentração...
Bora todos cantar isto. É tão lindo!!!!!
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
E mais nada...
“If you go home with somebody, and they don't have books, don't fuck them!” John Waters
Para filho da puta, filho da puta e meio.
O facto de trabalhar com mulheres leva a que acabe por conhece-las melhor do que elas próprias.
Existem dois tipos de rabugice matinal: o óbvio Sindrome Pré-Menstrual- quando este eclode sinto-me como se estivesse em Hiroshima no dia em que caiu a bomba atómica- ou o mais vulgar " falta de sexo".
Lido com as duas rabugices tranquilamente, mas hoje, regressado de férias, só queria era mesmo estar sossegadinho.
A minha supervisora começa a barafustar comigo sem razão e eu mando-lhe para o pc este vídeo:
A resposta não se fez esperar; passados 15 minutos ela diz-me isto na cara: - Nuninho, tens toda a razão. Até te convidava para seres o bombeiro para apagares o fogo, mas não deves ter mangueira suficiente para apagá-lo. AUCHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!! E lá se foi a réstia do meu orgulho masculino....
Existem dois tipos de rabugice matinal: o óbvio Sindrome Pré-Menstrual- quando este eclode sinto-me como se estivesse em Hiroshima no dia em que caiu a bomba atómica- ou o mais vulgar " falta de sexo".
Lido com as duas rabugices tranquilamente, mas hoje, regressado de férias, só queria era mesmo estar sossegadinho.
A minha supervisora começa a barafustar comigo sem razão e eu mando-lhe para o pc este vídeo:
A resposta não se fez esperar; passados 15 minutos ela diz-me isto na cara: - Nuninho, tens toda a razão. Até te convidava para seres o bombeiro para apagares o fogo, mas não deves ter mangueira suficiente para apagá-lo. AUCHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!! E lá se foi a réstia do meu orgulho masculino....
domingo, 18 de novembro de 2012
Casa de papel- crónica de Valter Hugo Mãe na edição de hoje da revista 2 do jornal Público.
"Chamar casa de Papel a uma crónica em torno das coisas dos livros é já denunciar um saudosismo romântico. Fica um tom melancólico no ar, uma poeticidade a mudar para antiga, talvez um certo lamento.
Não sou nada contra o livro digital e a maravilha que as tecnologias oferecem. Mas sou do tempo do papel e sonhei com livros de papel.
Quando pensei ser escritor, um livro assim abriu-se acima da minha cabeça imaginária como um telhado sob o qual passei a habitar.
Guardarei sempre essa ideia, ainda que possa vir a ler em ecrãs sofisticados e frios. O livro de papel, como o coração, é um símbolo.Habituei-me a conferir-lhe determinadas mágicas que, por mais sofisticação que me assalte, não serão substítuidas. O livro, esse de folhas, pulsa.
As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objectos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraçada mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um Ipad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas.Eternas e sem mudanças.De confiança.
Quantas vezes, estupefacto, abri um livro na mesma página para encontrar a mesma frase da mesma maneira apresentada? E que prazer saber que a expectativa de que aquele universo se preserve não sairia gorada, porque os livros de papel são estáveis, não pensam em ser outra coisa senão por dentro das próprias palavras. (...)
Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. (...)
Os leitores, sabemos bem, são territoriais. Como os cães. Sublinhamos e não suportamos os sublinhados dos outros. Ainda que toscos, mal alinhados, são a marca da nossa passagem por ali. É a reclamação da posse. Como os cães. Como, pois, dar provimento a essa natureza num ecrã?Que efeito terá uma linha mandada traçar por um comando asséptico que não se pode comparar com o chichi? O dos cães.
Faz-me sofrer. Confesso. Faz-me sofrer."
Uma das principais razões de ler o Público é o facto de recusarem o novo acordo ortográfico....
Não sou nada contra o livro digital e a maravilha que as tecnologias oferecem. Mas sou do tempo do papel e sonhei com livros de papel.
Quando pensei ser escritor, um livro assim abriu-se acima da minha cabeça imaginária como um telhado sob o qual passei a habitar.
Guardarei sempre essa ideia, ainda que possa vir a ler em ecrãs sofisticados e frios. O livro de papel, como o coração, é um símbolo.Habituei-me a conferir-lhe determinadas mágicas que, por mais sofisticação que me assalte, não serão substítuidas. O livro, esse de folhas, pulsa.
As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objectos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraçada mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um Ipad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas.Eternas e sem mudanças.De confiança.
Quantas vezes, estupefacto, abri um livro na mesma página para encontrar a mesma frase da mesma maneira apresentada? E que prazer saber que a expectativa de que aquele universo se preserve não sairia gorada, porque os livros de papel são estáveis, não pensam em ser outra coisa senão por dentro das próprias palavras. (...)
Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. (...)
Os leitores, sabemos bem, são territoriais. Como os cães. Sublinhamos e não suportamos os sublinhados dos outros. Ainda que toscos, mal alinhados, são a marca da nossa passagem por ali. É a reclamação da posse. Como os cães. Como, pois, dar provimento a essa natureza num ecrã?Que efeito terá uma linha mandada traçar por um comando asséptico que não se pode comparar com o chichi? O dos cães.
Faz-me sofrer. Confesso. Faz-me sofrer."
Uma das principais razões de ler o Público é o facto de recusarem o novo acordo ortográfico....
Mais um caso para Mulder e Scully dos X-Files.
Paranormal é em países como Inglaterra, França, Holanda e Alemanha livros de autores portugueses custarem no máximo 8 euros enquanto que cá é dos 12 aos 25 euros.
Bizarro...
Supostamente, as editoras desses países já comportam no preço os direitos legais pagos ás editoras portuguesas e a tradução da obra.
A consequência deste fenómeno é leitores, como eu, ávidos da excelente literatura nacional comprarem livros em edições inglesas de livros feitos cá.
É triste.... ter que ler em inglês alguém que escreve na minha língua- o maior tesouro que este país possui.
Bizarro...
Supostamente, as editoras desses países já comportam no preço os direitos legais pagos ás editoras portuguesas e a tradução da obra.
A consequência deste fenómeno é leitores, como eu, ávidos da excelente literatura nacional comprarem livros em edições inglesas de livros feitos cá.
É triste.... ter que ler em inglês alguém que escreve na minha língua- o maior tesouro que este país possui.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
És eterno, anticristo!!!!!
"O universo não tem notícia da nossa existência."
José Saramago- 16/11/1922- 18/06/2010
José Saramago- 16/11/1922- 18/06/2010
podemos considerar-me uma espécie de piromaniaco.
mas o meu prazer advém de incendiar convenções sociais e mentes limitadas.
Observar as chamas que consomem lentamente os olhares onde as dúvidas são o combustível
e os guiões que nos dão no inicio da vida são os extintores vazios com que tentam em vão conter o fogo.
É demencial, não há palavras, ver o fogo em espirais perfeitas consumindo tudo à sua passagem.
Um orgasmo extra-carnal que transcende a própria existência.
Depois de tudo dizimado, mergulho as mãos nas cinzas e espalho-as pelo meu corpo.
Os olhares que me olham, já não são vazios apesar de nada conterem,
E as mentes que arderam são agora livres.
Livres para se corromperem por si próprias...
mas o meu prazer advém de incendiar convenções sociais e mentes limitadas.
Observar as chamas que consomem lentamente os olhares onde as dúvidas são o combustível
e os guiões que nos dão no inicio da vida são os extintores vazios com que tentam em vão conter o fogo.
É demencial, não há palavras, ver o fogo em espirais perfeitas consumindo tudo à sua passagem.
Um orgasmo extra-carnal que transcende a própria existência.
Depois de tudo dizimado, mergulho as mãos nas cinzas e espalho-as pelo meu corpo.
Os olhares que me olham, já não são vazios apesar de nada conterem,
E as mentes que arderam são agora livres.
Livres para se corromperem por si próprias...
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Ministro da Administração Interna indica nova carreira com futuro para desempregados.
"Profissionais da desordem e da destruição"- Foi assim que o ministro classificou as pessoas alegadamente responsáveis pelos confrontos de ontem na Assembleia da República entre a polícia e manifestantes.
Tendo em conta a falta de emprego que prolifera no país, esta é uma carreira com enorme saída e a Universidade Lusófona já abriu centenas de vagas para este curso que será leccionado pelo seu mais brilhante pupilo, nada mais nada menos que Miguel Relvas.
A quantidade de manifestações, confrontos com a polícia e detenções que os formandos apresentarem serão convertidas em créditos que darão equivalência a muitas cadeiras....
A claque do Zborden- Juventude Leonina- absorverá imediatamente a primeira fornada que sairá da Lusofona destes profissionais para aterrorizarem a direcção e plantel do clube e assim tentarem que voltem ás vitórias que já se transformaram em miragens para os adeptos da equipa dos betos- perdão, dos viscondes.
Se as vitórias continuarem a fugir aos leões, esses "profissionais" serão usados para incendiar todos os estádios onde as derrotas acontecerem para depois culparem as direcções dos clubes rivais por não darem condições de segurança.
Há só um problema: se incendiarem um estádio sempre que o zborden perder, não restará em breve um único estádio no país e o próprio estádio Alvalade XXI terá que ser reconstruído todas as semanas. E dinheiro para isto???????
Tendo em conta a falta de emprego que prolifera no país, esta é uma carreira com enorme saída e a Universidade Lusófona já abriu centenas de vagas para este curso que será leccionado pelo seu mais brilhante pupilo, nada mais nada menos que Miguel Relvas.
A quantidade de manifestações, confrontos com a polícia e detenções que os formandos apresentarem serão convertidas em créditos que darão equivalência a muitas cadeiras....
A claque do Zborden- Juventude Leonina- absorverá imediatamente a primeira fornada que sairá da Lusofona destes profissionais para aterrorizarem a direcção e plantel do clube e assim tentarem que voltem ás vitórias que já se transformaram em miragens para os adeptos da equipa dos betos- perdão, dos viscondes.
Se as vitórias continuarem a fugir aos leões, esses "profissionais" serão usados para incendiar todos os estádios onde as derrotas acontecerem para depois culparem as direcções dos clubes rivais por não darem condições de segurança.
Há só um problema: se incendiarem um estádio sempre que o zborden perder, não restará em breve um único estádio no país e o próprio estádio Alvalade XXI terá que ser reconstruído todas as semanas. E dinheiro para isto???????
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Traz mais um prémio literário cá para o burgo, Gonçalo. Quando morreres, dar-te-ão valor...
A grande Inteligência é sobreviver.
As tartarugas portanto não são teimosas nem lentas, dominam;
SIM, a ciência.
Toda a tecnologia é quase inútil e estúpida,
porque a artesanal tartaruga,
a espontânea TARTARUGA,
permanece sobre a terra mais anos que o homem.
Portanto,
como a grande inteligência é sobreviver,
a tartaruga é Filósofa e Laboratório,
e o Homem que já foi Rei da criação
não passa, afinal, de um crustáceo FALSO,
um lavagante pedante;
um animal de cabeça dura. Ponto.
Gonçalo M. Tavares.
As tartarugas portanto não são teimosas nem lentas, dominam;
SIM, a ciência.
Toda a tecnologia é quase inútil e estúpida,
porque a artesanal tartaruga,
a espontânea TARTARUGA,
permanece sobre a terra mais anos que o homem.
Portanto,
como a grande inteligência é sobreviver,
a tartaruga é Filósofa e Laboratório,
e o Homem que já foi Rei da criação
não passa, afinal, de um crustáceo FALSO,
um lavagante pedante;
um animal de cabeça dura. Ponto.
Gonçalo M. Tavares.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Eu sou o teu labirinto.
Onde te perdes constantemente pois as paredes estão em constante mutação,
Os caminhos são errantes e variam com a vontade do vento.
Nada é igual por mais vezes que passes pelo que pensas ser o mesmo local.
A saída é inexistente, porque quero que fiques até ao fim do tempo dentro de mim.
No momento em que entras neste labirinto deixas para trás tudo o que consideras teu,
Não há espaço para posses neste local claustrofobico e ao mesmo tempo tão amplo.
Jamais irás perder-te apesar de nunca saberes onde estás...
Deixa-te estar...
Aproveita a comodidade de alguns locais e foge da negritude de outros...
Acima de tudo conforma-te, porque não sairás mais daqui.
Eu não deixo...
Onde te perdes constantemente pois as paredes estão em constante mutação,
Os caminhos são errantes e variam com a vontade do vento.
Nada é igual por mais vezes que passes pelo que pensas ser o mesmo local.
A saída é inexistente, porque quero que fiques até ao fim do tempo dentro de mim.
No momento em que entras neste labirinto deixas para trás tudo o que consideras teu,
Não há espaço para posses neste local claustrofobico e ao mesmo tempo tão amplo.
Jamais irás perder-te apesar de nunca saberes onde estás...
Deixa-te estar...
Aproveita a comodidade de alguns locais e foge da negritude de outros...
Acima de tudo conforma-te, porque não sairás mais daqui.
Eu não deixo...
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Mais uma pérola da literatura portuguesa.
Poderá parecer paradoxal pois trata-se de uma peça jornalística sobre um jogo de futebol, mas digo-vos que se o jornalismo desportivo luso fosse assim sempre eu compraria um jornal desportivo todos os dias.
Isto é tão lindo que até é um desperdício ser sobre futebol.
"A militância sôfrega do Benfica, obstinadamente apontada a uma ideologia de consecução, tem tanto de comovente como de perigosa. Para os adversários, naturalmente, e para si mesmo.
É uma guerra entre dois mundos, o anjo num ombro e o diabo no outro, um dislate digno do mais arrojado dos galanteadores: enamora, cativa, mas anda sempre no limiar do perigo, da inconsciência absurda dos que encontram na vida dupla os mistérios do prazer.
Ora, o triunfo em Vila do Conde tem muito disto. Da virtude óbvia na manipulação ofensiva - ameaçadora, apoiada na movimentação louca de Lima e no pé esquerdo imemorial de Cardozo ¿ e da fragilidade sectarista no outro lado do jogo: a solidez, a consistência, a incapacidade de acalmar a onda de desejo.
O golo de Lima, mesmo em cima do intervalo, evitou as consequências trágicas de quem bate só por bater, ama só por amar ou ataca só por atacar. Por desvario, por impulso, por devoção. Neste particular, não restem dúvidas, o Benfica é uma equipa encantadora, uma máquina compressora. (...)
Isto é tão lindo que até é um desperdício ser sobre futebol.
"A militância sôfrega do Benfica, obstinadamente apontada a uma ideologia de consecução, tem tanto de comovente como de perigosa. Para os adversários, naturalmente, e para si mesmo.
É uma guerra entre dois mundos, o anjo num ombro e o diabo no outro, um dislate digno do mais arrojado dos galanteadores: enamora, cativa, mas anda sempre no limiar do perigo, da inconsciência absurda dos que encontram na vida dupla os mistérios do prazer.
Ora, o triunfo em Vila do Conde tem muito disto. Da virtude óbvia na manipulação ofensiva - ameaçadora, apoiada na movimentação louca de Lima e no pé esquerdo imemorial de Cardozo ¿ e da fragilidade sectarista no outro lado do jogo: a solidez, a consistência, a incapacidade de acalmar a onda de desejo.
O golo de Lima, mesmo em cima do intervalo, evitou as consequências trágicas de quem bate só por bater, ama só por amar ou ataca só por atacar. Por desvario, por impulso, por devoção. Neste particular, não restem dúvidas, o Benfica é uma equipa encantadora, uma máquina compressora. (...)
A visão dogmática do Benfica é clara, evidente: é uma estrutura de ataque, bate, mói, incomoda.
É só imaginar o mais enraivecido dos pugilistas para projetar a devida imagem. Enquanto os músculos dos braços respiram avidez, a esquerda (Cardozo) mostra uma potência surreal e a direita (Lima) soma KO¿s caprichosos e decisores. (...)
É só imaginar o mais enraivecido dos pugilistas para projetar a devida imagem. Enquanto os músculos dos braços respiram avidez, a esquerda (Cardozo) mostra uma potência surreal e a direita (Lima) soma KO¿s caprichosos e decisores. (...)
O pior, lá está, é a face negra desta forma de jogar e pensar. O Benfica altivo, diletante, é incapaz de identificar o momento certo para parar. O momento para gerir, lateralizar, quebrar o ritmo e a réstia de ânimo no oponente. (...)
A vitória do Benfica é um passo interessante neste campeonato, mas a tal militância cega pode trazer dissabores. Nenhuma teoria radical é capaz de ser razoável e equilibrada. É precisamente disso que a equipa de Jesus precisa urgentemente: sensatez em todos os momentos. "
Por Pedro Jorge Da Cunha in maisfutebol.iol.pt
Os emoticons do messenger vão para o desemprego e a culpa é tua porque deixaste de usar o Messenger. Como consegues dormir à noite?
Tantos anos eles acompanharam-te e cagaste para eles com o advento do Facebook.
Quando vires na Tvi uma reportagem sobre o suícidio de alguns deles, espero que sintas remorsos pois terás sangue nas tuas mãos....
Quando vires na Tvi uma reportagem sobre o suícidio de alguns deles, espero que sintas remorsos pois terás sangue nas tuas mãos....
domingo, 11 de novembro de 2012
Cabrão mode: On!!!!
Depois do ministro que não andou na escola e do ministro da defesa que não foi à tropa, Portugal tinha que manter a coerência e ter uma gorda como presidente do banco alimentar contra a fome.
30 anos de perversão sexual.
W.A.S.P- we are sexual perverts- estiveram ontem cá pelo burgo num concerto inserido na digressão comemorativa dos 30 anos de carreira da banda.
O que esperar de um concerto de um grupo com um nome destes?
Muito, mas muito mesmo, rock n roll sem preconceitos, sem pretensões, sem arrogância, sem vedetismo e com uma dedicação aos fans que ainda não vi em nenhuma banda com putos de 20 anos.
Actualmente ser músico parece ser o olimpo, a entronização da mediocridade, a isenção obrigatória de humildade, a imunidade total e o desrespeito por quem coloca as bandas no topo: quem compra os discos e vai aos concertos.
A maior parte dos músicos que foram surgindo nas duas ultimas decadas parecem não se ter apercebido que só vão a algum lado se alguém consumir as suas criações por muito, ou pouco talento(a maior parte) que tenham.
Portanto; Wasp já andavam a tocar quando eu ainda cagava nas fraldas. Uma banda importantíssima na cena musical hard n heavy e grande referencia para um infindável numero de bandas, até era tolerável alguma arrogancia e até justificável, mas nada disso ocorreu.
Blackie Lawless (guitarrista e vocalista, membro fundador e unico ainda restante da formação original) é o verdadeiro frontman. Sabe puxar pelo público, põ-lo à vontade e dar-lhe exactamente o que pagaram para ver: rock n roll puro e duro.
A energia de temas tão antigos é contagiante e não havia ninguém que conseguisse estar quieto no Campo Pequeno, o senhor Lawless não deixava isso acontecer.
Estava acompanhado por grandes músicos que, tal como eu, ainda não sabiam o que era uma sanita aquando da estreia de Wasp. Via-se o orgulho estampado nos seus rostos por poderem tocar com um monstro da música e aplicam-se para ficar à altura dos pergaminhos da banda.
De salientar as diferentes gerações que estavam presentes. Os 30 anos da banda estavam bem representados na audiência que ia desde os cinquentões aos adolescentes equipados como mandam as regras com camisolas da banda.
O exemplo máximo de que a boa música é intemporal...
Em conclusão: prefiro de longe ver concertos de bandas antigas do que ver bandas recentes. São músicos que lutaram contra muito para chegarem onde estão e não deixam os créditos por mãos alheias. Actualmente é muito mais fácil. Qualquer merda é editada, não é necessário lutar por nada, daí o alheamento enorme que há em relação à qualidade.
WASP só me fez sentir-me muito mal comigo próprio por ainda não ter visto Motorhead ao vivo. É uma falha imperdoável!!!! Não sei como ainda consigo viver comigo próprio!!!! Vou pensar que isto foi só o aperitivo para quando o senhor Lemmy vier cá novamente ao burgo dizimar toda a gente com a sua voz de Jack Daniels.
O que esperar de um concerto de um grupo com um nome destes?
Muito, mas muito mesmo, rock n roll sem preconceitos, sem pretensões, sem arrogância, sem vedetismo e com uma dedicação aos fans que ainda não vi em nenhuma banda com putos de 20 anos.
Actualmente ser músico parece ser o olimpo, a entronização da mediocridade, a isenção obrigatória de humildade, a imunidade total e o desrespeito por quem coloca as bandas no topo: quem compra os discos e vai aos concertos.
A maior parte dos músicos que foram surgindo nas duas ultimas decadas parecem não se ter apercebido que só vão a algum lado se alguém consumir as suas criações por muito, ou pouco talento(a maior parte) que tenham.
Portanto; Wasp já andavam a tocar quando eu ainda cagava nas fraldas. Uma banda importantíssima na cena musical hard n heavy e grande referencia para um infindável numero de bandas, até era tolerável alguma arrogancia e até justificável, mas nada disso ocorreu.
Blackie Lawless (guitarrista e vocalista, membro fundador e unico ainda restante da formação original) é o verdadeiro frontman. Sabe puxar pelo público, põ-lo à vontade e dar-lhe exactamente o que pagaram para ver: rock n roll puro e duro.
A energia de temas tão antigos é contagiante e não havia ninguém que conseguisse estar quieto no Campo Pequeno, o senhor Lawless não deixava isso acontecer.
Estava acompanhado por grandes músicos que, tal como eu, ainda não sabiam o que era uma sanita aquando da estreia de Wasp. Via-se o orgulho estampado nos seus rostos por poderem tocar com um monstro da música e aplicam-se para ficar à altura dos pergaminhos da banda.
De salientar as diferentes gerações que estavam presentes. Os 30 anos da banda estavam bem representados na audiência que ia desde os cinquentões aos adolescentes equipados como mandam as regras com camisolas da banda.
O exemplo máximo de que a boa música é intemporal...
Em conclusão: prefiro de longe ver concertos de bandas antigas do que ver bandas recentes. São músicos que lutaram contra muito para chegarem onde estão e não deixam os créditos por mãos alheias. Actualmente é muito mais fácil. Qualquer merda é editada, não é necessário lutar por nada, daí o alheamento enorme que há em relação à qualidade.
WASP só me fez sentir-me muito mal comigo próprio por ainda não ter visto Motorhead ao vivo. É uma falha imperdoável!!!! Não sei como ainda consigo viver comigo próprio!!!! Vou pensar que isto foi só o aperitivo para quando o senhor Lemmy vier cá novamente ao burgo dizimar toda a gente com a sua voz de Jack Daniels.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Quaisquer semelhanças com um texto de alguém não são mera coincidencia....
Nada tenho
Nada tem o meu nome escrito em si
Nada quero
Nada quero querer
Não me identifico com nada
Nada se identifica comigo
muito menos estas palavras
ou os meus sonhos
Ah, mas a revolta...
Essa sim tem-me
Como se em mim coubesse toda a revolta do mundo...
Nada tem o meu nome escrito em si
Nada quero
Nada quero querer
Não me identifico com nada
Nada se identifica comigo
muito menos estas palavras
ou os meus sonhos
Ah, mas a revolta...
Essa sim tem-me
Como se em mim coubesse toda a revolta do mundo...
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Pedi a uma colega um lenço de papel porque o meu colossal ranho é infindável e esgota todos os meus stocks e qual não é a minha surpresa quando ela dá-me um lenço de papel todo fofinho com a Hello Kitty!!!!!!!
Proponho aos japoneses proprietários da marca que lancem também pensos higiénicos e tampões com a Kitty. Seria um enorme sucesso de vendas também...
Qualquer dia o meu sonho de ver um tanque panzer alemão cor-de-rosa com a gatinha tornar-se-á realidade, tal a dominação global que a marca tem...
Proponho aos japoneses proprietários da marca que lancem também pensos higiénicos e tampões com a Kitty. Seria um enorme sucesso de vendas também...
Qualquer dia o meu sonho de ver um tanque panzer alemão cor-de-rosa com a gatinha tornar-se-á realidade, tal a dominação global que a marca tem...
terça-feira, 6 de novembro de 2012
A queda da miragem no abismo do esquecimento
ou o partir de todos os espelhos que existem no mundo...
O que seria de ti sem o teu reflexo que buscas em todos os espelhos, janelas ou meros cursos de água? Narciso imponente
Potestade impotente...
Seráficos traços apagados pela borracha da memória
Pela frente apenas o vazio
O desespero de encontrar um espelho
As palavras dos outros servem para esse fim...
Aliás esse é que é o verdadeiro e único espelho...
ou o partir de todos os espelhos que existem no mundo...
O que seria de ti sem o teu reflexo que buscas em todos os espelhos, janelas ou meros cursos de água? Narciso imponente
Potestade impotente...
Seráficos traços apagados pela borracha da memória
Pela frente apenas o vazio
O desespero de encontrar um espelho
As palavras dos outros servem para esse fim...
Aliás esse é que é o verdadeiro e único espelho...
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Uma vez disseram-me que as mulheres não ficam indiferentes à minha presença.
Claro que não ficam, isso é um facto. Indiferentes jamais, apenas com um ódio visceral a este vulto noctivago.
Vamos lá ao mais recente exemplo:
Jantar de aniversário de uma amiga. O álcool flui tão livremente como as conversas.
No final, quando toda a gente vai para casa, eu continuo com a minha sede insaciável portanto lanço o repto à rapariga que muito gentilmente deu-me boleia para ir beber mais um copo a qualquer lado. Ela alinha no desafio e "arrepiámos caminho" - mais uma expressão que sempre desejei usar. Check! Next!!!
No carro a conversa vai desde literatura ao cinema ou musica. Quando descamba totalmente ao ser mencionado o nome de Eddie Vedder e respectiva banda sonora do filme "Into the Wild."
Cometi a atrocidade enorme, inqualificável e genocida de afirmar que adorava o filme visto ser inspirado na realidade e que o personagem principal foi a única pessoa realmente livre porque não foi um escravo do dinheiro como eu e a minha companhia de estrada e realmente soube o que é viver.
Imperdoável e ofensivo, eu sei!!
Dizer a alguém que é um escravo do dinheiro é atroz....
Fui imediatamente fuzilado por um olhar irado e deixado na estrada porque "já que não dou valor ao dinheiro então a minha boleia não iria gastar combustível a transportar-me porque o combustível paga-se. E que aproveitasse o facto de estar no meio do monte para procurar uma gruta para viver já que sou assim tão anti- sociedade!"
A chuva que me acompanhou pesadamente durante os 15 minutos que demorei a encontrar o meu carro não conseguiu acalmar os meus remorsos supra-criminais. Saciou a minha sede pelo menos e substituiu-a por uma gripe...
A caminho de casa ainda contemplei o suicídio por ser tão mau e ofender sempre as mulheres, mas depois desisti da ideia por atribui-la à febre que comecei a sentir...
Escrevo estas palavras rodeado de milhares de instrumentos de tortura ansiosos por serem usados num corpo feminino.
Tenham calma; a vossa oportunidade chegará provavelmente na próxima vez que uma mulher aceitar beber um copo comigo. É que o meu sadismo exala por todos os meus poros. É inevitável....
Claro que não ficam, isso é um facto. Indiferentes jamais, apenas com um ódio visceral a este vulto noctivago.
Vamos lá ao mais recente exemplo:
Jantar de aniversário de uma amiga. O álcool flui tão livremente como as conversas.
No final, quando toda a gente vai para casa, eu continuo com a minha sede insaciável portanto lanço o repto à rapariga que muito gentilmente deu-me boleia para ir beber mais um copo a qualquer lado. Ela alinha no desafio e "arrepiámos caminho" - mais uma expressão que sempre desejei usar. Check! Next!!!
No carro a conversa vai desde literatura ao cinema ou musica. Quando descamba totalmente ao ser mencionado o nome de Eddie Vedder e respectiva banda sonora do filme "Into the Wild."
Cometi a atrocidade enorme, inqualificável e genocida de afirmar que adorava o filme visto ser inspirado na realidade e que o personagem principal foi a única pessoa realmente livre porque não foi um escravo do dinheiro como eu e a minha companhia de estrada e realmente soube o que é viver.
Imperdoável e ofensivo, eu sei!!
Dizer a alguém que é um escravo do dinheiro é atroz....
Fui imediatamente fuzilado por um olhar irado e deixado na estrada porque "já que não dou valor ao dinheiro então a minha boleia não iria gastar combustível a transportar-me porque o combustível paga-se. E que aproveitasse o facto de estar no meio do monte para procurar uma gruta para viver já que sou assim tão anti- sociedade!"
A chuva que me acompanhou pesadamente durante os 15 minutos que demorei a encontrar o meu carro não conseguiu acalmar os meus remorsos supra-criminais. Saciou a minha sede pelo menos e substituiu-a por uma gripe...
A caminho de casa ainda contemplei o suicídio por ser tão mau e ofender sempre as mulheres, mas depois desisti da ideia por atribui-la à febre que comecei a sentir...
Escrevo estas palavras rodeado de milhares de instrumentos de tortura ansiosos por serem usados num corpo feminino.
Tenham calma; a vossa oportunidade chegará provavelmente na próxima vez que uma mulher aceitar beber um copo comigo. É que o meu sadismo exala por todos os meus poros. É inevitável....
domingo, 4 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Não gostas mesmo de ter dinheiro, nuninho.
Apostei, e perdi, uma grade de cerveja com um amigo meu porque pensava que esta musica era original de Jonhy Cash e não dos Nine Inch Nails.
Foda-se: como é que alguém faz versões de nine Inch Nails???????
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
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